CCJ0022-Direito da Criança e do Adolescente-AV2-Questões Discursivas Condensadas-2014

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Questões Discursivas�Folha:
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	QUESTÕES AV2
	X
	1a Questão
Como será determinada a competência territorial do Conselho Tutelar? Justifique.
Resposta: Cada município terá o seu conselho tutelar, o conselho tutelar só terá competência no seu município, portanto a competência é estabelecida através da circunscrição do município. 
Gabarito: Quanto ao Conselho Tutelar, o ECA segue as mesmas regras para fixar a competência do juiz da Infância e da Juventude, art. 147. 
2a Questão
A Lei 12.696/12 promoveu várias alterações no ECA, no que tange ao Conselho Tutelar. Dentre essas alterações, modificou o tempo de mandato dos Conselheiros. Atualmente, qual é o tempo de mandato dos Conselheiros Tutelares?
Resposta: Atualmente o tempo de mandato dos conselheiros é de 04 anos. 
Gabarito: 4 anos. 
3a Questão
Seria correto afirmar que o direito de preservação da imagem se encontra dentro do âmbito de proteção do direito à liberdade?
Resposta: Não. O direito de preservação da imagem discorre que a criança e o adolescente precisam ter sua imagem preservada diante dos casos concretos, como uma ação protetiva, para que os mesmos não sejam expostos à julgamentos da sociedade ou para que não sofram nenhum tipo de constrangimento, dificultando assim sua sociabilização e integralização com o meio em que vivem, pois compõe uma parte frágil, que seus direitos precisam ser assegurados pelo estatuto. Já o direito a liberdade, esse conhecido por ser assegurado à todos, é o direito que ir e vir, fazendo e exercendo atos lícitos de acordo com a Constituição Federal de 1988, onde todo cidadão pode gozar desse mesmo direito, seja adulto, criança, ou adolescente. 
Gabarito: Não, pois se encontra no âmbito de tutela do direito ao respeito. 
4a Questão
Julieta deseja adotar uma criança. Desta forma, procura um advogado e menciona seu intento. O advogado lhe esclarece que quando já estiver habilitada e for chamada para adotar, já que integra o Cadastro nacional de adoção. Julieta indaga a seu advogado se a ação tramitará na vara de família. Como advogado(a) de Julieta, o que você esclareceria?
Resposta: O processo de adoção se dará pela Vara da Infância e da Juventude do estado de Julieta, obedecendo às regras que regem o Estatuto da Criança e do Adolescente, que juntamente com o conselho tutelar, assegurados pela Constituição de 1998, protegem os direitos da criança e do adolescente. Após essa tramitação, a adoção deverá ser registrada em cartório com os nomes dos pais adotivos. 
Gabarito: Que não, pois a Justiça competente é a da Infância e Juventude, consoante artigo 148, III do ECA. 
5a Questão
O legislador constituinte, em 1988, adotou no art. 227, a doutrina da Proteção Integral. Indique qual foi a doutrina substituída:
Resposta: Doutrina da situação irregular. 
Gabarito: Doutrina da situação irregular. 
6a Questão
Carlos (48 anos) e seu filho Pedro (23 anos) são conhecidos no bairro onde residem por suas ações sociais voltadas para a proteção de crianças e adolescentes. Ambos se candidataram a membros do mesmo Conselho Tutelar da localidade onde moram. Pergunta-se: Neste caso ambos poderão ser eleitos e exercer a função de conselheiros? Justifique.
Resposta: Não, pois esta previsto no ECA que os membros do conselho tutelar não podem ser parentes e nem cônjuge. 
Gabarito: Não poderão exercer juntos a função devido ao impedimento legal por serem pai e filho conforme estabelece o art. 140 do ECA que diz: São impedidos de servir no mesmo Conselho marido e mulher, ascendentes e descendentes, sogro e genro ou nora, irmãos, cunhados, durante o cunhado, tio e sobrinho, padrasto ou madrasta e enteado. 
7a Questão
Julieta, advogada, foi procurada pelo dirigente de uma entidade de atendimento não governamental, tendo sido informada que o mesmo estava respondendo a procedimento judicial por irregularidade na entidade. O dirigente indaga se há diferença quanto às medidas para entidades governamentais e não governamentais e pergunta qual é a medida mais leve que poderia receber. O que Julieta deve informar?
