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Pluralidade cultural
A pluralidade cultural quer dizer a afirmação da diversidade. Ela traz a consciência da realidade que vivemos oferece elementos para compreensão de que respeitar e valorizar as diferenças étnicas e culturais não significa aderir valores do outro e sim respeitá-lo. A singularidade entre culturas é fruto do processo de cada grupo social. Desigualdade social e discriminação são fatores que contribuem para exclusão social.
“O Brasil não é uma sociedade regida por direitos, mas por privilégios”, mas mesmo assim, o Brasil representa no cenário mundial uma esperança de superação de fronteiras e construção da relação de confiança na humanidade.
Tratar da diversidade cultural é reconhecer e valorizar a superação da discriminação e atuar sobre os mecanismos de exclusão, uma tarefa difícil, para caminhar em direção a uma sociedade plenamente democrática. O Brasil quer passar a imagem de um país homogêneo sem diferenças, mas a historia registra a dificuldade de lhe dar com isso.
Nas escolas há manifestações de racismo, trazendo com isso um constrangimento e sofrimento a essas pessoas discriminadas. Superar o preconceito e combater atitudes discriminatórias são valores de reconhecimento mutuo o que é tarefa da sociedade como um todo. A escola tem papel crucial para desempenhar esse processo.
A elaboração de propostas de trabalho pedagógico tem dificuldades até mesmo em termos internacionais. A organização das Nações Unidas (ONU) tem propostas por Intermédio de suas agências, assim procurado trazerem contribuições que desenvolva a cultura e paz. Essa iniciativa tem apenas caráter indicativo, pois apresentam um apelo em prol do estabelecimento de novas bases de convivência local, nacional, regional e mundial. Há um apelo da ONU para que enviem novas propostas de trabalho nesse campo.
A pluralidade cultural existente no Brasil é fruto de um longo processo histórico de interação entre aspectos políticos e econômicos no plano nacional e internacional, o processo apresenta como construção cultural brasileira altamente complexa. O Brasil é formado por três raças: índio, branco e negro. Em território nacional existem 206 etnias indígenas, cada uma guardando sua identidade própria.
O tema pluralidade cultural oferece oportunidades para o conhecimento de suas origens como brasileiro e participante de grupos culturais. Essas diversas culturas propiciam a compreensão de seu próprio valor. O convívio escolar possibilita conhecimentos e vivências que cooperam para que se apure sua percepção de injustiças e manifestações de preconceito e discriminação.
Cabe a escola buscar contribuir relações de confiança para que a criança possa viver em harmonia e assim contribuir para sua formação como cidadão. Através da educação pode se combater atitudes de discriminação e formar cidadãos mais conscientes. 
O aluno deve ter segurança e aceitação no ambiente escolar, deve se construir um ambiente de respeito fazendo assim com que o ele sinta m ais interesse e assim estará contribuindo para sua aprendizagem.
Multiculturalismo
O multiculturalismo é a necessidade de reinventar a educação escolar para que possa oferecer espaços e tempo de ensino-aprendizagem significativa e desafiante para os contextos sociopolíticos e culturais atuais.
O multiculturalismo pode significar tudo e, ao mesmo tempo, nada. Costuma se referir as intensas mudanças demográficas e culturais. Na educação envolve a natureza da resposta que se dá nos ambientes. O multiculturalismo envolve, ainda, um posicionamento a favor da luta contra opressão e discriminação. Nesse sentido, multiculturalismo em educação envolve necessariamente, além de estudos e pesquisas, ações politicamente comprometidas.
As relações entre educação e cultura nos provocam a situar diante de diversas questões colocadas hoje pelo multiculturalismo. Na América Latina, e particularmente, no Brasil a questão multicultural apresenta uma configuração própria. Nosso continente tem uma base multicultural muito forte, uma história dolorosa e trágica principalmente no que diz a respeito aos grupos indígenas e afrodescedentes.
A nossa história de formação está marcada pela eliminação física do outro ou por sua escravidão. Os processos de negação do outro também se dão no plano das representações e no imaginário social. O debate multicultural na América Latina nos coloca diante de nossa própria formação histórica, da pergunta sobre como nos construímos socioculturalmente, o que negamos e silenciamos, o que afirmamos, valorizamos e integramos na cultura hegemônica.
Algumas características fundamentais das questões multiculturais é exatamente o fato de estarem atravessadas pelo acadêmico e social, a produção de conhecimentos, a militância e as políticas públicas. A luta dos grupos sociais discriminados e excluídos, dos movimentos sociais, especialmente os referidos as questões étnicas. Por outro lado, as questões relativas ao multiculturalismo só recentemente tem sido incluídas nos cursos de formação inicial de educadores e, assim mesmo, de modo pouco sistemático. Na formação continuada, por iniciativas oficiais de várias organizações não governamentais, algumas vezes em parceira entre órgãos públicos e ONGs, várias experiências têm sido promovidas no sentido de favorecer a incorporação da perspectiva multicultural na educação básica. 
Uma outra contribuição considerada muito interessante para uma nova compreensão das relações entre educação e cultura diz respeito a uma concepção da escola como um espaço de cruzamento de culturas, fluido e complexo, atravessado por tensões e conflitos.
Atualmente, as questões culturais não podem ser ignoradas pelos educadores, sob o risco de que a escola cada vez se distancie mais dos universos simbólicos, das mentalidades e das inquietudes das crianças e jovens de hoje. Um ensino só se torna multicultural quando desenvolve certas escolhas pedagógicas, que são ao mesmo tempo, escolhas étnicas ou políticas.

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