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Anatomia da Mão

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1
Edie Benedito Caetano1, João José Sabongi Neto2, Luiz Angelo Vieira3 , Mauricio Ferreira Caeno4 
1 Professor Livre Docente, Titular da Faculdade de Ciências Mèdicas e da Saúde – PUCSP
2 Professor Associado da faculdade de Ciências Médicas e da Saude- PUCSP, Doutor em Medicina pela UNIFESP 
3 Professor Assistente Mestre, Coordenador Residencia Medica da Faculdade de Ciências Mèdicas e da Saúde – PUCSP 
4 Mestre na Medicina da UNIFESP, Médico do Serviço de Cirurgia da Mão da Faculdade de Ciências Mèdicas e da Saúde – PUCSP 
A descrição associada às figuras anatômicas 
será feita analisando os sistemas ostearticular, 
musculotendinoso, inervação e vascularização.
SISTEMA OSTEOARTICULAR
Os cinco metacarpianos são ossos cilíndricos 
curtos, que se articulam com os ossos do carpo, 
proximalmente, e com as falanges, distalmente. 
As falanges dos dedos são ossos cilíndricos cur-
tos, em número de três para cada dedo, exceto 
para o polegar, que tem apenas duas. Elas são de-
signadas como falanges proximal, média e distal. 
 ANATOMIA DA MÃO
Fig.1 - A figura mostra ossos as mão (vista dorsal)
Fig.2 - A figura mostra ossos as mão, face volar (vista 
palmar)
2
Os movimentos são realizados em três ar-
ticulações A articulação metacarpofalângica é 
a articulação entre a cabeça do metacarpiano 
e a base da primeira falange; pode-se dizer 
de maneira mais simples que é a articulação 
na qual o dedo se prende à mão, apresenta 
movimentos em um plano ântero-posterior 
(flexo-extensão) e em um plano látero-late-
ral (adução-abdução). Porém, o movimento 
de adução-abdução só é possível quando os 
dedos estão em extensão. A articulação inter-
falângica proximal permite apenas movimen-
to de flexo-extensão. Apresenta um encaixe 
perfeito entre as superfícies articulares duran-
te toda excursão do movimento.. Essas parti-
cularidades dão a esta articulação estabilidade 
durante toda a sua excursão. A articulação 
interfalângica distal, é semelhante à articula-
ção interfalângica proximal. Seus ligamentos 
colaterais são reforços da própria cápsula e lhe 
conferem forte estabilidade lateral. 
Fig.3 - Cadeia osteoarticular digital: Articulação 
metacarpofalângica (MF); Articulação interfalângica 
proxima (IFP)l; Articulação interfa-lângica distal 
(IFD)
Fig.4 - Articulação metacarpofalângica. Sua relação 
com os tendões. (O extensor tem uma inserção no 
dorso da falange proximal, e segue para as articu-
lações interfalângicas)
3
Articulações do Polegar
O polegar tem maior mobilidade, é mais 
curto e origina-se proximalmente aos outros 
dedos, possui grande amplitude de movimento. 
Existem três articulações responsáveis por sua 
mobilidade, das três articulações, a interfalân-
gica é a mais distal e a de menor importância. 
A articulação metacarpofalângica é a segunda 
articulação tanto em relação à importância como 
em termos de sua situação anatômica. Está for-
mada pela superfície convexa da cabeça do pri-
meiro metacarpiano e pela superfície côncava da 
cavidade glenóide da base da falange proximal. 
A articulação trapézio metacarpiana é a mais 
importante do polegar. Situa-se entre a extre-
midade distal do trapézio e a base do primeiro 
metacarpiano. O movimento dessa articulação 
realiza-se através de dois eixos principais: um eixo 
látero-lateral, para antepulsão e retropulsão, e um 
eixo ântero-posterior, para adução e abdução.
