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Aula 05

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DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR 1 
Aula 5: Educação universitária .............................................................. 2 
Introdução .................................................................................................. 2 
Conteúdo ..................................................................................................... 3 
Formação de professor e Didática .................................................................... 3 
Como fazer ensino? ........................................................................................ 3 
Aprendizagem no âmbito universitário .............................................................. 4 
O processo de ensino-aprendizagem universitário.............................................. 5 
O ato de ensinar e o ato de aprender ............................................................... 5 
Especificidade do processo de ensino-aprendizagem universitário ....................... 6 
Teoria e prática .............................................................................................. 7 
Diálogo interdisciplinar .................................................................................... 8 
Atividades, dinâmicas e estratégias .................................................................. 8 
Pluralização e diversificação das atividades, dinâmicas e estratégias ................... 9 
Formação de novos sujeitos ............................................................................ 9 
Atividade proposta ......................................................................................... 10 
Aprenda Mais ............................................................................................ 11 
Referências ............................................................................................... 11 
Exercícios de fixação ................................................................................. 12 
 
Chaves de resposta .................................................................................... 14 
Atividade proposta ......................................................................................... 14 
Exercícios de fixação ...................................................................................... 14 
 
 
 
 
DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR 2 
Introdução 
Nesta aula, daremos novos passos em torno da reflexão sobre o objeto da 
Didática – o processo de ensino-aprendizagem – suas dimensões e seus 
estruturantes, com a finalidade de ajudar você a ir construindo conhecimentos 
no campo da Didática, uma Didática mais “antenada” com as exigências e/ou 
características da sociedade atual e dos sujeitos que dela fazem parte e que estão 
vivendo processos de ensino-aprendizagem, no nosso caso específico, na 
universidade. 
 
Queremos chamar a sua atenção para a importância de você fazer sua caminhada 
ao longo do estudo dessa disciplina, tendo sempre presente uma atitude crítica 
e criativa diante das ideias e/ou propostas que são apresentadas. Procure, na 
medida do possível, confrontá-las com outros autores e, até mesmo, com outros 
professores. 
 
A articulação entre teoria e prática é outra atitude muito saudável. Ressaltamos, 
em consonância com Paulo Freire (2007), que a reflexão crítica sobre a prática 
se torna uma exigência da relação Teoria/Prática sem a qual a teoria pode perder 
importância e a prática virar ativismo. 
 
Objetivo: 
Identificar e compreender os elementos, bem como as especificidades que 
configuram o processo de ensino-aprendizagem (enquanto objeto da 
Didática), no âmbito universitário. 
 
 
DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR 3 
Conteúdo 
Formação de professor e Didática 
Ao longo de nossas primeiras quatro aulas tivemos a oportunidade de refletir 
sobre alguns temas que consideramos relevantes para a formação e/ou 
atualização do professor universitário no contexto da nossa Disciplina de Didática 
do Ensino Superior e que estão relacionados a aspectos como: 
 
 A complexidade e os desafios do trabalho docente, especialmente, no 
âmbito do Ensino Superior; 
 O movimento da Didática, prioritariamente no Brasil; 
 A polissemia dos conceitos e/ou do significado de Didática, chegando a 
propor uma agenda para a Didática hoje; 
 As diversas abordagens pedagógicas e seus impactos na Didática. 
 
Esses temas foram tratados no sentido de nos ajudar a desconstruir um 
conceito meramente instrumental acerca da Didática, para então 
construir um conceito cuja concepção e prática nos ajude a 
implementar um processo de ensino-aprendizagem mais “antenado” 
com as exigências tanto dos sujeitos que dele participam como da 
sociedade onde vivem. 
 
Como fazer ensino? 
Diante do que estudamos até aqui, ficou clara para você a nossa posição de que 
é necessário superar uma visão reducionista e muito comum de que a Didática 
só se preocuparia com o “como fazer” ou com o “como ensinar”? Isso porque 
não é possível responder de forma isolada à pergunta “como fazer ensino”. 
 
 
 
 
DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR 4 
É necessário que esta mesma pergunta seja feita simultaneamente a outras 
perguntas, tais como: 
 
 Por quê? 
 Para quê? 
 Para quem? 
 Onde? 
 O quê? 
 Quando? 
 Em que espaços fazer? 
 
Essas e outras questões nos permitirão dar sentido ao “como fazer”, ou 
seja, à prática educativa. 
 
 
Atenção 
 Especialmente no contexto de uma perspectiva crítica e 
intercultural não podemos pensar no processo de ensino 
dissociado do processo de aprendizagem. Portanto, o objeto da 
Didática é o processo de ensino-aprendizagem. 
 
