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AO ALUNO
A Psicologia Evolutiva ou Psicologia do Desenvolvimento é o ramo da Psicologia Geral que se ocupa do estudo dos processos de crescimento, experiências vitais significativas e mudanças psicológicas resultantes da interrelação com outros aspectos do desenvolvimento humano, logo o aprofundamento nesses estudos é de fundamental importância para a prática pedagógica.
Desse modo caro aluno, buscamos apresentar os conteúdos dessa área do saber neste caderno o mais claramente possível, de forma a possibilitar-lhe um contato profícuo com a disciplina.
Por outro lado, sabe-se que a motivação é uma condição imprescindível para o sucesso de qualquer aprendizagem, assim desejamos que você possua um intenso grau de motivação que lhe possibilite êxito na apropriação de mais estes conhecimentos.
Os conteúdos, propriamente ditos desde a introdução passam por questões históricas do surgimento, objeto de estudo, métodos de investigação até processos de desenvolvimento físico e psicomotor, cognitivo, afetivo-emocional e social da criança e adolescente e, na sua última unidade, são delineados os nexos entre educação, disciplina e afetividade.
Esperamos que você possa apreender de forma competente e humanizada os conteúdos aqui apresentados, pois o êxito na prática pedagógica depende prioritariamente da competência técnica e política e de uma ética humanizada nessa competência.
Michelle Adler Normando
COMO ESTÁ ORGANIZADO O CADERNO
O Caderno de Psicologia do Desenvolvimento está voltado para um ensino do desenvolvimento humano que contempla a interrelação com outras áreas do saber pertinentes à compreensão holística do desenvolvimento.
A carga horária da disciplina está dividida em 60 (sessenta) horas de questões para reflexão, testes de auto-avaliação, lista de verificação e tarefas.
O Caderno apresenta 6 (seis) unidades, cada uma com seus respectivos conteúdos programáticos, que são apresentados sob a forma de leitura de textos, questões para reflexões, teste de auto-avaliação ( onde você irá dispor das respostas no final do módulo, lista de verificação ( não terá resposta na apostila) e uma tarefa para você vivenciar o aprendizado.
Lembramos que a distribuição da carga horária ficará ao seu cargo, segundo a sua disponibilidade de tempo, mas lembre-se, no entanto que, há uma data limite para os seus estudos e ao final de cada disciplina haverá uma avaliação.
Ao longo das seis unidades que compõem este caderno você terá a confirmação de como estes aprendizados são importantes tanto para a sua vida profissional, como para a vida pessoal.
Desejamos-lhe sucesso e nos colocamos à sua disposição para maiores esclarecimentos.
VISÃO GERAL DA DISCIPLINA
EMENTA
Introdução ao estudo da Psicologia e suas contribuições para a compreensão do desenvolvimento infantil nos aspectos neurossensório-motor, linguagem, cognitivo, afetivo-emocional, social e escolar. A interrelação do fenômeno educativo e desenvolvimento. As contribuições de Jean Piaget e Vygotsky acerca da relação desenvolvimento humano e educação. Adolescência: Identidade e cognição.
CARGA HORÁRIA: TEÓRICA – 60 HORAS
OBJETIVO GERAL
Adquirir condições teóricas e práticas de conhecimento para a compreensão do desenvolvimento infantil e adolescente nos aspectos neurossensório-motor, linguagem, cognitivo, afetivo-emocional, social e escolar.
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA PSICOLOGIA EVOLUTIVA
Objetivos:
Compreender a importância da Psicologia Evolutiva no tocante aos processos de desenvolvimento, crescimento e experiências mais significativas ao longo da vida humana;
Conhecer as condições históricas do surgimento da Psicologia do Desenvolvimento;
Identificar o objeto de estudo da Psicologia Evolutiva;
Conhecer e compreender a importância dos métodos de investigação da Psicologia Evolutiva.
UNIDADE 2 – O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO HUMANO
Objetivos:
Identificar os conceitos básicos da Psicologia do Desenvolvimento;
Compreender o desenvolvimento neurossensório-motor da criança.
UNIDADE 3 – O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO FÍSICO E PSICOMOTOR INFANTIL
Objetivos:
Compreender as condições do desenvolvimento físico e psicomotor infantil em suas possibilidades e limitações;
Conhecer as principais características do desenvolvimento físico e psicomotor do pré-natal.
