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Semiologia e Avaliação Funcional da Mecânica Ventilatória

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Profa. Thayse Neves
Semiologia e Avaliação Funcional 
da Mecânica Ventilatória 
*
SEMIOLOGIA RESPIRATÓRIA
Coleta de dados 
 Conhecimento 
 Elaborar condutas
 Reavaliações
Alteração de conduta
*
SEMIOLOGIA RESPIRATÓRIA
ANAMNESE
 - Dados pessoais;
 - Antecedentes pessoais e familiares
 - História ocupacional;
 - História prévia;
 - História atual.
EXAME FÍSICO
 - Inspeção;
 - Palpação;
 - Percussão;
 - Ausculta pulmonar.
EXAMES COMPLEMENTARES
 - Laboratoriais
 - Imageologia
*
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS PULMONARES
Manifestações Primárias
Manifestações das VAS:
 Tosse
 Expectoração
 Hemoptise
 Chieira torácica
Manifestação pleural:
 Dor torácica
Manifestações funcionais:
 Cianose
 Dispnéia
*
TOSSE
Mecanismo de defesa objetivando a limpeza
das vias aéreas inferiores e da laringe.
Pode ser adiada, suprimida, provocada e ter sua
 intensidade regulada.
Mecanismo reflexo iniciado após o estímulo de um receptor, porém pode ter também um controle voluntário. 
*
FASES DA TOSSE
IRRITAÇÃO
INSPIRAÇÃO
COMPRESSÃO
EXPULSÃO
*
Receptores
Vias aéreas superiores: laringe, faringe, nariz e seios paranasais 
Vias aéreas inferiores: traquéia, grossos brônquios, árvore brônquica (até 
 bronquíolos respiratórios) 
Canal auditivo externo 
Pericárdio 
Estômago 
Diafragma 
Pleura (?) 
*
COMO ESTIMULAR A TOSSE? 
Comando verbal;
Compressão traqueal externa;
3. Fricção;
4. Sonda de aspiração;
5. Ouvido interno;
6. Ambu;
7. TMA.
*
PONTO DE IGUAL PRESSÃO
PIP Palv = Ppl
*
CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA DA TOSSE
Aguda ( <3 semanas);
Crônica (= ou >3 semanas);
Seca;
Produtiva;
Rouca (=bovina);
Metálica;
Recorrente;
Noturna.
È importante ver e escutar o paciente tossindo
Inflamação,tumores,
ulceração, espasmo e
paralisia das cordas
vocais.
Coqueluche e
compressão extrínseca
da traquéia.
*
EFICÁCIA DA TOSSE
IRRITATIVA
Anestesia;
Depressão do SNC;
 Analgesia;
Narcóticos;
Antitussígenos
EXPIRATÓRIA
Compressão de VA;
Aumento de RVA;
 Obstrução de VA;
Fraqueza da mm. abd.
INSPIRAÇÃO
Dor;
Disf. neuromuscular;
 Disf. pulmonar;
Restrição abdominal;
Rigidez da caixa tor.
COMPRESSIVA
Lesão do Nervo
laringeo;
VAA;
 Fraqueza da mm. Abd.
*
CAUSAS DE TOSSE
Infecções agudas das VA;
Rinossinusite alérgica;
Asma e hiperreatividade brônquica;
Refluxo gastroesofágico;
IECA;
Bronquite crônica;
Bronquiectasias;
ICC;
Infecções pulmonares;
Câncer de pulmão;
Doenças intersticiais difusas.
*
EXPECTORAÇÃO
ESCARRO = MISTURA DE SECREÇÕES
 
Boca
TRI
Nasofaringe
*
INVESTIGAÇÃO CLÍNICA DO ESCARRO
VOLUME
 (= ou > 30 ml)
 
¨ Solicitar ao paciente que expectore¨.
ASPECTO
 Seroso
 Mucóide
 Mucopurulento
 Purulento
 Hemático
 Moldes brônquicos
REOLOGIA:
 Espessa
 Fluída
 Viscosa
 