Aprendizagem no âmbito universitário 
Até agora, vimos a prática educativa de uma maneira geral. Mas e no âmbito 
universitário? Você já se questionou sobre o processo de ensino-aprendizagem 
no ensino superior? 
 
Refletir acerca desse processo no âmbito universitário (considerando nossos 
interesses mais específicos) implica: 
 
...Pensar na relação que se estabelece entre professor, alunos e conhecimentos, 
sempre de forma contextualizada. 
 
 
DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR 5 
...Pensar o processo de ensino-aprendizagem articulando tais elementos ou 
estruturantes que o configuram (professor/aluno/conhecimentos/contextos), 
segundo os princípios norteadores da perspectiva crítica e intercultural, o que 
supõe pensar o processo de ensino-aprendizagem incorporando não somente os 
princípios, mas também as características que configuram tal perspectiva. 
 
O processo de ensino-aprendizagem universitário 
Nossa experiência indica que, no ambiente universitário, é comum que as aulas 
aconteçam obedecendo a um padrão pouco dinâmico, ou seja, quase sempre são 
aulas expositivas realizadas pelo professor em um tom formal e frequentemente 
distante dos alunos. 
 
Várias vezes, mesmo utilizando recursos didáticos mais avançados, como o 
computador, por exemplo, essas aulas ainda sugerem pequenas palestras com 
pouca interatividade. 
 
Reconhecemos, portanto, que “nesse contexto, o ato de ensinar resume-se ao 
momento da aula expositiva, encerrando-se nele e desconsiderando que da ação 
de ensinar, se conduzida de acordo com os fins educacionais, decorreria a ação 
de aprender”. (PIMENTA e ANASTASIU, 2002). 
Diante do que estudamos até aqui, você considera esse cenário expositivo como 
a melhor forma de estabelecer um processo de ensino-aprendizagem de sucesso? 
A seguir, veremos algumas considerações importantes a respeito disso. 
 
O ato de ensinar e o ato de aprender 
Para estabelecermos um processo de ensino-aprendizagem de sucesso, é 
fundamental pensarmos o ato de ensinar de modo articulado com o atode 
aprender. Por isso mesmo, entendemos que o termo “ensinagem” expressa muito 
bem o que estamos querendo dizer: ensinar e aprender são processos em 
interação e/ou em diálogo permanentes. 
 
 
 
DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR 6 
De acordo com Pimenta e Anastasiu (2002), “na ensinagem, a ação de ensinar é 
definida na relação com a ação de aprender, pois para além da meta que revela 
a intencionalidade, o ensino desencadeia necessariamente a ação de aprender”. 
 
Especificidade do processo de ensino-aprendizagem universitário 
Anteriormente, vimos os fatores que devemos considerar ao refletirmos sobre o 
processo de ensino-aprendizagem no ensino superior e compreendemos que é 
de extrema importância pensarmos o ato de ensinar de modo articulado com o 
ato de aprender. 
 
A partir do que vimos, quais aspectos devemos considerar, então, como 
a especificidade do processo de ensino-aprendizagem universitário? 
 
Segundo nosso entendimento, um primeiro e fundamental aspecto a ser 
considerado está relacionado à necessidade de superar a visão de que cabe ao 
professor ensinar e ao aluno aprender. Quer dizer, superar a ideia de que cabe 
ao professor dar aula e ao aluno, por sua vez, assisti-la (aliás, essa é uma 
perspectiva a ser superada em qualquer nível de escolaridade). 
 
Em outras palavras, superar um jeito tradicional de fazer acontecer o processo 
de ensino-aprendizagem (muitas vezes fruto da experiência do professor como 
aluno) para adotar uma perspectiva na qual, segundo Pimenta e Anastasiu (2002) 
a “construção e a parceria sejam elementos fundamentais da relação”. 
 
 
 
DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR 7 
 
Atenção 
 Segundo Paulo Freire (2007), “[...] ensinar não é transferir 
conhecimentos, mas criar as possibilidades para a sua própria 
produção ou a sua construção”. 
 
Diante disso, nossa proposta é, portanto, entender o sistema de 
ensino-aprendizagem como um processo que se constrói 
coletivamente na relação entre professores e alunos pautada 
pelo diálogo. 
 
Teoria e prática 
No espaço da universidade, é importante que o professor esteja atento a dois 
aspectos relevantes que devem ser considerados no processo de ensino-
aprendizagem. Vejamos: 
 
Articulação do processo de ensino-aprendizagem com as atividades de 
extensão 
Essa articulação implica, inclusive, em uma saudável articulação entre teoria e 
prática. 
 
