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fundamentos psicopedagogia 4

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FUNDAMENTOS DA PSICOPEDAGOGIA
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FUNDAMENTOS DA PSICOPEDAGOGIA
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“A Psicopedagogia é uma nova área de atuação profissional que busca uma identidade, e que requer uma formação de nível interdisciplinar, o que já é sugerido no próprio termo Psicopedagogia”. (Bossa, 1995, p.31) 
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"A psicopedagogia é um campo de atuação em Saúde e Educação que lida com o processo de aprendizagem humana; seus padrões normais e patológicos, considerando a influência do meio _ família, escola e sociedade _ no seu desenvolvimento, utilizando procedimentos próprios da psicopedagogia". (Código de Ética da Associação Brasileira de Psicopedagogia)
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APRENDIZAGEM
Processo interno de interação contínua com o meio que produz uma mudança relativamente duradoura do comportamento (COLL, 2003).
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Processo de reestruturação perceptual
Ler o mundo com outros olhos
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O processo de ensino e aprendizagem diz respeito ao desenvolvimento integral do ser humano, considerando-se as dimensões físicas, morais, intelectuais, estéticas do educando, de forma a possibilitar o conhecimento e a compreensão de si mesmo, dos outros e do mundo que o cerca.
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ENSINO (PROF?) X APRENDIZAGEM (ALUNO?)
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AS 4 VARIÁVEIS
ALUNO 
PROFESSOR
CONTEÚDO 
AMBIENTE
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PSICOPEDAGOGIA X SOCIOPEDAGOGIA
Psicopedagogia: Termo cujo aparecimento no início do século XX não pôde causar admiração, de tal modo parecia evidente, na época, a privilegiada relação da pedagogia com a psicologia, que era considerada renovadora do conhecimento do sujeito da educação: a criança. No final do século, esse privilégio é contestado. As realidades da educação dependem igualmente, e até mais, de uma sociopedagogia, cuja ausência no inventário das ciências demonstraria a força de ideologia psicologista. A psicopedagogia é uma das possíveis abordagens da situação educacional, a que leva em consideração seus componentes psicológicos: característicos dos indivíduos e dos grupos, relações professores-alunos, articulação dos conteúdos e dos métodos com os processos individualizados de aprendizagem, etc. (HOMELINE, apud DORON e PAROT, 1998; p. 634)
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SURGIMENTO
França
Divergência quanto a datas:
A idéia da gênese psicopedagógica do século XIX, é fundamentada no fato de que no final desse século educadores pioneiros como Itart, Pereire, Pestalozzi e Leguin começaram a se dedicar às crianças que apresentavam problemas de aprendizagem devido a múltiplos fatores - período próximo a 1898, - quando Clarapéde e Neville, introduziu na escola pública as "classes especiais", destinadas à educação de crianças com retardo mental.
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SÉCULO XX
Entre 1904 e 1908 (século XX) iniciam-se as primeiras consultas médico-pedagógicas, cujo objetivo era encaminhar crianças para as classes especiais. Mery (1985) aponta esses educadores como pioneiros no tratamento dos problemas de aprendizagem, observando, porém, que eles se preparavam mais pelas deficiências sensoriais e pela debilidade mental do que propriamente pela desadaptação infantil.
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Segundo Andrade (2004), a gênese da psicopedagogia teria acontecido na década de 1920 (século XX), momento em que se instituiu o primeiro Centro de Psicopedagogia do mundo. Ligado ao pensamento psicanalítico de Lacan, tal centro, de acordo com a autora, fundamentou aquilo que posteriormente foi nomeado de Psicopedagogia Clínica. 
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Bossa (1994) e Masini (1993), por outro lado, apontam que a Psicopedagogia teria nascido no ano de 1946, período em que se deu a criação dos primeiros Centros Psicopegagógicos na Europa, em Paris, por Juliet Favez-Boutonier e George Mauco.
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Conforme Masini et al. (1993), Mauco teria explicado que o termo "psicopedagógico" foi utilizado na nomenclatura desses centros em substituição à expressão "médico-pedagógico", já que os pais aceitavam mais facilmente encaminhar suas crianças para consultas psicopedagógicas, do que médicas.