Fig.5 - A articulação interfalângica proximal, e suas 
relações com os tendões
Fig.6 - Articulação interfalângica distal. O tendão ex-
tensor insere na face dorsal da base da falange distal, 
e o tendão flexor profundo passa sobre a placa volar e 
insere na face volar da base da falange distal
Fig.7 - Articulação metacarpofalângica do polegar. 
O tendão extensor curto (a) insere na base da falange 
proximal. Tendão do extensor longo (b)
4
SISTEMA MÙSCULOTENDINOSO
Para mobilizar a cadeia de articulações digi-
tais, há necessidade de um conjunto de músculos 
e tendões extrínsecos e intrínsecos, que formam 
um mecanismo bastante complicado. A muscu-
latura extrínseca é agrupada em músculos exten-
sores e flexores. Os primeiros são representados 
pelos músculos extensores comuns dos dedos e 
extensores próprios do indicador e mínimo. Os 
flexores são representados pelos flexores super-
ficiais e profundos. O retináculo dos extensores 
prende-se por septos conjuntivos ao extremo dis-
tal do rádio, formando seis túneis ou canais por 
onde passam os tendões extensores e abdutores 
do punho e extensores dos dedos. Na borda dis-
tal do retináculo, os tendões do músculo extensor 
comum dos dedos divergem e dirigem-se aos de-
dos indicador, médio, anular e mínimo. 
Fig.8 - A articulação metacarpofalângica do polegar 
(a) é formada por uma cabeça metacarpiana menos 
arredondada e mais aplanada no sentido dorso-
palmar,em relação as articulações metacarpofalângicas 
outros dedos (b)
Fig.9 - Articulação interfalângica do polegar. Observa-
se um osso sezamóide incuido na placa volar
Fig.10 - Articulação carpo- metacarpiana do polegar. 
A- Vista Antero posterior. B- Vista Obliqua
5
Os tendões dos músculos extensores extrín-
secos inserem-se em quatro locais diferentes ao 
nível dos dedos. A inserção mais proximal é feita 
através de suas cintas sagitais (também chamadas 
de capuz extensor), que contornam a articulação 
metacarpofalângica e vão inserir-se ventralmente 
em uma estrutura denominada núcleo de força.
Em seguida insere-se na base da falange proximal.
Ao nível do terço médio da falange proxi-
mal, o tendão extensor divide-se em três cin-
tas ou bandeletas. A central, mais espessa (que 
corresponde à terceira inserção do tendão ex-
tensor insere-se na base da falange média. As duas 
Fig.11 - A. Retináculo dos extensores revestindo os 
tendões extensores e abdutores. B. O retináculo dos 
extensores forma seis canais por onde passam os 
tendões extensores e abdutores extrínsecos. (1) 1o 
canal – (a) abdutor longo e (b) extensor curto; (2) 2o 
canal – (a) extensor radial longo e (b) extensor radial 
curto do carpo; (3) 3o canal – (a) extensor longo do 
polegar; (4) 4o canal – (a) extensor próprio do indica-
dor e (b) extensor comum dos dedos; 
(5) 5o canal – (a) extensor próprio do mínimo
Fig.12 - A- Mostra os tendões em seus respectivos ca-
nais osteofibrosos 0,5 cm proximal á prega do punho.. 
Abdutor longo do polegar (a). Extensor curto do 
polegar (b). Extensores radiais longo (c) e curto (d) 
do carpo. Extensor longo do polegar (e). extensor dos 
dedos e extensor do indicador (f ).Extensor do dedo 
mínimo (g). extensor ulnar do carpo (h). B- Mostra os 
canais osteofibrosos após a remoção dos tendões
Fig.13 - A. Com a mão em repouso ou os dedos em 
extensão, as conexões intertendíneas (a) estão frouxas 
e situadas proximalmente às articulações metacar-
pofalângicas. B. Durante a flexão digital ocorre um 
alargamento do dorso da mão no sentido transversal, 
e os tendões se afastam uns dos outros. Nesta situação, 
as conexões intertendíneas são colocadas em tensão, 
formando um verdadeiro tendão transverso sobre 
as articulações metacarpofalângicas, que contribui 
para manter os tendões extensores centrados sobre as 
cabeças dos metacarpianos
6
laterais (que corresponde à quarta e última inserção 
do tendão extensor) passam por um sulco de cada 
lado, na face dorso-lateral da cabeça da falange pro-
ximal, e unem-se na linha média para, em conjunto, 
formarem o tendão extensor terminal. Este tendão 
cruza a interfalângica distal, confunde-se com a cáp-
sula e vai inserir-se na base da falange distal.
