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CURSO EM PDF – LÍNGUA PORTUGUESA PARA O CESPE/UNB 
Profa. Fernanda Santos 
 www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 1 
 
APRESENTAÇÃO 
 
 
 Olá alunos e alunas!! Bem-vindos à aula demonstrativa de Língua 
Portuguesa para Concursos. 
 Para quem ainda não me conhece, muito prazer! Sou a 
professora Fernanda Santos. Atualmente, ministro aulas presenciais 
e a distância nos principais cursos de concursos públicos do Rio de 
Janeiro. 
 Para começar o nosso trabalho, acho pertinente, primeiramente, 
falar um pouco sobre o meu papel como professora de Língua 
Portuguesa. Meu intuito é ajudá-lo em sua árdua jornada para que 
assim possa alcançar o tão sonhado objetivo: a vaga no concurso 
público. Estarei sempre à disposição para qualquer esclarecimento. 
Não tenha inibição em expor suas dúvidas. Isso mostra que está 
estudando de verdade. Não é mesmo? É evidente que o seu 
desempenho depende de sua dedicação, acompanhando as aulas, 
resolvendo os exercícios, tirando dúvidas. Só assim conseguirá obter 
um ótimo desempenho na prova de português. 
 Agora, partiremos para o nosso curso de português em PDF. 
Vamos lá! O atual curso será direcionado para a banca CESPE/UnB e 
será composto sempre de uma introdução teórica com a resolução 
posterior de diversos exercícios de provas anteriores aplicadas pela 
citada banca. 
 Neste curso de teoria com exercícios também trataremos das 
novas regras ortográficas, visto que o Novo Acordo Ortográfico já 
está em vigor. Então, a banca poderá exigir algum conhecimento do 
candidato sobre o assunto. Também não podemos esquecer que as 
bancas já adaptaram suas provas à nova grafia e que o que mudou 
foi a escrita, e não a pronúncia. Até 2012 valem as duas (nova e 
antiga). Nesse sentido, devemos estar preparados e atualizados. 
 Hoje em dia, recebo muitas dúvidas e questionamentos sobre 
como se preparar para um concurso público. Então, deixo aqui 
minhas dicas para vocês queridos “concurseiros”. Para que possamos 
nos preparar para uma prova, além do conhecimento, devemos ter 
paciência, persistência, foco e, principalmente, dedicação e 
humildade. 
 Habitualmente, quem chega a um cursinho dizendo que já sabe 
tal conteúdo e que não precisa dele, certamente terá dificuldades 
nessa matéria. Por isso, digo que a paciência é necessária. Cada um 
CURSO EM PDF – LÍNGUA PORTUGUESA PARA O CESPE/UNB 
Profa. Fernanda Santos 
 www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 2 
tem seu ritmo de estudo e de aprendizagem. Então, não atropele o 
seu ritmo. Tenha paciência. 
 Outro ponto fundamental é a persistência. Vocês já devem ter 
percebido que, na maioria das vezes, os cursos se iniciam com um 
número X de alunos, mas lá no final há uma redução brusca no 
número de pessoas que frequentam às aulas. Então, o candidato, 
muitas vezes, não tem persistência. Desiste. Você é um 
“concurseiro”. Persista sempre! 
 Muitos alunos também não conseguem estabelecer o FOCO. 
Quem estuda para concursos, deve saber qual é o seu objetivo e o 
que deve fazer para alcançá-lo. FOCO é a palavra-chave. O que 
ocorre é que as pessoas ora querem fazer o concurso X, ora querem 
fazer o concurso Y. É o famoso “pular de galho em galho”. 
 Considero dois fatores fundamentais para a sua aprovação: A 
DEDICAÇÃO e a HUMILDADE. Ora, se realmente deseja alcançar o 
seu objetivo, deverá dedicar-se. Primeiro, é fundamental saber o 
conteúdo. Para isso, é preciso estudar os conceitos da matéria. 
Depois dos conceitos, deverá realizar exercícios de fixação. Aí, partirá 
para os exercícios de concursos. Só realizando e praticando muito, é 
que conseguirá “massificar” os conceitos. Por fim, o melhor trabalho a 
ser feito é estudar as provas anteriores da banca. É claro que 
devemos pensar também na humildade. Por mais que você já saiba 
determinado conteúdo, é importante revisá-lo e pensar que sempre 
poderá aprender mais e mais. 
 Atualmente, as bancas querem avaliar se o candidato sabe fazer 
a prova. Para tal, digo a vocês que “concurseiro” bem preparado é 
aquele que conhece a banca que realizará a prova. Essa preparação 
se divide em três partes: a) apresentação dos conceitos relativos à 
matéria, em que o aluno aprende e recolhe o material de estudo; b) 
fixação do conhecimento, quando o aluno deve fazer exercícios de 
fixação e exercícios de concursos públicos; c) identificação das 
próprias necessidades, em que o aluno deve reconhecer quais são os 
seus pontos fracos na matéria e aqueles que necessitam de maior 
atenção. 
 Todas essas etapas envolvem envolvimento e muita dedicação. É 
claro que os obstáculos surgirão. São muitos obstáculos. Temos o 
trabalho, a família, o cansaço... Mas não podemos nos abater. O 
telefone vai tocar muitas vezes, você receberá muitos convites para 
festas, cairá na tentação da internet... Mas lembre-se de que só você 
pode fazer a diferença, estudando em casa, fixando, revisando. A 
tarefa é árdua. Mas não podemos parar. 
CURSO EM PDF – LÍNGUA PORTUGUESA PARA O CESPE/UNB 
Profa. Fernanda Santos 
 www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 3 
 Receba cada conteúdo de peito aberto e prepare-se para a guerra. 
Livre-se dos traumas. Conte comigo! Estamos juntos nessa guerra! 
 Para o nosso curso, reservei 12 (doze) aulas (esta e mais 11), 
com a periodicidade de uma aula semanal, assim divididas: 
 
AULA 0 
(DEMO) 
Emprego do sinal indicativo de crase 
AULA 1 Ortografia oficial / Acentuação gráfica 
AULA 2 Emprego das classes de palavras 
AULA 3 Valor semântico das preposições e conjunções 
AULA 4 Sintaxe da oração – período simples / Vozes verbais 
AULA 5 
Sintaxe da oração – período composto (orações 
coordenadas e orações subordinadas adverbiais) 
AULA 6 
Sintaxe da oração – período composto (orações 
subordinadas substantivas e orações adjetivas) / 
Funções das palavras QUE e SE 
AULA 7 Concordância nominal / Concordância verbal 
AULA 8 Regência nominal / Regência verbal 
AULA 9 Significação das palavras 
AULA 10 
Compreensão e interpretação de textos / Tipologia 
textual 
AULA 11 Redação de correspondências oficiais 
 
 
Após as devidas apresentações, vamos nos preparar!!! 
 
CURSO EM PDF – LÍNGUA PORTUGUESA PARA O CESPE/UNB 
Profa. Fernanda Santos 
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SUMÁRIO DA AULA 
 
1. Introdução 
2. Como analisar o fenômeno da crase? 
3. Casos de crase 
4. Casos facultativos 
5. Crase e as locuções 
6. Casos analisáveis 
7. Apresentação das questões comentadas 
8. Lista de questões apresentadas 
 
 
 
 
 
 
CURSO EM PDF – LÍNGUA PORTUGUESA PARA O CESPE/UNB 
Profa. Fernanda Santos 
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1. INTRODUÇÃO 
 
Olá alunos!! 
 
 Hoje falaremos sobre CRASE. Vocês já devem ter ouvido, em 
muitas aulas, “vamos crasear o a”. Apesar de ser aceita por 
professores e gramáticos renomados e registrada nos melhores 
dicionários, rejeitamos a forma “crasear”. Preferimos usar expressões 
como “colocar o acento grave, indicativo de crase” ou “ocorre crase 
(fusão)”. Então, dizemos que CRASE NÃO É O ACENTO, CRASE É O 
FENÔMENO! 
 A origem da palavra crase é mistura = KRÁSIS. É a contração de 
dois fonemas iguais representados pelo A + A em um só A. A 
indicação da crase se dá pelo acento grave À. 
 Na língua portuguesa, só se registram com o acento grave os 
encontros da preposição a com outro a, que poderá ser um artigo 
definido feminino (a, as), um pronome demonstrativo (a, as, aquele, 
aqueles, aquela, aquelas, aquilo) ou um pronome relativo (a qual, as 
quais). 
 Para ficar mais fácil e simples, você deve se guiar pelo seguinte 
raciocínio:existem 2regras para o uso da crase. A primeira é a regra 
do fenômeno fonético e a segunda é a regra das locuções femininas. 
Então, o nosso estudo será pautado nessas duas regras. É claro que 
dentro dessas duas regras, vamos estudar cada caso. Você verá que 
o raciocínio será mais facilitado. 
 Bem-vindos à aula de crase! 
 
2. COMO ANALISAR A OCORRÊNCIA DA CRASE? 
 
 Para analisar a ocorrência da crase, devemos perceber que 
existem dois termos importantes: o TERMO REGENTE e o TERMO 
REGIDO. O TERMO REGENTE é aquele que comanda, que rege, ou 
seja, é aquele que pode ou não exigir uma preposição (e, nesta 
aula, só nos interessa a preposição a). Já o TERMO REGIGO é aquele 
que obedece. Este termo pode aceitar ou não um artigo definido 
feminino (a, as), além de poder existir também um pronome 
demonstrativo (a, as, aquele, aqueles, aquela,aquelas, aquilo) ou um 
pronome relativo (a qual, as quais). 
CURSO EM PDF – LÍNGUA PORTUGUESA PARA O CESPE/UNB 
Profa. Fernanda Santos 
 www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 6 
 Entendida as noções de TERMO REGENTE e TERMO REGIGO, 
vamos raciocinar: se houver o encontro da preposição a com o outro 
a, ocorre a CRASE. Os dois viram um só “a” e recebem o acento 
grave (`) para indicar essa fusão: à. 
 Vamos ver agora o quadro explicativo que ilustra essa fusão: 
 
PREPOSIÇÃO A + artigo feminino 
 a (s) = à (s) 
PREPOSIÇÃO A + pronome demonstrativo 
 a (s) = à (s) 
PREPOSIÇÃO A + pronomes demonstrativos 
 aquele (s) = àquele (s) 
 aquela (s) = àquela (s) 
 aquilo = àquilo 
PREPOSIÇÃO A + pronome relativo 
 a qual = à qual 
 as quais =às quais 
 
 Em resumo: só haverá o fenômeno da CRASE se houver dois 
“as”, isto é, SIMULTANEAMENTE o termo regente exigir a preposição 
a e o termo regido: 
- admitir artigo definido feminino (singular ou plural): a/ as; 
- for o pronome demonstrativo: a /as ,aquele / aqueles, aquela / 
aquelas, aquilo; 
- for o pronome relativo: a qual / as quais. 
 Para saber se a palavra admite o artigo, basta produzir uma 
frase em que a palavra seja sujeito e verificar a possibilidade de 
colocar o artigo antes dela. 
 