Trabalho dos conhecimentos ou, de modo mais especifico, 
conhecimentos acadêmicos e/ou científicos na sala de aula 
De acordo com Pimenta e Anastasiu (2002), tradicionalmente, tende-se a 
explicitar o “conteúdo das disciplinas, com suas definições ou sínteses, 
desconsiderando que foram historicamente construídas em um dado contexto, 
como sínteses temporárias, afirmações técnicas interligadas a uma pesquisa 
científica especial e com propósitos teóricos”. 
 
Quando isso acontece, corremos o risco de comprometer não só a compreensão 
e a própria aprendizagem crítica desses conteúdos e/ou conhecimentos como 
 
 
DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR 8 
também de excluir de todo o processo aspectos como “a historicidade das 
ciências, a rede teórica que permitiu chegar àquela definição ou àquela fórmula, 
isto é, o conjunto de nexos determinantes daquele conceito ou síntese teórica 
que possibilitou sua construção. A ausência desses aspectos sociais e históricos 
deixa o conhecimento solto, desconectado, sem nexo, fragmentado” (PIMENTA 
E ANASTASIU, 2002). 
 
Diálogo interdisciplinar 
No espaço universitário, além da relevância do diálogo interdisciplinar, para evitar 
a fragmentação dos conhecimentos acadêmicos e/ou científicos, é importante 
que haja diálogo entre esses conhecimentos com aqueles que são fruto da 
experiência dos alunos e da vida cotidiana, identificados aqui como os saberes 
sociais de referência. 
 
Esse diálogo é relevante na medida em que: 
 
 Favorece a construção de conhecimentos por parte do aluno; 
 Auxilia a realização de aprendizagens significativas; 
 Cria a possibilidade de construção de novas sínteses. 
 
Na sua opinião, de que maneira os professores universitários podem estabelecer 
esses diálogos na sala de aula? 
 
Atividades, dinâmicas e estratégias 
Nesse momento em que refletimos sobre as especificidades do processo de 
ensino-aprendizagem universitário é importante mencionar a questão das 
próprias atividades e/ou dinâmicas e/ou estratégias a serem utilizadas na vivência 
desse processo. 
 
Diante das considerações feitas até aqui, concebê-las e/ou selecioná-las é mais 
um desafio que exige ter presente, em primeiro lugar, que não há fórmulas 
 
 
DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR 9 
prontas e universais quando se trata de pensar o desenho dessas atividades e/ou 
dinâmicas e/ou estratégias. 
 
Muito mais do que pensar e/ou conceber fórmulas, é necessário ter em mente 
princípios claramente definidos, que devem estar pautados por uma perspectiva 
didático-pedagógica crítica e intercultural, para depois desenhar essas dinâmicas. 
 
Pluralização e diversificação das atividades, dinâmicas e 
estratégias 
Como você já viu nas outras aulas, a perspectiva didático-pedagógica crítica e 
intercultural concebe o processo de ensino-aprendizagem como multidimensional 
e reconhece que ele deve: 
 
 Ser contextualizado; 
 Ter os alunos e suas diferenças culturais (incorporadas como vantagens 
pedagógicas) como elementos configuradores centrais, apostando e 
valorizando o diálogo intercultural; 
 Promover a autonomia e a emancipação alunos; 
 Estimular a descoberta, a curiosidade, o exercício da análise crítica, a 
criatividade; 
 Apostar na construção coletiva, nas parcerias e/ou na participação intensa 
de todos os sujeitos nele envolvidos, entre outras características. 
 
Isso significa dizer que as atividades e/ou dinâmicas e/ou estratégias adotadas 
no espaço universitário precisam ser plurais, diversificadas e levar em conta por 
que foram concebidas e/ou selecionadas e, ainda, para que servem e a quem 
estão servindo. 
 
Formação de novos sujeitos 
Diante de todo esse contexto que vimos anteriormente, entendemos que pensar, 
conceber e implementar o processo de ensino-aprendizagem no espaço 
 
 
DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR 10 
universitário envolve, portanto, reconhecer sua complexidade, bem como a 
importância de manter o diálogo com seus princípios, objetivos, sujeitos e com 
os contextos no qual está inserido. 
 
Compreendido e vivido nesses termos, o processo de ensino-aprendizagem, ou 
melhor, o processo de “ensinagem” universitário, pode se constituir em uma 
verdadeira aventura, na busca da aquisição e da construção de conhecimentos 
que contribuam para a formação de novos profissionais e, principalmente, para 
a formação de novos sujeitos capazes de intervir e transformar as diferentes 
dimensões da realidade. 
 