Resposta: Sim, de acordo com o art. 97 do estatuto da Criança e do Adolescente as medidas são distintas, sendo a advertência a medida mais leve. 
Gabarito: As medidas são distintas, consoante art. 97 do ECA. A medida mais leve é a advertência. 
8a Questão
Astrogildo, contando com 17 anos e 10 meses, sequestra uma pessoa. Se, ao completar 18 anos, ele ainda não tiver liberado a pessoa, a ele serão aplicadas as normas do Estatuto da criança e do adolescente? Justifique:
Resposta: Não, pois o sequestro de acordo como Código Penal (artigo 148 do Código Penal) é crime permanente. Sendo assim, muito embora o artigo 104 do ECA determine a adoção da teoria da atividade, não podemos deixar de considerar que no crime permanente, se protrai no tempo. Devendo ser aplicada a norma do Código Penal e não a do Estatuto da Criança e do Adolescente 
Gabarito: Não, mas sim as do Código Penal, pois sequestro (artigo 148 do Código Penal) é crime permanente. Sendo assim, muito embora o artigo 104 do ECA determine a adoção da teoria da atividade, não podemos deixar de considerar que no crime permanente, se protrai no tempo. 
9a Questão
Carlitos tem 11 anos e praticou ato infracional análogo ao crime de furto, tendo sido encontrado ainda durante a prática do ato. Pergunta-se: a) Qual a medida a ser aplicada a Carlitos? b) Poderia haver procedimento judicial previsto no ECA para apuração do ato infracional?
Resposta: a) Como Carlitos é uma criança deve ser aplicada medida protetiva. b) Não, pois o procedimento de apuração de ato infracional destina-se ao adolescente e não para a criança. 
Gabarito: a) medida protetiva apenas, pois Carlitos é criança. b) Não. 
10a Questão
Berenice Morgado Dantas, filha de Manoela Morgado e Danillo Dantas, divorciados há 10 anos. No divórcio, a mãe de Berenice foi impedida, por Danilo, a ficar com a guarda judicial de sua filha, bem como embaraçava sua visitação. Mas, só quando Berenice completou de 16 anos de idade é que passou a residir com sua mãe e sua avó Alicinha. Depois de muito custo e atendimento psicológico, Berenice foi residir com a mãe e a avó materna, a qual nunca desejou que sua filha casasse Danillo, haja vista entender que o mesmo era imaturo para assumir um compromisso tão sério e ainda que o casal deveria morar sozinho e não na casa de vila onde a mãe dele residia, a Sra. Matilde Dantas, a qual era conhecida na vizinhança como “Nos Bastidores Da Notícia”, pois ficava buscando novidades e/ou inverdades para falar de todas as pessoas da localidade. Ocorre que, o tempo passou e sua filha Manoela separou-se do marido, haja vista que toda vez que Manoela saia para trabalhar Danillo ficava dizendo que sua mulher vivia “na gandaia” só para não cuidar da filha, pois não gostava da criança, o que era ratificado por sua mãe Matilde. Manoela aguentou bastante tempo os insultos e as acusações do marido e de sua sogra, mas quando percebeu que sua filha Berenice estava ficandomuito deprimida e já não queria acompanhar a mãe nos passeios nos dias de visita, nem que ela fosse à sua Escola sequer nas reuniões, nem nas festas, inclusive dia das mães, Natal, Ano Novo, aniversário da mãe e ainda o de Berenice, resolveu levar à criança a um profissional para fazer uma avaliação na situação de sua filha, a qual, inclusive estava com baixo rendimento escolar e foi por essa razão e por muita insistência que Danilo concordara com a visita ao psicólogo. Após alguns anos de tratamento Berenice inicia uma melhora e começa, aos poucos, a conversar com sua mãe da situação que passava na companhia do pai e da avó, pois não aguentava mais o que era falado e contado sobre sua mãe, o que também é relatado no laudo do psicólogo informando o alto índice de stress que Berenice apresenta e a manutenção da convivência direta com o pai e a avó paterna poderá levar a adolescente ao suicídio, tendo em vista que já tentara e a mãe não fora comunicada e nem o pai Danilo não lhe promoveu tratamento. Por essa razão entenderem que a melhor coisa seria que morassem juntas, pois havia muito afeto entre ambas que sempre lhes era “roubado”. O fato foi comunicado ao pai, no dia que Berenice completou 16 anos, o qual discordou terminantemente, mas quando Manoela informou que continuaria a pagar pensão de Berenice para Danilo então, finalmente, concordou, mas fez uma série de exigências para manter as datas de sempre em companhia de sua filha e sua avó Matilde. Manoela acabou por concordar para que sua filha não fosse mais exposta à tensão familiar que sempre viverá frente às brigas e ofensas à mãe, por Danilo e Matilde. Diante dos ensinamentos adquiridos e os fatos apresentados aqui identifique qual fenômeno jurídico que está a interferir nas relações de filiação de Berenice.
