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147 Capítulo 5 Espectrometria no Infravermelho 148 Capítulo 5 – Espectrometria no infravermelho 5.1 - INTRODUÇÃO Região do Infravermelho nn 3,8 x 1014 Hz 1,2 x 1014 Hz 6,0 x 1012 Hz 3,0 x 1011 Hz ll 0,78 mm 2,5 mm 50 mm 1000 mm (780 nm) (5 x 105 nm) ll ==nn 1 14000 cm-1 4000 cm-1 200 cm-1 10 cm-1 INFRAVERMELHO PRÓXIMO INFRAVERMELHO MÉDIO INFRAVERMELHO AFASTADO ßß região mais utilizada nos métodos analíticos Figura 5.1 – Espectro de absorção no IV de filme de poliestireno 5.1.1 - APLICAÇÕES DA ESPECTROSCOPIA NO IV ÄÄ Análises quantitativas e qualitativas ØØ Análises qualitativas ÞÞ identificação de compostos orgânicos ¾¾ ®® espectros no IV médio ¾¾ ®® complexos ¾¾ ®® numerosos máximos e mínimos 149 Capítulo 5 – Espectrometria no infravermelho · na maior parte dos compostos orgânicos ¾¾ ®® espectros podem ser considerados a sua “impressão digital” ¾¾ ®® identificação qualitativa ¾¾ ®® mais precisa e com aplicação mais ampla que UV/VIS ØØ Análises quantitativas ÞÞ elevada seletividade do método · determinação da concentração de uma dada espécie presente numa mistura complexa com poucos ou nenhuma etapa preliminar de separação ÄÄ Análises por CG/IV ÞÞ espectroscopia no IV acoplada à cromatografia gasosa ØØ Cromatografia gasosa ¾¾ ®® separação dos componentes de uma mistura ØØ Espectroscopia IV ¾¾ ®® identificação de cada componente 5.2 - ABSORÇÃO DA RADIAÇÃO INFRAVERMELHA ÄÄ Radiação IV ¾¾ ®® não é suficientemente energética para provocar transições eletrônicas observadas com a radiação UV/VIS ¯¯ absorção restrita a espécies moleculares para as quais existam diferenças de energia entre os níveis vibracionais e rotacionais ÄÄ Absorção radiação IV ¾¾ ®® alteração no momento de dipolo da molécula associado aos movimentos vibracionais e/ou rotacionais da mesma Ex: 1) H ¾¾ Cl ¾¾ ®® molécula polar momento de dipolo ¾¾ ®® diferença de carga dos átomos distância interatômica ØØ Como a molécula vibra ¾¾ ®® flutuação regular no momento de dipolo ØØ Se a freqüência da radiação for idêntica à freqüência de vibração da molécula ¾¾ ®® absorção da radiação ¾¾ ®® transferência de energia para a molécula ¾¾ ®® alteração da amplitude de vibração molecular ¾¾ ®® alteração no momento de dipolo + - 150 Capítulo 5 – Espectrometria no infravermelho 2) O2, N2 ou Cl2 ¾¾ ®® distribuição homogênea de carga ¯¯ mesmo com vibração e rotação dos átomos ¯¯ não apresentam dipolo ¾¾ ®® moléculas apolares ¯¯ não absorvem radiação infravermelha ÄÄ Transições Rotacionais ØØ Envolvem energia muito baixa - radiação l > 100 mm ou n < 100 cm-1 (infravermelho longínquo) ØØ Níveis rotacionais ¾¾ ®® quantizados ·· Espectros de absorção - gases ¾¾ ®® região IV longínquo ¾¾ ®® linhas discretas bem definidas -líquidos/sólidos ¾¾ ®® colisões intermoleculares e interações causam alargamento das linhas ¾¾ ®® espectro contínuo de linhas alargadas ÄÄ Transições Vibracionais/Rotacionais ØØ Níveis de energia vibracional ¾¾ ®® quantizados ¾¾ ®® maior parte das moléculas ÞÞ DD Evibracional ¾¾ ®® radiação no IV médio ØØ Espectros de absorção · gases ¾¾ ®® série de linhas espaçadas próximas ¾¾ ®® existência de vários níveis rotacionais para cada nível vibracional · sólidos e líquidos ¾¾ ®® rotação molecular altamente restrita ¾¾ ®® espectro contínuo com picos ligeiramente alargados 151 Capítulo 5 – Espectrometria