UNIDADE 4 – O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DA CRIANÇA
Objetivos:
Compreender os pressupostos teóricos de Piaget acerca do desenvolvimento da Inteligência;
Compreender o enfoque Interacionista do Desenvolvimento Humano
UNIDADE 5 – A ADOLESCÊNCIA
Objetivos:
Conhecer as principais características da adolescência;
Compreender o Desenvolvimento cognitivo na adolescência;
Compreender a construção da identidade na adolescência.
UNIDADE 6 – EDUCAÇÃO E DISCIPLINA
Objetivos:
Estabelecer nexos entre educação, disciplina e afetividade;
Interrelacionar os preceitos básicos da dialogicidade, enquanto prática da liberdade, à essência da educação.
Compreender a importância da dimensão afetivo-emocional na construção da personalidade e desenvolvimento social;
Reafirmar a importância da dimensão afetiva no trabalho pedagógico.
UNIDADE 1
INTRODUCAO AO ESTUDO DA PSICOLOGIA EVOLUTIVA OU PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO
TEXTO 1: INTRODUÇÃO À PSICOLOGIA EVOLUTIVA
TEXTO 2: MÉTODOS BÁSICOS PARA INVESTIGAÇÃO EVOLUTIVA
UNIDADE 1
Você vai aprender nesta unidade acerca da Psicologia Evolutiva ou Psicologia do Desenvolvimento que são de fundamental importância para a sua futura prática pedagógica.
O texto a seguir vai lhe proporcionar conhecimentos acerca da importância desta disciplina.
TEXTO 1
INTRODUÇÃO À PSICOLOGIA EVOLUTIVA
A Psicologia Evolutiva ou Psicologia do Desenvolvimento é à parte da Psicologia que se ocupa do estudo dos processos de mudança psicológica que ocorrem ao longo da vida humana. Mais concretamente, as mudanças que interessam aos psicólogos evolutivos são aquelas que se relacionam aos processos de desenvolvimento das pessoas, a seus processos e crescimento e às suas experiências vitais significativas. Tais mudanças têm relação com três grandes fatores:
a etapa da vida em que a pessoa se encontra;
as circunstâncias culturais, históricas e sociais nas quais sua existência transcorre;
as experiências particulares de cada um, as quais são intransferíveis para outras pessoas.
Enquanto o primeiro destes fatores introduz certa homogeneidade entre todos os seres humanos que se encontrem em uma determinada etapa (por exemplo, os adolescentes), o segundo introduz uma certa homogeneidade entre aqueles que têm em comum o fato de viver em uma mesma cultura, no mesmo momento histórico e dentro de um determinado grupo social (cultura ocidental, década de noventa, classe média, por exemplo), e o terceiro dos fatores introduz fatores idiossincráticos que fazem com que o desenvolvimento psicológico, apesar de apresentar semelhanças de umas pessoas a outras, seja um fenômeno irrepetível que não ocorre da mesma maneira em dois indivíduos diferentes.
Uma outra questão relevante é que embora inicialmente a expressão Psicologia Evolutiva fosse utilizada de fato para referir-se aos processos de desenvolvimento psicológico da infância e da adolescência, os psicólogos evolutivos foram aceitando progressivamente que seu objeto de estudo engloba toda vida da pessoa, assim como, os processos de mudanças psicológicas resultantes da interrelação com os outros aspectos do desenvolvimento humano.
A preocupação com o estudo da criança é bastante recente em termos de História da Humanidade. Até época relativamente próxima ao século XX, as crianças eram tratadas como pequenos adultos.
Durante séculos, as crianças foram consideradas como adultos menores, mais frágeis e menos inteligentes. Na Idade Média, a partir dos sete anos as crianças tornavam-se aprendizes sob a tutela de um adulto, passando a ter responsabilidades que se tornavam progressivamente mais próximas às dos adultos. Até aproximadamente o século XIII as artes retratam as crianças como adultos em miniatura, com vestimentase atitudes tipicamente adultas.
Nos séculos XVII e XVIII, movimentos culturais e religiosos como o Iluminismo e o Protestantismo deram lugar ao descobrimento da infância, considerando-a como etapa diferente da idade adulta dando conseqüentemente um tratamento distinto. À medida que concepções fatalistas e predeterministas da vida humana vão desaparecendo, as pessoas sentem-se mais protagonistas da vida, de sua própria existência e atribui um papel importante à educação das crianças.