ODOR:
 Fétido
 
*
HEMOPTISE
= Qualquer sangramento do TRI,
 abaixo da glote.
Valor semiológico: independente da quantidade!!!
Escarro de sangue: definir se é hemóptise
 ou não???
*
FALSA HEMOPTISE
Epistaxe
Hemorragia da orofaringe
Laringe
Hematêmese
Melena
Esôfago
*
ORIGEM DA HEMOPTISE
Sangramento dos vasos da parede brônquica:
Bronquite crônica / Câncer de pulmão;
TP e bronquiectasias;
Parênquima pulmonar;
Distúrbio da integridade do vaso ou da 
 coagulação;
Inflamação, necrose, invasão
Neoplásica e aumento da p. hidrostática.
Pneumonia,
Infarto pulmonar e
Estenose mitral.
*
DOR TORÁCICA
“ Manifestação pulmonar primária da pleural “.
Pleura parietal
Traquéia
Brônquios
Artérias pulmonares
*
DOR TORÁCICA PLEURAL
Somática, local e picante;
Paciente localiza a dor;
Ventilatório-dependente;
Paciente adota a posição de
 repouso ventilatório;
Inibe o reflexo da tosse.
*
MANIFESTAÇÕES FUNCIONAIS
Dispnéia
Cianose
Trocas gasosas;
Órgão de defesa;
Rede vascular
Reações metabólicas;
vocalização
*
DISPNÉIA
Sensação de uma respiração difícil.
Ato de respirar percebido como um 
esforço desagradável.
Sensação subjetiva: aperto no peito, falta de 
ar, fôlego curto, sufocação, cansaço, canseira, 
incapacidade de encher os pulmões...
*
MECANISMOS DA DISPNÉIA
Demanda excesssiva
da ventilação
A. Fisiológica
B. Patológica
Gravidez
Altitude
Exercício
Anemia
Hipertireoidismo
Ansiedade
Acidose metabólica
Insuficiência
 alveolocapilar
*
MECANISMOS DA DISPNÉIA
2. Disúrbio ventilatório
NEUROMUSCULAR
RESTRITIVO
OBSTRUTIVO
MISTO
*
ESCALA DE DISPNÉIA
GRAU ESFORÇO FÍSICO
 0 Dispnéia para exercícios extremos, como correr
 ou para subidas fortes.
 1 Dispnéia para andar depressa no plano ou em
 subidas leves.
 2 Dispnéia para andar no plano com o passo nor-
 mal. Não consegue acompanhar pessoas da
 mesma idade. Obrigado a parar após alguns
 minutos.
 3 Para após 100m ou poucos minutos.
 4 Dispnéia as AVDs – restrito ao domicílio. 
*
6
7 - muito, muito fácil
8
9 - muito fácil
10
11 - fácil
12
13 - ligeiramente cansativo
14
15 - cansatiivo
16
17 - muito cansativo
18
19 - muito, muito cansativo
20 - exausto
Escala de Borg
Med. Sci. Sports Exerc. , 1992.
*
CIANOSE
 
