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Trabalho RESERVA LEGAL

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FACULDADE DE DIREITO DO VALE DO RIO DOCE – FADIVALE
CURSO DE DIREITO
 
RESERVA LEGAL FLORESTAL
 
Bianor de Paula – 20185
Brenda Lorrany de Oliveira - 19962
Chang Chai Hwi - 22568
Gecione P. dos Santos Alves - 17718
Karina de Souza Dias - 20449
Kyara Gomes Santana - 19916
Luciana Maria dos Reis - 19950
Silvia Mudesto - 19921
Thais Geber Rodrigues - 19906
3º Período A N 
 
Governador Valadares - MG
Setembro/2014 �
BIANOR DE PAULA
BRENDA LORRANY DE OLIVEIRA
CHANG CHAI HWI
GECIONE P DOS SANTOS ALVES
KARINA DE SOUZA DIAS 
KYARA GOMES ANTANA
LUCIANA MARIA DOS REIS
SILVIA MUDESTO
THAIS GEBER RODRIGUES
 
RESERVA LEGAL FLORESTAL
Trabalho acadêmico apresentado à disciplina de Direito Ambiental da Faculdade de Direito do Vale do Rio Doce (FADIVALE) como requisito para obtenção de conhecimentos na referida disciplina.
 
 
Governador Valadares - MG
Setembro/2014�
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................	03
2 RESERVA LEGAL ...........................................................................................	04
2.1 CONCEITO E PARTICULARIDADES ...........................................................	04
3 RESERVA LEGAL COMO LIMITAÇÃO ADMINISTRATIVA ..........................	06
4 INDENIZAÇÃO E DESMATAMENTO ..............................................................	08
4.1 OBRIGAÇÃO LEGAL DE MANTER OU REGENERAR A RESERVA LEGAL	09
5 RESPONSABILIDADES E COMPETÊNCIAS NO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DE INSTITUIÇÃO DE RESERVA LEGAL ............................	10
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...............................................................................	12
REFERÊNCIAS ......................................................................................................	13
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1 INTRODUÇÃO
Esta pesquisa refere-se a um estudo sobre o tema Reserva Legal, abrangendo o conceito, delimitação, localização, cadastro, registro, regime de proteção, bem como as permissões e vedações referentes ao manejo da área. Para tanto, foram realizadas leituras da Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012, novo Código Florestal, Lei Estadual nº 20.922/2013, Decreto Federal 7.830/2012, bem como a revisão de literatura de vários autores. 
A preservação do meio ambiente tem despertado cada vez mais a atenção dos governantes e da mídia, diante de vários desastres enfrentados em todo o mundo, consequências do descaso do homem com o meio ambiente. Diante das inúmeras degradações, os recursos naturais estão ficando cada vez mais escassos e qualquer iniciativa relativa à sustentabilidade é de grande importância para a humanidade. 
Nesse contexto, é relevante a pesquisa sobre o tema já que a tutela ambiental é de interesse da humanidade, sendo dever da coletividade proteger o meio ambiente para as gerações futuras.
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2 RESERVA LEGAL
2.1 CONCEITO E PARTICULARIDADES 
A Reserva Legal é a área do imóvel rural que, coberta por vegetação natural, pode ser explorada com o manejo florestal sustentável, nos limites estabelecidos em lei para o bioma em que está a propriedade. Por abrigar parcela representativa do ambiente natural da região onde está inserida é que se torna necessária à manutenção da biodiversidade local.
O atual Código Florestal, Lei nº 12.651/12 (Brasil, 2013), define a Reserva Legal, em seu art. 3º, III, como uma área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, com percentuais definidos segundo regiões, objetivando assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos naturais e auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos, promovendo a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna silvestre e da flora nativa.
Todo imóvel rural, de acordo com o art.12 do Código Florestal, deve manter área com cobertura de vegetação nativa, a título de Reserva Legal, sem prejuízo da aplicação das normas sobre as Áreas de Preservação Permanente, observados alguns percentuais mínimos. A localização da área deve levar em consideração alguns estudos e critérios definidos no art. 14 do mesmo diploma legal.