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A Psicopedagogia iniciada nesses centros tinha entre os seus objetivos centrais auxiliar as crianças e os adolescentes que apresentavam dificuldades de comportamento (na escola ou na família), segundo os padrões da época, no intuito de reeducá-las para o seu ambiente por meio de um acompanhamento psicopedagógico (BOSSA, 1994). 
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AMPLIAM-SE OS OBJETIVOS
PSICOPEDAGOGIA CURATIVA
Em 1948, para além da consideração dos casos de problema de comportamento, o estudioso Maurice Debesse inseriu, ainda, como preocupação psicopedagógica, a ocorrência de crianças e adolescentes que, embora fossem considerados inteligentes, apresentavam problemas de aprendizagem. 
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A PSICOPEDAGOGIA CHEGA A ARGENTINA
Na Argentina, as primeiras influências psicopedagógicas surgem no final dos anos 50, segundo Fernández (1990, p. 130), "[...] em função dos altos índices de insucessos escolares provocados especialmente pela inadequação didático-metodológica, pela expansão demográfica do pós-guerra, pela evasão e repetência escolar". 
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PRIMEIRO CURSO UNIVERSITÁRIO EM PSICOPEDAGOGIA
Embora a França tenha sido o berço da psicopedagogia, foi na Argentina em Buenos Aires que foi instituído a primeira faculdade de psicopedagogia, no ano de 1956.
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Ocorre também nesse país, a criação dos primeiros Centros de Saúde Psicopedagógica por volta dos anos 70. Eles se localizavam em Buenos Aires e possuíam equipes de psicopedagogos que atuavam no diagnóstico e no tratamento dos casos, com ênfase em trabalhos de reeducação de psicomotricidade e escrita, desenvolvendo assim a atuação clínica. 
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A ESCUTA PSICOPEDAGÓGICA
tem sua origem no "olhar" e na "escuta clínica" da Psicanálise. 
O psicopedagogo passa a atuar sob a ótica de identificar possíveis dificuldades de aprendizagem e diagnosticar os possíveis problemas dela decorrentes.
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EXPANSÃO NOS CAMPOS DE ATUAÇÃO
Segundo Muller et al. (2000) a psicopedagogia argentina segue a tendência européia que, dentre outras questões, valoriza o dialogo interdisciplinar entre as varias áreas do conhecimento, sendo influenciada diretamente pelos conhecimentos da psicologia social.
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O processo educacional não pode se restringir apenas à aprendizagem de conhecimentos escolares, mas sim na busca de construção de sentidos para a vida.
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NOVOS CAMPOS DE ATUAÇÃO 
Com grupos de terceira idade;
com vitimas da violência;
com grupos considerados socialmente excluídos;
com jovens adictos (dependente químico);
atendimento clínico particular e em hospitais;
em organizações com problemas de recursos humanos em questões de adaptabilidade social, convivência, bloqueios de desempenho, liderança, seleção de pessoas etc. 
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A PSICOPEDAGOGIA NO BRASIL
O contexto que originou o surgimento da psicopedagogia no Brasil foi semelhante aos de outros países, ou seja, as situações de insucessos escolares.
No Brasil perdurou durante algum tempo a crença de que os problemas de aprendizagem tinham como causa fatores orgânicos. 
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A PSICOPEDAGOGIA NO BRASIL
Influências das Teorias Argentinas e, por consequência da Escola Francesa.
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INTERDISCIPLINARIDADE NA PSICOPEDAGOGIA
neuropsicologia, 
neuromotricidade,
 fonoaudiologia, 
psicanálise, medicina, 
não apenas a pedagogia e psicologia
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A práxis psicopedagógica apresenta propostas educacionais que convidam a criança a participar ativamente de seu processo de aprendizagem
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PROFISSIONAIS QUE CURSAM PSICOPEDAGOGIA
pedagogos, 
psicólogos,
 fonoaudiólogos,
 terapeutas ocupacionais,
 assistentes sociais, 
licenciados, 
médicos (pediatras, psiquiatras, neurologistas etc.).
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CAMPOS DE ATUAÇÃO
CLINICA
INSTITUCIONAL
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CAMPOS DE ATUAÇÃO
a) relacionadas com as práticas educativas escolares:
	- serviços especializados de orientação educativa e psicopedagogia;
	- escolas específicas e serviços de educação especial;
	- elaboração de materiais didáticos e curriculares;
	- formação de professores; 
	- avaliação de programas, escolas emateriais educativos;
	- planejamento e gestão educativa;
	- pesquisa educativa.