no infravermelho Resumindo: Condições para absorção da radiação IV FF Energia da radiação (E = hnn) deve coincidir com a diferença de energia entre os estados vibracionais excitado e fundamental da molécula ÞÞ freqüência da radiação é idêntica à freqüência de vibração molecular FF A molécula deve apresentar momento de dipolo como conseqüência de seus movimentos vibracionais ou rotacionais 5.3 - VIBRAÇÕES MOLECULARES Existem dois tipos de vibrações moleculares: F estiramento ou deformação axial ÞÞ variação na distância interatômica ao longo do eixo da ligação F deformações angulares ÞÞ variação no ângulo entre as ligações 5.3.1 - ESTIRAMENTO Envolve alterações na distância entre os átomos ligantes ao longo da ligação. Corresponde ao movimento rítmico ao longo do eixo da ligação de modo que a distância interatômica aumente e diminua alternadamente. Estiramento simétrico Estiramento assimétrico Figura 5.2 – Tipos de estiramento simétrico e assimétrico OBS: Dependendo da molécula, o estiramento simétrico pode ser ativo ou inativo no IV. 152 Capítulo 5 – Espectrometria no infravermelho 5.3.2 - DEFORMAÇÕES ANGULARES Correspondem a variações nos ângulos de ligação, seja internamente ao grupo de átomos seja deste grupo de átomos em relação à molécula com um todo (movimentos dos átomos fora do eixo de ligação) Deformação angular simétrica no plano Os dois átomos ligados a um átomo central aproximam-se e afastam-se um do outro com deformação no ângulo da ligação ÞÞ tesoura Deformação angular assimétrica no plano A unidade estrutural executa um movimento de vai e vem em relação ao plano de simetria da molécula ÞÞ balanço Deformação angular simétrica fora do plano A unidade estrutural executa um movimento de vai e vem em relação a um plano perpendicular ao plano de simetria da molécula ÞÞ sacudida Deformação angular assimétrica fora do plano A unidade estrutural roda num sentido e noutro em torno da ligação que a une ao resto da molécula ÞÞ torção Figura 5.3 – Tipos de deformações angulares 153 Capítulo 5 – Espectrometria no infravermelho 5.4 - MODELO MECÂNICO DAS VIBRAÇÕES DE ESTIRAMENTO Aproximação: - modelo mecânico de duas massas conectadas por mola F = - K y (1) sendo: F = força restauradora K = constante de força da mola ·· Energia potencial (E) dE = - F dy (2) Substituindo (1) em (2) dE = K y dy (3) Integrando entre a posição de equilíbrio (y = 0) e y òò òò== E 0 y 0 dy y K dE \\ 2y K 2 1 E == (4) O movimento da massa em função do tempo pode ser deduzido da 2a lei de Newton: F = m.a (5) 2 2 dt yda == (6) Combinando-se as equações (1), (5) e (6) y.K dt yd .m 2 2 --== (7) F 154 Capítulo 5 – Espectrometria no infravermelho Figura 5.4 – Diagrama de energia potencial de um oscilador harmônico Solução: y = A.cos (2pp nn 0t + b) (8) y4)t2cos(.A4 dt yd 2 0 2 0 2 0 2 2 2 nnpppnpnnnpp --==--== (9) Da equação (7) tem-se: y m K dt yd 2 2 --== (10) Como ÞÞ equação (10) = equação (9) 20 24 m K nnpp== \\ m K 2 1 0 pp nn == (11) sendo: n0 = freqüência do oscilador mecânico A equação (11) pode ser modificada para descrever o comportamento de um sistema com duas massas: 21 21 0 m.m )mm(K 2 1K 2 1 ++==== ppmmpp nn (12) )mm( m.m 21 21 ++ ==mm Þ massa reduzida 155 Capítulo 5 – Espectrometria no infravermelho ÄÄ Tratamento quântico das vibraçõesModelo oscilador harmônico considerando o caráter quantizado das vibrações: mmpp nn K 2 1 . 