DICA !!! 
CURSO EM PDF – LÍNGUA PORTUGUESA PARA O CESPE/UNB 
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 Vejamos esse raciocínio através de exemplos: 
 
1- Eu me refiro ____ jovem. 
2- Eu me refiro ____ esta jovem. 
3- Eu me refiro ____ você. 
 
 Em todos os exemplos, o termo regente é o verbo REFERIR-SE. 
Esse verbo cobra o uso da preposição a (quem se refere, se refere a 
alguém). Então, percebemos que nas três ocorrências, existe a 
preposição a. Mas sabemos que para ocorrer a crase, é necessário 
outro a. Vamos analisar cada caso. 
 No exemplo 1, perceba que a palavra jovem pode ser precedida 
de artigo feminino. Vejamos uma frase produzida: A jovem acordou 
tarde. Então, como o termo regente pede a preposição a e termo 
regido admite o artigo definido feminino a, ocorre crase. 
1- Eu me refiro à jovem. 
 No exemplo 2, o termo regido vem precedido de um pronome 
demonstrativo esta jovem. Se produzirmos uma frase, percebemos 
que a expressão não admite o artigo definido feminino (A esta jovem 
acordou tarde.). Então, nesse caso, não ocorrerá a crase, já que não 
há dois sons iguais. 
2- Eu me refiro a esta jovem. 
 No exemplo 3, temos a palavra você. Não utilizamos o artigo 
feminino definido antes do pronome de tratamento. Veja uma frase: 
A você acordou tarde? Não produzimos uma frase assim. Então, se 
não há o artigo, não ocorrerá, portanto, a crase. 
3- Eu me refiro a você. 
 
3. CASOS DE CRASE 
 
 Vamos estudar agora a primeira regra de utilização do acento 
grave indicativo de crase: fenômeno fonético. Já vimos que a 
preposição a pode se unir ao artigo definido feminino, pronome 
CURSO EM PDF – LÍNGUA PORTUGUESA PARA O CESPE/UNB 
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demonstrativo e pronome relativo. Nesses casos, temos o fenômeno 
fonético da crase. 
 Vejamos os casos a seguir: 
 
1- Preposição A + ARTIGO DEFINIDO 
 
Exemplos: 
 
a) Os alunos foram à festa do curso. 
b) Fizemos referência à palestra do médico. 
c) O cigarro é prejudicial à saúde. 
d) Fumar faz mal à saúde. 
 
 Nos exemplos acima, percebemos que os TERMOS REGENTES 
(foram – quem vai, vai a algum lugar; referência (quem faz 
referência, faz referência a; prejudicial – o que é prejudicial, é 
prejudicial a e mal – faz mal a) pedem o uso da preposição a. Além 
disso, os substantivos festa, palestra e saúde aceitam o artigo. 
Vamos produzir frases: 
A festa foi legal. 
A palestra do médico é interessante. 
A saúde é fundamental para todos. 
Percebemos que, nesses casos, temos a cobrança da preposição a + 
o uso do artigo definido a. Logo, usaremos o acento grave indicativo 
de crase. 
 
 Outros exemplos: 
 
e) Vou à Bahia. 
f) Vou à Itália. 
g) Vou a Portugal. 
h) Vou à Portugal dos Imperadores. 
 
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 Nesses exemplos, temos os Topônimos, ou seja, nomes de 
lugares. 
 
 Com nomes de lugares, basta você utilizar a música: “se 
volto da crase há; se volto de crase pra que.” 
 
Você volta de Bahia ou da Bahia? Volto da Bahia. Então, crase há. 
Você volta de Itália ou da Itália? Volto da Itália. Então, crase há. 
Você volta de Portugal ou da Portugal? Volto de Portugal. Se volto de 
crase pra que. 
 
ATENÇÃO!!! 
Quando o nome de lugar vier determinado de alguma outra forma 
(adjetivo ou locução adjetiva), usa-se artigo. Logo, usa-se também a 
crase. 
Você volta de Portugal dos Imperadores ou da Portugal dos 
Imperadores? Volto da Portugal dos Imperadores. Então, crase há. 
 
2- PREPOSIÇÃO A + PRONOME DEMONSTRATIVO A(S) 
 
a) Dirijo-me à que está sentada. 
b) Sou útil às que você procurava. 
c) As taxas de crédito são inferiores às dos financiamentos. 
 Nos exemplos acima, percebemos que os TERMOS REGENTES 
(dirijo-me – quem se dirige, se dirige a; útil (quem é útil, é útil a; 
inferiores – o que é inferior, é inferior a) pedem o uso da preposição 
a. Além disso, temos o uso dos pronomes demonstrativos a /as = 
aquela ; aquelas. Logo, usaremos o acento grave indicativo de crase. 
 
a) Dirijo-me à que está sentada. = Dirijo-me àquela que está 
sentada. 
b) Sou útil às que você procurava. = Sou útil àquelas que você 
procurava. 
DICA !!! 
CURSO EM PDF – LÍNGUA PORTUGUESA PARA O CESPE/UNB 
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 www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 10 
c) As taxas de crédito são inferiores às dos financiamentos. = As 
taxas de crédito são inferiores àquelas dos financiamentos. 
 
 Para saber se o a ou as é pronome demonstrativo, basta 
substituir pelos pronomes demonstrativos aquele, aqueles, aquela, 
aquelas, aquilo. 
 
 Toda vez que você encontrar que ou de e houver antes a 
ou as, fique alerta! É bem provável que a ou as seja pronome 
demonstrativo. 
 
 
3- PREPOSIÇÃO A + PRONOMES DEMONSTRATIVOS (AQUELE 
(S), AQUELA (S), AQUILO) 
 
a) Refiro-me àquele carro. 
b) Aludimos àqueles que passaram. 
c) Obedeço àquela regra. 
 
 Nos exemplos acima, percebemos que os TERMOS REGENTES 
(refiro-me – quem se refere, se refere a; aludimos (quem alude, 
alude a; obedeço – quem obedece, quem obedece a) pedem o uso da 
preposiçãoa. Além disso, temos o uso dos pronomes demonstrativos 
aquele, aqueles e aquela que se iniciam pela letra a. Logo, usaremos 
o acento grave indicativo de crase. 
 
4- PREPOSIÇÃO A + PRONOME RELATIVO (A QUAL, AS QUAIS) 
 
a) Procuramos a mulher à qual obedeço. 
b) Estas são as jovens às quais fiz referência. 
c) Estas são as paixões às quais fui nocivo. 
DICA !!! 
DICA !!! 
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Profa. Fernanda Santos 
 www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 11 
 
 Nos exemplos acima, percebemos que os TERMOS REGENTES 
(obedeço – quem obedece, quem obedece a; referência (quem faz 
referência, faz referência a; nocivo – quem é nocivo, é nocivo a) 
pedem o uso da preposição a. Além disso, temos o uso dos pronomes 
relativos a qual, as quais se iniciam pela letra a. Logo, usaremos o 
acento grave indicativo de crase. 
 
 A partir do entendimento desses conceitos, verificamos que o uso 
do acento grave indicativo de crase é puro raciocínio. Assim, 
evitamos aquelas listas de exceções imensas, como: 
 
- antes de palavra masculina – se o artigo usado antes da palavra 
masculina é o O, e não o A é evidente que não há crase; 
 
Exemplo: Não redija a lápis o texto. 
 
ATENÇÃO!!! 
Diante de palavras masculinas se estiver subtendida a expressão 
“à moda de” ou “a maneira de”, usaremos o acento grave indicativo 
de crase. 
Exemplos: 
Fiz um gol à Romário. (Fiz um gol à moda de / à maneira de 
Romário) 
Fez um vestido à Clodovil. (Fez um vestido à moda de / à maneira de 
Clodovil) 
 
- antes de verbo - não usamos artigo antes de verbos. Logo, não 
haverá a crase. Mesmo quando o verbo vier substantivado, receberá 
o artigo masculino, e não feminino – “o andar”, “o lutar”; 
Exemplo: Todos saíram a comentar aquele fato. 
 
- antes de pronomes em geral – os pronomes, de regra geral, não 
admitem artigo definido feminino. Com exceção dos pronomes 
possessivos (que veremos adiante) e de alguns poucos pronomes 
indefinidos (mesmas, outras); 
CURSO EM PDF – LÍNGUA PORTUGUESA PARA O CESPE/UNB 
Profa. Fernanda Santos 
 www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 12 
Exemplos: 
Dedico-me a você. (Pronome de Tratamento) 
Dei o presente a ela. (Pronome Pessoal) 
Tenho uma caneta igual a essa / a esta. (Pronome Demonstrativo) 
O menino fazia referência a certa jovem. (Pronome Indefinido) 
O pai a cuja filha se referiu ontem é valente. (Pronome Relativo) 
A pessoa a quem me refiro não trabalha mais aqui. (Pronome 
Relativo) 
O teatro a que nos dirigimos fica na Avenida Presidente Vargas. 
(Pronome Relativo) 
 
ATENÇÃO!!! 
 
