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A Evolução do Ensino de Geografia no Brasil 
http://www.webartigos.com/artigos/a-evolucao-do-ensino-de-geografia-no-brasil/13058/ 
 
 
O desenvolvimento da Geografia enquanto ciência deu-se a partir da segunda metade 
do século XIX, com as colaborações dos alemães Ratzel, Ritter e Humboldt e dos 
franceses Eliseé Reclus e Vidal de La Blache, a escola alemã era fundamentada, por 
um lado, na corrente filosófica determinista que defendia a subserviência do homem 
sobre o meio. Por outro lado, a escola francesa estava baseada no possibilismo em 
contraposição aos ideais alemães.Houve a divergência na instituição da Geografia 
como ciência, uma vez que havia os que a defendiam como ciência do Homem ou da 
sociedade e os que tratavam como uma ciência dos lugares.No início do século XX, o 
ensino de Geografia só era realidade nas escolas brasileiras de nível secundário, ou 
seja, não havia conquistado espaço no âmbito acadêmico. Nas Universidades, a 
Geografia ingressou-se nos currículos a partir da década de 30, sendo a USP � 
Universidade do Estado de São Paulo � a pioneira a integrá-la nos cursos de 
administração e finanças.A sociedade tem passado por diversas mudanças, sejam 
elas econômicas, sociais, culturais ou políticas, refletindo significativamente na 
Educação, assim, dentro deste contexto, encontra-se o ensino de Geografia, que 
também é atingido por essas transformações, pois procura atender às necessidades 
das mais variadas camadas da sociedade, refletindo à respeito de conteúdos e 
métodos de ensino. Segundo Cavalcanti,Particularmente, a Geografia escolar tem 
procurado pensar o seu papel nessa sociedade em mudança, indicando novos 
conteúdos, reafirmando outros, reatualizando alguns outros, questionando métodos 
convencionais, postulando novos métodos. (2002. p. 11).O Movimento de Renovação 
da Geografia no final da década de 1970 é considerado como marco inicial no Brasil, 
das inovações nos processos metodológicos da Geografia escolar. Mesmo com tais 
reformas não houve o avanço significativo que se esperava no ensino da Geografia. É 
fundamental, dentro do ensino de Geografia, como nos demais, reflexões sobre 
aspectos fundamentais do próprio ensino: objetivos, conteúdos e métodos.No decorrer 
das últimas décadas surge a necessidade de inovação nas abordagens feitas pela 
Geografia, uma vez que estas eram realizadas priorizando-se apenas os aspectos 
descritivos. Neste âmbito, o ensino de Geografia tem como papel fundamental o de 
estudar a questão da localização, porém se preocupando em entender profundamente 
o lugar, questionando à respeito do significado do mesmo e das suas múltiplas 
relações.Surge então a necessidade de se trabalhar com a cartografia, pois os seus 
elementos permitem uma compreensão maior no que diz respeito à localização. Como 
afirma Cavalcanti (2002), �As habilidades de orientação, de localização, de 
representação cartográfica e de leitura de mapas desenvolvem-se ao longo da 
formação dos alunos. [&] Os conteúdos de cartografia ajudam a abordar os temas 
geográficos [&]�. (p. 16).Observa-se que a Geografia deve ter como preocupação em 
seu ensino, abordagens referentes à vida urbana e os seus mais variados aspectos, à 
questão do meio ambiente que permite formar nos alunos valores e atitudes. Tal tema 
é considerado pelos PCN�s (Parâmetros Curriculares Nacionais) como transversal por 
causa da sua análise interdisciplinar, sendo que esta se evidencia a partir do momento 
que o tema meio ambiente é observado no conjunto das disciplinas e na colaboração 
que cada uma delas oferece para o mesmo.O principal foco do objeto de estudo da 
Geografia é o espaço geográfico, pois trata-se de nossa realidade resultante de 
nossas ações e para que isso aconteça é necessário que as pessoas desenvolvam 
uma percepção de espacialidade. Neste contexto a escola tem o papel de trabalhar 
esse conhecimento. Assim, Straforini (2005) aponta queO papel da Educação, e 
dentro dessa, o do ensino de Geografia é trazer à tona as condições necessárias para 
a evidenciação das contradições da sociedade a partir do espaço, para que no seu 
entendimento e esclarecimento possa surgir um inconformismo e, a partir daí, uma 
outra possibilidade para a condição da existência humana. (p. 56).A Geografia passa a 
dar ênfase ao conhecimento prévio do aluno e a considerá-lo como sujeito ativo do 
processo de ensino-aprendizagem, propiciando o acompanhamento das 
transformações recentes, mas não de forma fragmentada. O estudo realizado nessa 
perspectiva não leva o aluno a lugar algum. De acordo com Straforini,A geografia, 
necessariamente, deve proporcionar a construção de conceitos que possibilitem ao 
aluno compreender o seu presente e pensar o futuro através do inconformismo com o 
presente. Mas esse presente não pode ser visto como algo parado, estático, mas sim 
em constante movimento. (2005. p. 50).É importante ressaltar, também, a formação do 
professor, pois se o mesmo é responsável pela mediação do saber que interfere nos 
processos afetivos, sociais e intelectuais do aluno, deve ser encarado com rigor, haja 
vista que esse processo de formação do professor tem com objetivo o 
desenvolvimento do pensamento autônomo, permitindo a articulação teoria-prática, 
fornecendo subsídio para sua auto-formação.O ensino de Geografia enfrenta muitas 
dificuldades e, inclusive, alguns avanços, necessitando de pesquisas e, acima de tudo, 
investimentos, principalmente para os professores, que devem ter uma formação mais 
consistente, crítica e voltada para o desenvolvimento da autonomia de pensamento e 
ação. 
 