São os músculos flexores profundos, super-
ficiais e longodo polegar. Os músculos flexores 
superficiais e profundos originam quatro tendões 
que destinam-se aos dedos: indicador, médio, anu-
lar e mínimo. Os oito tendões flexores dos dedos, 
o tendão do flexor longo do polegar e o nervo me-
diano passam pelo túnel carpiano. Ao nível das 
articulações metacarpofalângicas os tendões flexo-
res penetram no canal digital, divide-se em duas 
tiras que contornam o flexor profundo, voltando a 
unir-se ao nível da articulação interfalângica proxi-
mal, formando o quiasma de Camper.
O flexor profundo, após atravessar o anel do 
flexor superficial, segue em direção à falange dis-
tal, inserindo-se em sua base. Ao nível dos dedos, 
os tendões flexores superficiais e profundos apre-
sentam vínculos longos e curtos, por onde pene-
tram os vasos oriundos das artérias digitais, de 
grande importância na nutrição dos tendões .Os 
tendões são mantidos em contato com o esquele-
to das falanges pelas bainhas osteofibrosas (polias 
flexoras), que formam um canal osteofibroso que 
exerce a função de manter os tendões junto ao 
esqueleto, evitando seu deslocamento no sentido 
lateral e anterior, durante a flexo-extensão digital. 
Fig.14 - A inserção do tendão extensor (a) na base da 
falange proximal (b) fica tensa quando a articulação 
interfalângica proximal está em extensão. (c) Aparelho 
extensor; (d) Músculo interósseo; (e) Músculo lumbrical
Fig.15 - Peça anatômica mostrando o aparelho exten-
sor digital. A terceira inserção do tendão extensor (h) 
é na base da falange média, através da cinta central (d). 
A quarta inserção é através o tendão extensor terminal 
(c), formado pela união das duas cintas laterais (a) na 
base da falange distal. Nesta peça observa-se também 
o músculo interósseo (f), o músculo lumbrical (i), a 
aponeurose dos interósseos (g), a porção transversa (e), 
e a porção oblíqua (j) do ligamento retinacular
7
O músculo flexor longo do polegar termi-
na na base da falange distal, fletindo-a sobre a 
falange proximal, e, secundariamente, fletindo 
esta sobre o primeiro metacarpiano. 
A musculatura intrínseca da mão é formada 
pela musculatura tenar, musculatura hipote-
nar, e musculatura intrínseca central. Os mús-
culos tenares são: abdutor curto do polegar, 
flexor curto do polegar, oponente do polegar e 
Fig.16 – Mostra as relações entre os tendões flexores 
superficiais entre si (34>25). Os flexores profundos 
dos dedos e o flexor longo do polegar situam-se pro-
fundamente, no mesmo nível
Fig.18 - A. (A1) Primeira polia anular; (A2) Segunda 
polia anular; (A3) Terceira polia anular; (A4) Quarta 
polia anular; (A5) Quinta polia anular; (C1, C2, C3, 
C4) Polias cruciformes. Na figura à direita as polias 
cruciformes foram removidas. B. Esquema mostrando 
as polias anulares e cruciformes
Fig.19 – A - Corte transversal sobre a polia anular 
A2. Com os flexores superficial e profundo. Apenas 
com o profundo. Após remoção dos dois tendões. 
