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Universidade Federal de Lavras Departamento de Ciências Exatas – DEX Difração e Polarização da Luz Engenharia de Controle e Automação – 22A Bruno Henrique de Bastos Silva – 201221150 Jéssica Junqueira Benetolo – 201221160 Lavras – MG Novembro – 2014 1 Resumo No presente relatório serão apresentados procedimentos e resultados de experimentos que demonstram a difração da luz e o seu comportamento com diferentes tipos de luz, policromática branca se difratando nas sete cores do espectro visível ou monocromática vermelha se difratando em pontos apenas. Será exibido ainda um experimento para a medição do diâmetro de um fio de cabelo o que comprova a utilidade prática do fenômeno da difração. Este relatório conta ainda com a descrição de experimentos de polarização da luz, mostrando como essa se comporta ao passar por um polaroide. Será exibido ainda um experimento para comprovar que a luz pode ser polarizada por diversos materiais, neste caso o acrílico, e como isso afeta a sua intensidade ao passar por um filtro polarizador após ser refletida pelo cristal. 2 Introdução Dois fenômenos da luz muito importantes de serem estudados são o da difração e o da polarização. A difração ocorre quando a luz encontra um obstáculo ao seu percurso e é o principal fenômeno que explica a teoria ondulatória da luz. A polarização é uma propriedade de ondas eletromagnéticas e trata-se de uma medida do vetor campo elétrico em relação ao tempo. Difração pode ser definida basicamente como o encurvamento sofrido pelos raios de onda ao encontrar obstáculos à sua propagação. Esta definição pode ser visualizada na imagem a seguir. Figura 01 – Difração de uma onda ao passar por uma fenda Ao se incidir um feixe luminoso sobre uma fenda estreita e projetar sobre um anteparo é possível observar um padrão de interferência como o da figura 02. No centro da figura é possível perceber um ponto de máximo principal (mais intenso que os demais) e à medida que se afasta do ponto central os máximos secundários vão se tornando menos intensos. Ressaltando que a difração da luz não ocorre apenas quando ela passa por uma abertura estreita, mas também ao encontrar algum tipo de obstáculo. Figura 02 – Padrão de interferência da luz difratada A difração da luz é um fenômeno que prova que a ótica geométrica é apenas uma aproximação. Se a ótica geométrica pudesse ser tomada como uma lei irrestrita ao incidir a luz sobre uma fenda alguns raios passariam pela abertura formando uma figura nítida e clara na tela de observação e o restante dos raios se perderiam devido ao seu choque com o obstáculo. A difração é um dos fenômenos que explicam a teoria ondulatória da luz, pois se trata de um fenômeno que ocorre apenas para ondas. Um dispositivo bastante útil para o estudo da luz e dos objetos que emitem e absorvem luz é a rede de difração. O dispositivo consiste em um arranjo com milhares de fendas por milímetro. Ao iluminar uma rede com luz aparecem franjas de interferência que podem ser utilizadas para determinar o comprimento de onda através da equação 01. Ao incidir a luz branca sobre a rede a luz se difrata e aparecem as cores que compõem a luz em suas diferentes frequências. 𝜆 = 𝐷𝑋 𝑎2 + 𝑋2 Equação 01 – Determinação do comprimento de onda utilizando rede de difração Em que: X é a distância da luz no anteparo em relação ao seu ponto central; a é a distância da rede de difração até o anteparo; D = 1/nºfendas/mm. Como a luz se comporta também como onda, por meio da frequência e seu comprimento de onda é possível por meio da equação 02 definir sua velocidade, bem como a velocidade de qualquer onda propagada. 