A Morfologia da Paisagem na Geografia

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES
DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA
GEO 201 – HISTÓRIA DO PENSAMENTO GEOGRÁFICO II
PROFESSOR WAGNER BARBOSA BATELLA
JUNIMAR J. A. OLIVEIRA – 66408
RESENHA
SAUER, C. O. A morfologia da paisagem. In: CORRÊA, R. L.; 
ROSENDAHL, Z. (Org.). Paisagem, tempo e cultura. Rio de Janeiro: EdUERJ, 1998. p. 12-74.
A morfologia da paisagem se insere num contexto já um tanto tardio de discussão do objeto ou campo de estudo da geografia, ou seja, num período de crise da mesma enquanto disciplina. É valido lembrar que estamos tratando da geografia até então concebida enquanto campo de estudo muito mais da dinâmica da natureza que da sociedade.
Com a intenção de realizarmos uma analise critica em perspectiva construtiva, tentaremos apresentar a estrutura teórica deste trabalho. Evidentemente, trata-se de relevância impar nas discussões dos rumos de atuação da geografia para o inicio do século XX, num contexto de reafirmação da mesma enquanto ciência.
Sauer deposita toda a sua capacidade analítica para, primeiro, realizar uma critica á geografia até então produzida, afirmando que a mesma até então não tinha um campo definido e que por isso mesmo estava em descrédito, em relação a outras ciências. Neste sentido ele reafirma a importância da categoria paisagem como fundamental para a analise geográfica, tendo esta a necessidade da mediação pelo estudo das formas e estrutura, carecendo de um recorte espacial denominado por ele como área.
Porem, para analisar e conceber a paisagem são necessários um método que norteie esta analise, neste caso, um método tido por ele como adequado é o método morfológico, ou estudo das formas. As formas possuem estruturas e funções, moldadas historicamente.
Sauer evidentemente, não consegue transpor as barreiras do positivismo, pois o método que ele propõe está inserido neste último, porque não há uma superação substantiva daquilo que era produzido por outros cientistas de sua época. A morfologia que para ele é um método, para mim é um procedimento metodológico, não apresentando algo de relevante que pudesse romper com o paradigma até então posto para a ciência geográfica.