B – Corte longitudinal dedo médio, os tendões flex-
ores foram removidos do canal para se vizualizar os 
vínculos tendinosos
Fig.17 - Os tendões flexores superficiais (a) e os flex-
ores profundos (b), após passarem pelo túnel carpiano 
(c), divergem na palma da mão e dirigem-se aos dedos 
correspondentes. Os quatro músculos lumbricais 
originam-se dos tendões flexores profundos
8
adutor do polegar Entre as regiões tenar e hi-
potenar, os músculos intrínsecos da mão são 
os lumbricais e os interósseos. Os músculos 
interósseos situados nos espaços intermetacar-
pianos . Os interósseos dorsais, em número de 
quatro, Os interósseos palmares de três, 
Os músculos lumbricais são em número de 
quatro. O primeiro e o segundo são músculos fu-
siformes e originam-se da borda radial dos tendões 
dos músculos flexores profundos do indicador e 
médio. O terceiro e o quarto são músculos bipe-
nados e originam-se das bordas adjacentes dos ten-
dões flexores entre os quais eles se localizam. 
A musculatura intrínseca da mão é formada 
pela musculatura tenar, musculatura hipotenar, e 
musculatura intrínseca central. Os músculos tena-
res são: abdutor curto do polegar, flexor curto do 
polegar, oponente do polegar e adutor do polegar. 
Entre as regiões tenar e hipotenar, os músculos 
intrínsecos da mão são os lumbricais e os interós-
seos. Os músculos interósseos situados nos espa-
ços intermetacarpianos. Os interósseos dorsais, em 
número de quatro, os interósseos palmares de três.
Os músculos lumbricais são em número de 
quatro. O primeiro e o segundo são músculos 
fusiformes e originam-se da borda radial dos ten-
dões dos músculos flexores profundos do indica-
dor e médio. O terceiro e o quarto são músculos 
bipenados e originam-se das bordas adjacentes dos 
tendões flexores entre os quais eles se localizam. 
Fig.20 - O primeiro e o segundo músculo lumbrical 
(1) e (2), originam-se da borda radial dos tendões 
dos músculos flexores profundos do indicador e 
médio. O terceiro (3) e o quarto (4) são músculos 
bipenados e originam-se das bordas adjacentes dos 
tendões flexores entre os quais eles se localizam
Fig.21 - (a) Músculo abdutor curto; (b) Cabeça super-
ficial do músculo flexor curto; (c) Cabeça profunda do 
músculo flexor curto; (d) Cabeça oblíqua do músculo 
adutor; (e) Cabeça transversa do músculo adutor
9
Os músculos extrínsecos são quatro – três de 
localização dorsal (abdutor longo, extensor curto 
e extensor longo) e um de localização palmar (fle-
xor longo) – são bastante volumosos e têm origem 
no antebraço. O flexor longo é o único dos extrín-
secos do polegar de localização palmar; atravessa 
o túnel carpiano e passa entre as duas cabeças do 
flexor curto, inserindo-se na base da falange distal.
Fig.22 – Peça anatômica mostra os músculos hipoten-
ares. (A) Músculo oponente do dedo mínimo; (B) M. 
flexor do mínimo; (C) Abdutor do mínimo
Fig.25 - (a) Extensor longo; (b) Extensor curto; (c) 
Abdutor longo; (d) Tendão acessório do abdutor longo 
inserindo-se no músculo abdutor curto (e)
Fig26 - O tendão do músculo flexor longo (A) 
atravessa o túnel carpiano e passa entre as duas cabeças 
do flexor curto, inserindo-se na base da falange distal, 
fletindo-a sobre a falange proximal e, secundari-
amente, fletindo esta sobre o primeiro metacarpiano
Fig.23 - Músculos interósseos. (d1) Primeiro interós-
seo dorsal; (d2) Segundo interósseo dorsal; (d3) 
Terceiro interósseo dorsal; (d4) Quarto interósseo 
dorsal; (p1) Primeiro interósseo palmar; (p2) Segundo 
interósseo palmar; (p3) Terceiro interósseo palmar
Fig.24 - (1, 2, 3 e 4) Aspecto posterior dos quatro mús-
culos interósseos dorsais (dorso da mão). (a) Inserção do 
tendão extensor ulnar do carpo. (b) e (c) Inserção dos 
tendões extensores radiais longo (c) e curto (b) do carpo
10
INERVAÇÃO DA MÃO
A mão é suprida por três nervos: ulnar, me-
diano e radial. A inervação motora dos múscu-
los intrínsecos da mão é feita exclusivamente 
pelos nervos mediano e ulnar. 