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b) relacionados com outros tipos de práticas educacionais
	- serviços e programas de atendimento educativo a criança, adolescência e juventude;
	- educação de adultos;
	- programas de formação profissional e trabalhista;
	- televisão educativa e programas educativos multimídia;
	- campanhas e programas educativos em meios de educação.
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c) relacionados com a psicologia e a psicopedagogia clinica infantil
	- centros de saúde mental, hospitais, serviços de atendimento precoce, etc.
	- centros de diagnóstico e tratamento de dificuldades de aprendizagem.
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OBJETO DE ESTUDO
-Estuda o processo de aprendizagem e suas dificuldades, tem caráter preventivo e terapêutico.
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ATIVIDADES PSICOPEDAGÓGICAS
reprogramar projetos educacionais, facilitadores de uma aprendizagem mais dinâmica e significante;
supervisionar programas, treinando educadores e atuando junto a profissionais de educação;
aprimorar a qualidade de aprendizagem do sujeito que apresenta dificuldades escolares.
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SESSÃO OU CONSULTA?
GERALMENTE ENTRE 4 OU 10 SESSÕES
ENTRE R$ 40 E R$150
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Tudo pode ser recalculado e repensado de acordo com as reais necessidades de cada psicopedagogo.
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Quantidade de Pacientes/Aprendente x Valor cobrado por sessão = Valor Recebido
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Horários de Atendimento Psicopedagógico (Sugestão)
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Outra forma de ganhar dinheiro é dando consultorias tanto a profissionais da área que estão iniciando - como para pais, gestores, coordenadores, diretores, professores, enfim. Existe uma diversidade de pessoas que procuram por informações que você possui muito propriedade para passar.
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LEMBRE-SE
“Repense seus conceitos sobre oferecer “Reforço Escolar Especializado”. Essa é uma grande oportunidade de mostrar serviço, de apresentar seus diferenciais. Monte uma nova proposta unindo suas habilidades psicopedagógicas e as questões que se referem ao reforço escolar. Essa pode realmente ser uma ótima maneira de começar. Lembre-se que tudo depende de como você projeta e compreende as coisas”.
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DIFERENTES MODELOS E EIXOS DE INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA:
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Das funções do psicopedagogo:
- MASSIFICAÇÃO X INDIVIDUALIZAÇÃO
- propor modificações dentro das condições da escola para a inividualização;
- intervir junto aos problemas que a escola nos coloca;
- colaborar para melhorar as condições, recursos e ensino . levando a prevenção.
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MODELOS DE ABORDAGEM
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a) Abordagem psiconeurológica
Abordagem fundamentada na biologia, psicologia e processos educativos e de treinamento. Pinel (2001/2002) estudou as bases neurais da aprendizagem/ desenvolvimento, buscando compreender alguns mecanismos psicofisiológicos e neuropsicológicos associados aos aspectos cognitivos. Destaca Pinel (2001/2002; p.108) que é importante ao estudioso da Psicopedagogia uma atitude de compreensão e esforço intelectual na pesquisa do aluno com dificuldades de aprendizagem escolar.
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a) Abordagem psiconeurológica
Os principais fatores podem ser agrupados em:
1. Disfunções endócrinas: Ex.: Nanismo hipofisário e tireoidiano; gigantismo; puberdade precoce etc.
2. Fatores genéticos: Ex.: Acondroplasia; síndrome de Down; síndrome de Turner etc.
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3. Desnutrição: o mecanismo de desnutrição gera um atraso no desenvolvimento-aprendizagem, e esse é muito complexo e inclui a formação escassa de somatomedina C.
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4. Doenças crônicas: essas doenças, quando de longa duração perturbam o metabolismo, atrasando o crescimento. Como é o caso da insuficiência digestiva e de certas afecções renais, pulmonares e cardíacas.
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5. Dificuldades emocionais no berço familiar: conflitos e violências no lar; o modo de ser da criança diante do alcoolismo paterno, por exemplo, e o sentimento da criança diante dos jogos psicopatológicos da família; abuso sexual etc.) e infecções freqüentes (verminoses e intoxicações etc.) também prejudicam o desenvolvimento/aprendizagem.