𝑣 = 𝜆𝑓 Equação 02 – Equação da velocidade de propagação da onda A tabela I o comprimento de onda e a frequência para cada cor do esctro visível. Tabela I – Tabela de comprimentos de onda e frequência de cada cor que compõe a luz visível O fenômeno da difração é comumente utilizado com a finalidade de determinar a espessura de materiais extremamente finos, como um fio de cabelo, por exemplo. Saber a espessura (𝑒) de um fio de cabelo é importante, pois pode indicar a ocorrência de alguma doença, sendo que um cabelo saudável possui em média entre 58 e 100 mícron. A equação 03 permite calcular a espessura de algum material, onde ∆x é a distância entre os pontos de difração, λ o comprimento de onda da luz usada e L a distância entre o aparato onde se observa a difração e onde está localizado o objeto que se deseja estudar. 𝑒 = 𝜆𝐿 ∆𝑥 Equação 03 – Equação para determinar a espessura de um material Polarização em sua definição mais primária é a direção em que o campo elétrico de uma onda eletromagnética oscila. Uma fonte de luz pode emitir luz de duas maneiras: polarizada em determinada direção ou pode ser polarizada aleatoriamente (não-polarizada), ou seja, a cada instante a direção de polarização da onda se altera. Quando se tem uma luz não polarizada, é possível torna-la polarizada fazendo-a passar por um filtro polarizador. O filtro polarizador consiste em uma folha de plástico que contém moléculas longas. Quando a luz passa pelo filtro as componentes do campo elétrico que estão paralelas às moléculas conseguem atravessa-lo, mas as componentes perpendiculares são absorvidas. É atribuído ao filtro uma direção de polarização que na prática significa a direção que a componente do campo elétrico deve ter para conseguir atravessa-lo. A luz que sai do filtro polarizador possui componentes do campo elétrico apenas em uma determinada direção, o que significa que a luz está polarizada naquela direção. Ao polarizar a luz uma parte se perde e isto interfere em sua intensidade que diminui cada vez que passa por um filtro polarizador. Quando se incide uma luz não polarizada sobre um filtro metade de sua intensidade se perde ao ser polarizada. No entanto a intensidade de uma luz polarizada que passa por um filtro é dada pela seguinte equação, em que θ é o ângulo entre o polarizador e a reta perpendicular à direção de propagação da luz. 𝐼 = 𝐼0𝑐𝑜𝑠 2𝜃 Equação 04 – Intensidade da luz polarizada A polarização também pode ocorrer por reflexão, quando uma onda encontra um obstáculo e é refletida ela se polariza. Sabendo este fato, pode-se analisar o índice de refração deste material que foi o obstáculo da onda segundo a equação chamada de ângulo de Brewster que foi deduzida a partir da lei de Snell. tan 𝜃 = 𝑛2 𝑛1 Equação 05 – Equação de Brewster Em que 𝜃 é o ângulo do polaroide por onde é observada a máxima intensidade obtida, ao incidir a onda polarizada por ele, 𝑛1o índice de refração do meio onde a onda está sendo propagada e 𝑛2 o índice de refração do obstáculo que ocasionou a reflexão da onda. 3 Experimento 1 – Difração da Luz 3.1 Objetivos Este experimento teve como objetivo estudar os fenômenos de difração por diferentes fontes de luz. 3.2 Materiais Utilizados 01 Banco óptico; 01 Fenda simples; 01 Lente com distância focal f = 5 cm; 01 Lente com distância focal f = 10 cm; 01 Lente com distância focal f = 12 cm; 01 Régua milimetrada; 01 Rede de difração de 500 fendas/mm; 01 Laser; 01 Fio de cabelo. 3.3 Esquema de Montagem Figura 03 – Esquema de montagem da parte 1 do experimento Figura 04 – Esquema de montagem da parte 3 do experimento 3.4 Procedimentos 3.4.1 Parte 1 – Difração da luz branca e obtenção do seu comprimentode onda Primeiramente o equipamento foi montado como mostra a figura 03 com a lente convergente de distância focal f = 5 cm a 4 cm de distância da fonte luminosa e a fenda diante dessa. A lente de f = 10 cm foi utilizada para projetar a imagem no anteparo (régua milimetrada), ajustando a sua posição até que a imagem ficasse nítida. Então foi colocada a rede de difração a 30 cm da régua milimetrada. Com todo o aparato montado foi medida a distância de cada cor em relação ao ponto central da régua. Para concluir esta parte do experimento variou-se a distância da rede de difração em relação ao anteparo e mediu as novas distâncias das cores. 