A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DO MUNICÍPIO NAS SÉRIES INICIAIS 
O estudo de geografia dá margem a se fazer a leitura do mundo, permitindo aos 
alunos compreender as relações dos homens com a sociedade. E esses alunos das 
séries iniciais devem, em primeiro momento, estudar sua área, respondendo 
perguntas referentes ao espaço em que eles estão inseridos, ou seja, próximo a eles. 
E para que esses possam praticar seus conhecimentos acerca do seu ambiente, é de 
fundamental importância a execução de atividades num espaço e num tempo próximo 
a eles e é aí que surge a necessidade de se estudar o município, que é um conteúdo 
de grande valor para se aprender tal temática, pois é esse que fará com que os 
estudantes passem a conhecer o mundo a sua volta.Segundo Helena Copetti Callai, o 
lugar não se explica sozinho, é preciso buscar explicações em nível estadual, nacional 
e internacional. Deve-se primeiro, compreender o meio em que vive, a ação humana, a 
sociedade, para que possa estabelecer conexões com níveis mais elevados. Assim, o 
aluno só compreenderá o conteúdo a partir do momento em que ele faça parte desse 
assunto, isto é, ele tem que viver este conteúdo, sendo este concreto, próximo a ele e 
não distante da vivência dele. Deve-se ainda, dar atenção a forma de como o 
conteúdo é trabalhado e como é desenvolvido.Os educadores precisam reconhecer a 
realidade dos alunos, procurando saber como o aluno vive e o meio em que se 
encontra. Partindo desse pressuposto, faz-se necessário considerar o conhecimento 
do aluno, pois esse contribuirá bastante nos estudos em sala de aula. Segundo Callai 
(1988)O importante, neste processo, é conhecer a realidade em que se vive. E 
conhecer a realidade vai além de identificar o que existe. Supõe discutir as formas 
como se expressam, como se apresenta a realidade, entender não apenas o produto, 
mas, basicamente, os processos que o desencadeiam. Portanto, o professor precisa 
considerar o conhecimento prévio do aluno. Esse é sempre um conhecimento 
parcelado, que fragmenta a realidade, cheio de preconceitos, carregado de crendices, 
de folclore, mas é a idéiaque ele faz da realidade. (p. 78).Ao se estudar a Geografia, é 
necessário saber como o homem atua em sociedade, saber como ele influencia o 
meio em que vive, as ações que ele provoca, enfim, como é o cotidiano do homem no 
seu ambiente. Permitindo, porém, perceber a organização desse espaço estudando. 
Sendo assim, Callai salienta queO estudo do município permite que o aluno constate a 
organização do espaço, que possa perceber nele a influência e/ou interferência dos 
vários segmentos da sociedade, dos interesses políticos econômicos ali existentes e 
também de decisões externas ao município, confrontando-se inclusive com interesses 
locais e da população que ali vive. (1988. p. 79).Ao se trabalhar o município em sala, é 
perceptível algumas vantagens que proporcionarão benefícios aos alunos, tais como: 
se reconhecer como cidadãos e estudando algo concreto, terá muito mais sucesso de 
ter uma aprendizagem mais lógica. Por fim, o estudo do município nas séries iniciais 
para formação do aluno é muito importante, sendo que é preciso ter como base a 
escrita e a leitura. E assim, consequentemente, o aluno poderá fazer uma leitura mais 
detalhada do mundo em que vive. 
 
