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Evolução histórica da classificação fiscal de mercadorias.

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Evolução histórica da classificação fiscal de mercadorias 
Em Genebra, após a 1ª. GM, a Liga das Nações, em 1937, elaborou uma nomenclatura 
que ficou conhecida como Nomenclatura Aduaneira de Genebra (N.A.G), com finalidade 
aduaneira. Esse foi o marco das nomenclaturas aduaneiras. 
Ela se dividia em: 
XXI Seções, 
86 capítulos e 
991 posições 
Esta foi a base e a uniformização das nomenclaturas aduaneiras. 
Em 1938, a mesma Liga das Nações estabeleceu uma lista mínima de mercadorias com 
finalidade estatística e recomendou a todos os seus membros que a utilizassem. 
Em 1940, com a 2ª. Guerra Mundial, as economias mundiais ficaram totalmente 
arrasadas, a Liga das Nações foi dissolvida e deu lugar à ONU, que elaborou uma ampla 
revisão da lista mínima de mercadorias. O resultado dessa revisão foi a CUCI ( 
Classificação Uniforme de Comércio Internacional), que se encontra em vigor até hoje. 
Em 1950, o Conselho Econômico da ONU recomendou a seus membros a utilização da 
CUCI. Nesse sentido, foi remetido a esse conselho a CUCI, para facilitar a avaliação 
econômica de seus membros. 
As referências à CUCI são de efeitos estatísticos. Sua estrutura era: 
10 seções; 
52 divisões; 
150 grupos e 
570 subgrupos. 
Quanto à nomenclatura, em 1947, na cidade de Genebra, houve várias reuniões para 
instalação de um organismo supranacional capaz de regular o comércio internacional. 
Nascia, assim, o GATT, com sede na mesma cidade. 
O GATT admite que seus membros se associem formando grupos econômicos, desde que 
seus objetivos sejam o desenvolvimento de uma economia em determinada região, 
formando, assim, as Uniões Aduaneiras. 
Em 15/12/1950, foi criado o Conselho de Cooperação Aduaneira (CCA), com a finalidade 
de elaborar uma única nomenclatura para fins de mercadorias, com a seguinte estrutura: 
1) XXI – Seções / 99 - Capítulos / 1011 - Posições. 
2) A obrigação de os países integrantes utilizarem dois dígitos para o capítulo mais 
dois dígitos para a posição. Exemplo: 00.00. A partir do 5º. dígito, os países 
 
 
poderiam utilizar quantos dígitos fossem necessários, de acordo com sua 
organização interna. 
3) 4 regras gerais para interpretação da nomenclatura do CCA: 
a) Notas de seção e de capítulo 
b) Sumário contendo as XXI seções e os 99 capítulos 
c) Relação nominal de mercadorias codificadas sistemicamente 
d) 3 tomos contendo notas explicativas da nomenclatura do CCA 
Essa nomenclatura se chamou Nomenclatura do Conselho de Cooperação Aduaneira 
(NCCA). Ela era estática. Novos produtos desenvolvidos devido ao grande 
desenvolvimento tecnológico do pós-guerra, tinham que ser enquadrados no capítulo 
90(outros) ou 99(quaisquer outros). Com isso, criou-se a necessidade de uma nova 
nomenclatura mais dinâmica. 
Desta forma, em 1970, a ONU autorizou, em Bruxelas, o estudo da NCCA, de modo a 
torná-la mais atualizável. Esse estudo durou 13 anos. 
Em 1983, o projeto da NCCA foi enviado aos países integrantes do Conselho de 
Cooperação Aduaneira. Esse projeto foi entregue também a Portugal e ao Brasil. 
O governo brasileiro enviou o projeto para avaliação do Comitê de Nomenclatura, criado 
pelo Decreto Lei 37/66, e, a partir dessa avaliação, a NCCA passou a ser obrigatória nas 
pautas dos direitos aduaneiros. 
Em 1986, no Conselho de Cooperação Aduaneira em Bruxelas, houve a conferência 
internacional para aprovação do projeto de atualização da NCCA, que passou a ser 
denominada SHDCM (Sistema Harmonizado de Designação de Codificação de 
Mercadorias), mais conhecido por SH, simplesmente. 
Esse projeto estabeleceu que os países membros do CCA e os blocos econômicos tinham 
que utilizar o SH até 01/01/1989, obrigatoriamente. 
Em 1986, no Brasil, o presidente Sarney afirmou que só colocaria em vigor o referido 
sistema em 01/01/1989. 
A estrutura do SHDCM era a seguinte: 
XXI- Seções 
 99– Capítulos 
 1241– Posições 
5019– Subposições. 
Com a obrigatoriedade de utilizar 6 dígitos (2 para o capítulo, 2 para a posição e mais 2 
para a subposição) , sendo que, a partir do 7º dígito, seria livre a quantidade de dígitos 
para classificar internamente o produto. Ex.: 00(capítulo),00(posição), 00(subposição), 
00(livre) 
 