O nervo ulnar é o maior ramo nervoso do cor-
dão (ou fascículo) medial do plexo braquial. Re-
cebe fibras das raízes C7, C8 e T1. Na face volar 
do punho, o nervo ulnar entra no canal de Guyon 
juntamente com a artéria ulnar (onde pode sofrer 
compressão). Guyon descreveu um espaço anatô-
mico localizado na borda ulnar do punho onde o 
nervo ulnar divide-se em seus ramos superficial e 
profundo. No interior do canal, o nervo ulnar se 
bifurca, dando os ramos superficial e profundo.
O ramo superficial é quase totalmente sensi-
tivo, exceto por um ramo motor para o músculo 
palmar curto (palmaris brevis). Ele dá um ramo 
anastomótico para o mediano (ramo de Berreti-
ni) e dois outros ramos: um parao lado ulnar e 
volar do dedo mínimo (nervo digital volar pró-
prio) e um nervo digital volar comum para o 4º 
espaço intermetacarpiano. Este é sempre locali-
zado mais profundamente ao arco arterial palmar 
superficial. Ele cruza obliquamente os flexores 
do dedo mínimo e, na altura do ligamento inter-
metacarpiano transverso, bifurca-se, emitindo os 
ramos digitais volares próprios para o lado ulnar 
do anular e lado radial do dedo mínimo. Eles 
suprem toda a face volar e a superfície dorsal da 
segunda e terceira falanges destes dedos. 
Fig.27– (1) Canal do carpo; (2) Canal de Guyon; (3) 
Retináculo dos flexores; (4) Espessamento da fáscia 
antebraquial; (a) Nervo mediano; (b) Nervo ulnar; 
(c) Artéria ulnar
Fig.28 - O território de inervação sensitiva do nervo 
ulnar na face palmar da mão corresponde à metade 
do dedo anular, todo o dedo mínimo e a borda ulnar 
da mão
11
O ramo profundo do nervo ulnar é um 
ramo motor. No seu trajeto, o ramo pro-
fundo do nervo ulnar inerva os músculos 
da região hipotenar (abdutor, oponente e 
flexor curto do dedo mínimo), o 3º e 4º 
lumbricais, todos os interósseos, o adutor 
do polegar e a cabeça medial ou profunda 
(às vezes também a lateral) do flexor curto 
do polegar.
O nervo mediano penetra na mão pelo 
túnel do carpo, se divide em três ramos 
terminais. O 1° nervo digital volar comum 
penetra na massa muscular tênar. Aí ele dá 
ramos motores para os músculos abdutor 
curto do polegar, oponente do polegar e 
cabeça superficial do flexor curto do po-
legar. Na mão, sua inervação motora fica 
restrita aos músculos tenares, e ao primeiro 
e segundo lumbricais. Portanto, a função 
motora fundamental do nervo mediano na 
mão é a oposição do polegar..