O ENSINO DE GEOGRAFIA CRÍTICA NO BRASIL 
A Geografia Crítica, nascida no final do século XIX e difundida no Brasil na década de 
70, teve como missão colocar a sociedade no patamar que a mesma possa participar 
das transformações sociais, o que implicou em um embate com a classe dominante 
capitalista. A mesma tem como ponto de partida o modo pelo qual o homem se adapta 
a natureza e a transforma, ou seja, se preocupa com a compreensão das relações da 
sociedade e espaço, Alguns autores acreditam que o Ensino de Geografia seja 
fundamental para que as novas gerações possam acompanhar e compreender as 
transformações do mundo, haja vista que o ensino se dá de forma fragmentada o que 
impede a formação de cidadãos responsáveis, conscientes e atuantes. Isto é:[&] a 
Geografia pode ser um instrumento valioso para elevarmos a criticidade de nossos 
alunos. Por tratar de assuntos polêmicos e políticos, a Geografia pode gerar um sem 
número limite quebrando-se assim a tendência secular de nossa escola como algo 
tedioso e desligado do cotidiano. (KAERCHER, 1997. p. 61).Neste contexto, a 
geografia assume um papel de destaque na escola, pois possibilita o 
acompanhamento do mundo e suas transformações. Porém a implantação da 
Geografia Crítica nas escolas se deu �de cima para baixo�. Straforini (2005) é claro: 
�[&] a implantação da Geografia Crítica nas escolas públicas se deu de forma 
verticalizada, ou seja, sem sua construção e aprofundamentos entre os professores de 
Geografia�.Para Kaercher (2002), é evidente que ações pensadas e praticadas pelos 
professores, funcionários da Educação, alunos e comunidade são impedidas. O que 
existe são ações arquitetadas por burocratas ou altos funcionários dos poderes 
administrativos de forma autoritária. Para muitos professores a Geografia Crítica foi 
apresentada através do livro didático. Acreditava-se que para ensiná-la bastava 
abordar criticamente o assunto.Por conseguinte, o ensino continuou sendo realizado 
de forma fragmentada não considerando a realidade, a totalidade mundo, ou seja, o 
que houve foi a perpetuação da valorização do conteúdo. Vale salientar que a Escola 
Tradicional é caracterizada como um local de transmissão do conhecimento. Assim, o 
conhecimento é concebido como uma informação que é aprendida unicamente pela 
memorização, houve apenas a substituição de conteúdos neutros e 
descontextualizados por conteúdos pretensamente críticos.Segundo Kaercher (1997) 
a Geografia Crítica não chegou às escolas, ou chegou pouco e continua reproduzindo 
verdades cristalizadas. O autor ainda afirma que o problema do descrédito do ensino 
de Geografia não está no seu conteúdo, mas sim na concepção do conhecimento e na 
metodologia de seus professores, portanto, é um problema em sua formação. 
Kaercher adverte que compreender a geografia é essencial, porém não é o bastante, 
uma vez que faz-se mister saber ensiná-la.Contudo, não compete a Geografia o papel 
transformador da sociedade. A interdisciplinaridade pode ser uma alternativa para 
podermos pensar a Educação num sentido mais amplo, pois ao contrário estaríamos 
reproduzindo a fragmentação do conhecimento. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Observa-se, que o ensino de Geografia está em constantes transformações, uma vez 
que tal ciência não pode ser vista como descritiva e estática, mas sim como dinâmica, 
oferecendo ao indivíduo a possibilidade de inovar a cada dia o seu 
conhecimento.Mesmo a Geografia Crítica não tendo chegado de forma satisfatória à 
todas as escolas, de ensino fundamental e médio, a metodologia usada, atualmente, 
para aplicar os conteúdos em sala de aula tem passado por diversas mudanças, pois 
antigamente quando se falava em Geografia pensava-se logo nos mapas, nos rios, 
nas denominações de capitais, estados, governantes, nas áreas territoriais e altitudes, 
sendo que todos esses itens eram trabalhados de maneira descritiva, onde tudo era 
decorado.Hoje, compreende-se que memorizar conteúdos para reproduzi-los fielmente 
logo em seguida, é uma atitude totalmente insuficiente para ampliar-se o 
conhecimento.O ensino de Geografia é tão interessante quanto os outros (História, 
Antropologia, Sociologia, etc.), por isso deve ser repensado e valorizado, para que as 
futuras gerações possam ter uma visão diferente do mesmo. 
 