Resposta: Diante dos fatos narrados podemos observar que o pai e avó ao tentar destruir a imagem da mãe de Berenice (fazendo várias afirmações que não procediam), veio por gerar a ALIENAÇÃO PARENTAL. Visto que a Menor sofreu vários problemas referentes as condutas tomadas por seu pai e por sua avó (ex. dizer q a mão não saia para trabalhar e sim para não ter a obrigação de cuidar da Menor), tais condutas vieram por prejudicar a Menor dado que se encontra em idade de desenvolvimento. A Alienação Parental ainda pode ser notada no desprezo que a criança começou a apresentar em relação a sua mão e também começou a apresentar baixo rendimento na sua vida particular (ex. escola) e inclusive tentar o suicídio, tudo isso em consequência das alegações falsas apresentadas por seu pai e por sua avó. Logo, o fenômeno jurídico caracterizado é a Alienação Parental. 
Gabarito: ALIENAÇÃO PARENTAL E PELO QUE DISPÕE O ART. 2º DA Lei 12.318/2010. A interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente, promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob sua guarda, autoridade ou vigilância, para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este. O § único do art. 2º descreve condutas, num rol exemplificativo, configuradoras de alienação parental. Art. 2º Considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este. Parágrafo único. São formas exemplificativas de alienação parental, além dos atos assim declarados pelo juiz ou constatados por perícia, praticados diretamente ou com auxílio de terceiros: I - realizar campanha de esqualificação da conduta do genitor no exercício da paternidade ou maternidade; II - dificultar o exercício da autoridade parental; III - dificultar contato de criança ou adolescente com genitor; IV - dificultar o exercício do direito regulamentado de convivência familiar; V - omitir deliberadamente a genitor informações pessoais relevantes sobre a criança ou adolescente, inclusive escolares, médicas e alterações de endereço; VI – apresentar falsa denúncia contra genitor, contra familiares deste ou contra avós, para obstar ou dificultar a convivência deles com a criança ou adolescente; VII - mudar o domicílio para local distante, sem justificativa, visando a dificultar a convivência da criança ou adolescente com o outro genitor, com familiares deste ou com avós. 
11a Questão
Mauro, morador do município de Duque de Caxias no estado do Rio de Janeiro, realiza vários trabalhos assistenciais voluntários na comunidade na qual reside. Em razão desta sua inclinação, quando soube da abertura de vagas decidiu candidatar-se a membro do Conselho Tutelar do município de Resende, também no estado do Rio de Janeiro. Pergunta-se: Neste caso, Mauro atende aos requisitos legais para se candidatar e exercer a função de conselheiro no referido Conselho Tutelar? Justifique.
Resposta: Não, tendo em vista que o ECA estabelece requisitos para poder se candidatar. Um dos requisitos é residir no MUNICÍPIO onde deseja se candidatar, sendo assim como este reside no município de Duque de Caixias/ RJ e a as vagas se fazem presentes no município de Resende/RJ, haverá expressa vedação para sua candidatura por não está em conformidade com a legislação do Estatuto da Criança e do Adolescente. Além deste requisito, o ECA estabelece outros (ex. idade mínima de 21 anos, entre outros). 
Gabarito: Gabarito: Não, pois o art. 133 do ECA exige que o candidato resida no município onde se localiza o Conselho Tutelar. 