2 1 v ÷÷ øø ööçç èè ææ ++== (13) sendo: v = número quântico vibracional Combinando-se as equações (12) e (13), tem-se: 02 1 v nnnn ÷÷ øø ööçç èè ææ ++== (14) ØØ Energia vibracional 0.h.2 1 vhE nnnn ÷÷ øø ööçç èè ææ ++==== (15) - apenas certos valores discretos de energia podem estar associados à vibração quantizada ØØ Transição vibracional (DE) ·· Regras de seleção ÞÞ teoria quântica só ocorrem as transições nas quais o número quântico vibracional varia de uma unidade DD v = ±± 1 - Níveis vibracionais ÞÞ igualmente espaçados ¾¾ ®® um único pico de absorção é observado para uma dada vibração molecular Ex: Transição ÞÞ nn = 0 ¾¾ ®® nn = 1 Transição ÞÞ nn = 1 ¾¾ ®® nn = 2 00 h2 1 E nn== DD E = h nn 0 01 h2 3 E nn== 01 h2 3 E nn== DD E = h nn 0 02 h2 5 E nn== 156 Capítulo 5 – Espectrometria no infravermelho Quaisquer que sejam os níveis vibracionais envolvidos a energia envolvida é a mesma ¯¯ é também idêntica à energia prevista pelo modelo da mecânica clássica para a energia de vibração de duas massas por uma mola ¯¯ mmpp nnDD K 2 h hE 0 ==== (16) ou mmpp nnnn K 2 1 0 ==== (17) Em termos do número de onda (n) 21 2112 21 21 m.m )mm(K 10 x 3,5 m.m )mm(K c2 1K c2 1 ++==++==== -- ppmmpp nn (18) sendo: [n] = cm-1 [K] = N/m ou din/cm [c] = m/s ou cm/s [m] = kg ou g OBS: Ligações simples ÞÞ K » 3,0 x 102 – 8,0 x 102 N/m (5,0 x 102 N/m) Ligações duplas ÞÞ K » 1,0 x 103 N/m Ligações triplas ÞÞ K » 1,5 x 103 N/m Exercício: Cálcular a freqüência aproximada para os seguintes estiramentos: (a) C – H (b) F – H 21 21 m.m )mm(K c2 1 ++== pp nn onde: n = freqüência vibracional (cm-1) (no de onda) c = velocidade da luz (cm/s) K = constante de força da ligação (dina/cm) m1, m2 = massa dos átomos 1 e 2, respectivamente (g) (a) estiramento C - H mC = 19,8 x 10 -24 g mH = 1,64 x 10 -24 g 157 Capítulo 5 – Espectrometria no infravermelho )10 x 8,19 x 10 x 64,1( 10 x )64,18,19(10x0,5 )10 x 0,3(2 1 2424 245 10 ---- --++== pp nn nn = 3,05 x 103 cm-1 = 3050 cm-1 (ll = 3,28 mmm) OBS: Na prática observa-se bandas associadas ao estiramento C – H para grupos metil e metileno na faixa de 2960-2850cm-1 ¾¾ ®® desvios podem ser associados a fenômenos não considerados na fórmula ¾¾ ®® interações entre os átomos considerados no cálculo e o resto da molécula 2) estiramento F - H mF = 31,2 x 10 -24 g )10 x 2,31 x 10 x 64,1( 10 x )64,12,31(10 x 0,5 )10 x 3(2 1 2424 245 10 ---- --++== pp nn n = 3010 cm-1 nF - H < nC - H na realidade nF - H = 4138 cm-1 nC - H = 3050 cm-1 a constante de força (K) da ligação F - H é maior do que a da C - H ¯¯ quanto maior a diferença entre a eletronegatividade do par de átomos, maior a constante de força da ligação 2424 24 10 10 x 2,31 x 10 x 64,1 10 x )64,12,31( K )10 x 3(2 1 4138 ---- --++== pp K = 9,479 x 105 dina/cm 158 Capítulo 5 – Espectrometria no infravermelho ØØ Tratamento mecânica clássica ou mecânica quântica ¾¾ ®® oscilador harmônico (Figura 4) ¾¾ ®® energia potencial do oscilador varia periodicamente com a variação na distância entre as massas ¯¯ não descreve bem a vibração molecular: - quando os dois átomos se aproximam ¾¾ ®® repulsão coulômbica entre os núcleos ¾¾ ®® força que age na mesma direção da força restauradora ¾¾ ®® E aumenta mais rapidamente que o previsto pelo modelo do oscilador harmônico - quando a distância interatômica se aproxima daquela onde ocorre a dissociação dos átomos ¾¾ ®® decréscimo da força restauradora ¾¾ ®® decréscimo de E mais rapidamente que o previsto pelo modelo do oscilador harmônico ßß Oscilador anarmônico Figura 5.5 – Diagrama de energia potencial do oscilador anarmônico OBS: 1) Para números quânticos (v) elevados ¾¾ ®® DE torna-se menor ¾¾ ®® regra de seleção não é obtida rigorosamente ¾¾ ®® transições com Dv = ± 2 ou ± 3 são observadas ¾¾ ®® sobretons. 