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b) Abordagem neuropsiquiátrica
Abordagem fundamentada na medicina e medicalização dos problemas de aprendizagem. 
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c) Abordagem comportamental
Abordagem fundamentada nos trabalhos de laboratório de Psicologia experimental de Watson (Behaviorismo Metodológico) e B.F. Skinner (Behaviorismo Radical). O enfoque está na observação e descrição clara dos comportamentos inadequados, a identificação daquilo que mantém (reforço/recompensa) esse comportamento desviado/patológico – segundo o contexto do meio - e a intervenção de modificação, por meio de técnicas de controle do comportamento e a instalação de um novo e mais adequado comportamento.
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d) Abordagem Fenomenológica
O mais importante nessa abordagem são as atitudes e posturas do cuida(dor). É vital o envolvimento existencial com aquilo que se põe ao meu ser Total (Holismo) e o necessário distanciamento reflexivo da coisa mesma, e então apreender o sentido ou o significado do que é vivido pelo outro/orientando.
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abordagem da Epistemologia Convergente
Jorge Visca e os trabalhos projetivos
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Para Visca (1987), a aprendizagem depende de uma estrutura onde envolva o cognitivo/afetivo/social, nas quais estas sejam indissociavelmente ligadas a alguns aspectos desses três elementos. Sendo assim, a inteligência vai se construindo a partir da interação do sujeito e as circunstâncias do meio social.
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As intervenções psicopedagogicas:
 - PROBLEMATICA E/OU OBJETIVOS DA INTEVENÇÃO: Otimização ou correção dos processos de aprendizagem.
- DESTINATÁRIOS DA INTERVENÇÃO: Sujeitos aprendentes singulares ou em grupo, em setores populacionais circunscritos.
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- ÂMBITOS DE INTERVENÇÃO: Sitema educativo (sala de aula, instituição, governo, etc.) consultórios, centros especializados, empresas, centros comunitários, meios de comunicação.
- SURGIMENTO DA DEMANDA: escola, familia, instituições, corporações, etc.
- ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO: Entrevistas, trabalhos interdisciplinares, grupos terapêuticos, diagnósticos, terapias, assessoramento e coordenação de projetos educativos/institucionais, etc.
*
PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA
"Entende-se como atendimento psicopedagógico clínico a investigação e a intervenção para que se compreenda o significado, a causa e a modalidade de aprendizagem do sujeito, os seus significados semióticos, com o intuito de sanar suas dificuldades".
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TERAPEUTICAMENTE A PSICOPEDAGOGIA DEVE IDENTIFICAR, ANALISAR, PLANEJAR E INTERVIR ATRAVÉS DAS ETAPAS DE DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO.
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ETAPAS
- demanda:
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- diagnóstico: investigação do que não vai bem com o sujeito em relação a uma conduta esperada. O diagnóstico psicopedagogico é um processo no qual é analisada a situação do aluno com dificuldades dentro do contexto de escola e de sala de aula, com a finalidade de proporcionar aos professores orientações e instrumentos que permitam modificar o conflito manifestado. Importante salientar que este processo deve ser sempre levado a cabo em um contexto de colaboração com professores e na estrutura da instituição escolar.
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- diagnóstico: 
- parte de uma queixa da escola ou da família.
- o sintoma diz que algo não vai bem.
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- diagnóstico: 
- deve levar em conta 5 aspectos: 
		- orgânicos
		- cognitivos
		- emocionais
 - sociais
		- pedagógicos 
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ELEMENTOS DO DIAGNÓSTICO PSICOPEDAGÓGICO:
ENCAMINHAMENTO
ENTREVISTA COM O PROFESSOR
ENTREVISTA COM OS PAIS
OBSERVAÇÃO IN LOCO
TRABALHO INDIVIDUAL COM O ALUNO 
ENTREVISTA
APLICAÇÃO DE TESTES.
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Ou, segundo SALES E DALMAU,
Avaliação da informação que a escola já possui sobre o aluno
Observação da situação inicial. Instrumentos de ajuda para registro de informação
Avaliação das competências curriculares
Observação em sala de aula
Analise dos trabalhos dos alunos
Provas psicopedagogicas
Devolução da informaçãoe propostas de trabalho
Entrevistas familiares
Acompanhamento.
- tudo isso leva a hipóteses de tratamento.