 
Atenção 
 Para finalizar esta aula, é preciso dizer que não esgotamos todas 
as características que configuram o processo de ensino-
aprendizagem universitário, concebido e realizado segundo uma 
abordagem crítica e intercultural, assumida como norteadora de 
nossas reflexões. 
 
Por isso, provocamos você a buscar ampliar essa discussão, seja 
lendo outros autores que abordam essa temática, seja 
conversando com outros professores universitários, seja 
trocando ideias com os demais alunos que participam de nosso 
curso. 
 
Atividade proposta 
Agora que terminamos nossa aula, vamos realizar uma atividade, a fim de testar 
o conhecimento aprendido? 
 
Responda à seguinte questão: que limites e possibilidades o estudo de caso, bem 
comooutras dinâmicas ou outros procedimentos didáticos apresentam quando 
 
 
DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR 11 
utilizados na sala de aula universitária para a construção de conhecimentos pelo 
aluno? 
 
 
Aprenda Mais 
Para saber mais sobre os assuntos abordados nesta aula, leia os textos: 
• PIMENTA, S. G.; ANASTASIU, L. G. C. Do ensinar à ensinagem. In: 
Docência do Ensino superior. V. I. São Paulo: Cortez, 2002, cap. IV, p. 201 
a 243; 
• LEITE, M. S. Diversidade e saberes no ensino superior, 2005. 
 
 
Referências 
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 
São Paulo: Paz e Terra, 2007. 
 
LEITE, M. S. Diversidade e saberes no ensino superior, 2005. 
 
PIMENTA, S. G.; ANASTASIOU, L. G. C. Do ensinar à Ensinagem. In: Docência 
no Ensino Superior, vol. I. São Paulo: Cortez, 2002. p. 201 a 243. 
 
RIBEIRO, M. L. O Ensino Universitário: um olhar sobre as representações de 
estudantes de Licenciatura, 2008. 
 
 
 
 
DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR 12 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
De acordo com as reflexões apresentadas nesta aula, podemos dizer que o objeto 
da Didática é o processo de: 
a) Ensino. 
b) Ensino-aprendizagem. 
c) Avaliação. 
d) Aprendizagem. 
 
 
Questão 2 
O termo "ensinagem" utilizado por nós, nesta aula, sugere que ensinar e 
aprender são processos: 
a) Indissociáveis 
b) Independentes 
c) Paralelos 
d) Diferentes 
 
 
 
 
 
DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR 13 
Questão 3 
Tendo presente o processo ensino-aprendizagem que ocorre no espaço 
universitário, estamos propondo superar: 
a) O diálogo entre professor e aluno. 
b) A valorização das diferenças culturais. 
c) A articulação de conhecimentos. 
d) A centralidade das aulas expositivas. 
 
 
Questão 4 
Ainda sobre o processo de ensino-aprendizagem que acontece no âmbito 
universitário, consideramos importante enfatizar: 
a) A transmissão de conhecimentos 
b) As construções coletivas. 
c) A hierarquia de saberes. 
d) A realização de conferências. 
 
Questão 5 
Já em relação às atividades e/ou dinâmicas e/ou estratégias adotadas para fazer 
acontecer o processo de ensino-aprendizagem universitário, recomendamos: 
a) Padronizá-las. 
b) Centralizá-las no professor. 
c) Diversificá-las. 
d) Personalizá-las 
 
 
DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR 14 
Atividade proposta 
O importante é valorizar sua reflexão crítica e livre. No entanto, é importante, em 
função do que você aprendeu nesta aula, indicar que a viabilidade de acontecer 
a construção de conhecimentos e a consequente realização de aprendizagens 
significativas aumenta em função da diversificação de dinâmicas e/ou 
procedimentos didáticos utilizados. 
 
Você poderá ressaltar que um trabalho didático-pedagógico centrado 
exclusivamente em aulas expositivas pouco ou nada contribui para incentivar 
suas próprias elaborações e/ou construções, além de comprometer a 
implementação de uma pedagogia do diálogo, tão necessária à construção do 
pensamento crítico e criativo, dimensão relevante para a construção de 
conhecimentos pelos alunos. 
 
Por exemplo, no caso específico do estudo de caso utilizado como procedimento 
didático é importante perceber que, embora seja apenas mais uma alternativa, 
se trata de uma dinâmica que pode ajudar na tão necessária articulação teoria-
prática, contribuindo, inclusive, para a construção de seus próprios 
conhecimentos, na medida em que você, ao refletir e analisar casos concretos, 
pode articular suas experiências com os demais conhecimentos e saberes 
“veiculados” em sala de aula. 
 