12a Questão
Acácio, de 15 anos, praticou um ato infracional equivalente ao homicídio de um colega de escola, após travarem uma violenta briga, pois o mesmo não aguentava mais as brincadeiras musicais de Aluísio, fato esse que revoltou muitos seus colegas de escola. Pelo fato narrado Acácio foi autuado em flagrante na Delegacia Policial da localidade, com a presença de seus pais, mas não foi liberado tendo em vista a gravidade do ato infracional e sua segurança pessoal. O Delegado encaminhou os autos, imediatamente, para o Juizado da Infância e da Juventude, o qual encaminhou ao Ministério Público para as devidas providências legais. O Ministério Público representou em face do adolescente e solicitou a manutenção da apreensão. O Juiz recebeu a representação e manteve a apreensão do mesmo. A ação pública socioeducativa tramitou de acordo com os trâmites legais, no prazo máximo estabelecido no ECA o Juiz proferiu a sentença julgando procedente o pedido aplicando-lhe a internação. Esclareça qual o prazo máximo da medida de internação:
Resposta: a) Internação provisória (é a que vai da apreensão em flagrante da manutenção da apreensão até a sentença, num prazo de 45 dias, art. 108 do ECA pelo Juiz da Infância e da Juventude); b) Internação como medida socioeducativa com prazo indeterminado, porém com prazo máximo limitado há três anos. São as previstas no art. 122, incisos I e II do ECA; c) internação do art.122, III e § único do ECA, nos casos de descumprimento reiterado e injustificável da medida anteriormente imposta. O prazo não poderá ser superior a três meses. 
Gabarito: a) Internação provisória (é a que vai da apreensão em flagrante da manutenção da apreensão até a sentença, num prazo de 45 dias, art. 108 do ECA pelo Juiz da Infância e da Juventude); b) Internação como medida socioeducativa com prazo indeterminado, porém com prazo máximo limitado há três anos. São as previstas no art. 122, incisos I e II do ECA; c) internação do art.122, III e § único do ECA, nos casos de descumprimento reiterado e injustificável da medida anteriormente imposta. O prazo não poderá ser superior a três meses. 
13a Questão
Juliana mora na Comarca de Santo Antonio de Paula e pretende adotar Jonatas, residente na mesma comarca. Poderia a ação de adoção tramitar na vara de família desta comarca?
Resposta: Não, pois a Justiça da Infância e Juventudepossui competência exclusiva para conhecer das ações de adoção e seus incidentes. 
Gabarito: Não, pois a Justiça da Infância e Juventude possui competência exclusiva para conhecer das ações de adoção e seus incidentes. 
14a Questão
Estaria correto afirmar que o agente que submete criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância à vexame ou constrangimento, comete infração administrativa?
Resposta: Não, pois a conduta é prevista como crime no ECA. Logo, a infração é penal (artigo 232) e não administrativa. 
Gabarito: Não, pois a conduta é prevista como crime no ECA. Logo, a infração é penal (artigo 232) e não administrativa. 
15a Questão
Ocorrendo uma irregularidade em uma entidade de atendimento, poderia o juiz aplicar diretamente uma medida à entidade?
Resposta: As entidades de atendimento são fiscalizadas pelo Poder Judiciário, Ministério Público e pelos Conselhos Tutelares, onde, havendo irregularidades, o órgão competente primeiro terá que comprovar tal irregularidade e a entidade ainda poderá fazer uso da ampla defesa e do contraditório, e em seguida, caso comprove-se irregularidade, o juiz poderá tomar medidas cabíveis. Então, o juiz poderá aplicar medidas sim, porém não diretamente desta forma, pois o caso terá que passar pelos outros órgãos competentes junto à ele antes. 
Gabarito: Não sem antes observar o procedimento previsto no ECA para apuração da irregularidade. 