No século XVII surgem as primeiras preocupações com a criança no sentido do seu afastamento das questões ligadas a sexo, de modo que a Igreja passa a enfatizar o ensino da moral, juntamente com o religioso, o da leitura, escrita e aritmética.
Ainda no século XVII e XVIII grandes filósofos passam a discutir aspectos da natureza humana, baseados nas suas próprias concepções a respeito da criança.
Os últimos decênios do século XIX apontam um avanço fundamental na compreensão e tratamento das crianças traduzido na liberação destas da realização de trabalhos pesados. Em alguns escritos de F. Engels, o inseparável companheiro de K. Marx, encontram-se descrições dramáticas das condições de vida das crianças inglesas que tinham jornadas de trabalho de doze horas, realizando árduos trabalhos em fábricas e minas. A maior parte dos pediatras ingleses consultados em uma pesquisa de opinião realizada em 1833 considerou que uma jornada de trabalho de dez horas diárias era a mais adequada para as crianças, do contrário, “iriam demasiadamente cansadas à escola dominical, onde dormiriam e não aprenderiam os preceitos morais que lhes eram ministrados”.
Os avanços do industrialismo, as conquistas dos movimentos trabalhistas e os interesses dos empresários foram se unindo para conferir à infância um status especial, que foi, além disso, favorecido por uma certa generalização do ensino elementar que posteriormente foi se tornando obrigatório. A chegada da puberdade marcava o final deste status especial e dava-se aí o ingresso na vida dos adultos.
O que o século XX contribuiu a esta evolução foi a reafirmação definitiva da infância como período claramente diferenciado e, sobretudo, o conceito de adolescência.
Dentre os fatores que demonstram essa evolução encontram-se: a diminuição da mortalidade infantil e o prolongamento da vida humana, a extensão do ensino obrigatório até idades cada vez mais elevadas, o excesso de mão de obra adulta para a realização de trabalhos que requerem cada vez mais força de trabalho especializada, tudo isso tem contribuído em nossa cultura para o nascimento da adolescência como época diferenciada tanto da infância como da idade adulta. A passagem ao status adulto vai sendo, pois, progressivamente retardada, configurando-se assim um “espaço evolutivo” que até certo ponto é espaço social e cultural, antes de ser espaço psicológico. Algo parecido pode ser dito com respeito à velhice, que da forma como conhecemos atualmente em nosso meio (aposentadoria, prolongamento da vida, etc.), é algo muito diferente da idade adulta e transformou-se não mais no fato biológico que sempre foi, senão em um fato psicossocial novo.
Os estudos científicos acerca do comportamento infantil inicialmente apresentam-se com a tendência para descrever os comportamentos típicos de cada faixa etária e organizar extensas escalas de desenvolvimento. Como exemplo podemos citar o trabalho de Gesell, nos Estados Unidos, ou de Binet, na França (este último mais preocupado com medidas da inteligência). A partir da elaboração destas escalas, de uma certa forma, o desenvolvimento de cada criança poderia ser medido e comparado com o que se esperava para a sua faixa de idade ou com o comportamento considerado “normal”.
Uma outra abordagem inicial está retratada na Psicanálise de Freud que ao tratar pacientes adultos com variadas perturbações afetivo-emocionais atribuía a origem destas, a acontecimentos vivenciados na infância, os quais tornavam-se, em sua teoria, os principais determinantes.
Freud causou um impacto decisivo ao mostrar a importância dos primeiros anos de vida na estruturação da personalidade, determinando o curso do seu desenvolvimento futuro no sentido da saúde mental e da adaptação social adequada ou da patologia e também ao apontar a presença de processos inconscientes em todas as fases da vida e da sexualidade infantil, derrubando assim, o mito do homem racional.
Apesar de ter estudado pouco a criança em si, pois ele propôs a sua teoria de desenvolvimento, com base principalmente na análise de pacientes adultos, Freud prestou contribuição inestimável à nossa ciência. Muitas de suas idéias continuam sendo plenamente aceitas, em nossos dias, ao passo que outras foram revistas pelos seus seguidores ortodoxos ou dissidentes. De qualquer forma, apesar das críticas que hoje em dia possam ser feitas à obra de Freud, seu nome continua presente entre os autores que mais auxiliam a compreensão do desenvolvimento da criança.

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