Os pronomes de tratamento SENHORA, SENHORITA e MADAME 
admitem o uso do artigo. Logo, aceita-se a crase. 
Refiro-me à senhora / à senhorita / à madame. 
 
- antes de artigos indefinidos – o artigo indefinido parte da noção 
de indeterminação. Logo, como podemos misturar o artigo definido 
com o artigo indefinido? Por esse motivo, não se utiliza crase diante 
de artigo indefinido. 
Exemplo: Fiz referência a uma mulher. 
 
- antes de substantivos em sentido vago, genérico – os 
substantivos quando apresentam ideia vaga, genérica, não admitem 
artigo definido feminino; 
Exemplo: Todo trabalhador tem direito a licença. 
 
- em expressões de palavras repetidas (frente a frente, dia a 
dia, gota a gota, face a face, cara a cara) – Só existe uma 
preposição ligando dois substantivos genéricos que formam uma 
expressão. O que se percebe é o paralelismo sintático. Se não há o 
artigo antes do primeiro elemento, também faltará antes do segundo. 
Exemplo: Deve ser feito face a face. 
CURSO EM PDF – LÍNGUA PORTUGUESA PARA O CESPE/UNB 
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 www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 13 
 
4. CASOS FACULTATIVOS 
 
1-Nomes próprios femininos- O uso do artigo antes de 
nomes próprios depende de diversos fatores. Por exemplo, 
regionalismo (em alguns lugares, não se usa artigo antes de nomes 
das pessoas – Fui à casa de Maíra); intimidade que se tem com a 
pessoa. Por esse motivo, o uso do acento grave é facultativo. 
Exemplos: 
Refiro-me a Ana Maria. 
Refiro-me à Ana Maria. 
 
ATENÇÃO!!! 
Em referência a pessoas ilustres, não se utiliza o artigo definido. 
Logo, por não se usar artigo definido, não se emprega o acento grave 
indicativo de crase. 
Exemplos: 
Aludi a Joana D’arc. 
As referências foram feitas a Virgem Maria. 
 
2-Pronome possessivo feminino singular seguido de 
substantivo singular- O uso do artigo é facultativo diante do 
pronome possessivo. Por exemplo, ao produzir uma frase, 
poderíamos empregar o artigo ou não: “Minha mãe é legal” ou “A 
minha mãe é legal”. Se não colocar o artigo antes do possessivo, 
haverá somente a preposição e, por isso, não haverá a ocorrência de 
crase. 
Exemplos: 
Refiro-me a minha irmã. 
Refiro-me à minha irmã. 
 
ATENÇÃO!!! 
a) Refiro-me às minhas irmãs. 
b) Obedeço às minhas amizades e não às suas. 
c) Fiz referência a (crase facultativa) minha mãe e não à (crase 
obrigatória) sua. = Fiz referência a minha mãe e não à sua mãe. 
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 Nos exemplos a e b, o uso do acento grave indicativo de crase é 
obrigatório, já que os termos regentes refiro-me e obedeço pedem o 
uso da preposição a e temos pronomes possessivos femininos no 
plural. Já na letra c, no primeiro a, a crase é facultativa, pois estamos 
diante de um pronome possessivo feminino singular + substantivo 
feminino singular. Porém, no segundo a, houve a omissão do 
substantivo que acompanha o pronome possessivo. Logo, a crase é 
obrigatória. 
 
3- Locução prepositiva ATÉ A- A locução prepositiva ATÉ A é a 
junção das duas preposições: até + a. Se houver um termo regido 
que admita o artigo definido, haverá crase. Essa locução prepositiva 
equivale à preposição “até”, que, quando usada na forma simples, 
não leva à fusão de dois ‘as’, pois só existe um – o artigo. O que é 
facultativo é o uso da locução prepositiva “até a” ou da preposição 
simples “até” – com a primeira, haverá crase (até à); com segunda, 
não (até a). 
Exemplos: 
Fui até a vila. 
Fui até à vila. 
 
5. CRASE E AS LOCUÇÕES 
 
 Vamos falar agora sobre a segunda regra de crase: o acento 
grave nas locuções femininas. Existem alguns casos em que o “a” 
recebe o acento grave (à) mesmo não havendo esse encontro de dois 
“as”. Há acento grave: 
a) LOCUÇÕES ADVERBIAIS: à noite, às pressas, às vezes, à toa, à 
beça, às duas horas, à vontade, etc. 
b) LOCUÇÕES PREPOSITIVAS: à beira de, à procura de, à moda 
de, à espera de, etc. 
c) LOCUÇÕES CONJUNTIVAS: à medida que, à proporção que. 
 
CURSO EM PDF – LÍNGUA PORTUGUESA PARA O CESPE/UNB 
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OBSERVAÇÃO: Em relação ao acento grave nas locuções, alguns 
gramáticos consagrados só admitem o acento grave quando houver 
algum risco de ambiguidade (Recebeu a bala ≠ Recebeu à bala; 
Comprar a vista ≠ Comprar à vista). Outros desaconselham em 
locuções adverbiais de instrumento (escrever a máquina). Entretanto, 
em provas de concursos, já encontramos questões que exigiram 
acento grave em locuções adverbiais femininas. Por isso,na hora 
da prova, utilize o bom senso. Veja todas as opções antes de indicar 
“certo ou errado”. 
 
6. CASOS ANALISÁVEIS 
 
 Com as palavras TERRA, CASA e DISTÂNCIA devemos prestar 
atenção na noção de especificação, mas também no sentido. 
 
1- TERRA 
a) Os marinheiros voltaram a terra. 
b) As meninas voltaram à terra natal. 
c) Os astronautasvoltaram à Terra. 
 No exemplo a, a palavra terra é o contrário da palavra bordo. 
Nesse caso, não haverá crase. Já na letra b, a palavra terra veio 
determinada(é a terra natal). Sendo assim, usaremos a crase. Por 
último, a palavra terra significa planeta Terra. Então, usaremos a 
crase. 
 
2- CASA 
a) Voltarei a casa cedo. 
b) Voltarei à casa de meu pai. 
 No exemplo a, a palavra casa não veio determinada. Portanto, 
não usamos a crase. Já na letra b, houve a noção de 
especificação(casa de meu pai). Por isso, usamos a crase. 
 
CURSO EM PDF – LÍNGUA PORTUGUESA PARA O CESPE/UNB 
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3- DISTÂNCIA 
a) Atiramos a bola a distância. 
b) Atiramos a bola à distância de 200m. 
 
 No exemplo a, a palavra distância não veio determinada. Logo, 
não haverá a crase. Na letra b, houve a noção de especificação 
(distância de 200m). Por isso, usamos a crase. 
 
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7. APRESENTAÇÃO DAS QUESTÕES COMENTADAS 
 
1- (CESPE/UNB–Auditor Fiscal do Tesouro Municipal–2007) A 
Câmara Municipal de Vitória (CMV) esteve representada na 
XVIII Descida Ecológica do Rio Jucu. Segundo o presidente da 
CMV, Alexandre Passos, a participação da Câmara de Vitória, 
que é uma das instituições que apóiam o Comitê da Bacia 
Hidrográfica do Rio Jucu, é fundamental para unir esforços 
junto a outros órgãos e entidades, no intuito de preservar e 
recuperar o rio. 
 “A cidade de Vitória é o município que tem o maior 
consumo entre todos os abastecidos pela bacia hidrográfica do 
rio Jucu. É a água do rio Jucu que abastece toda a área 
continental do nosso município. Atualmente nós consumimos 
diariamente 82.651 metros cúbicos, o que equivale a um 
consumo de 82.651 caixas de água de mil litros por dia”, 
ressaltou. 
 Passos também evidenciou que a preservação do rio Jucu 
é importante em todos os sentidos. “O rio Jucu, devido a sua 
potencialidade como fonte de geração de energia hidrelétrica, 
é estratégico para todas as atividades econômicas”. Passos 
lembrou que as cidades atendidas por essa bacia desenvolvem 
atividades agropecuárias, turísticas e industriais, entre outras. 
Internet: <www.cmv.es.gov.br> (com adaptações). 
O trecho ‘devido a sua potencialidade’ ficaria incorreto se 
fosse colocado sinal indicativo de crase em ‘a’. 
 
ERRADA. Nesse trecho, temos um termo regente que pede o uso da 
preposição devido a alguma coisa. Além disso, temos um pronome 
possessivo feminino + um substantivo feminino. Temos aí um caso de 
facultatividade do uso do artigo. Logo, a crase também é facultativa. 
A questão diz que é incorreto o sinal indicativo de crase, mas não é. É 
correto. 
 
2- (CESPE/UNB-Banco do Brasil-2002) O ano de 2001 
caracterizou-se por grandes desafios para a economia 
brasileira, que levaram a mudanças substanciais na formação 
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de expectativas quanto ao desempenho das principais 
variáveis econômicas. 
Em relação ao trecho acima, julgue a assertiva. 
O uso do sinal indicativo de crase em “levaram a mudanças” é 
facultativo, porque “mudanças” está no plural. 
 
ERRADA. Nesse trecho, o termo regente é o verbo levar que cobra o 
uso da preposição. O substantivo mudanças está tomado no sentido 
genérico, por isso não se utilizou o artigo. Além disso, se houvesse 
artigo antes do substantivo, estaria no plural para concordar com o 
substantivo (as mudanças). Então, não existe a possibilidade de 
haver a crase. 
 
3- (CESPE/UNB-Técnico bancário-2007) Julgue os fragmentos 
de texto contidos nos seguintes itens quanto à grafia, à 
acentuação e ao emprego do sinal indicativo de crase. 
Os dias estão mais quentes. Nesta década, foram registradas 
altíssimas temperaturas. A previsão é de que, até o ano de 
2100, as temperaturas estarão destinadas a aumentarem até 
seis graus, o que poderia trazer conseqüências devastadoras. 
 
CERTA. Nessa questão, a banca deixou para o candidato encontrar o 
acerto ou o erro. No trecho: “... destinadas a aumentarem...” está 
correta a ausência da crase, já que diante de verbo (aumentarem) 
não se admite o artigo. Logo, não poderá haver a crase. Temos só a 
preposição a, destinadas a alguma coisa. 
 