16a Questão
O casal Abigail e Euzébio possui duas meninas gêmeas, com quatro anos. Ocorre que a mãe das meninas faz cestas de café da manhã para reforçar a economia do casal. Euzébio que trabalha, no 2º turno, de uma Indústria Farmacêutica, o qual inicia a atividade laboral às 13h00minh, pode fazer as entregas das cestas de café da manhã em horário que antente ao seu trabalho. Assim, precisa sair de casa às 06h30min pontualmente. Dessa forma, Abigail precisa prepará-las bem cedinho. Entretanto, todos os dias ao acordar para preparar tudo, as gêmeas acabam acordando e resolviam brincar na cozinha e remecher nas cestas já preparadas por sua mãe e acabavam aprontando muito. Abigail, por esses fatos, brigava muito com as meninas, pois algumas vezes recebeu telefonemas de clientes informando que faltavam itens em suas cestas. Em razão disso as meninas, no final, apanhavam bastante e choravam muito. Fato esse que ocorria cotidianamente, pela manhã, e todos os vizinhos ficavam aborrecidos, inclusive, Zélia, tia de Abigail, a qual já havia se oferecido para cuidar das meninas, pelas manhãs, e depois as levaria, como sempre, na escolinha maternal que frequentavam, mas a mãe das crianças não concordou dizendo que a responsabilidade era sua de cuidar delas, pela manhã. Mas, na última 6ª feira haviam inúmeros pedidos de cestas e Abigail estava bastante apreensiva e irritada para montar todas as cestas completinhas e corretamente e as crianças a atrapalhavam. Abigail avisou, aos gritos costumeiros, para que as meninas parassem com a bagunça e se não atendessem iriam se arrepender bastante. Como as gêmeas não lhe atendessem a mãe, aproveitou os ovos cozidos e quentes e os colocou nas mãos das crianças, na presença do pai que a tudo assistira e nada dissera e como nada fizera para impedir tal brutalidade. Zélia, a qual é enfermeira, ouviu os gritos das crianças foi correndo e invadiu a casa para socorrer as crianças, as quais estavam com as mãos muito queimadas e pedindo para as vizinhas chamarem um taxi ou um carro para que ela pudesse levá-las ao hospital, face ao nível da queimadura nas crianças. Enquanto isso tudo isso ocorria os pais das crianças se evadiam. No hospital, Zélia e outra vizinha contaram o que ocorrera com as crianças, fato que foi relatado pela equipe médica e prontamente registrado pelo policial de plantão, o qual comunicou ao Delegado da DP o fato e ao Conselho Tutelar, o qual encaminhou a situação de urgência, para o Juizado da Infância e da Juventude, ao Ministério Público. Assim, foi proposta destituição do poder familiar de ambos os pais e concedida a guarda, por 60 dias, à tia Zélia. Zélia, mesmo com a guarda provisória, pretende adotar as meninas e fez um pedido de adoção, em apenso, ao de destituição do poder familiar, o qual, logo após foi julgado procedente e transitou em julgado destituindo os pais do poder familiar. Entretanto, o Ministério Público, na ação de adoção de ambas as crianças, manifestou-se contrariamente, pois embora estivessem presentes todos os requisitos indispensáveis à adoção, a postulante Zélia, tia de Abigail e madrinha das crianças, não está habilitada, isso é, não possuía o necessário cadastramento prévio, de acordo com o art. 197-A do ECA. Pergunta-se: A manifestação de Ministério Público, dentre os requisitos apresentados, está correta. Responda fundamentadamente.
Resposta: Não, a manifestação do Ministério Público não procede haja vista que o Art. 197-A não é aplicável em situação de família extensa como é a situação de Zélia, a qual sendo tia da mãe das meninas pertence à família extensa das crianças e com elas mantêm vínculo de afinidade e afetividade. O Art. 50, § 13 apresenta várias situações que são inexigíveis o cadastramento prévio, e essa é uma delas e assim torna-se absolutamente dispensável o mesmo e a postulação da tia da mãe das crianças encontra total amparo na ECA, por pertencer a um integrante da família extensa. 
Gabarito: A manifestação do Ministério Público não procede haja vista que o Art. 197-A não é aplicável em situação de família extensa como é a situação de Zélia, a qual sendo tia da mãe das meninas pertence à família extensa das crianças e com elas mantêm vínculo de afinidade e afetividade. O Art. 50, § 13 apresenta várias situações que são inexigíveis o cadastramento prévio, e essa é uma delas e assim torna-se absolutamente dispensável o mesmo e a postulação da tia da mãe das crianças encontra total amparo na ECA, por pertencer a um integrante da família extensa. 
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MD/Direito/Estácio/Período-05/CCJ0022/Questões AV2/WLAJ/DP
MD/Direito/Estácio/Período-05/CCJ0022/Questões AV2/WLAJ/DP