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OUTRA VISÃO:
O PRIMEIRO PASSO: A DEMANDA
- Normalmente a demanda é externa ao sujeito, o que leva a fantasia ou a resistência.
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O DIAGNÓSTICO : O PRIMEIRO CONTATO TELEFONICO
- o primeiro contato pode ser um momento de embate entre os pais ou responsáveis e o terapeuta em que o sujeito sente-se ameaçado ou tem uma ilusão mágica de cura imediata, ainda pode ser uma fantasia de que o “DR” irá de maneira mágica compreender todas as angústias pelas quais passa a família.
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A QUEIXA:
- Normalmente a queixa parte da escola, muitas vezes ela sequer é elaborada pelos cuidadores, outras, porém, ela vai se modificando e assume contornos absolutamente díspares da inicial. Interessante notar que a queixa evolui durante o tratamento, passando, muitas vezes da realidade concreta pelos fantasmas inconscientes.
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AS HIPÓTESES:
- Após a escuta atenta da queixa supõe-se a(s) hipóteses diagnósticas e de tratamento que podem confirmar-se ou não.
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A PRIMEIRA ENTREVISTA:
- Na situação da primeira entrevista existe uma fantasia persecutória ansiogênica de ambas as partes. Será que conseguirei trabalhar o caso?, Será que o solucionarei? pergunta-se o terapeuta; Será que sou burro? O que será que acontece comigo? Pergunta-se o paciente.
*
- Nessa ocasião a escolha entre trabalhar desde o início individualmente ou com o grupo familiar ou mesmo com outros grupos não necessariamente centrado nos cuidadores é a grande dúvida e a grande aposta do terapeuta. Alguns parecem se dar melhor com o trabalho familiar, outros, talvez por suas próprias características individuais ou inconscientes, preferem trabalhar fechados em consultórios.
*
- A ocasião da primeira entrevista se preza para muitas interpretações questionáveis, razão pela qual, na falta de um co-terapeuta, é interessante que se faça dela um registro.
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- Particularmente acredito que a melhor forma de entrevista inicial é aquela que envolve todo o grupo familiar, dando oportunidade para que todos se manifestem. CUIDADO: não teça nenhum tipo de aliança nesse momento, com sérios riscos de vc perder ou a família ou o paciente.
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- Também o uso de conteúdos escolares já no primeiro momento é um grande erro, uma vez que dificilmente assim o terapeuta conseguirá seduzir o cliente, procure exercitar os conteúdos programáticos problemáticos de maneira lúdica, vídeo-games, jogos diversos são uma forma simples e divertida de avaliar tudo o que se ensina de precioso numa escola.
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A ANAMNESE:
- Momento de colheita de informações sobre o passado familiar, não só do paciente, uma vez que as dimensões fantasmáticas sempre se encontram num sujeito.
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- E o caso de pais separados? Nesse caso, apenas a total impossibilidade de juntar o casal pode justificar a ausência de um dos dois. Porém deve-se sempre exigir que os dois participem, uma vez que a responsabilidade tampouco os bodes expiatórios devem recair sobre quaisquer um deles. Não se esqueça de jamais tecer aliança com qualquer um deles. 
*
- Alguns fatores a serem analisados na anamnese são: 
 1. a historia das primeiras aprendizagens;
	2. evolução geral
	3. história clinica
	4. historia da familia nuclear;
 5. a historia da família ampliada
	6. historia escolar.
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A AVALIAÇÃO CENTRADA NO LUDICO:
- A primeira avaliação sempre deve ser centrada nos aspectos lúdicos, o que favorece a formação da transferência entre paciente/terapeuta e também retira da terapia o caráter pedante e “adulto” que cerca a situação. Utilize-se sempre de brincadeiras que estejam ao alcance do paciente, ou seja, que sejam “significativas” em seu universo semântico.
*
A AVALIAÇÃO CENTRADA NO PEDAGÓGICO
- Embora a maioria absoluta das queixas limitem-se as questões de dificuldades de aprendizagem de português (leitura e escrita) ou de matemática, lembremo-nos de que a avaliação pedagógica, ainda que apenas teoricamente, deve levar em conta uma infinidade de outros fatores, como a forma que o sujeito organiza as aprendizagens formais com seu universo vivencial, a junção que o sujeito faz entre situações escolares e sociais, além da articulação entre os diferentes conteúdos e dos conteúdos afetivos e cognitivos.