4- (CESPE/UNB-Técnico bancário-2007) Julgue os fragmentos 
de texto contidos nos seguintes itens quanto à grafia, à 
acentuação e ao emprego do sinal indicativo de crase. 
Eles destroem, com isso, à “Camada de Osônio”, que tem a 
função de proteger a Terra dos raios solares. Com a destruição 
dessa camada, a Terra fica mais exposta ao Sol e, 
conseqüentemente, a temperatura aumenta. 
 
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ERRADA. Nessa questão, a banca deixou para o candidato encontrar 
o acerto ou o erro. No trecho: “... Camada de Osônio”, percebe-se 
um erro de grafia. Ozônio seria a forma correta. Além disso, temos 
também um erro de crase. No trecho: “Eles destroem, com isso, à 
“Camada de Osônio”..., o verbo destruir não pede o uso da 
preposição. Quem destrói, não destrói a alguma coisa. Perceba que 
não há motivo para se colocar a crase, já que não existe a 
preposição. Então, deve-se retirar o acento grave do a, já que é 
apenas artigo que antecede o termo substantivo. 
 
5- (CESPE/UNB-TST–2008) O cenário econômico otimista 
levou os empresários brasileiros a aumentarem a formalização 
do mercado de trabalho nos últimos cinco anos. As 
contratações com 4 carteira assinada cresceram 19,5% entre 
2003 e 2007, enquanto a geração de emprego seguiu ritmo 
mais lento e aumentou 11,9%, segundo estudo comparativo 
divulgado 7 pelo IBGE. 
In: Correio Braziliense, 25/1/2008 (com adaptações). 
No primeiro período do texto, a partícula “a” ocorre tanto 
como preposição quanto como artigo: a primeira ocorrência é 
uma preposição exigida pelo emprego do verbo “levou”; a 
segunda ocorrência é um artigo que determina 
“formalização”. 
 
CERTA. O verbo levar, nesse caso, exigiu 2 complementos (levou 
alguém a alguma coisa). De fato, o 1° a é a preposição exigida por 
ele. O 2° a é um artigo que antecede o substantivo formalização. 
Quem aumenta, aumenta alguma coisa. O verbo não exige a 
preposição. Portanto, a assertiva está correta. 
 
6- (CESPE/UNB-ABIN–2008) Assistimos à dissolução dos 
discursos homogeneizantes e totalizantes da ciência e da 
cultura. Não existe narração ou gênero do discurso capaz de 
dar um traçado único, um horizonte de sentido unitário da 
experiência da vida, da cultura, da ciência ou da subjetividade. 
Há histórias, no plural; o mundo tornou-se intensamente 
complexo e as respostas não são diretas nem estáveis. Mesmo 
que não possamos olhar de um curso único para a história, os 
projetos humanos têm um assentamento inicial que já permite 
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abrir o presente para a construção de futuros possíveis. 
Tornar-se um ser humano consiste em participar de processos 
sociais compartilhados, nos quais emergem significados, 
sentidos, coordenações e conflitos. 
 A complexidade dos problemas desarticula-se e, 
precisamente por essa razão, torna-se necessária uma 
reordenação intelectual que nos habilite a pensar a 
complexidade. 
Dora Fried Schnitman. Introdução: ciência, cultura e subjetividade. In: 
Dora Fried Schnitman (Org.). Novos paradigmas, cultura e subjetividade, p. 
17 (com adaptações).O emprego do sinal indicativo de crase em “à dissolução” 
deve-se à dupla possibilidade de relações sintático- 
semânticas para o verbo assistir. 
 
CERTA. O verbo assistir, nesse caso, tem o sentido de ver, 
presenciar. E, com esse sentido, pede o uso da preposição a. Então, 
temos a preposição a + um nome feminino dissolução que admite o 
artigo (Vamos produzir uma frase: A dissolução é importante) . Por 
isso, utiliza-se a crase. 
 
7- (CESPE/UNB-Banco do Brasil-2002) A Venezuela, como a 
Argentina, ainda que de maneira distinta, recebe as duras 
lições de adaptações malsucedidas ao dilema entre a 
valorização do interno e a incorporação dos valores externos. 
A presidência de Hugo Chávez, nos últimos anos, expunha a 
fratura a que, estruturalmente, está submetida a América 
Latina, inclusive o Brasil. A tensão entre a administração para 
os de dentro, especialmente aqueles menos favorecidos pelo 
modelo de inserção aberta e liberal, e o agrado aos centros 
internacionais de poder, especialmente àqueles que 
hegemonizam as relações internacionais do presente, levou ao 
descompasso social e político a que chegou a Venezuela. 
Relativamente ao texto e ao assunto nele tratado, julgue o 
item seguinte. 
 O sinal indicativo de crase em “àqueles” indica que ocorre aí 
uma preposição, a, por exigência do substantivo “agrado”, 
segundo as regras de regência da norma culta. 
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CERTA. O substantivo agrado pede o uso da preposição a (agrado a) 
+ o pronome demonstrativo aquele. A preposição a + AQUELE = 
haverá a crase. 
 
8- (CESPE/UNB-CEF-2002) As carteiras Hipotecária e de 
Cobrança e Pagamentos surgiram em 1934, durante o governo 
Vargas, quando tiveram início as operações de crédito 
comercial e consignação. As loterias federais começaram a ser 
gerenciadas pela CAIXA em 1961, representando um 
importante passo na execução dos programas sociais do 
governo, já que parte da arrecadação é destinada à 
seguridade social, ao Fundo Nacional de Cultura, ao Programa 
de Crédito Educativo e a entidades de prática esportiva. 
Considerando o texto acima, julgue o item que se segue. 
Caso se reescrevesse o trecho "a entidades de prática 
esportiva" como à entidades de prática desportiva, o período 
permaneceria de acordo com a norma culta da língua 
portuguesa. 
 
ERRADA. O nome entidades está no plural. O artigo que o antecede 
é o as. Está incorreta a construção “à entidades de prática 
desportiva”. Não há a presença do artigo, logo, não poderá haver a 
crase. 
 
9- (CESPE/UNB-Agente de Polícia Federal–2009) A inserção 
do sinal indicativo de crase em “existimos previamente a 
nossas relações sociais” (R.3-4) preservaria a correção 
gramatical e a coerência do texto, tornando determinado o 
termo “relações”. 
 
ERRADA. A inserção da crase não preservaria a correção do período, 
já que nossas relações está no plural. O artigo que deveria ser 
empregado é AS. Logo, não há como utilizar o acento grave de crase. 
 
10- (CESPE/UNB-Abin–2008) Na atualidade, em qualquer 
parte do mundo, podem desenvolver-se atividades de apoio 
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logístico ou de recrutamento ao terrorismo. Isso se deve à sua 
própria lógica de disseminação transnacional, que busca 
continuamente novas áreas de atuação e, também, às 
vantagens específicas que cada país pode oferecer a membros 
de organizações extremistas, como facilidades de obtenção de 
documentos falsos ou de acesso a seu território, além de 
movimentação, refúgio e acesso a bens de natureza material e 
tecnológica. (...) 
Em “às vantagens”, o sinal indicativo de crase justifica-se pela 
regência de “deve” e pela presença de artigo definido 
feminino plural. 
 
CERTA. O verbo dever cobra o uso da preposição a (deve a alguma 
coisa). Vantagens é um nome feminino que admite o artigo (Vamos 
produzir uma frase: As vantagens são importantes). Logo, houve a 
junção da preposição a + o artigo as = crase. 
 
11- (CESPE/UNB-Abin–2008) Sem o contínuo esforço 
supranacional para integrar e coordenar ações conjuntas de 
repressão, o terrorismo internacional continuará, por tempo 
indeterminado, a ser fator de ameaça aos interesses da 
comunidade internacional e à segurança dos povos. (...) 
Em “à segurança”, o sinal indicativo de crase justifica-se pela 
regência de “ameaça” e pela presença de artigo definido 
feminino singular. 
 
CERTA. O termo ameaça pede o uso da preposição a (ameaça a 
alguma coisa). E a palavra segurança aceita o artigo (Vamos produzir 
uma frase: A segurança é fundamental). Logo, houve a junção da 
preposição a + o artigo a = crase. 
 
12- (CESPE/UNB-TST–2008) Eu acho que poderá corresponder 
àquilo que sempre foi... 
O sinal indicativo de crase em “àquilo” é resultado da 
presença da preposição a, regendo o complemento do verbo 
“corresponder” e do pronome demonstrativo aquilo. 
 
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CERTA. O verbo corresponder cobra o uso da preposição a (quem 
corresponde, corresponde a) + o pronome demonstrativo aquilo que 
se inicia pela letra a. Preposição a + pronome demonstrativo aquilo= 
crase. 
 
13- (CESPE/UNB–SEMPLAD–SEMED–2008) São incalculáveis 
as possibilidades de desenvolvimento de produtos que a TV 
digital passa a oferecer à indústria e à criatividade brasileira. 
Em “à indústria e à criatividade”, o sinal indicativo de crase 
justifica-se pela regência do verbo “oferecer”, que exige 
preposição, e pela presença de artigo definido feminino. 
 
CERTA. O verbo oferecer cobra o uso da preposição a (quem oferece, 
oferece a ) + o artigo definido a (vamos produzir frases: A indústria é 
avassaladora. / A criatividade é importante). Preposição a + artigo 
definido a= crase. 
 
14- (CESPE/UNB–Banco do Brasil-2003) Ser cidadão é ter 
direito à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade perante 
a lei: é, em resumo, ter direitos civis. É também participar no 
destino da sociedade, votar, ser votado, ter direitos políticos. 
Os direitos civis e políticos não asseguram a democracia sem 
os direitos sociais, aqueles que garantem a participação do 
indivíduo na riqueza coletiva: o direito à educação, ao 
trabalho, ao salário justo, à saúde, a uma velhice tranqüila. 
Exercer a cidadania plena é ter direitos civis, políticos e 
sociais. 
Jaime Pinsky. História da cidadania. (Org. Contexto 2003). 
Considerando o texto acima e a atualidade brasileira, julgue o 
item seguinte. 
Constitui uma estrutura alternativa e também correta para o 
primeiro período do texto o trecho Ser cidadão é ter direito a 
vida, liberdade, propriedade, igualdade perante a lei: é, em 
resumo, ter direitos civis. 
 