Fig.29 - O nervo ulnar (1) na mão supre os músculos 
hipotenares (a, b, c), todos os músculos interósseos 
palmares e dorsais, os dois lumbricais ulnares e o 
músculo adutor do polegar (d, e)
Fig.30- O ramo cutâneo dorsal do nervo ulnar (A) 
perfura a fáscia e corre para o dorso da mão, onde se 
divide em cinco pequenos ramos digitais dorsais (1, 
2, 3, 4 e 5), que são distribuídos pelos dedos míni-
mos (lado radial e ulnar), anular (lado radial e ulnar) 
e médio (lado ulnar). (B) Ramo dorsal do nervo 
radial; (C) Retináculo dos extensores
Fig.31- Os tendões superficiais para os dedos médio 
e anular ocupam posição superficial em relação aos 
tendões para o indicador e o mínimo. Para memorizar 
34>25. Fl. Longo do polegar (a). Fl. Radial do carpo 
(b). Palmar longo (c).Flexor ulnar do carpo (d).
12
Fig.32 - Nesta peça o retináculo dos flexores foi 
removido para evidenciar as estruturas no interior do 
túnel carpiano. O nervo mediano nele penetra acom-
panhado por nove tendões: 
a) Quatro tendões flexores superficiais,
b) quatro flexores profundos e o 
c) tendão flexor longo do polegar
Fig.34- Vista distal do túnel do carpo. Canal de pas-
sagem do tendão do m. flexor radial do carpo (a)
Fig.35 - Cabeça profunda do músculo flexor curto 
recebendo inervação do mediano e ulnar. Este é o pa-
drão de inervação mais freqüente da cabeça profunda 
do músculo flexor curto: (M) Ramo motor tenar do 
nervo mediano; (U) Ramo motor do nervo ulnar; 
(FCP) Cabeça profunda do músculo flexor curto; 
(FCS) Cabeça superficial do flexor curto; (ABC) 
Abdutor curto do polegar; (ADO) Adutor do polegar 
(cabeça oblíqua); (ADT) Adutor do polegar (cabeça 
transversa); (FLP) Flexor longo do polegar
Fig.33 - Corte transversal no punho, dois cm. distal a 
prega volar do punho que corresponde a parte média 
do túnel do carpo O nervo mediano assume forma 
aplanada, situando-se superficialmente aos tendões 
flexores superficiais. Este é o local de maior estreita-
mento do túnel do carpo 
13
Em seguida, o 1° digital volar comum se di-
vide em três nervos digitais volares próprios: 
o mais lateral cruza o tendão do flexor longo 
do polegar e passa pela borda radial até a ex-
tremidade deste dedo; o segundo supre o lado 
ulnar da parte volar do polegar, dividindo-se 
em vários filetes finos na polpa do dedo, que 
se anastomosa com os do lado radial; o terceiro 
ramo digital valar próprio supre o lado radial 
do 2° dedo e emite um pequeno ramo motor 
para o 1° músculo lumbrical. O 2° nervo digi-
tal volar comum envia um ramo motor para o 
2° músculo lumbrical e, ao nível da articulação 
metacarpofalangiana, divide-se em dois nervos 
digitais volares próprios que inervam os lados 
adjacentes do 2° e 3o dedos. O 30 nervo digital 
volar comum se comunica com os ramos super-
ficiais do nervo ulnar (anastomose de Berretini) 
e dá um ramo para o 3º lumbrical. Ele se divi-
de em dois nervos digitais volares próprios que 
suprem os lados adjacentes do 3º e 4º dedos. 
Os nervos digitais volares próprios enviam pe-
quenos ramos sensitivos para a pele do dorso da 
2ª e 3ª falanges e matrizes ungueais e dão uma 
rica inervação sensitiva para a polpa digital. 
