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O que nos torna humanos!

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UESB – UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA.
Disciplina: Psicologia do Desenvolvimento I.
Docente: Ana Lúcia Castilhano.
Discentes: Danielly Silva, Verônica Oliveira, Vitor Moura e Vitória Dias.
O que nos torna humanos? O que nos diferencia dos outros animais e o que nos diferenciaria de eventuais máquinas pensantes? Com relação aos animais, Aristóteles afirmava que o ser humano é o único "animal político", querendo com isso dizer que somente nós temos a capacidade de pensar e agir racionalmente em prol do bem comum. Aliado a isso, temos a frase de Descartes “penso, logo existo” sendo a alma humana o grande elo que separa entre humanos e os outros animais. Sendo os animais na visão dos filósofos, máquinas desalmadas e, portanto, irracionais. A dor expressa por um cachorro, por exemplo, nada mais séria do que uma espécie de defeito na máquina. Após Darwin, o entendimento sobre o que nos diferencia dos outros animais se alterou consideravelmente, pois passou-se a entender tais diferenças como sendo de grau e não mais de qualidade ou natureza. 
Nesse sentido, o cérebro e, como consequência, a mente humana, da mesma forma que todo o nosso corpo, seriam frutos da evolução por seleção natural. E isto significa que nossas características mais peculiares também podem ser encontradas, em alguma medida, nos outros animais - e é esta proximidade que, de alguma forma, justifica e, por outro lado, torna problemática a utilização de animais para fins científicos. Nossa linguagem, por exemplo, nos faz realmente únicos, mas isto não significa que estejamos totalmente sozinhos neste quesito. Outros animais, como cachorros, golfinhos e macacos, também possuem sistemas de comunicação que lhes permitem atingir determinados fins. Da mesma forma, parece consensual ou pelo menos majoritário entre os cientistas contemporâneos o entendimento de que outros animais possuem emoções, memórias e inteligência, embora em menor complexidade do que nos seres humanos. 
Vale destacar ainda que o particípio futuro do verbo latino “colere” é “Culturus”, que significa: “o que se deve ensinar aos pequeninos, às crianças, aos jovens, para que eles possam cultivar a terra e reproduzir a vida social, material, econômica e espiritual do grupo”. Cultura vem desta raiz, sendo a dimensão histórica, social e grupal, da vida humana em sociedade. Sem cultura não se realiza a dimensão do agir humano em sociedade: presente, passado e futuro. A cultura é, portanto, a consciência material e coletiva da ação humana, na cultura está a identidade dos grupos humanos.
Aliando todo esse conhecimento com a história da Genie Wiley, entendemos que em nossa construção social contemporânea, quando crianças humanas são criadas por animais ou com isolação da sociedade, estas não se tornam pessoas. Isto prova que a pessoa não é uma realidade natural, mas o produto de um ambiente cultural particular. Nós não nascemos humanos, mas sim nos tornamos humanos, como resultado do difícil trabalho cultural. A sociedade produz a pessoa; a pessoa é um fenômeno social. Se durante a fase de formação, a pessoa deixa a sociedade, ela não vai se tornar uma pessoa; a consciência humana não é recriada por si só e isso foi evidenciado na história Genie.
Sendo assim, a formação de um Ser Humano nada mais é que reprodução de um tipo cultural particular, que acontece dentro de grupos sociais adequados e com interesses e significados comuns que se unificam criando um grupo social estável.

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