2) Sobretons ¾¾ ®® picos que aparecem a freqüências duas a três vezes maiores que a freqüência da vibração fundamental (pouco intensos) 159 Capítulo 5 – Espectrometria no infravermelho 3) Os espectros vibracionais podem se complicar devido à possibilidade de interações entre as diferentes vibrações da molécula ¾¾ ®® picos a freqüências iguais à soma ou à diferença entre as freqüências das vibrações fundamentais ¾¾ ®® aparecem quando um fóton excita dois modos vibracionais simultaneamente 5.5 - ESTIMATIVA DO NÚMERO DE VIBRAÇÕES FUNDAMENTAIS ÄÄ Graus de liberdade de uma molécula = S graus de liberdade de seus átomos individualmente ·· Cada átomo ÞÞ 3 graus de liberdade ÞÞ x, y, z ·· Molécula ÞÞ 3 N graus de liberdade ÄÄ Movimentos da molécula: ·· translação ÞÞ perda de três graus de liberdade ·· rotação ÞÞ perda de até 3 graus de liberdade ·· vibrações dos átomos uns em relação aos outros ÄÄ Número de vibrações fundamentais da molécula ÞÞ 3 N - 6 5.5.1 - ESPECTROS DE ABSORÇÃO NO IV DE MOLÉCULAS POLIATÔMICAS ÄÄ Aumento do número de bandas de absorção no espectro no IV das moléculas com o aumento do número de átomos ·· Número de vibrações fundamentais ÞÞ 3 N – 6 (valor teórico nem sempre é observado) ÄÄ Fatores que tendem a reduzir o número de vibrações fundamentais ·· simetria da molécula é tal que uma dada vibração não altera o seu momento de dipolo ·· as energias de duas ou mais vibrações são idênticas ou quase idênticas ·· intensidade de absorção é muito baixa para ser detectada ·· o comprimento de onda da radiação corresponde a dada vibração está fora da faixa de detecção do instrumento 160 Capítulo 5 – Espectrometria no infravermelho ÄÄ Acoplamento Vibracional ØØ Interações entre as vibrações alterando a freqüência de vibração teórica: ·· forte acoplamento entre vibrações de estiramento ¾¾ ®® existe átomo comum às duas vibrações ·· acoplamento entre vibrações de deformação ¾¾ ®® existência de ligação comum entre os átomos que vibram ·· acoplamento entre estiramento e deformação ¾¾ ®® ligação que vibra forma um dos lados do ângulo que se deforma ·· a interação é grande quando os grupos acoplados têm energias individuais aproximadamente iguais ·· pouca ou nenhuma interação é observada entre grupos separados por duas ou mais ligações ·· acoplamento requer que as vibrações sejam da mesma classe de simetria Ex: 1) CO2 ÞÞ molécula linear com três átomos 3 N graus de liberdade rotação: - 2 G. L. translação: - 3 G. L. número de vibrações fundamentais = 3 N –5 (1) estiramento simétrico (2) estiramento assimétrico (nn = 2350 cm-1) (3) deformação angular simétrica no plano (nn = 667 cm-1) (4) deformação angular simétrica no plano (nn = 667 cm-1) 161 Capítulo 5 – Espectrometria no infravermelho Na prática ÞÞ 2 bandas de absorção ÞÞ 2350 cm-1 e 667 cm-1 - (1) é inativa no IV ¾¾ ®® não altera o momento de dipolo da molécula - (3) e (4) são idênticas ¾¾ ®® movimentos de deformaçãopossíveis nos planos em torno do eixo de ligação 2) H2O ÞÞ molécula angular com 3 átomos 3 N graus de liberdade rotação – 3 G.L. translação – 3 G. L. número de vibrações fundamentais = 3N – 6 (1) estiramento simétrico (nn = 3650 cm-1) (2) estiramento assimétrico (nn =3760cm-1) (3) deformação angular no plano (dd = 1596 cm-1) OBS: 1) Estiramentos ocorrem a n maiores do que as deformações. 