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Apresentação EDU 144

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO
EDU 144 – ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROFESSOR JOSÉ HENRIQUE DE OLIVEIRA
JUNIMAR J. A. OLIVEIRA – 66408
ARTHUR PRADO DE FREITAS – 80106
Lei de Inclusão da História e Cultura Afro-brasileira e Africana nos Currículos Escolares
LEI 10.639/03
POR UMA EDUCAÇÃO ANTI-RACISTA
Aspectos Legais
Constituição Brasileira – 1988
Título I
Dos Princípios Fundamentais
	Art. 3º - Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
	I – construir uma sociedade livre, justa e solidária;
	II – garantir o desenvolvimento nacional;
	III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
	IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. 
DECLARAÇÃO DE DURBAN
 Acordo internacional que trata da diversidade étnico-racial, assinado durante a III Conferência Mundial de Combate ao Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerância Correlata, realizada pela ONU em 2001.
A Lei 10.639/03
	( Art. 26 – A e Art. 79 – B da LDB 9493/96)
"Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira.
"Art. 79-B. O calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como ‘Dia Nacional da Consciência Negra’.“
Parecer 003/2004 – Conselho Nacional de Educação (CNEd) 
	Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana
 Visa assegurar o direito à igualdade de condições de vida e de cidadania, assim como garantir igual direito às histórias e culturas que compõem a nação brasileira, além de acesso às diferentes fontes da cultura nacional a todos os brasileiros.
Tensão Legal
Para a revisão dos currículos;
Para a qualificação dos professores e o seu constante aperfeiçoamento pedagógico;
Para o comprometimento do poder executivo na implementação da lei.
Para a elaboração, execução, avaliação de programa de interesse educacional, de planos institucionais, pedagógicos e de ensino, no que diz respeito às relações étnicas, a educação antirracista e anti-discriminatória e a diversidade da nação brasileira;
Campo
E. E. Santa Rita de Cássia;
Situada na periferia da cidade;
Presença de diversos problemas sociais.
Metodologia
Exibição do documentário: Atlântico Negro: na rota dos Orixás (78 min, 1998);
Sala de 1º ano do Ensino Médio contendo 40 alunos divididos em 4 grupos de discussão;
Temas de discussão:
Cultura brasileira X Cultura africana
Religião;
Políticas de inclusão de afrodescendentes;
A imagem do negro em Atlântico Negro: na rota dos Orixás.
Acompanhamento e observações das atividades em comemoração ao Dia da Consciência Negra.
Produção de material:
Após as discussões os alunos foram orientados a produzirem cartazes informativos sobre cada tema, afim de se conhecer a percepção de cada grupo.
“os negros percebidos como agentes, como pessoas com capacidades cognitivas e mesmo com uma história intelectual – atributos negados pelo racismo moderno.”(GILROY, Paul, 2001, p.40)
Ações da escola para à inclusão
Tendo em vista os pressupostos legais a que todas as instituições de ensino estão submetidas, a escola em questão não possui nenhum programa ou projeto de incentivo à inclusão dos estudantes afrodescendentes e não possui em seu currículo, de forma adequada, o ensino de História e Cultura Afro -Brasileira, proposta pela lei 10.639/03.
Dentro deste tema, temos apenas a comemoração do Dia da Consciência Negra, entretanto, sem nenhuma discussão sobre sua origem, significados e preocupação em conscientizar sobre preconceito;
Percebeu-se que nas apresentações houve a construção de um significado social não compatível com a realidade e com as propostas da Lei 10.639/03.
O Brasil, a partir da sua história de colonização, nunca obteve uma identidade autêntica, uma pluralidade de identidades construídas por diferentes grupos sociais em diferentes momentos históricos (ORTIZ, 2003). 
Análise do material
A não percepção do diálogo como possibilidade positiva de contraposição de ideias;
Comprometimento do senso crítico e ético;
Atitudes de competição, agressão e violência no cotidiano escolar;
Estabelecimento de conceitos de hierarquia racial;
Para os alunos negros:
Sentimento de inferioridade racial, intelectual, de beleza estética, de valores morais, éticos e culturais;
 Inadequação social;
 Vergonha, medo e raiva de ser negro;
 Auto conceito negativo;
 Potencial comprometido;
 Fracasso escolar;
Para os alunos brancos:
Sentimento de superioridade racial, intelectual, de beleza estética, de valores morais, éticos e culturais;
Dificuldade de se relacionar com indivíduos negros;
Torna-se racista;
CAVALLERO (2006) registra que o preconceito às vezes começa em casa onde as relações – mais próximas – estabelecidas reproduzem através de práticas e discursos a ideia de diferença a partir de uma construção negativa do outro. Tais atitudes mostram que os indivíduos parecem ter seus lugares bastante delimitados no imaginário coletivo, transbordando para o convívio social. 
Considerações finais
É necessário que as escolas e seus profissionais promovam um amplo movimento, tendo como horizonte a discussão e redimensionamento dos currículos, dos materiais pedagógicos com relação às etnias e a comunidade negra incluindo ainda nas manifestações escolares, nas discussões a comunidade negra e as diversidades culturais e, principalmente, as questões referentes aos mesmos deveres e direitos garantidos pelo Constituição Federal de 1988.
Perguntas:
O que propõe a lei 10.639/03?
Propõe novas diretrizes curriculares para o estudo da história e cultura afro-brasileira e africana nos estabelecimentos de ensino e institui o dia Nacional da Consciência Negra (20 de novembro), em homenagem ao dia da morte do líder quilombola negro Zumbi dos Palmares.
Como os professores devem se posicionar diante da proposta?
Os professores devem ressaltar em sala de aula a cultura afro-brasileira como constituinte e formadora da sociedade brasileira, na qual os negros são considerados como sujeitos históricos, valorizando-se, portanto, o pensamento e as ideias de importantes intelectuais negros brasileiros, a cultura (música, culinária, dança) e as religiões de matrizes africanas.
Referências
ATLÂNTICO Negro: Na rota dos orixás. 1998. VIDEO. Renato Barbieri. 52 min Betacam. São Paulo: Itaú Cultural. (Série: Aspectos da cultura brasileira).
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto/secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1998.
BRASIL. Ministério da Educação /Secretaria da Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade; Orientações e Ações para a Educação das Relações Étnico – Raciais. Brasília: SECAD, 2006.
BRASIL. Ministério da Educação - Gênero e diversidade na Escola: Formação de professoras/es em Gênero, Sexualidade, Orientação Sexual e Relações Étnico-Raciais. In Caderno de atividades. Rio de Janeiro:CEPESC,2009.
CAVALLEIRO, E. Do silêncio do lar ao silêncio escolar: Educação e Poder; racismo, preconceito e discriminação na Educação Infantil. São Paulo, Summus, 2000.
CAVALLEIRO, E. Racismo e antirracismo na educação- repensando nossa Escola. São Paulo: Summus, 2001.
GILROY, P. O Atlântico Negro. Modernidade e dupla consciência. Universidade Cândido Mendes – Centro de Estudos Afro-Asiáticos. São Paulo, 2001.
ORTIZ, R. Cultura Brasileira e Identidade Nacional. São Paulo, Brasiliense, 2003.

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