Repare que o texto referente ao caso (Harvard) selecionado para esta aula pode 
ajudar a enriquecer essa resposta. 
 
Exercícios de fixação 
Questão 1 - B 
Justificativa: Embora motivo de vários debates, afirmamos – no espaço de estudo 
de nossa disciplina – que o objeto da Didática é o processo de ensino-
 
 
DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR 15 
aprendizagem, valorizando assim a dimensão intrínseca da relação entre cada 
um desses processos (o de ensino e o de aprendizagem).Além disso, tomar o 
processo de ensino-aprendizagem como objeto da Didática permite superar uma 
perspectiva comum de que a Didática responde apenas ao "como ensinar" ou 
"como fazer". Ao contrário, entendemos que não é possível pensar o "como 
fazer", sem articular com o "porque", "para que", "que" e "para quem" fazer, 
entre outras questões. A segunda alternativa, portanto, é a correta porque, 
inclusive, supera uma visão reducionista do que se entenderia por Didática. 
 
Questão 2 - A 
Justificativa: A justificativa apresentada na primeira questão pode ser aqui 
também utilizada para fundamentar o fato da primeira alternativa ser a correta. 
Por sua vez, um trecho da própria aula dá suporte à escolha de tal alternativa 
como a correta. 
(...) é fundamental pensar o ato de ensinar de modo articulado com o ato de 
aprender. Por isso mesmo, entendemos que o termo “ensinagem” expressa muito 
bem o que estamos querendo dizer: ensinar e aprender são processos em 
interação e/ou em diálogo permanentes. “Na ensinagem, a ação de ensinar é 
definida na relação com a ação de aprender, pois para além da meta que revela 
a intencionalidade, o ensino desencadeia necessariamente a ação de aprender” 
(PIMENTA e ANASTASIU, 2002). 
 
Questão 3 - D 
Justificativa: A ideia de superar uma perspectiva tradicional, que enfatiza o 
processo de ensino, ou seja, a transmissão do conhecimento, adotando a aula 
expositiva, centrada no professor, tem sido objeto de nossas reflexões de forma 
bastante enfática. A proposta de conceber e realizar uma prática orientada pela 
Didática Crítica e Intercultural tem sido largamente apresentada, ao longo de 
nossa disciplina. O que sugere ênfase no diálogo, na valorização das diferenças 
culturais e na articulação de conhecimentos. Assim, o único procedimento a ser 
superado seria o das aulas expositivas que coloca toda a ênfase no professor e 
no conhecimento por ele priorizado. 
 
 
DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR 16 
Questão 4 - B 
Justificativa: Reiteramos que a segunda alternativa é a correta, utilizando o 
próprio texto desta aula, aqui reproduzido. 
 
(...) quando o tema em debate é o processo de ensino-aprendizagem 
universitário, outro aspecto que nos parece relevante diz respeito à própria 
questão dos conhecimentos ou, de modo mais especifico, aos conhecimentos 
acadêmicos e/ou científicos trabalhados na sala de aula universitária. 
Tradicionalmente, tende-se a explicitar que “o conteúdo das disciplinas com suas 
definições ou sínteses, desconsiderando que foram historicamente construídos 
num dado contexto, como sínteses temporárias, afirmações técnicas interligadas 
a uma pesquisa científica especial e com propósitos teóricos”. (PIMENTA E 
ANASTASIU, 2002, p. 207). 
 
Ainda no que se refere aos conhecimentos que circulam no espaço universitário, 
além da relevância do diálogo interdisciplinar, até mesmo para evitar a 
fragmentação dos conhecimentos acadêmicos e/ou científicos, consideramos 
importante que haja diálogo entre esses conhecimentos com aqueles que são 
fruto da experiência dos alunos e da vida cotidiana, identificados aqui como os 
saberes sociais de referência. Tal diálogo nos parece relevante na medida em 
que pode favorecer a construção de conhecimentos por parte do aluno, a 
realização de aprendizagens significativas e criar a possibilidade de construção 
de novas sínteses. 
 
 
Questão 5 - C 
Justificativa: Tendo presente as diversas ideias veiculadas ao longo de nossas 
aulas, e nesta especificamente, lembramosque a proposta do respeito às 
diferenças culturais tem sido bastante enfatizada, como princípio da Didática 
Crítica e Intercultural. Nesse sentido, todas as possibilidades de diversificação 
(inclusive das práticas) têm sido recomendadas por nós, o que justifica a escolha 
da terceira alternativa como a correta.

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