CERTA. O termo regente é direito (Alguém tem direito a alguma 
coisa). Assim, o substantivo exige a preposição a. O autor do texto 
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determinou cada termo regido com o uso do artigo: a vida, a 
liberdade, a propriedade, a igualdade perante a lei. Se você retirar 
todos os determinantes, estará correta a assertiva. Aí, o a é apenas 
preposição, sem crase. 
 
15- (CESPE/UNB –DEFENSOR -2004) Não temos dado muita 
atenção a uma de nossas mais importantes riquezas nacionais. 
Trata-se de nosso patrimônio lingüístico. Exatamente as 
línguas ou idiomas e dialetos falados em nosso país. Qual é a 
situação atual e importância? Há proteção legal para eles? É o 
que tentaremosanalisar. 
A respeito da organização do texto acima, julgue o seguinte 
item. 
Na linha 2, é gramaticalmente opcional o emprego do sinal 
indicativo de crase em “a”, mas seu uso tornaria o sentido de 
“atenção” menos genérico e mais especificamente direcionado 
para “riquezas nacionais” . 
 
ERRADA. O termo regente dar (verbo que faz parte da locução 
temos dado) apresenta complemento direto (atenção) e indireto 
(regido pela preposição a). Não é possível o emprego do acento 
grave por não ser possível o emprego de um artigo definido feminino 
antes daquela expressão. Logo, não haverá crase. 
 
16- (CESPE/UNB–MPE/AM–2008) Ao conectar-se, o internauta 
passa a ter acesso a informações diversas, relacionadas a 
cultura, turismo, 25 educação, lazer, viagem, televisão, 
cinema, arte, informática, política, religião, enfim, um mundo 
paralelo ao nosso, onde a informação é compartilhada de 
diferentes maneiras. 
Não foi empregado o acento grave em “relacionadas a cultura” 
porque o termo “cultura” está empregado em sentido geral, 
sem anteposição de artigo definido, tal como as demais 
palavras da enumeração — “turismo, educação, lazer, viagem, 
televisão, cinema, arte, informática, política, religião”. 
 
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CERTA. Quando queremos colocar um termo no sentido genérico, 
não utilizamos o artigo definido para especificá-lo. Assim, o autor 
utilizou a preposição cobrada pelo termo relacionadas (relacionadas a 
alguma coisa), mas preferiu deixar o substantivo de modo genérico, 
ou seja, é qualquer cultura. As palavras que pertencem à 
enumeração também se encontram no sentido genérico turismo, 
educação, lazer, viagem, televisão, cinema, arte, informática, 
política, religião. Logo, a assertiva está correta. 
 
17- (CESPE/UNB–SESA–2008) Até hoje respondíamos à 
questão quando começa a vida? 
A presença do sinal indicativo de crase em “à questão” indica 
que o verbo responder, como está empregado no texto, exige 
o uso de ao, se, mantida a coerência textual, o vocábulo 
“questão” for substituído por questionamento. 
 
CERTA. O verbo responder, nesse caso, apresenta a seguinte 
regência: quem responde, responde a alguma coisa.Temos o uso da 
preposição a + o artigo definido a = crase. Se trocarmos o verbo pelo 
substantivo questionamento, também se mantém a regência: Até 
hoje responderíamos ao questionamento. 
 
18- (CESPE/UNB–TRT-2008) O instituto é uma garantia de 
Primeiro Mundo à carreira dos funcionários públicos contra as 
injunções políticas que certamente decorrem das mudanças de 
governo. 
O sinal indicativo de crase em “à carreira” justifica-se pela 
regência da palavra “garantia” e pela presença de artigo 
definido feminino singular. 
 
CERTA. O termo garantia exige a preposição a (garantia a alguma 
coisa. Além disso, a palavra carreira admite o artigo (vamos produzir 
uma frase: a carreira é importante para todos). Logo, preposição a + 
artigo definido a = crase. 
 
19- (CESPE/UNB–TRT-2009) A capital dá exemplo, também, 
às empresas privadas controladoras de pequenas centrais 
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elétricas e de projetos de biomassa, que poderiam se 
enquadrar nesse sistema, fortalecendo a presença do Brasil no 
mercado de créditos de carbono. 
O emprego do sinal indicativo de crase em “às empresas” 
justifica-se pela regência de “capital” e pela presença de 
artigo definido feminino singular. 
 
ERRADA. Nesse caso, não foi o termo capital que exigiu o uso da 
preposição, mas sim o verbo dar que cobrou (dá alguma coisa a 
alguém). O termo as empresas admite sim o uso do artigo, mas, 
nesse caso, não foi a palavra capital que cobrou a preposição. Por 
isso, a assertiva está incorreta. 
 
20- (CESPE/UNB–ANTAQ–Técnico Administrativo–2009) 
Mantêm-se a correção gramatical e a coerência do texto ao se 
inserir um sinal indicativo de crase em “a grandes distâncias”, 
escrevendo-se: à grandes distâncias. 
 
ERRADA. Nesse caso, a palavra distância não veio determinada. Eu 
não sei qual é a distância. Logo, se tal palavra não vier especificada, 
não se admite a crase. 
 
21- (CESPE/UNB–TRT–ANALISTA JUDICIÁRIO–2009) 13 DE 
JUNHO... Vesti as crianças e eles foram para a escola. Eu fui 
catar papel. No Frigorífico vi uma mocinha comendo salsichas 
do lixo. (...) Os preços aumentam igual as ondas do mar. Cada 
qual mais forte. Quem luta com as ondas? Só os tubarões. Mas 
o tubarão mais feroz é o racional. É o terrestre. É o atacadista. 
A lentilha está a 100 cruzeiros o quilo. Um fato que alegrou 
me imensamente. Eu dancei, cantei e pulei. E agradeci o rei 
dos juízes que é Deus. Foi em janeiro quando as águas 
invadiram os armazéns e estragou os alimentos. Bem feito. Em 
vez de vender barato, guarda esperando alta de preços: Vi os 
homens jogar sacos de arroz dentro do rio. Bacalhau, queijo, 
doces. Fiquei com inveja dos peixes que não trabalham e 
passam bem. 
 
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Carolina Maria de Jesus. Quarto de despejo: diário de uma favelada. São 
Paulo: Ática, 2004, p. 54 (com adaptações) 
Considerando os sentidos e as estruturas linguísticas do texto 
acima, julgue os itens seguintes. 
O emprego do sinal indicativo de crase em “as ondas” é 
facultativo, uma vez que a palavra “igual”, que equivale a 
como, dispensa a preposição. 
 
ERRADA. Nesse caso, o emprego do sinal indicativo de crase não é 
facultativo, já que o adjetivo igual pede o uso da preposição a. Além 
disso, a palavra as ondas veio com o artigo definido as. Então, temos 
preposição a + artigo as = crase. 
 
22- (CESPE/UNB–MRE/IRbr/2009) O Brasil e o Paraguai vão 
discutir a revisão do Tratado de Itaipu e uma possível 
renegociação da dívida de US$ 19,6 bilhões da hidrelétrica 
com o Tesouro Nacional. A decisão foi tomada durante um 
encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e o 
paraguaio Fernando Lugo, paralelamente à Cúpula da América 
Latina e Caribe. 
O sinal indicativo de crase em “à Cúpula” justifica-se pela 
regência de “paralelamente”, que exige preposição a, e pela 
presença de artigo definido feminino singular. 
 
CERTA. O termo paralelamente pede o uso da preposição a 
(paralelamente a alguma coisa). E o termo cúpula aceita o artigo, 
Logo, preposição a + artigo a = crase. 
 
23- (CESPE/UNB–MRE/IRbr/2009) A Alemanha vai enfrentar 
a pior recessão desde a 2.ª Guerra Mundial e já planeja, para 
2009, um novo pacote de estímulo à economia. As medidas 
serão anunciadas assim que o novo presidente norte-
americano, Barack Obama, tomar posse, no final de janeiro. 
Há menos de um mês, o governo alemão anunciou um pacote 
de medidas de US$ 63 bilhões para fortalecer a economia. 
Agora, a oposição quer que outros 25 bilhões sejam usados no 
pacote. 
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O sinal indicativo de crase em “à economia” justifica-se pela 
regência de “planeja” e pela presença de artigo definido 
feminino. 
 
ERRADA. Nesse caso, o verbo planeja não pede o uso da preposição 
a. Quem planeja, planeja algo. O uso da preposição se dá pela 
palavra estímulo (estímulo a alguma coisa. Logo, não há a preposição 
cobrada pelo verbo. A assertiva está errada. 
 
24- (CESPE/UNB–MRE-IRbr–2009) José Genoíno disse que o 
isolamento da Venezuela poderia levar a uma crise e a um 
fundamentalismo. 
Em “a um fundamentalismo”, o emprego de preposição deve-
seà regência de “levar”, e não exige sinal indicativo de crase 
porque antecede artigo indefinido masculino. 
 
CERTA. De fato, o verbo levar cobra o uso da preposição (levar a 
alguma coisa), mas o artigo indefinido não admite o uso do artigo 
definido. Logo, não haverá a crase. 
 
25- (CESPE/UNB–IBRAM–2009) As políticas públicas urbanas, 
até a década de 70, eram reações, por parte do governo 
federal, ao êxodo rural que o país vinha sofrendo. Essas 
políticas eram, em sua maioria, voltadas para a infraestrutura 
urbana, a saber: habitação e saneamento. Na década de 70, 
foram elaboradas políticas de ordenamento urbano, por parte 
do governo federal, a fim de se definir e fomentar o 
ordenamento das regiões metropolitanas. 
Em “voltadas para a infraestrutura urbana”, a preposição 
“para” poderia ser excluída, o que exigiria o uso do acento 
grave indicativo de crase, para que fosse mantida a correção 
gramatical do texto. 
 