2) Estiramentos simétricos e assimétricos geralmente ocorrem a n próximos. 3) O acoplamento das vibrações é fenômeno comum ÞÞ posição do pico de absorção correspondente a dado grupo funcional varia um pouco. 162 Capítulo 5 – Espectrometria no infravermelho Ex: estiramento C - O - metanol CH3 - O - H n = 1034 cm-1 - etanol CH3 – CH2 - O - H n = 1053 cm-1 - butanol-2 CH3 - CH2 - CH - CH3 n = 1105 cm-1 OH Estas variações resultam do acoplamento do estiramento C - O com o estiramento C - C vizinho ou com as vibrações C – H 5.6-INSTRUMENTOS PARA MEDIDAS DE ABSORÇÃO MOLECULAR NO INFRAVERMELHO ÄÄ Componentes básicos: FONTE AMOSTRA DISP. SELEÇÃO ll DETETOR LEITURA / REGISTRO 5.6.1 - FONTES: ØØ Características: ** estabilidade ** fornecer espectro contínuo na região de trabalho ** potência suficiente para ser detectada 5.6.1.1 – Fontes de IV Figura 5.6 – Curvas de radiação do corpo negro ØØsólidos inertes aquecidos eletricamente a temperaturas entre 1500 – 2000 K 163 Capítulo 5 – Espectrometria no infravermelho 5.6.1.1.1 - Filamento de Nernst (IV médio) ·· Óxidos de terras raras (Th, Ce) moldados em um cilindro de f = 1 a 2 mm e L = 20 mm ·· Máximo de energia = 1,4 mm (1400 nm) ·· Fonte incandescente (1200 K- 2200 K) ·· Fragilidade mecânica ·· Necessita de aquecimento prévio para se tornar condutor ·· Resistência decresce com aumento da temperatura ¾¾ ®® dispositivo para limitar a corrente Figura 5.7 – Distribuição espectral da energia de um filamento de Nernst operando a 2200 K 5.6.1.1.2 - Globar (IV médio e longínquo) ·· Fonte incandescente (1300 K – 1500 K) ·· Bastão de carbeto de silício f = 5 mm e L = 50 mm ·· Distribuição espectral de energia semelhante à do filamento de Nernst ·· Máxima intensidade de energia 1,8 –2,0 mm ·· Refrigeração contínua com água corrente ¾¾ ®® evitar arco voltaico ·· Coeficiente de resistência positivo ·· Intensidade de radiação é comparável à do Filamento de Nernst 164 Capítulo 5 – Espectrometria no infravermelho 5.6.1.1.3 - Hélice de Ni-Cr ·· Fio espiral de Ni-Cr aquecido por corrente elétrica ·· Fonte incandescente (1100 K) ·· Intensidade menor que Globar ou filamento de Nernst, mas é mais durável 5.6.1.1.4 - Lâmpada de arco de mercúrio (IV longínquo ll > 50 mmm) ·· Tubo de quartzo contendo vapor de Hg a p > 1 atm ·· Passagem de corrente elétrica através do vapor forma uma fonte interna de plasma radiação contínua na região IV longínquo 5.6.1.1.5 - Lâmpada de filamento de W (IV próximo) ·· Fonte adequada para IV próximo ÞÞ 4000 – 12800 cm-1 (2,5 a 0,78 mm) 5.6.1.1.6 - Laser de CO2 sintonizável ·· Fonte para monitoramento de poluentes no ar atmosférico e para determinação de espécies em soluções aquosas ·· Espectro de banda entre 900 e 1100 cm-1 constituído por linhas (» 100) muito próximas ·· Útil para determinação quantitativa de butadieno, amoníaco, benzeno, etanol, dióxido de nitrogênio e tricloroetileno ·· Potência em cada linha é muito maior que a das fontes incandescentes 5.6.2 - DETECTORES ÄÄ Radiação IV