 Coloração azulada da pele e
 mucosas, ocasionado pelo
 aumento da Hb não saturada
 de oxigênio.
Para que ocorra cianose é 
 preciso que exista uma con-
 centração média de pelo 
 menos 5 gr% de Hb reduzida
 no sangue periférico.
Hipoxemia – Sat. de O2 = 88%
 Cianose é uma manifestação
 tardia da hipoxemia.
*
 MECANISMOS DA CIANOSE
Hipoventilação alveolar;
 Insuficiência alveolocapilar;
 Shunt arteriovenoso.
CENTRAL
*
 MECANISMOS DA CIANOSE
 Estados de choque;
 Baixo débito;
 Pele fria, úmida e cianótica
 Fenômeno local;
 Obstrução arterial;
 Obstrução venosa.
PERIFÉRICA
Não responde a oxigenoterapia.
Fluxo tecidual
*
 EXAME FÍSICO
 Inspeção;
 Palpação;
 Percussão;
 Ausculta.
*
EXAME FÍSICO
INSPEÇÃO ESTÁTICA
Observação do estado geral do paciente
Tegumento
Forma do tórax
Retrações torácicas
Abaulamento
*
 INSPEÇÃO
FORMA DO TÓRAX
Chato ou plano 
cifoescoliótico 
em tonel ou globoso 
cariniforme 
*
 INSPEÇÃO
FORMA DO TÓRAX
infundibuliforme 
*
BAQUETEAMENTO DIGITAL
*
EXAME FÍSICO
INSPEÇÃO DINÂMICA
 Tipos Respiratórios
 Padrão Respiratório
 Anormalidades do Ritmo Respiratório
*
EXAME FÍSICO
INSPEÇÃO DINÂMICA
 Freqüência Respiratória
 Expansibilidade Torácica
 Sinais de uso de musculatura acessória
*
PALPAÇÃO
 Edema
 Contraturas musculares
 Enfisema subcutâneo
 Sensibilidade
 Elasticidade
 Expansibilidade torácica
 Frêmito Tóraco-vocal
*
AUSCULTA PULMONAR
*
AUSCULTA PULMONAR
ESTRUTURA ANATÔMICA E O FLUXO AÉREO
Estrutura n Área Fluxo
Traquéia 1 5 cm2 turbulento
Brônquios 1 000 13 cm2 transicional
Bronquíolos 630 000 180 cm2 laminar
Alvéolos 300x106 70 m2 difusional
SOM BRONQUIAL
SOM BRONCOVESICULAR
SOM VESICULAR
*
AUSCULTA PULMONAR
CLASSIFICAÇÃO DOS SONS
SOM BRONQUIAL NO TÓRAX
Consolidação e cavitação
Sopro tubário
Soprosa
SOM BRONQUIAL REDUZIDO
DP, Pneumotórax e alt. Pleurais
Obesos
DPOC
*
AUSCULTA PULMONAR
SONS ADVENTÍCIOS
CREPTAÇÕES
Sons descontínuos, explosivos
e de curta duração.
Presença de secreções nas
Grandes vias aéreas e
reabertura súbita de brônquios
previamente colapsados
*
AUSCULTA PULMONAR
SONS ADVENTÍCIOS
 CREPTAÇÕES
CLASSIFICAÇÃO MECANISMO
Creptações grossas variáveis 
Creptações inspiratória e expiratória
variável
Creptações grossas e fixas
Creptações proto-inspiratória
Creptações protomesoinspiratória
Creptações inspiratória e expiratória
 fixa
Creptações finas teleinspiratórias 
Secreções em grandes vias
áereas
Fechamento e reabertura
de brônquios
Fechamento e rebertura
de bronquíolos
*
AUSCULTA PULMONAR
SONS ADVENTÍCIOS
SIBILOS
Sons contínuos, musicais
e de maior duração.
Origem nas vias aéreas
Vibrações das paredes
brônquicas
Limitação ao fluxo áereo
*
AUSCULTA PULMONAR
SONS ADVENTÍCIOS
 SIBILOS
CLASSIFICAÇÃO MECANISMO
Sibilos expiratórios 
Sibilos inspiratórios e expiratórios
Sibilos graves ou roncos 
Vibrações rápidas
de paredes brônquicas 
trazidas ao ponto de oclusão.
*
AUSCULTA PULMONAR
ROTEIRO BÁSICO PARA CLASSIFICAR OS RUÍDOS
ADVENTÍCIOS
Som contínuo ou de curta duração?
Em que fase do ciclo respiratório o ruído se encontra?
Inspiração ou expiração?
Logo no início da inspiração ou no final?
Nas duas fases?
O ruído é grosso ou fino?
Fixo ou variável com a tosse?
*
AVALIAÇÃO CINESIOFUNCIONAL
*
Avaliação cinesiofuncional
Força dos músculos respiratórios (movimento da caixa torácica) 
Capacidade de gerar pressão, fluxos e assim deslocar volumes
*
Reserva fisiológica
Doença cardíaca ou pulmonar
Medidas de função cardiopulmonar:
Avaliar a incapacidade e os efeitos da intervenção terapêutica
*
“ entender exatamente que medida está sendo realizada e sob que circunstâncias ela é válida antes de se avaliar sua importância”
*
Coerência e precisão
 “Consensos”
ATS/ERS Statement on Respiratory Muscle Testing;2002.