3.4.2 Parte 2 – Difração de um laser vermelho e obtenção do seu comprimento de onda Inicialmente colocou-se o laser sobre uma base e então incidiu o seu feixe diretamente sobre a rede de difração que estava posicionada a 30 cm de distância do anteparo. Foi observado o surgimento de um ponto luminoso a certa distância do centro da régua milimetrada, distância essa que foi medida e anotada. Em seguida variou-se a distância entre a rede de difração e a régua e observou a mudança de posição do ponto luminoso. Sendo estes novos valores também anotados. 3.4.3 Parte 3 – Medida do diâmetro de um fio de cabelo por meio de um laser Utilizando uma base para o laser e um suporte para o fio de cabelo o equipamento foi montado conforme mostra a figura 04, lembrando de anotar a distância entre o suporte do fio e a parede. Foi colocada sobre a parede uma folha de papel onde foi marcado o padrão de interferência quando o laser foi incidido sobre o fio de cabelo. 3.5 Resultados e Análises 3.5.1 Parte 1 – Difração da luz branca e obtenção do seu comprimento de onda Ao incidir o feixe de luz branca sobre a rede de difração (500fendas/mm) foi observado no anteparo que houve uma difração da luz observando várias cores, onde foi medida a distância entre anteparo e rede de difração e a distância entre cada cor observada e o centro do anteparo, podendo assim construir a tabela a seguir. Tabela II – Tabela de cor e distância do ponto central do anteparo para a distância rede- anteparo de 20,00 cm Distância entre anteparo e rede = 20,00 ± 0,05 cm Cor Dist.(±0,05 cm) 1 Violeta 4,50 2 Azul 5,00 3 Verde 5,50 4 Amarelo 6,00 5 Laranja 6,20 6 Vermelho 7,00 Com os valores da tabela II em metros e sabendo a quantidade de fendas por milímetro da rede usada e também a transformando em fendas por metro, é possível por meio da equação 01 definir o comprimento de onda de cada cor observada. 1- 𝜆 = 0,045 500000 0,22 + 0,0452 𝜆 = 4,39 𝑥 10−7 𝑚 2- 𝜆 = 0,05 500000 0,22 + 0,052 𝜆 = 4,85 𝑥 10−7 𝑚 3- 𝜆 = 0,055 500000 0,22 + 0,0552 𝜆 = 5,30 𝑥 10−7 𝑚 4- 𝜆 = 0,06 500000 0,22 + 0,062 𝜆 = 5,75 𝑥 10−7 𝑚 5- 𝜆 = 0,062 500000 0,22 + 0,0622 𝜆 = 5,92 𝑥 10−7 𝑚 6- 𝜆 = 0,07 500000 0,22 + 0,072 𝜆 = 6,60 𝑥 10−7 𝑚 Ao mudar a distância entre anteparo-rede pode-se construir uma nova tabela de distâncias entre as cores observadas e o ponto central. Tabela III – Tabela de cor e distância do ponto central do anteparo para a distância rede- anteparo de 14,60 cm Distância entre anteparo e rede = 14,60 ± 0,05 cm Cor Dist. (±0,05 cm) 1 Violeta 3,30 2 Azul 3,50 3 Verde 4,00 4 Amarelo 4,40 5 Laranja 4,50 6 Vermelho 4,70 Do mesmo modo que foi calculado o comprimento de onda das cores através da tabela II, foi feito com a tabela III obtendo os seguintes valores: 1- 𝜆 = 0,03 500000 0,1462 + 0,032 𝜆 = 4,02 𝑥 10−7 𝑚 2- 𝜆 = 0,035 500000 0,1462 + 0,0352 𝜆 = 4,66 𝑥 10−7 𝑚 3- 𝜆 = 0,04 500000 0,1462 + 0,042 𝜆 = 5,28 𝑥 10−7 𝑚 4- 𝜆 = 0,044 500000 0,1462 + 0,0442 𝜆 = 5,77 𝑥 10−7 𝑚 5- 𝜆 = 0,045 500000 0,1462 + 0,0452 𝜆 = 5,89 𝑥 10−7 𝑚 6- 𝜆 = 0,047 500000 0,1462 + 0,0472 𝜆 = 6,13 𝑥 10−7 𝑚 A partir das medições do comprimento de onda de cada cor da tabela I e tabela II é possível calcular a média dos valores de comprimento de onda. Tabela IV – Tabela média do comprimento de onda de cada cor Cor Média de comprimento de onda (𝝀) Violeta 4,20 𝑥 10−7 𝑚 Azul 4,75 𝑥 10−7 𝑚 Verde 5,29 𝑥 10−7 𝑚 Amarelo 5,76 𝑥 10−7 𝑚 Laranja 5,90 𝑥 10−7 𝑚 Vermelho 6,36 𝑥 10−7 𝑚 Ao comparar os valores obtidos na tabela IV com os valores teóricos (tabela I), podemos observar que os valores atingidos estão plausíveis, já que os valores encontrados estão entre a variação dos valores teóricos, o que indica que o experimento foi realizado com