 No Brasil, a Constituição da República garante a todos o direito tanto a um meio ambiente diverso e sustentável, como o direito ao desenvolvimento econômico. Não é difícil perceber que a busca da realização de um destes direitos pode vir a conflitar com o outro. O instituto da Reserva Legal é mais um dos instrumentos pelos quais o legislador brasileiro busca criar uma ponte entre estes dois interesses fundamentais.
O primeiro conceito de Reserva Legal surgiu em 1934, com o primeiro Código Florestal. Foi atualizado em 1965, na Lei Federal nº 4.771 (o Código Florestal recentemente revogado) que dividia as áreas a serem protegidas de acordo com as regiões, e não pelo tipo de vegetação como é no atual Código. Fixava um mínimo de 20% a ser mantido nas "florestas de domínio privado" na maior parte do país, ressalvando uma proibição de corte de 50% nas propriedades "na região Norte e na parte Norte da região Centro-Oeste".
Hoje o conceito é mais restritivo. A Reserva Legal, junto com as Áreas de Preservação Permanente tem o objetivo de garantir a preservação da biodiversidade local, é um avanço legal na tentativa de conter o desmatamento e a pressão da agropecuária sobre as áreas de florestas e vegetação nativa. Ambientalistas defendem a sua preservação, o setor produtivo argumenta que se trata de intromissão indevida do Estado sobre a propriedade privada, o que diminuiria a competitividade da agricultura e a capacidade de produção do país.
O percentual da propriedade que deve ser registrado como Reserva Legal vai variar de acordo com o bioma e a região em questão, sendo: 80% em propriedades rurais localizadas em área de floresta na Amazônia Legal; 35% em propriedades situadas em áreas de Cerrado na Amazônia Legal, sendo no mínimo 20% na propriedade e 15% na forma de compensação ambiental em outra área, porém na mesma microbacia; 20% na propriedade situada em área de floresta, outras formas de vegetação nativa nas demais regiões do país; e 20% na propriedade em área de campos gerais em qualquer região do país (art. 12).
Cabe a todo proprietário rural o registro no órgão ambiental competente (estadual ou municipal) por meio de inscrição no Cadastro Ambiental Rural - CAR. As especificidades para o registro da reserva legal vão depender da legislação de cada Estado. Uma vez realizado o registro fica proibida a alteração de sua destinação, nos casos de transmissão ou de desmembramento, com exceção das hipóteses previstas na Lei (art. 18). 
Em geral, nas áreas de reserva legal é proibida a extração de recursos naturais, o corte raso, a alteração do uso do solo e a exploração comercial, exceto nos casos autorizados pelo órgão ambiental via Plano de Manejo ou, em casos de sistemas agroflorestais e ecoturismo.
3 RESERVA LEGAL COMO LIMITAÇÃO ADMINISTRATIVA
A Reserva Legal é uma modalidade de limitação administrativa, uma vez que é instituída por lei – Código Florestal, imposta pelo poder público, sobre a propriedade ou posse rural. A Reserva Legal, segundo dispõe o Código Florestal, Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012, em seu artigo 3o, III é uma
área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, delimitada nos termos do art. 12, com a função de assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e promover a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna silvestre e da flora nativa. (BRASIL, 2013)
Pela leiturado dispositivo acima, depreende-se que há uma restrição ao uso da propriedade particular, visando à preservação e equilíbrio ambientais. Trata-se, portanto, de legislação impositiva de restrição. 
Segundo Meirelles (2009, p.01, apud SUASSUNA, 2012, p.638), limitação administrativa 
é toda imposição geral, gratuita, unilateral e de ordem pública condicionadora do exercício de direitos ou de atividades particulares às exigências do bem-estar social. (...) Derivam, comumente, do poder de polícia inerente e indissociável da Administração.
Carvalho Filho (2014) corrobora essa idéia ao afirmar que as limitações administrativas são determinações através das quais o Poder Público impõe a proprietários determinadas obrigações positivas, negativas ou permissivas, para o fim de condicionar as propriedades ao atendimento da função social.