Fig.36 - (NM) Nervo mediano. O 1° nervo digital 
volar comum (a) divide-se em três nervos digitais 
volares próprios. O mais lateral inerva a borda radial 
do polegar (b). O segundo supre o lado ulnar da parte 
volar do polegar (c). O terceiro ramo digital volar 
próprio supre o lado radial do indicador (d). O 2° 
nervo digital volar (e), divide-se em dois nervos digi-
tais volares próprios que inervam os lados adjacentes 
do 2° e 3o dedos. O 3º nervo digital volar comum (f ) 
se divide em dois nervos digitais volares próprios que 
suprem os lados adjacentes do 3º e 4º dedos
Fig.37 – (A) Mostrando o território de inervação 
sensitiva na face palmar. (B) Mostrando o território de 
inervação sensitiva na face dorsal
14
Com referência à sensibilidade, o nervo 
mediano é o mais importante, pois inerva as 
superfícies palmares do polegar, indicador, mé-
dio e metade do anular. É esta a principal área 
discriminativa da mão que permite o reconhe-
cimento, pela palpação, da forma, volume, tex-
tura e temperatura de diferentes objetos. Por 
esta razão, o nervo mediano é considerado ner-
vo informador. O território sensitivo do nervo 
ulnar, (como já foi descrito anteriormente) que 
corresponde à metade do dedo anular, todo o 
dedo mínimo e a borda ulnar da mão, tem 
importância na defesa contra queimaduras e 
outros tipos de lesão; por esta razão, é consi-
derado, sob o ponto de vista sensitivo, como 
nervo protetor. Por isso procedemos de manei-
ra diferente quando atuamos cirurgicamente 
na reparação das lesões cutâneas dos dedos, 
priorizando a restauração da sensibilidade no 
território do nervo mediano. 
VASCULARIZAÇÃO DA MÃO
A importância do conhecimento da nutrição 
sangüínea da mão se tornou maior nas últimas 
décadas devido ao advento da microcirurgia e 
às novas técnicas cirúrgicas de retalhos vascula-
rizados. O conhecimento não só da circulação 
arterial como também do retorno venoso pos-
sibilita procedimentos cirúrgicos sofisticados, 
como reimplante de partes ou transferência de 
partes de tecidos para outros locais no corpo 
humano. A mão possui uma riquíssima rede 
vascular, digna de sua complexidade anatômi-
ca e funcional.
Artérias 
As artérias da mão provêm dos ramos das 
artérias radiais e ulnar que se anastomosam vá-
rias vezes, permitindo assim que a ligadura de 
uma ou de outra não afete gravemente a nu-
trição dos tecidos. Estas duas artérias, por sua 
vez, são ramos da artéria braquial, que se divi-
de ao nível do cotovelo; elas emitem ramos ao 
antebraço, punho e mão.
A Artéria ulnar nasce do lado ulnar da ar-
téria braquial, à altura da cabeça do rádio, na 
linha média do antebraço, abaixo da margem 
superior, do músculo pronadorredondo. Ra-
mifica-se no dorso do carpo, abaixo dos ten-
dões extensores, anastomosando-se com ramos 
15
da radiocarpal dorsal, formando a rede ou arco 
carpal dorsal.
A artéria ulnar, na maioria das vezes mais 
calibrosa que a radial, acompanha o nervo ul-
nar no terço distal do antebraço, situando-se 
medialmente em relação a ele. Passa junta-
mente com este pelo canal de Guyon, onde, 
em virtude de sua situação superficial, é vul-
nerável a traumatismos repetidos, que podem 
causar trombose arterial. Distalmente a esse 
canal divide-se em ramo superficial, ou prin-
cipal, e profundo, ou secundário.
 
Artéria radial é quase uma continuação 
direta distal da artéria braquial.. Na superfície 
volar a artéria radial divide-se, ao nível do pu-
nho, em um ramo superficial ou secundário, e 
um ramo profundo ou principal. O ramo se-
cundário da artéria radial une-se com o ramo 
Fig.38 – Peça anatômica mostrando os canais de 
Guyon e do carpo – (1) Ligamento volar do carpo 
(espessamento da fáscia antebraquial); (2) Retináculo 
dos flexores; (a) Nervo mediano; (b) Nervo ulnar, que, 
distalmente ao canal de Guyon, divide-se em ramo 
superficial, ou principal, e profundo, ou secundário; 
(c) Artéria ulnar
Fig.39 - Peça anatômica mostrando a formação da 
rede ou arco arterial carpal dorsal. Artéria radil (a) 
dando ramo para formar a rede carpal dorsal (b). Arté-
rias metacárpicas dorsais (c).