êxito. Com os valores obtidos na tabela IV e sabendo que a velocidade da luz é 𝑣𝑙𝑢𝑧 ≈ 3 𝑥 10 8 𝑚/𝑠 pode-se também calcular através da equação 02 a frequência de cada cor. Violeta 𝑓 = 3 𝑥 108 4,20 𝑥 10−7 𝑓 = 7,14 𝑥 1014 𝐻𝑧 Azul 𝑓 = 3 𝑥 108 4,75 𝑥 10−7 𝑓 = 6,31 𝑥 1014 𝐻𝑧 Verde 𝑓 = 3 𝑥 108 5,29 𝑥 10−7 𝑓 = 5,67 𝑥 1014 𝐻𝑧 Amarelo 𝑓 = 3 𝑥 108 5,76 𝑥 10−7 𝑓 = 5,21 𝑥 1014 𝐻𝑧 Laranja 𝑓 = 3 𝑥 108 5,90 𝑥 10−7 𝑓 = 5,08 𝑥 1014 𝐻𝑧 Vermelho 𝑓 = 3 𝑥 108 6,36 𝑥 10−7 𝑓 = 4,72 𝑥 1014 𝐻𝑧 Com os valores obtidos de frequência foi possível construir a tabela de frequência de cada cor. Tabela V – Tabela Frequência de cada cor no espectro visível Cor Frequência (Hz) Violeta 7,14 𝑥 1014 Azul 6,31 𝑥 1014 Verde 5,67 𝑥 1014 Amarelo 5,21 𝑥 1014 Laranja 5,08 𝑥 1014 Vermelho 4,72 𝑥 1014 Ao comparar os valores da tabela V com a tabela teórica I percebe-se que os valores obtidos através do experimento foram alcançados com êxito, pois os valores estão entre a variação dos valores teóricos. 3.5.2 Parte 2 – Difração de um laser vermelho e obtenção do seu comprimento de onda Ao incidir o laser diretamente na rede de difração e observando a luz refletida no aparato, foi observado somente a luz vermelha, que é a cor do laser, o que indica que a luz que forma o lazer é composta de somente 1 cor no espectro visível, ou seja, o vermelho. Também foi observado um padrão de difração no anteparo, onde foi percebido 3 pontos de luz. Sabendo a distância entre rede de difração e anteparo (L=30,00±0,05cm), medindo a distância entre o feixe localizado no ponto central e o outro ponto de luz observado (x = 10,00 ±0,05cm) e utilizando todos os valores em metros é possível calcular o comprimento de onda da luz do laser através da equação 01. 𝜆1 = 0,1 500000 0,32 + 0,12 𝜆1 = 6,32 𝑥 10 −7𝑚 Variando o valor da distância entre anteparo e rede de difração (L=22,50±0,05cm) e medindo a nova distância entre os pontos no anteparo (x=8,00±0,05cm), é possível calcular com a mesma equação 01 o comprimento de onda da luz do lazer. 𝜆2 = 0,08 500000 0,2252 + 0,082 𝜆2 = 6,70 𝑥 10 −7𝑚 Calculando a média dos valores obtidos de 𝜆1 e 𝜆2 obteve-se o valor de comprimento de onda do laser de: 𝜆 = 6,32 𝑥 10−7 + 6,70 𝑥 10−7 2 𝜆 = 6,51 𝑥 10−7𝑚 Assim como na parte 1 do experimento é possível calcular a frequência do laser a partir da equação 02. 𝑓 = 3 𝑥 108 6,51 = 𝑥 10−7 𝑓 = 4,60 𝑥 1014 𝐻𝑧 3.5.3 Parte 3 – Medida do diâmetro de um fio de cabelo por meio de um laser Ao incidir o laser sobre um fio de cabelo, observou-se um padrão de difração na paredee este foi desenhado em uma folha de papel para que se pudesse medir as distâncias (as medições se encontram no Anexo A). Sabendo a distância entre o fio de cabelo e a parede (L=110,50±0,05cm), distância entre as franjas luminosas percebidas (∆x=1,00±0,05cm) e utilizando o valor de comprimento de onda encontrado na parte 2 do experimento (𝜆 = 6,51 𝑥 10−7𝑚) é possível encontrar o diâmetro de um fio de cabelo utilizando a equação 03. Todos os valores foram convertidos para metro para que o valor final esteja em sua unidade correta. 𝑒 = 6,51 𝑥 10−7 ∗ 1,105 0,01 𝑒 = 71.93 µ𝑚 Ao compararmos o valor obtido do diâmetro do fio de cabelo usado, pode-se perceber que ele está na faixa teórica do diâmetro de um fio de cabelo saudável. O que indica que o experimento foi realizado com êxito. 4 Experimento 2 – Polarização da Luz 4.1 Objetivos Este experimento teve como objetivo o estudo dos diferentes tipos de polarização da luz. 4.2 Materiais Utilizados 01 Banco óptico; 01 Fenda única; 01 Lente com distância focal f = 5 cm; 01 Lente com distância focal f = 10 cm; 01 Perfil de acrílico em meia lua; Polaroides. 