CERTA. De fato, se não usássemos a preposição para, deveríamos 
usar a crase. O termo voltadas pede o uso da preposição (voltadas 
para ou voltadas a). Então, voltadas à infraestrutura estaria correto 
sim. 
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26- (CESPE/UNB–SEGER–2009) Em uma outra frente, 
surgiram funções relativas a assuntos ambientais, como a do 
consumidor de sustentabilidade, profissional... 
Caso a expressão destacada no trecho “surgiram funções 
relativas a assuntos ambientais” fosse substituída por questão 
ambiental, deveria ser empregado o acento grave, indicativo 
de crase – à questão ambiental. 
 
CERTA. Se realizássemos a troca, teríamos o uso de uma expressão 
feminina que admite o uso do artigo a (a questão ambiental). Como 
já existe a preposição a cobrada pelo termo relativas , teríamos a 
junção da preposição a + artigo definido a = crase. 
 
27- (CESPE/UNB–INPE–2009) Creio que há evidência 
contundente em favor do argumento de que os investimentos 
públicos em pesquisa científica têm tido um retorno bastante 
compensador em termos da utilização para o bem-estar social 
dos progressos científicos obtidos. Por outro lado, creio 
também que se pode questionar, não somente quanto à 
aplicação de conhecimentos científicos com finalidades 
destrutivas ou nocivas à humanidade e à natureza, mas 
também quanto à distribuição desses benefícios entre 
diferentes setores da sociedade. 
As ocorrências de crase em “à aplicação” e “à humanidade e à 
natureza” justificam-se pelo uso obrigatório da preposição a 
nos complementos de “questionar”. 
 
ERRADA. Nesse caso, NÃO é o verbo questionar que pede o uso da 
preposição, pois quem questiona, questiona alguma coisa. Temos o 
uso da preposição que é cobrado pelos termos “quanto” e “nocivas”, 
que exigem a preposição a. Logo, a explicação da assertiva está 
errada. 
 
28- (CESPE/UNB–POLÍCIA CIVIL–2009) 
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Considerando o quadrinho acima, julgue o próximo item. 
De acordo com a norma culta da língua portuguesa, emprega-
se o acento indicativo de crase em “bife à cavalo” para indicar 
que o personagem que utiliza essa expressão não 
compreendeu seu sentido. 
 
ERRADA. Nesse caso, temos um nome masculino cavalo e não 
podemos substituir o a por à moda de, já que cavalo não cria moda 
nenhuma. Por esse motivo, a assertiva está incorreta. Se 
pensássemos em bife à milanesa, aí sim levaria crase =à moda de 
Parma. 
 
29- (CESPE/UNB–TCE–RN–2009) Em todos os povos ou 
períodos da história, a sensação de pertencimento a uma 
comunidade sempre foi construída com base nas diferenças 
em relação aos que estão de fora, “os outros”. Muitas tribos 
indígenas brasileiras, por exemplo, chamam a si próprias de 
“homens” ou “gente” e denominam pejorativamente 
integrantes de outros grupamentos — esses são “seres 
inferiores” ou “narizes chatos”. O filósofo Aristóteles 
considerava a “raça helênica” superior aos outros povos. Mas 
até o Iluminismo, no século XVIII, a humanidade não recorreu 
a teses raciais para justificar a escravidão — tratava-se de 
uma decorrência natural das conquistas militares. 
A ausência do sinal indicativo de crase em “a teses” indica que 
o substantivo está sendo usado em sentido generalizado, sem 
a determinação marcada pelo artigo. 
 
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CERTA. A ausência do artigo definido mostra que o substantivo teses 
está tomado no sentido geral. Por esse motivo, não há a fusão de 
sons iguais. Logo, não há a crase. 
 
30- (CESPE/UNB–TRE–PR–2009) A eleição brasileira, 
considerada a maior votação eletrônica do mundo, atrai a 
atenção de observadores internacionais e passou por longo 
processo de evolução até chegar à atual etapa de 
informatização. Por estranho que pareça, a previsão de uma 
máquina de votar já constava no primeiro Código Eleitoral, em 
1932. 
Na linha 4, o emprego do acento grave em “à atual” é exigido 
pela regência de “chegar” e pela presença de artigo definido 
feminino. 
 
CERTA. O verbo chegar cobra o uso da preposição a (quem chega, 
chega a). A palavra atual admite o uso do artigo definido a. Então, 
temos o uso da preposição a + o artigo definido a= crase. 
 
31-(CESPE/UNB–TRE–MA–2009) Julgue os itens a seguir 
quanto ao emprego do acento grave nas frases neles 
apresentadas. 
I - Acostumado à vida parlamentar, o senador resistiu à 
reação desproporcional pretendida pela bancada 
oposicionista. 
II- A rotina, à qual o ator aderira em 2001, era igual à de sua 
parceira de novelas. 
III- Inúmeros países, à partir daí, não criaram obstáculos à 
paz. 
IV- A globalização financeira, associada à melhores 
instituições e à estabilidade macroeconômica, contribuiu para 
elevar a taxa de investimento do Brasil. 
Estão certos apenas os itens: 
A) I e II. 
B) I e III. 
C) I e IV. 
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D) II e IV. 
E) III e IV. 
Letra A. 
I) Percebe-se que a palavra acostumado pede o uso da preposição 
(quem está acostumado, está acostumado a). Nesse caso, o 
substantivo vida pode vir com o artigo, basta produzir uma frase (A 
vida é bonita). Então, temos a presença da preposição a + o artigo 
definido a = crase. 
II) A rotina, à qual o ator aderira em 2001, era igual à de sua 
parceira de novelas. 
Nessa frase, temos o termo regente aderira (aderira a alguma coisa) 
pede o uso da preposição a + o pronome relativo a qual. Então, 
preposição a + pronome relativo a qual = crase. Em seguida, temos 
o termo regente igual (igual a alguma coisa) + o pronome 
demonstrativo aquela (... era igual aquela de sua parceria de 
novelas). Então, preposição a + pronome demonstrativo aquela = 
crase. 
III) Inúmeros países, à partir daí, não criaram obstáculos à paz. 
Nessa frase, temos o verbo partir. Não se admite artigo antes de 
verbo. Logo, se não temos o artigo, não temos a fusão de sons 
iguais. Por esse motivo, não haverá a crase. 
IV- A globalização financeira, associada à melhores instituições e à 
estabilidade macroeconômica, contribuiu para elevar a taxa de 
investimento do Brasil. 
 
Nessa frase, temos o termo regente associada que pede o uso da 
preposição (associada a alguma coisa). Porém, o termo melhores 
está no plural e o artigo que o acompanha é o AS , e não A. Então, 
não haverá a crase justamente por não ter o artigo. O A é apenas a 
preposição. Além disso, percebe-se o paralelismo sintático 
...associada a melhoresinstituições e à estabilidade 
macroeconômica... Se não há artigo antes da palavra melhores, 
também não haverá antes da palavra estabilidade. Sendo assim, o 
que acontecer com um elemento deve acontecer também com todos 
os demais que exercem a mesma função sintática = paralelismo 
sintático. 
 
32-(CESPE/UNB–MPU-2010) As diferenças de classes vão ser 
estabelecidas em dois níveis polares: classe privilegiada e 
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classe não privilegiada.Nessa dicotomia, um leitor crítico vai 
perceber que se trata de um corte epistemológico, na medida 
em que fica óbvio que classificar por extremos não reflete a 
complexidade de classes da sociedade brasileira, apesar de 
indicar os picos. Em cada um dos polos, outras diferenças se 
fazem presentes, mas preferimos alçar a dicotomia maior que 
tanto habita o mundo das estatísticas quanto, e 
principalmente, o mundo do imaginário social. Estudos a 
respeito de riqueza e pobreza ora dão quitação a classes pela 
forma quantitativa da ordem do ganho econômico, ora pelo 
grau de consumo na sociedade capitalista, ora pela forma de 
apresentação em vestuário, ora pela violência de quem não 
tem mais nada a perder e assim por diante. O imaginário, em 
sua organização dinâmica e com sua capacidade de produzir 
imagens simbólicas e estereótipos, maneja representações 
que possibilitam pôr ordem no caos. O imaginário, acionado 
pela imaginação individual, é pluriespacial e, na interação 
social, constrói a memória, a história museológica. Mesmo que 
possamos pensar que estereótipos são resultado de matrizes, 
a cultura é dinâmica, porquanto símbolos e estereótipos são 
olhados e ressignificados em determinado instante social. 
Dina Maria Martins Ferreira. Não pense, veja. São 
Paulo: Fapesp&Annablume, p. 62 (com adaptações). 
A ausência de sinal indicativo de crase no segmento “a 
classes” indica que foi empregada apenas preposição a, 
exigida pelo verbo dar, sem haver emprego do artigo 
feminino. 
 
 
CERTA. Nesse caso, temos o verbo dar que é verbo transitivo direto 
e indireto (quem dá, dá alguma coisa a alguém). Logo, exigem-se 
dois complementos: o objeto direto é quitação e o objeto indireto é a 
classes. Como não existe a flexão de plural porque o substantivo 
classes está no plural (as classes), trata-se apenas do uso da 
preposição a. Logo, não haverá a crase. 
 
 
33-(CESPE/UNB–MPU-Técnico Administrativo-2010) Para a 
maioria das pessoas, os assaltantes, assassinos e traficantes 
que possam ser encontrados em uma rua escura da cidade são 
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o cerne do problema criminal. Mas os danos que tais 
criminosos causam são minúsculos quando comparados com 
os de criminosos respeitáveis, que vestem colarinho 
branco e trabalham para as organizações mais poderosas. 
Estima-se que as perdas provocadas por violações das leis 
antitrust — apenas um item de uma longa lista dos principais 
crimes do colarinho branco — sejam maiores que todas as 
perdas causadas pelos crimes notificados à polícia em mais de 
uma década, e as relativas a danos e mortes provocadas por 
esse crime apresentam índices ainda maiores. A ocultação, 
pela indústria do asbesto (amianto), dos perigos 
representados por seus produtos provavelmente custou tantas 
vidas quanto as destruídas por todos os assassinatos 
ocorridos nos Estados Unidos da América durante uma década 
inteira; e outros produtos perigosos, como o cigarro, também 
provocam, a cada ano, mais mortes do que essas. 
James William Coleman. A elite do crime. 5.ª ed., São Paulo: Manole, 2005, 
p. 1 (com adaptações). 
No segmento “quanto as destruídas” (R.14-15), o emprego do 
acento grave é facultativo, visto que o termo “quanto” rege 
complemento com ou sem a preposição a. 
 