A instituição e conservação da Reserva Legal são importantes para assegurar a preservação da biodiversidade e dos recursos naturais, riquezas imprescindíveis para o desenvolvimento econômico, social e ambiental sustentável da propriedade rural. Além de estar cumprindo a exigência legal, a propriedade regularizada estará contribuindo para a qualidade de vida das gerações presentes e futuras.
A regularização e a conservação da Reserva Legal são exigências da legislação para toda e qualquer propriedade ou posse rural, devendo ser conservada pelo proprietário do imóvel rural, possuidor ou ocupante a qualquer titulo, pessoa física ou jurídica de direito público ou privado, com vegetação nativa.
Senão fosse uma imposição, haveria um grande risco das reservas legais - áreas com cobertura de vegetação nativa - não serem preservadas ou recompostas, o que abalaria o objetivo da legislação de assegurar a preservação e equilíbrio ambientais. 
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4 INDENIZAÇÃO E DESMATAMENTO
No entendimento de Carvalho Filho (2014, p.813), ““sendo imposições de ordem geral, as limitações administrativas não rendem ensejo à indenização em favor dos proprietários”, tendo em vista que não há prejuízos individualizados, mas sacrifícios gerais a que se devem obrigar os membros da coletividade em favor desta. A regulamentação estatal em questão, orienta-se pela gestão racional dos recursos ambientais, procurando assegurar sua fruição futura.
Depreende-se então, não ser cabível nenhum tipo de indenização ao proprietário ou possuidor rural pela instituição da Reserva Legal, conforme corrobora o pensamento de Gasparini (1993): “toda imposição do Estado de caráter geral, que condiciona direitos dominiais do proprietário, independe de qualquer indenização”.
Porém, a limitação administrativa não pode aniquilar totalmente o direito constitucional de propriedade, mas isso não ocorre, já que a reserva legal é de apenas um percentual da propriedade que deve ser preservado, com objetivo de defesa ambiental, criando um equilíbrio sadio entre exploração e preservação. Também é permitida exploração econômica na reserva legal, por meio de manejo sustentável, sem propósito comercial, vedados os cortes rasos, para consumo no próprio imóvel. Não sendo exigida autorização dos órgãos ambientais (§1º, art. 28, Código Florestal). Ao passo que o manejo florestal sustentável com propósito comercial, depende de autorização do órgão competente e deverá observar algumas condições estabelecidas nos incisos do § 3º, art. 28.
A Reserva Legal constitui limite interno ao direito de propriedade e, por isso, não é indenizável, mesmo porque, não inviabiliza o exercício do direito de propriedade no restante do imóvel e nada retira dele, só acrescenta, ao assegurar que os recursos naturais - mantidos em poder do titular do direito de propriedade - serão resguardados, no seu próprio interesse e das gerações futuras.
4.1 OBRIGAÇÃO LEGAL DE MANTER OU REGENERAR A RESERVA LEGAL
Grande parte dos possuidores ou proprietários rurais tenta se abster da obrigação legal de manter ou regenerar a reserva florestal legal, sob a suposta alegação de que a responsabilidade e ônus deveriam recair sobre os proprietários anteriores. Porém, esse argumento é inadmissível, pois a reserva florestal legal é uma obrigação que recai diretamente sobre o proprietário do imóvel, independente da forma como adquiriu o imóvel. 
Portanto, o fato de ter havido desmatamento ou qualquer outra irregularidade por proprietário anterior, não afasta a responsabilidade do proprietário atual sobre a instituição ou regeneração de reserva, recaindo sobre o atual proprietário ou possuidor, toda responsabilidade e ônus deixado pelos antecessores.
Deste modo, a manutenção e a recomposição se tratam de obrigação propter rem, ou seja, aquela em que o devedor, por ser titular do direito sobre a coisa, fica sujeito a uma determinada prestação decorrente da relação entre o devedor e a coisa. A circunstância de ser titular do direito é o que o faz devedor da determinada prestação. Na obrigação "propter rem", a prestação não deriva da vontade do devedor, mas sim de sua mera condição de titular do direito real. 