Diretrizes de função pulmonar. J Pneumologia 2002;28(3):S2-S16.
Procedimentos das medidas
Expressão dos resultados
 (valores de referência)
*
IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO
CINESIOFUNCIONAL
1. Quantificar parâmetros da função 
 ventilatória;
2. Instituir uma conduta terapêutica;
3. Marcador funcional;
4. Avaliar a funcionalidade das
 condutas instituídas.
*
AVALIAÇÃO
CINESIOFUNCIONAL
MANOVACUOMETRIA
VENTILOMETRIA
PEAK FLOW
*
MANOVACUÔMETRO
É um manômetro 
anaeróide a vacúo, 
que tem por finalidade
 medir pressões 
positivas (manômetro) 
e pressões negativas 
(vacuômetro).
*
Pimáx (pressão negativa)
Força muscular inspiratória
 (VR x CRF)
Pemáx (pressão positiva)
Força muscular expiratória
 (CPT)
Vias aéreas ocluídas
Sob esforço máximo
Manter durante 1 segundo
*
recomendações
a) seja de cinco o número máximo de manobras; 
b) sejam obtidas três manobras aceitáveis (i.e., sem vazamentos e com duração de pelo menos dois segundos);
 c) de cada manobra, anote-se a pressão mais elevada (mais negativa) alcançada após o primeiro segundo; 
d) haja, entre as manobras aceitáveis, pelo menos duas manobras reprodutíveis, i.e., com valores que não difiram entre si por mais de 10% do valor mais elevado.
DIRETRIZES PARA TESTES DE FUNÇÃO PULMONAR
2002
*
Valores de referência e limiares de normalidade
Black LF, Hyatt RE. Maximal respiratory pressures: normal values and
relationship to age and sex. Am Rev Respir Dis 1969;99:696-702.
*
Valores de referência e limiares de normalidade
Harik-Khan RI, Wise RA, Fozard JL. Determinants of maximal inspiratory pressure: the Baltimore Longitudinal Study of Aging. AM J RESPIR CRIT CARE MED 1998;158:1459–1464.
*
EXEMPLO:
SEXO: F
IDADE: 35a
PESO: 60kg
ALTURA: 1,6m
PImáx: 55 cmH2O
PImáx = 171 – 0,694 X 35 + 0,861 X 60 – 0,743 X 160
PImáx (predito) = 79,49 cmH2O
PImáx(obtida): 55 cmH2O
PImáx(%predito):69,2%
*
Manovacuometria
Valores normais: Pimáx Pemáx (cmH2O)
 Homens 111  34 93  30
 Mulheres 72  26 68  15
Pimáx = -50cmH2O Disfunção muscular
Pimáx = -20 cmH2O Prótese ventilatória
Cid Marcos, 1994( provas de função pulmonar no CTI)
*
Pimáx
*
DISFUNÇÕES DOS MÚSCULOS 
RESPIRATÓRIOS
Fraqueza muscular respiratória (Pi máx. = - 70 a - 45 cmH2O).
Fadiga muscular respiratória (Pi máx. = - 40 a - 25 cmH2O).
Falência muscular respiratória (Pi máx. = < - 20 cmH2O).
*
Pressões X volumes
*
PARÂMETROS VENTILATÓRIOS
VENTILOMETRIA
VM
VC
CV
CI
*
Inspiratory-to-Total Lung Capacity Ratio Predicts
Mortality in Patients with Chronic Obstructive
Pulmonary Disease
Ciro Casanova et al. Am J Respir Crit Care Med Vol 171. pp 591–597, 2005
*
Inspiratory-to-Total Lung Capacity Ratio Predicts
Mortality in Patients with Chronic Obstructive
Pulmonary Disease
Ciro Casanova et al. Am J Respir Crit Care Med Vol 171. pp 591–597, 2005
*
Capacidade Vital
*
*
*
C
V
Normal
65 ml/kg
45 ml/kg
30 ml/kg
25 ml/kg
20 ml/kg
15 ml/kg
10 ml/kg
5 ml/kg
Fisiopatologia Respiratória
tosse ineficaz- acúmulo de Secreção
Mecanismo da inspiração 
profunda comprometido.
Atelectasia. Início de Hipoxemia
Ausência da Inspiração
profunda - atelectasia e derivação
Hipoventilação
Hipercapnia
Controle da Ventilação
Fisioterapia torácica
Espirometria de incentivo para
minimizar a atelectasia em curso
Entubação eletiva para ventilação com
pressão positiva.
Ventilação com pressão positiva para
auxiliar o intercâmbio de CO2 e 
impedir a fadiga.
Ventilação total
De Ropper AH: critical care of Guillain-Barré syndrome. Neurological and neurosurgical intensive care, 
New York, 1993, Raven Press, p 371
*
PEAK FLOW
*
PEAK FLOW
# Nível de obstrução;
# Asma / DPOC;
# Monitorização;
# Realização da mensuração;
# Valores Normais.
*
PEAK FLOW

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