4.3 Esquema de Montagem Figura 05 – Esquema de montagem da parte 1 do experimento Figura 06 – Esquema de montagem da parte 2 do experimento 4.4 Procedimentos 4.4.1 Parte 1 – Polarização da luz branca Os equipamentos foram montados conforme pode ser visto na figura 05 com a lente convergente de f = 5 cm a 4 cm de distância da fonte luminosa com a fenda única à frente dessa. A lente de f = 10 cm foi utilizada para projetar no anteparo ajustando-a até que a imagem ficasse nítida. Então foram colocados dois polaroides diante da fenda e seus ângulos foram ajustados para 0º. Então o ângulo do segundo polaroide foi variado até que não se pudesse enxergar a luz no anteparo. Posteriormente ajustou-se o ângulo do primeiro polaroide em 20º e variou-se o ângulo do segundo até que a luz desaparecesse novamente. Este procedimento foi repetido para os ângulos de 40º, 60º, 80º e 90º no primeiro polaroide. 4.4.2 Parte 2 – Polarização por reflexão O aparato experimental foi montado conforme mostra a figura 06 colocando uma lente de f = 10 cm entre a fenda e o acrílico. A luz foi ajustada para que atravessasse o cristal com ângulos de incidência e refração iguais a 0º. O disco giratório foi movido até a posição de 20º e então posicionou-se o polaroide no feixe refletido inicialmente com ângulo de 0º, posteriormente o ângulo no polaroide foi variado até que se observou a intensidade máxima e mínima de luz no anteparo. Este procedimento foi repetido para as posições de 40º e 60º no disco giratório. 4.5 Resultados e Análises 4.5.1 Parte 1 – Polarização da luz branca Ao coincidir os dois polarizadores em um ângulo de 0º e incidir o feixe de luz diretamente sobre eles, é possível perceber no anteparo um feixe de luz em sua intensidade máxima, ao variar a angulação do segundo polaroide, a intensidade da luz começa a diminuir até não se ver mais luz no anteparo, onde o ângulo em que a intensidade é nula é 90º. Com isso foi-se variando a angulação do primeiro polaroide e depois do segundo observando no anteparo quando não existia mais luz e anotando estes valores. Os valores obtidos se encontram na tabela VI. Tabela VI – Tabela de angulação do primeiro e segundo polaroide onde não se observa intensidade luminosa no anteparo. Ângulo 1º polaroide (±0,5º) Ângulo 2º polaroide (±0,5º) 1 0º 90º 2 20º 115º 3 40º 135º 4 60º 153º 5 80º 172º 6 90º 181º Ao se analisar a relação entre a angulação do primeiro e do segundo polaroide obtém-se os seguintes valores: 1 â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 = 90− 0 â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 = 90° 2 â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 = 115− 20 â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 = 95° 3 â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 = 135− 40 â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 = 95° 4 â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 = 153− 60 â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 = 93° 5 â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 = 172− 80 â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 = 92° 6 â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 = 181− 90 â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 = 91° Calculando a média dos valores encontrados tem-se: â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜𝑚𝑒𝑑 = 90 + 95 + 95 + 93 + 92 + 91 6 â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜𝑚𝑒𝑑 = 92,67° Com o que podemos concluir que o valor encontrado está condizente com o valor teórico se comparar com a equação 04, pois para que a intensidade final seja 0 o ângulo deverá ser 90°, já que cos 90 = 0 . 