*
A AVALIAÇÃO CENTRADA NO PEDAGÓGICO
- Outra forma de avaliar pode ser a análise do próprio material produzido em sala de aula, então pode-se também avaliar todo o processo de ensino, verificando a própria metodologia utilizada em sala de aula.
*
APLICAÇÃO DE PROVAS E TESTES:
- Utilizar duas caixas com material a ser utilizado em diversas ocasiões:
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	1. A primeira caixa para trabalhar particularmente com crianças menores (aproximadamente até 6 anos). Deve-se utilizar principalmente exercícios de seriação e classificação. Conteúdo:
*
- panelinhas, pratos, copos, xícaras, talheres;
		- mobiliário de casa de boneca;
- Frutas, legumes e flores;
- animais de diferentes espécies;
- bonequinhos de diferentes espécies;
- carrinhos;
- ferramentas e outros instrumentos em miniatura;
- bloquinhos de madeira ou plástico polivalentes (tipo LEGO);
- pedaços de tecido de diferentes tessituras e estampagens;
- canudinhos de refresco de diferentes tamanhos e cores;
- outros objetos, semelhantes, a critério do examinador.
*
2. A segunda caixa, elaborada no mesmo sistema, deverá ser composta visando clientes de idade ligeiramente mais avançadas. O terapeuta poderá ainda se utilizar de diferentes “caixas”, relacionando-as a idades especificas. 
*
Repare que para adolescentes a ideia da caixa nem sempre pode ser uma boa, sendo mais viável o uso de brinquedos específicos para a idade, tais como vídeo-games, bolas, pipas, bicicletas, etc. (estes conteúdos devem variar conforme a região e a época do ano). É importante não se prender a atividades especificamente “dentro do consultório”. Embora saibamos que muitas pessoas tem dificuldades em trabalhar com mecanismos mais corporais e tenderem a utilizar muitas tarefas internas, as atividades, digamos, orgânicas, são extremamente importantes na fase inicial da vida.
*
- Testes psicológicos como o CIA (Escala de inteligência para adultos), WISC (Escala de inteligência Wechsler para crianças), RAVEN (teste de matrizes progressivas), BENDER (teste visomotor para definir maturação), TAT e CAT, além do HTP (testes projetivos), etc. são muito úteis mas nem sempre produzem bons resultados e o terapeuta pode chegar aos mesmos resultados utilizando-se de situações cotidianas.
*
A ENTREVISTA DE DEVOLUÇÃO E O ENCAMINHAMENTO
- A devolução é a comunicação verbal ou por escrito feita pelo terapeuta aos pais e ao paciente acerca dos resultados obtidos no processo diagnóstico. É importante que tanto os pais quanto o paciente participem desse momento e que ele seja acessível a todos. Os dados podem ser comunicados da maneira que for mais peculiar ao terapeuta, porém, costuma-se dividir a devolução em três grandes partes: pedagógica, cognitiva e afetivo-social.
*
- Casos específicos, tais como adolescentes que querem discutir isoladamente o próprio caso ou o caso de pais separados litigiosamente podem ser atendidos de maneira especifica para cada caso, sempre procurando envolver afetivamente todos os membros da família. 
*
- Outra questão é a devolução na escola, ao faze-la separadamente o terapeuta favorece o surgimento de fantasias, particularmente no estudante acerca da gravidade do seu caso. O ideal é devolver as informações a todos, principalmente o paciente, de uma só vez. 
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- É preciso, finalmente, o encerramento da devolução, deixando bastante claros o modelo de aprendizagem do paciente e da sua família, os aspectos saudáveis e as dificuldades, bem como as mudanças de postura possíveis e a descoberta do prazer em aprender. 
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O encaminhamento- Se o terapeuta escolher não permanecer com o paciente, ele deverá encaminha-lo a outro terapeuta. É interessante passar toda a informação colhida no diagnóstico numa sessão conjunta com paciente, os dois terapeutas e o grupo familiar, embora nem sempre isso seja possível
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- Os múltiplos encaminhamentos devem ser evitados, pois dá ênfase na doença e não na saúde, além dos diferentes enquadramentos muitas vezes serem excludentes, isso sem levar em conta o aspecto financeiro.
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