Obrigatoriedade de utilização: 
 
 
a) Nas tarifas dos direitos aduaneiros (II e IE) 
b) Nas tarifas dos fretes 
c) Nas estatísticas de COMEX 
d) Nas estatísticas de produção 
e) Nas estatísticas dos modais de transporte 
f) Nas tarifas dos tributos internos (IPI e ICMS) 
Verifica-se que, até o momento, todos os países estão cumprindo as obrigatoriedades do 
SH, inclusive as companhias de transporte. 
A partir de 1995, o CCA passou a se chamar OMA (Organização Mundial das Alfândegas / 
ou Aduaneira). A sede ainda permanece em Genebra, todavia, além do objetivo de manter 
atualizada a nomenclatura do SH, tem, atualmente, o objetivo de unificar as atividades 
aduaneiras dos países membros. 
Quanto mais elaborado humanamente o produto, mais alto será o número do seu capítulo. 
Exemplo: 
SEÇÃO I: ANIMAIS VIVOS E PRODUTOS DO REINO ANIMAL 
CAPÍTULOS DESCRIÇÃO 
01 Animais vivos 
 comestíveis 
ertebrados 
de aves; mel natural, etc. 
05 Outros produtos de origem animal 
SEÇÃO II: PRODUTOS DO REINO VEGETAL 
Plantas vivas e produtos de floricultura 
07 .... 
ÇÃO DE IMAGENS E DE SOM EM TELEVISÃO E SUAS PARTES E 
ACESSÓRIOS 
s, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos 
mecânicos e suas partes 
 SEÇÃO XXI: OBJETOS DE ARTE, DE COLEÇÃO E ANTIGUIDADES 
97 Objetos de Arte, de Coleção e Antiguidades 
 98/99 Exclusivos dos países membros (o Brasil não faz parte) 
itos (obrigatórios pelo SH) 
mais 4 dígitos (itenização), perfazendo um total de 10 dígitos. 
00(capítulo).00(posição).00(subposição).00(item).00(subitem) 
02 Carnes e miudezas
03 Peixes, crustáceos, moluscos e outros inv
aquáticos 
04 Leite, laticínios; ovos 
06 
SEÇÃO XVI: MÁQUINAS E APARELHOS, MATERIAL ELÉTRICO E SUAS PARTES, 
APARELHOS DE GRAVAÇÃO OU DE REPRODUÇÃO DE SOM, APARELHOS DE GRAVAÇÃO 
OU REPRODU
84 Reatores nucleare
 O Brasil, em 01/01/1989, instituiu a NBM/CH (Nomenclatura Brasileira de Mercadorias) 
baseada no SH. Essa nomenclatura utilizava os 6 primeiros díg
 