BIBLIOGRAFIAS 
ANDRADE, Manuel Correia de. O pensamento geográfico e a realidade brasileira. In: 
SANTOS, Milton (org.). Novos rumos da Geografia brasileira. São Paulo: Hucitec, 
1982.CALLAI, Helena Copetti. O estudo do município ou a geografia nas séries 
iniciais. In: CALLAI, Helena COpetti. ZARTH, P. A. O estudo do município e o ensino 
de história e geografia. Ijuí: Livraria Unijuí Editora, 1988.CAVALCANTI, Lana de 
Souza. Concepções teóricas e elementos da prática de ensino de geografia. In: 
CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia e Práticas de Ensino. Goiânia: Alternativa, 
2002.FREIRE, Paulo. Contexto concreto-contexto teórico. In: FREIRE, Paulo. 
Professora sim, tia não: cartas para quem ousa ensinar. 12 ed. São Paulo: Olho 
d�Água, 2002.KAERCHER, Nestor André. O gato comeu a Geografia Crítica? Alguns 
obstáculos a superar no ensino-aprendizagem. In: PONTUSCHKA, Nídia Nacib. & 
OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de. Geografia em Perspectiva. São Paulo: Contexto, 
2002.SCHÄFFER, Neiva Otero. [et. al.]. A Geografia no ensino médio. In: SCHÄFFER, 
Neiva Otero. [et. al.] (orgs.). Geografia em sala de aula � práticas e reflexões. 2 ed. 
Porto Alegre: Editora da Universidade/UFRFS/Associação dos Geógrafos Brasileiros 
Seção Porto Alegre, 1999.SPOSITO, Maria Encarnação Beltrão. Parâmetros 
Curriculares Nacionais para o Ensino de Geografia: pontos e contrapontos para uma 
análise. In: CARLOS, Ana Fani. OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino. Reformas no mundo 
de educação. Parâmetros Curriculares e Geografia. São Paulo: Contexto, 
1999.STRAFORINI, Rafael. Crise na Geografia escolar? In: CASTELLAR, Sônia. 
Educação Geográfica. Teorias e práticas docentes. São Paulo: Contexto, 2005 
 
 
 
 
 
O ensino da Geografia no Brasil ao longo da história 
http://educador.brasilescola.com/orientacoes/o-ensino-geografia-no-brasil-ao-longo-
historia.htm 
A trajetória da Geografia como ciência escolar teve início ainda no século XIX. Em 
1837, a Geografia foi implantada como disciplina escolar obrigatória pela primeira vez 
no Brasil, fato que aconteceu no Colégio Pedro II (Rio de Janeiro). O principal objetivo 
de instituir tal ciência era a capacitação política de uma camada da elite brasileira que 
pretendiase inserir nos cargos políticos e nas demais atividades relacionadas. 
 
Por volta do ano de 1900, a ciência se consolidou nas escolas de praticamente todo o 
território brasileiro. A principal característica desse momento era a disseminação da 
idéia de se conhecer os aspectos naturais regionais, com o intuito de criar no 
estudante um sentimento de patriotismo. 
 
Cinco anos mais tarde, em 1905, foi lançado o livro Compêndio de Geografia 
Elementar (de Manuel Said Ali Ida). Nesse trabalho o principal foco era a abordagem 
do Brasil de maneira regionalizada, com intuito de conhecer melhor os aspectos 
regionais do país. 
 
Em 1934, a Geografia chegou às instituições universitárias, pois o curso foi implantado 
na Universidade de São Paulo. O quadro de professores era formado por docentes de 
tendências tradicionais, influência da escola francesa. 
 
No ano de 1966, Yves Lacoste publicou sua obra Geografia do Subdesenvolvimento. 
A partir desse fato teve início as primeiras propostas oriundas das idéias da Geografia 
crítica no Brasil. Nos anos 70, período no qual o país vivenciou uma ditadura militar, a 
Geografia e a História foram unificadas em uma única disciplina, denominada de 
Estudos Sociais. Essa iniciativa do Governo Militar visava coibir o surgimento de 
movimentos, apoiados na idéia de que a Geografia e a História figuravam como uma 
ameaça política. 
 
No final da década de 70, em 1978, o maior geógrafo brasileiro, Milton Santos, lançou 
uma obra intitulada de Por uma Geografia Nova. Este trabalho despertava a 
importância da realização de estudos direcionados às relações sociais e seus 
problemas. 
Doze anos mais tarde, após a publicação de uma pesquisa em que ficou comprovado 
o baixo nível de conhecimento acerca da Geografia, foi aberto no Brasil debates e 
discussões sobre as perspectivas da ciência para o século XXI, especialmente no 
processo de ensino-aprendizagem. 
 
Em 1993, o núcleo de Pesquisa Sobre Espaço e Cultura da Universidade Estadual do 
Rio de Janeiro foi inaugurado. E por fim, uma das mudanças de maior relevância no 
Brasil aconteceu em 1998, com o lançamento oficial dos objetivos da Geografia, que 
afirma que os educandos necessitam conhecer e compreender as relações entre a 
sociedade e também a dinâmica da natureza e suas paisagens. 
Por Eduardo de Freitas 
Graduado em Geografia 
Equipe Brasil Escola

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