Fig.40 - O ramo superficial (ou secundário) da artéria 
radial (3) une-se ao ramo principal da artéria ulnar 
(1) para formar o arco arterial palmar superficial (5). 
Os demais vasos indicados são as artérias metacarpia-
nas palmares (6) e (7), as artérias digitais (8), a artéria 
radial (2), e o ramo profundo da artéria radial (4)
16
principal da artéria ulnar para formar o arco arterial 
palmar superficial, este arco de convexidade dorsal 
se localiza distalmente à borda inferior do retinácu-
lo dos flexores. O ramo profundo da artéria radial 
cruza a tabaqueira anatômica, penetra entre os dois 
feixes de origem do primeiro músculo interósseo 
dorsal, nas bases do primeiro e segundo metacarpia-
nos, atingindo a região palmar onde se une ao ramo 
profundo da artéria ulnar, formando o arco arterial 
palmar profundo. Esses arcos dão origem às artérias 
metacarpianas palmares que, ao nível da comissura 
interdigital, se dividem (distalmente à divisão dos 
nervos) em ramos para os lados adjacentes dos de-
dos vizinhos. Na face palmar dos dedos situam-se 
lateralmente ao nervo digital correspondente. O arco arterial palmar superficial é a prin-
cipal fonte de nutrição dos dedos médio, 
anular, mínimo e metade ulnar do indicador, 
podendo inclusive suprir o lado radial deste. 
O arco arterial palmar profundo é a principal 
fonte de irrigação do polegar através da “arté-
ria principal do polegar” e metade radial do 
indicador.
Variações anatômicas no suprimento san-
güíneo dos dedos, assim como na formação 
dos arcos, ocorrem com grande freqüência, 
Fig.41 – O arco arterial palmar superficial (a) formado 
pelo ramo superficial da artéria ulnar (b) e pela artéria 
mediana que nesta peça estava substituindo a artéria radial 
(ausente). Ramo profundo da a. ulnar (c). N. mediano (d)
Fig.42 - artérias metacarpianas palmares que, ao nível da 
comissura interdigital, se dividem (distalmente à divisão 
dos nervos) em ramos para os lados adjacentes dos dedos 
vizinhos (artérias digitais). Na face palmar dos dedos 
situam-se lateralmente ao nervo digital correspondente
17
podendo mesmo estes estar incompletos. 
A drenagem venosa do membro superior 
é realizada por dois sistemas. O profundo, 
de menor importância no retorno venoso, é 
representado pelas veias que acompanham 
as artérias, geralmente na proporção de duas 
veias para cada artéria, exceto nas artérias di-
gitais, e de menor calibre do que elas. O sis-
tema venoso superficial é mais abundante e é 
o maior responsável pela drenagem venosa da 
mão. É importante salientar que todo o siste-
ma de drenagem venosa e linfática do dorso 
dos dedos passa pelo espaço entre as cabeças 
dos metacarpianos.
 
Fig.43 - Corte transversal ao nível da cabeça dos meta-
carpianos mostrando os ramos (a) dos arcos venosos 
dorsais que chegam ao dorso da mão passando pelo vale 
entre a cabeça dos metacarpianos (b)
Fig44 - Preparação para o estudo das veias dorsais, com 
injeção de látex prévia à dissecção. A drenagem venosa 
da mão é preferencialmente dorsal. As veias oriundas dos 
dedos drenam para um arco venoso (a) existente na base 
de cada dedo. Desses arcos originam-se as veias comis-
surais (b), que alcançam o dorso da mão passando pelo 
vale entre as cabeças de metacarpianos adjacentes

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