Vale referir-se ainda, à precisa observação de Antunes (2008, p. 53) que afirma que “a reserva legal esta umbilicalmente ligada à própria coisa, permanecendo aderido ao bem. O proprietário, para se desonerar da obrigação, necessita, apenas, renunciar ao direito real que possui”
Há um sistema normativo que obriga à demarcação, averbação e restauração da área de reserva legal nas propriedades rurais, visando à tutela do meio ambiente, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, devendo ser defendido e preservado para as presentes e futuras gerações, nos termos do artigo 225 da Constituição Federal.
A Gerência de Gestão da Reserva Legal (GGRL) fomenta, monitora e apoia projetos e ações destinados à conservação, proteção, gestão e regularização de Reserva Legal, visando à manutenção do equilíbrio da biodiversidade no Estado. (IEF, 2014).
5 RESPONSABILIDADES E COMPETÊNCIAS NO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DE INSTITUIÇÃO DE RESERVA LEGAL
A obrigação de instituição da Reserva Florestal Legal recai sobre todo proprietário ou possuidor de terreno rural, conforme preceitua o art. 12, da Lei 12.651/2012. Porém, o poder público também tem responsabilidades e competências no procedimento administrativo. 
Depreende-se, portanto, que a delimitação e a averbação da reserva legal constituem responsabilidade do proprietário ou possuidor de imóveis rurais que deve, inclusive, tomar as providências necessárias à restauração ou à recuperação das formas de vegetação nativa para se adequar aos limites percentuais previstos nos incisos do art. 12 do Código Florestal, incumbindo à agência ambiental estatal somente a aprovação da sua localização.
Com a implantação do Sistema de Cadastro Ambiental Rural (SICAR-MG), a regularização da Reserva Legal está vinculada ao Cadastro Ambiental Rural (CAR), ou seja, o interessado em regularizar sua área de Reserva Legal deverá realizar a inscrição do imóvel no sistema. Dessa maneira, a aprovação dos processos de licenciamento, intervenção ambiental, outorga de água, crédito rural e transmissão de títulos de propriedades estão condicionados à regularização da Reserva Legal junto à Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD).
De acordo com o Decreto 7.830/2012, art.2º, II, Cadastro Ambiental Rural - CAR é:
[...] registro eletrônico de abrangência nacional junto ao órgão ambiental competente, no âmbito do Sistema Nacional de Informação sobre Meio Ambiente – SINIMA, obrigatório para todos os imóveis rurais, com a finalidade de integrar as informações ambientais das propriedades e posses rurais, compondo base de dados para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico e combate ao desmatamento. (BRASIL, 2012)
A Lei nº 20.922/2013 (MINAS GERAIS, 2013) é considerada o Código Florestal Estadual e disciplina as políticas florestal e de proteção à biodiversidade no Estado, que compreendem as ações empreendidas pelo poder público e pela coletividadepara o uso sustentável dos recursos naturais e para a conservação do meio ambiente ecologicamente equilibrado, essencial à sadia qualidade de vida, nos termos dos arts. 214, 216 e 217 da Constituição do Estado.
A referida lei (MINAS GERAIS, 2013), em seu artigo 26, disciplina sobre a definição da localização da área de Reserva Legal no imóvel rural, que será feita levando-se em consideração alguns fatores, dentre eles o plano diretor de bacia hidrográfica, o Zoneamento Ecológico-Econômico – ZEE, as áreas de maior importância para a conservação da biodiversidade e as áreas de maior fragilidade ambiental.
A Lei Estadual, nos parágrafos 1º e 2º, disciplina que a localização da Reserva Legal está sujeita à aprovação do órgão ambiental competente ou instituição por ele habilitada, após a inscrição da propriedade ou posse rural no CAR. Após o protocolo da documentação exigida, será analisada pelo órgão competente.