 
Ao assinar o tratado de Assunção, nascia o MERCOSUL, em 26 de março de 1991, fato 
que fez com que utilizássemos uma nomenclatura comum chamada de NCM 
(Nomenclatura Comum do Mercosul), que passou a integrar a nossa TEC (Tarifa Externa 
Comum) com apenas 8 dígitos. 
 Classificar uma mercadoria é proceder no correto enquadramento dessa mercadoria em 
determinada posição da nomenclatura. 
A nomenclatura é uma lista ou relação de mercadorias e produtos, desenvolvida de forma 
sistemática, dentro de uma estrutura lógica, em que a codificação das mercadorias é 
estabelecida por uma combinação de números. 
Por que e para que classificar ? 
Classificamos para conhecer o tratamento que vai incidir sobre toda a operação que 
envolve a mercadoria: impostos, anuências, certificados, mecanismos de defesa 
comercial, entre outros. A responsabilidade pela classificação fiscal é do interessado: 
importador ou exportador, que vai fazê-lo com base na nomenclatura vigente. 
A nomenclatura atualmente vigente é fruto da Convenção Internacional sobre o Sistema 
Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias e está sob a supervisão da OMA 
- Organização Mundial das Alfândegas. É conhecida simplesmente como SH - Sistema 
Harmonizado. 
O Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias, ou simplesmente 
Sistema Harmonizado (SH), é um método internacional de classificação de mercadorias, 
baseado em uma estrutura de códigos e respectivas descrições. 
Este Sistema foi criado para promover o desenvolvimento do comércio internacional, assim 
como aprimorar a coleta, a comparaçãoe a análise das estatísticas, particularmente as do 
comércio exterior. Além disso, o SH facilita as negociações comerciais internacionais, a 
elaboração das tarifas de fretes e das estatísticas relativas aos diferentes meios de transporte 
de mercadorias e de outras informações utilizadas pelos diversos intervenientes no comércio 
internacional. 
A composição dos códigos do SH, formados por seis dígitos, permite que sejam atendidas as 
especificidades dos produtos, tais como origem, matéria constitutiva e aplicação, em um 
ordenamento numérico lógico, crescente e de acordo com o nível de sofisticação das 
mercadorias. 
O Sistema Harmonizado (SH) abrange: 
• Nomenclatura – Compreende 21 seções, é composta por 96 capítulos, além das Notas de 
Seção, de Capítulo e de Subposição. Os capítulos, por sua vez, são divididos em posições 
e subposições, atribuindo-se códigos numéricos a cada um dos desdobramentos citados. 
Enquanto o Capítulo 77 foi reservado para uma eventual utilização futura no SH, os 
Capítulos 98 e 99 foram reservados para usos especiais pelas Partes Contratantes. O 
Brasil, por exemplo, utiliza o Capítulo 99 para registrar operações especiais na 
exportação. 
• Regras Gerais para a Interpretação do Sistema Harmonizado – Estabelecem as regras 
gerais de classificação das mercadorias na Nomenclatura. 
• Notas Explicativas do Sistema Harmonizado (NESH) – Fornecem esclarecimentos e 
interpretam o Sistema Harmonizado, estabelecendo, detalhadamente, o alcance e o 
conteúdo da Nomenclatura. 
 
 
A estrutura do Sistema Harmonizado compreende seis dígitos de uso múltiplo e uma 
estrutura básica firmada em uma série de posições subdivididas em quatro dígitos, 
finalizando o conjunto de 21 seções, 96 capítulos. 
Cada POSIÇÃO está identificada por quatro dígitos, sendo que os dois primeiros indicam o 
CAPÍTULO, enquanto os dois últimos, a posição dento do respectivo CAPÍTULO. 
As POSIÇÕES podem ainda estar subdivididas em duas ou mais SUBPOSIÇÕES de um 
travessão, que podem ser denominadas SUBPOSIÇÃO SIMPLES, e, quando necessário, 
estas se subdividem em duas ou mais SUBPOSIÇÕES de dois travessões, conhecidas como 
SUBPOSIÇÃO COMPOSTA. 
O Sistema Harmonizado compreende, assim, grupos ou categorias separados de artigos 
identificados por seis dígitos iniciais, que correspondem à POSIÇÃO, enquanto o quinto e 
o sexto dígitos identificam as SUBPOSIÇÕES de um travessão (-) e dois travessões (--), 
respectivamente. Quando uma determinada posição não se encontra desdobrada em 
SUBPOSIÇÕES , estas são representadas por um par de zeros (00).

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