4.5.2 Parte 2 – Polarização por reflexão Ao incidir a luz a 20° sobre o acrílico observou-se um feixe refletido e posicionando o polarizador a 0° diante deste observou-se que a intensidade da luz refletida no aparato diminuiu, o ângulo do polarizador foi variado até que se observasse uma variação da intensidade de luz, anotando qual a angulação onde a intensidade é máxima e qual o ângulo onde a intensidade é mínima. Este procedimento foi realizado para os ângulos de 40° e 60°, obtendo a tabela VII. Tabela VII – Tabela de angulação de incidência da luz e ângulos onde a intensidade é máxima ou mínima no polarizador. Ângulo de incidência Intensidade Mínima Intensidade Máxima 20° 140° 60° 40° 150° 45° 60° 150° 55° Com a angulação é possível obter o índice de refração do material em que foi incidida a luz, ou seja, o acrílico. Utilizando a equação 05 obtendo os seguintes valores: 20° 𝑛2 = tan 60° ∗ 1 𝑛2 = 1,73 ° 40° 𝑛2 = tan 45° ∗ 1 𝑛2 = 1° 60° 𝑛2 = tan 55° ∗ 1 𝑛2 = 1,42° Ao analisar os valores obtidos, pode-se perceber que o ângulo de incidência da luz que mais se aproximou do valor teórico do índice de refração do acrílico (1,5) foi de 60º, onde o feixe refletido foi mais nítido. 5 Conclusões O presente relatório executou vários experimentos com a difração luz visível para analisar as cores que compõe a luz branca, calculando seus respectivos comprimentos de onda e sua frequência, do mesmo modo foi feito com o laser, para definir sua frequência e comprimento de onda. Analisou uma das aplicações da difração da luz, onde é possível analisar diâmetros muito pequenos. Ao se realizar o experimento de difração da luz visível calculando seu comprimento de onda e sua frequência, foi possível perceber que o experimento feito é uma boa maneira para determinar estes valores, pois os valores encontrados em experimento estavam na faixa de erro dos valores teóricos o que indica que o experimento foi executado com sucesso. Usando o padrão de difração feito quando incidido um laser sobre um fio de cabelo foi possível calcular seu diâmetro de maneira simples, sem aparatos ópticos como o microscópio. O valor encontrado foi condizente com os valores teóricos do diâmetro de um fio de cabelo saudável. Na segunda parte do relatório foi demonstrado que é possível por meio da polarização da luz definir índices de refração de materiais usados como obstáculo à sua propagação. Este experimento se mostrou eficiente, já que o valor encontrado se aproxima do valor real do índice de refração do acrílico, o que mostra mais uma vez a eficiência dos experimentos com a luz visível. Referência Bibliográfica HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl.Fundamentos da Física. Vol4: Eletromagnetismo. 8 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2013. Color Way Technology – Artigo “O Cabelo em Números”. Disponível em: <http://www.colorway.com.br/artigos.html> Acessado em 09 nov. 2014 Só Física – Difração de Ondas. Disponível em: <http://www.sofisica.com.br/conteudos/Ondulatoria/Ondas/difracao.php> Acessado em 09 nov. 2014 Pesquisas de Química – Comprimentode onda das cores visíveis. Disponível em: <https://crispassinato.wordpress.com/2008/05/20/saiba-mais-comprimento- de-onda-das-cores/> Acessado em 26 nov. 2014 Só Física – Velocidade de propagação de ondas. Disponível em: <http://www.sofisica.com.br/conteudos/Ondulatoria/Ondas/velocidade.php> Acessado em 26 nov. 2014 Imagem – Figura de difração. Disponível em: <https://www.google.com.br/search?q=difra%C3%A7%C3%A3o+da+luz&espv= 2&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=2H9fVJaRB4qjNrbVgdAJ&ved=0C DAQsAQ&biw=1280&bih=699#facrc=_&imgdii=_&imgrc=gC3D- klyiXuC3M%253A%3BbaYg66uwhRpi5M%3Bhttp%253A%252F%252Falfaconn ection.net%252Fimages%252FOND040204b.gif%3Bhttp%253A%252F%252Fa lfaconnection.net%252Fpag_avsf%252Fond0402.htm%3B363%3B197> Acessado em 09 nov. 2014 Imagem – Esquema de montagem do experimento de difração com fio de cabelo. Disponível em: <http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http%3A%2F%2Fs3.amazonaws.co m%2Fmagoo%2FABAAAexUAAH- 0.jpg&imgrefurl=http%3A%2F%2Fwww.ebah.com.br%2Fcontent%2FABAAAex UAAH%2Frelatorio- difracao&h=187&w=422&tbnid=nOOt64yvUbftEM%3A&zoom=1&docid=GeRJz Yx6gKdd9M&ei=fQdqVMOxC8KoNu7_gagL&tbm=isch&iact=rc&uact=3&dur=36 9&page=1&start=0&ndsp=17&ved=0CB0QMygCMAI> Acessado em 17 nov. 2014
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