Uma inovação trazida pelo Novo Código Florestal em seu art.18, § 4º (BRASIL, 2013) e reproduzida na Lei Estadual em seu art. 31 (MINAS GERAIS, 2013), é que o registro da Reserva Legal por meio de inscrição no CAR desobriga a averbação no Cartório de Registro de Imóveis.
Ao poder público incumbe a análise e aprovação dos projetos, bem como a fiscalização do cumprimento do disposto na Lei, no seu regulamento e nas demais normas ambientais em vigor. Essa fiscalização será exercida pelos órgãos ambientais competentes, aos quais cabe, por intermédio de seus servidores previamente credenciados pelo titular do respectivo órgão ou entidade, realizar atividades descritas no art. 110, da Lei Estadual nº 20.922/2013 (MINAS GERAIS, 2013).
Nas atividades de fiscalização, a PMMG e o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais – CBMMG atuarão articuladamente com a SEMAD e suas entidades vinculadas. 
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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os estudos apontam que há um consenso internacional em relação à necessidade de promoção dos mecanismos de proteção ambiental, devido a fenômenos como o aquecimento global, a escassez das reservas de água potável, bem como ao uso indiscriminado dos recursos naturais, o que torna assustador o aumento do número de doenças e catástrofes naturais que estão ligados à degradação ambiental.
A obrigatoriedade da instituição da Reserva Legal é um dos mecanismos adotados pelo poder público visando assegurar o uso econômico e sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliando, dessa forma, a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna silvestre e da flora nativa.
Não se pode desprezar o fato de que o meio ambiente é o bem mais precioso da humanidade, uma vez que garante o crescimento econômico, a saúde, a qualidade de vida, entre outros fatores que são imprescindíveis para a sobrevivência humana. O Direito Ambiental é um ramo do Direito, formado por um conjunto de princípios e normas que impõem sanções às atividades humanas que venham lesar o meio ambiente, independentemente do fato de que estas ocorram de forma direta ou indireta.
Tamanha é a importância da preservação ambiental que no Brasil, a exemplo de outros países, o meio ambiente mereceu a edição de leis específicas
O fato é que a intervenção do Direito em matéria ambiental seria desnecessária se a sociedade como um todo fosse capaz de entender que qualquer espécie de vida existente no planeta depende, exclusivamente, do meio ambiente natural, portanto, também de sua sustentabilidade. 
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REFERÊNCIAS
ANTUNES, Paulo Bessa. Direito Ambiental. Rio de Janeiro: Lumen Júris, 2008.
BRASIL. Lei 12.651, de 25 de maio de 2012. Institui o código florestal. In: Vade Mecum Saraiva. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
_____. Decreto nº 7.830, de 17 de outubro de 2012. Dispõe sobre o Sistema de Cadastro Ambiental Rural, o Cadastro Ambiental Rural, estabelece normas de caráter geral aos Programas de Regularização Ambiental, de que trata a Lei no 12.651, de 25 de maio de 2012, e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Decreto/D7830.htm>. Acesso em: 01 set. 2014.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito administrativo. 27. ed. Rio de Janeiro: Atlas, 2014.
GASPARINI, Diógenes. Direito administrativo. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 1993.
IEF. Reserva Legal. Disponível em:< http://www.ief.mg.gov.br/florestas/reserva-legal>. Acesso em: 01 set. 2014.
MINAS GERAIS. Lei nº 20.922, de 16 de outubro de 2013. Dispõe sobre as políticas florestal e de proteção à biodiversidade no Estado. Disponível em:<http://www.almg.gov.br/consulte/legislacao/completa/completa-nova-min.html?tipo=Lei&num=20922&comp=&ano=2013&texto=original>. Acesso em: 01 set. 2014.
SUASSUNA, Romero. Reserva florestal legal: o papel do poder público e do particular. 2012. Disponível em: <http://jus.com.br/artigos/20983/reserva-florestal-legal-o-papel-do-poder-publico-e-do-particular>. Acesso em: 07 set. 2014.

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