ERRADA. Nesse caso, não se trata da utilização do termo “quanto a”, 
mas sim a utilização do pronome demonstrativo AS = AQUELAS. 
Vejamos: ...quanto aquelas destruídas. Como não existe a preposição 
no texto, não haverá a fusão de sons iguais. Portanto, não há crase. 
 
34-(CESPE/UNB-Anatel–2009) O real não é constituído por 
coisas. Nossa experiência direta e imediata da realidade leva-
nos a imaginar que o real é feito de coisas (sejam elas 
naturais ou humanas), isto é, de objetos físicos, psíquicos, 
culturais oferecidos à nossa percepção e às nossas vivências. 
Assim, por exemplo, costumamos dizer que uma montanha é 
real porque é uma coisa. No entanto, o simples fato de que 
uma coisa possua um nome e de que a chamemos montanha 
indica que ela é, pelo menos, uma coisa-para-nós, isto é, que 
possui um sentido em nossa experiência. 
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 Não se trata de supor que há, de um lado, a coisa 
física ou material e, de outro, a coisa como ideia e 
significação. Não há, de um lado, a coisa-em-si e de outro, a 
coisa-para-nós, mas o entrelaçamento do físico-material e da 
significação. A unidade de um ser é de seu sentido, o que 
com que aquilo que chamamos coisa seja sempre um campo 
significativo. 
Marilena Chaui. O que é ideologia, p. 16-8 (com adaptações). 
O sinal de crase em “oferecidos à nossa percepção e às 
nossas vivências” indica que “oferecidos” tem complemento 
regido pela preposição “a”. 
 
CERTA. Nesse caso, temos o termo regente oferecidos que pede o 
uso da preposição (oferecidos a alguma coisa). Além disso, temos o 
uso do pronome possessivo feminino singular nossa que faculta o uso 
do artigo + substantivo feminino singular percepção. Para manter o 
paralelismo sintático, temos às nossas vivências – pronome 
possessivo feminino plural + substantivo feminino plural. Aqui a crase 
é obrigatória, pois existe o artigo as. Logo, a assertiva está correta. 
 
35-(CESPE/UNB–Administrador Hospitalar–2009) Sendo 
concretas, não haveria necessidade de metáforas para 
pensar, descobrir ou comunicar essas coisas. O que talvez 
não esteja claro para aqueles que possuem tal visão inocente 
ou leiga da ciência é que, antes das descobertas e das 
invenções, há intenso trabalho de pesquisa e que esse 
trabalho tem uma base metafórica considerável. 
A preposição para, que rege a complementação de “não esteja 
claro”, estabelece, no texto, relações semânticas 
correspondentes à preposição a; por isso, esta poderia ser 
usada em lugar daquela, desde que se registrasse a crase, 
escrevendo-se àqueles. 
 
CERTA. Nesse caso, temos o termo regente claro. Podemos usar a 
preposição para ou a preposição a. Se usarmos a preposição a, 
teríamos o seu uso + o pronome demonstrativo aqueles. Ocorre a 
fusão de sons iguais. Logo, haverá a crase. 
 
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36- (CESPE/UNB–Delegado–2009) No passado, o calcanhar-
de-aquiles do Brasil se situou naquela terceira esfera, a dos 
direitos humanos. 
Preservam-se a coerência do texto e o atendimento às regras 
gramaticais da língua portuguesa ao se inserir sinal indicativo 
de crase em “a dos direitos”: à dos direitos. 
 
ERRADA. Nesse caso, não temos o uso da preposição exigida por 
nenhum termo. Logo, se não existe a preposição, não podemos ter o 
uso da crase. O trecho ...a dos direitos humanos corresponde ao uso 
do pronome demonstrativo = aquela dos direitos humanos. Assertiva 
errada. 
 
37- (CESPE/UNB–TRE–2009) De acordo com essa concepção, 
a verdade estaria inscrita na essência, sendo idêntica à 
realidade e acessívelapenas ao pensamento, e vedada aos 
sentidos. 
Tanto o uso da crase em “à realidade” como da contração em 
“ao pensamento” justificam-se pelas relações de regência de 
“idêntica”. 
 
ERRADA. Nesse caso, temos dois termos regentes. O primeiro é 
idêntica que solicita o uso da preposição (idêntica a algo).O segundo 
é acessível (acessível a). O comando da questão disse que existia 
apenas um termo regente, o que não ocorre. Então, a assertiva é 
incorreta. 
 
38- (CESPE/UNB–PROFESSOR–2009) Pode-se empregar o 
acento grave indicativo de crase para marcar a fusão da 
preposição a com os pronomes demonstrativos aquele, aquela, 
aquilo. Assinale a opção em que a frase apresentada não 
obedece a essa regra. 
A) Entreguei o bilhete àquele homem. 
B) Deram emprego àquela senhora. 
C) Não pertenço àquele grupo. 
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D) O livro de que preciso está sobre àquela mesa. 
E) Assistiram àquilo calados. 
 
Letra D. 
Vamos verificar cada opção: 
A) Entreguei o bilhete àquele homem. 
Nesse caso, o verbo entregar exige dois complementos (entreguei 
algo a alguém). Então, temos o uso da preposição a + pronome 
demonstrativo aquele = crase. 
B) Deram emprego àquela senhora. 
Nesse caso, o verbo dar exige dois complementos (deram algo a 
alguém). Então, temos o uso da preposição a + pronome 
demonstrativo aquela = crase. 
C) Não pertenço àquele grupo. 
Nesse caso, o verbo pertencer exige um complemento com a 
preposição a (quem pertence, pertence a). Então, temos o uso da 
preposição a + pronome demonstrativo aquele = crase. 
D) O livro de que preciso está sobre àquela mesa. 
Nesse caso, não temos o uso da preposição a. Nós não dizemos está 
sobre a alguma coisa. Nesse item temos apenas o uso do pronome 
demonstrativo aquela. Como não há a preposição, não podemos usar 
o acento grave indicativo de crase. 
E) Assistiram àquilo calados. 
Nesse caso, o verbo assistir no sentido de ver, presenciar, pede o uso 
da preposição a. Então, temos o uso da preposição a + pronome 
demonstrativo aquilo = crase. 
 
39- (CESPE/UNB–DELEGADO SUBSTITUTO–2009) Schelling 
denominou brinkmanship (de brink, extremo) a estratégia de 
deliberadamente levar uma situação... 
No trecho “denominou brinkmanship (de brink, extremo) a 
estratégia", o “a” deveria levar a marca gráfica de crase. 
 
ERRADA. Nesse caso, temos o uso do verbo denominar que não 
exige um complemento com a preposição a (quem denomina, não 
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denomina a alguma coisa). Então, não temos a presença da 
preposição. Logo, não podemos usar o acento grave indicativo de 
crase. O a é apenas artigo que antecede o elemento substantivo 
estratégia. 
 
40- (CESPE/UNB–DETRAN–2009) A exposição das gestantes à 
poluição, em especial nos três primeiros meses de gestação, 
leva à diminuição do peso dos bebês ao nascer, um dos 
principais determinantes da saúde infantil. 
O emprego do sinal indicativo de crase em “à poluição” deve-
se à regência da palavra “exposição”, que exige preposição, e 
à presença de artigo definido feminino singular. 
 
CERTA. Nesse caso, temos o termo regente exposição que pede o 
uso da preposição (exposição a alguma coisa). O termo poluição 
admite o artigo. Veja uma frase: A poluição é danosa. Então, temos a 
preposição a + artigo definido a = crase. 
 
41- (CESPE/UNB–ADRAGRI–2009) “O líquido, obtido após a 
maceração das folhas e o descanso em uma solução com 
álcool, é indicado para muitas aflições”. 
A correção gramatical do texto seria mantida se, no trecho 
“após a maceração”, fosse empregado acento indicativo de 
crase, dado que a expressão nominal está antecedida da 
palavra “após”, a qual faculta o uso desse acento. 
 
ERRADA. Nesse caso, não temos um caso de facultatividade de 
crase. São três os casos de facultatividade de crase: diante de nomes 
próprios femininos, pronome possessivo feminino singular + 
substantivo feminino singular e a preposição até. Logo, podemos ver 
que a crase não é facultativa. Além disso, o termo após não exige a 
preposição (após a algo NÃO!). 
 
42- (CESPE/UNB–FUB–2009) Isto leva-o à sua imperfeição. O 
sinal indicativo de crase em “à sua” mostra que o artigo 
definido feminino, facultativo antes de pronomes possessivos, 
foi usado. 
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CERTA. Nesse caso, temos o termo regente levar que exige dois 
complementos (quem leva, leva alguma coisa a). Além disso, diante 
de pronome possessivo feminino singular, o uso do artigo é 
facultativo. Por isso, a crase é facultativa. Como temos o acento 
grave indicativo de crase em “à sua imperfeição”, mostra que temos 
a presença do artigo a + o uso da preposição a = crase. 
 
43- (CESPE/UNB–STF-Analista Judiciário-2008) O agente ético 
é pensado como sujeito ético, isto é,como um ser racional e 
consciente que sabe o que faz, como um ser livre que escolhe 
o que faz e como um ser responsável que responde pelo que 
faz. A ação ética é balizada pelas idéias de bem e de mal, justo 
e injusto, virtude e vício. Assim, uma ação só será ética se 
consciente, livre e responsável e será virtuosa se realizada em 
conformidade com o bom e o justo. A ação ética só é virtuosa 
se for livre e só o será se for autônoma, isto é, se resultar de 
uma decisão interior do próprio agente e não de uma pressão 
externa. Evidentemente, isso leva a perceber que há um 
conflito entre a autonomia da vontade do agente ético (a 
decisão emana apenas do interior do sujeito) e a heteronomia 
dos valoresmorais de sua sociedade (os valores são dados 
externos aosujeito). Esse conflito só pode ser resolvido se o 
agente reconhecer os valores de sua sociedade como se 
tivessem sido instituídos por ele, como se ele pudesse ser o 
autor desses valores ou das normas morais, pois, nesse caso, 
ele será autônomo, agindo como se tivesse dado a si mesmo 
sua própria lei de ação. 
Marilena Chaui. Uma ideologia perversa. 
In: Folhaonline, 14/3/1999 (com adaptações). 
É pela acepção do verbo levar, em “leva a perceber”, que se 
justifica o emprego da preposição “a” nesse trecho, de tal 
modo que, se for empregado o substantivo correspondente a 
“perceber”, percepção, a preposição continuará presente e 
será correto o emprego da crase: à percepção. 
 
CERTA. Nesse caso, temos o termo regente levar que pede o uso da 
preposição a. Se substituirmos o verbo perceber pelo substantivo 
percepção, podemos usar o artigo definido. Veja uma frase: A 
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percepção é infalível. Então, temos a preposição a + artigo definido 
a= crase. 
 
44- (CESPE/UNB–STF-Analista Judiciário-2008) O consumo 
das famílias deverá crescer 7,5% neste ano, tornando-se um 
dos principais responsáveis pelo crescimento do produto 
interno bruto, previsto em 5%. A nova estimativa do consumo 
das famílias é uma das principais mudanças nas perspectivas 
para a economia brasileira em 2008 traçadas pela 
Confederação Nacional da Indústria em relação às previsões 
apresentadas em dezembro do ano passado, quando o 
aumento do consumo foi estimado em 6,2%. O aumento do 
emprego e os programas de transferência de renda continuam 
a beneficiar mais as famílias que ganham menos, cujo 
consumo tende a aumentar proporcionalmente mais do que o 
das famílias de renda mais alta. A oferta de crédito, 
igualmente, atinge mais diretamente essa faixa.O Estado de S.Paulo, 7/4/2008 (com adaptações). 
O emprego do sinal indicativo de crase em “às previsões” 
justifica-se pela presença de preposição, exigida pela locução 
“em relação”, e pelo emprego de artigo definido feminino 
plural antes de “previsões”. 
 
CERTA. Nesse caso, temos a locução “em relação a” que se contrai 
com o artigo as (as previsões) e, por esse motivo, temos a fusão de 
sons iguais. Logo, haverá a crase. 
 
45- (CESPE/UNB–SERPRO-Analista-2006) Quando o leitor se 
depara com o assomo de grandeza do romance de Guimarães 
Rosa, Grande Sertão: Veredas, é assaltado por enorme 
espanto e fascínio — intacto, há décadas — desde logo pelo 
idioma próprio em que foi escrito, língua quase autárquica, 
alterada por construções sintáticas singulares e palavras 
novas. “Muita coisa importante falta nome”, ensina o narrador 
do romance. Narrado em primeira pessoa, o personagem conta 
sua história a um ouvinte silencioso, informando do seu saber 
e do não saber, na difícil tarefa de dar forma narrada às coisas 
vividas. 
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Ana Maria Roland. Encruzilhada de linguagens. In: Política 
Democrática, ano V, n.º 14. Brasília: Fundação Astrogildo 
Pereira, mar./2006, p. 150 (com adaptações). 
O sinal indicativo de crase em “às coisas” justifica-se pela 
regência de “forma” e pela presença de artigo feminino plural. 
 
ERRADA. Nesse caso, temos o termo regente dar que exige dois 
complementos (dar algo a). Então, o objeto direto é “forma narrada” 
e o objeto indireto é “a coisas vividas”. O acento grave deve-se à 
fusão da preposição a + artigo definido as, mas não ao termo 
regente é forma, como disse a questão. 
 
46- (CESPE/UNB–Técnico Bancário-2006) Gastar um 
pouquinho a mais durante o mês e logo ver sua conta ficar no 
vermelho. Isso que parecia apenas um problema de adultos ou 
pais de famílias está também atingindo os mais jovens. 
Diante desse contexto, é fundamental, segundo vários 
educadores, que a família ensine a criança, desde pequena, a 
saber lidar com dinheiro e a se envolver com o controle dos 
gastos. Uma criança que cresça sem essa formação será um 
adulto menos consciente e terá grandes chances de se tornar 
um jovem endividado. 
Para o jovem que está começando sua vida financeira e 
profissional, um plano de gastos é útil por excelência, a fim de 
controlar, de forma equilibrada, o que entra e o que sai. Para 
isso, é recomendável: 
a) anotar todas as despesas que são feitas mensalmente, 
analisando o resultado de acordo com o que costuma receber; 
b) comprar, preferencialmente, à vista; 
c) ao receber, estabelecer um dízimo, ou seja, guardar 10% 
do valor líquido do salário em uma conta de poupança, todo 
mês. 
Graziela Salomão. Economista explica como o jovem pode controlar seu 
orçamento e evitar gastar demais. In: Época, 31/10/2005 (com 
adaptações). 
É obrigatório o sinal indicativo de crase em “à vista”, à 
semelhança do que ocorre com a expressão à prestações. 
 
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ERRADA. Em relação à expressão “à vista”, temos um adjunto 
adverbial de modo e a crase é obrigatória. Já o acento grave da 
expressão “à prestações” não foi bem empregado, já que temos o 
termo prestações no plural. Sabemos que o artigo que antecede o 
substantivo plural é as. Então, não haverá crase. 
 
47-(CESPE/UNB–Gestor de políticas públicas-Acre-2006) 
Assinale a opção em que o emprego do sinal indicativo de 
crase está correto. 
A) Ninguém se prestou à acompanhar o homem ao Instituto 
Médico-Legal. 
B) Os humanitários preferem a misericórdia pelo próximo à 
indiferença alheia. 
C) Enviaram-se ofícios à autoridades competentes a respeito 
o fato. 
D) Trouxemos estas questões à Vossa Senhoria, pedindo 
providências. 
 
Letra B. 
A) Ninguém se prestou à acompanhar o homem ao Instituto 
Médico-Legal. 
Não se utiliza artigo antes de verbos. Logo, não haverá crase. O A é 
apenas preposição. 
B) Os humanitários preferem a misericórdia pelo próximo à 
indiferença alheia. 
Nesse caso, temos o termo regente preferir que cobra o uso de dois 
complementos (a misericórdia = objeto direto; à indiferença alheia = 
objeto indireto). Então, temos a preposição a + o artigo definido a 
que antecede o substantivo indiferença = crase. 
C) Enviaram-se ofícios à autoridades competentes a respeito 
do fato. 
O substantivo a autoridades está no plural. A inexistência do plural 
mostra que tal vocábulo não tem artigo definido. Não houve a 
concordância. Logo, percebe-se que o A é preposição. Sem crase. 
D) Trouxemos estas questões à Vossa Senhoria, pedindo 
providências. 
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Lembre-se de que não usamos artigo antes de pronomes de 
tratamento. Então, percebe-se que o A é apenas preposição. Logo, 
não usaremos a crase. 
 
48-(CESPE/UNB–Delegado de Polícia-2006) O que importa 
para os proponentes do desarmamento da população é o 
sentimento de estar “fazendo algo” para acabar com a 
violência, mesmo que o tal “algo” seja absolutamente inócuo. 
Desarmar a população só pode trazer dois resultados. O mais 
imediato é a continuação e até o recrudescimento da violência, 
já que os bandidos vão contar com a certeza de que ninguém 
terá como reagir. O resultado mais remoto — mas nem por 
isso desprezível — é deixar a população indefesa frente a 
aventuras políticas. Quem duvida, procure a seção de História 
da biblioteca mais próxima. 
Paulo Leite. Desarmamento e liberdade. In: Internet: 
<http://www.diegocasagrande.com.br> (com adaptações). 
Por ser opcional o emprego do sinal indicativo de crase no 
termo regido por “frente”, sua inserção preservaria a correção 
gramatical do texto. 
 
ERRADA. Nesse caso, temos o termo regido por “frente” é 
“aventuras políticas” que exige o uso da preposição a (não é 
opcional). Porém, percebe-se que o termo “aventuras políticas” está 
no plural. Logo, o artigo que antecede esse termo é as. Como não 
existe o artigo, o a é apenas a preposição. 
 
49- (CESPE/UNB–PF- ESCRIVÃO-2004) Definimos guerra a 
partir da definição de nação e de Estado e conceituamos 
guerra civil por meio de critérios políticos, entre os quais 
devem ser incluídos os étnicos, raciais, lingüísticos e 
religiosos. Mas, se redefinirmos guerra com base no número 
de mortes violentas, poderemos considerar que o país 
enfrenta, há muito tempo, um dos conflitos mais sangrentos 
da história. O Brasil, em geral, e o estado do Rio de Janeiro e 
sua capital, em particular, vivem uma catástrofe humana 
equivalente à soma das perdas militares em muitas guerras. 
Gláucio Ary Dillon Soares. Somos mesmo violentos? In: Correio Braziliense, 
Pensar, 24/7/2004 (com adaptações). 
CURSO EM PDF – LÍNGUA PORTUGUESA PARA O CESPE/UNB 
Profa. Fernanda Santos 
 www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 44 
O emprego do sinal indicativo de crase em “à soma” justifica-
se pela regência da forma verbal “vivem”. 
 
ERRADA. Nesse caso, a justificativa para o acento grave indicativo 
de crase é o termo regente equivalente, e não o termo vivem. Então, 
temos a preposição (equivalente a) + o artigo definido a = crase. 
 
50-(CESPE/UNB–Delegado de Polícia-2004) A análise que a 
sociedade costuma fazer da violência urbana é fundamentada 
em fatores emocionais, quase sempre gerados por um crime 
chocante, pela falta de segurança nas ruas do bairro, por 
preconceito social ou por discriminação. As conclusões dos 
estudos científicos não são levadas em conta

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