ÞÞ detectores ÞÞ três tipos: ·· térmicos ¾¾ ®® espectrofotômetros dispersivos e fotômetros ·· piroelétricos ¾¾ ®® espectrofotômetros dispersivos, fotômetros e espectrômetros interferométricos ·· fotocondutores ¾¾ ®® espectrômetros interferométricos 165 Capítulo 5 – Espectrometria no infravermelho 5.6.2.1 - Térmicos ØØ Radiação IV é absorvida por um pequeno corpo negro e a variação de temperatura resultante é medida ØØ Capacidade térmica do material deve ser a menor possível para detectar a variação de temperatura (» 10-3 K) ØØ Características: ·· resposta depende do efeito de aquecimento da radiação ·· usados em ampla faixa de l ·· detectores encapsulados e abrigados de radiação térmica produzida por objetos na vizinhança ÞÞ evitar ruídos térmicos ·· a radiação é modulada para minimizar sinais estranhos 5.6.2.1.1 - Termopar ØØ Par bimetálico cujas extremidades são soldadas (ex: Bi e Sb) ¾¾ ®® junção dos dois metais ¾¾ ®® geração de mV proporcional a DT entre eles ØØ Junção é enegrecida (melhorar a capacidade de absorver calor) e selada numa câmara sob vácuo com janela transparente à radiação IV ØØ Bom detector ¾¾ ®® responder a diferenças de temperaturas na faixa de 10-6 K ØØ Detector mais utilizado no IV médio ØØ Tempo de resposta : 40 ms 5.6.2.1.2 - Bolômetro ØØ Tipo de termômetro de resistência construído por tiras de metal (Pt ou Ni) ou por material semicondutor (ex: Si ou Ge) ¾¾ ®® apresentam grande variação na resistência com a temperatura ØØ Menos utilizados que termopares ØØ Faixa de 2000 a 25 mm (5 – 400cm-1) ¾¾ ®® detetor ideal ¾¾ ®® bolômetro de Ge operando a 1,5 K (necessidade de resfriamento com He líquido) 166 Capítulo 5 – Espectrometria no infravermelho 5.6.2.2 - Detector piroelétrico ØØ Pastilha de material piroelétrico, que é um isolante (dielétrico) com propriedades térmicas e elétricas especiais (sulfato de triglicina - (NH2CH2COOH)3.H2SO4, usualmente deuterado) ¯¯ Cristal de sulfato de triglicina montado entre dois eletrodos paralelos, um deles transparente à radiação IV ¾¾ ®® capacitor dependente de T ¯¯ radiação IV incide no cristal ¯¯ alteração na distribuição de cargas no cristal ¯¯ detectada como corrente no circuito externo ØØ Magnitude da corrente é proporcional à área do cristal e à taxa de polarização com a temperatura ØØTempo de resposta muito rápido ¾¾ ®® uso nos espectrofotômetros interferométricos 5.6.2.3 - Fotocondutores ØØ Consistem num filme de material semicondutor (PbS, PbTe, PbSe, InSb) com espessura de 0,1 mm depositado numa placa de vidro não condutora e selado sob vácuo num invólucro para proteção do semicondutor ØØ Baseiam-se no efeito fotocondutor interno em conseqüência da transição de um elétron de uma banda de valência (não-condutora) para uma banda de condução ¾¾ ®® decréscimo da resistência elétrica do semicondutor ØØ Montagem ¾¾ ®® detector em série com fonte de alimentação e resistência ¾¾ ®® queda de voltagem na resistência ¾¾ ®® medir a potência do feixe de IV ØØ IV próximo (1 a 3 mm) ¾¾ ®® PbS (operado a T ambiente) ØØ IV médio/afastado ¾¾ ®® HgTe/CdTe (resfriados com N2 líquido (minimizar ruído térmico) ØØ Mais rápidos (tempo de resposta < 10 ms) e mais sensíveis que detectores térmicos e piroelétricos ¾¾ ®® usados em espectrofotômetros interferométricos e em CG-IV 167 Capítulo 5 – Espectrometria no infravermelho 5.7 - INSTRUMENTOS PARA MEDIDA DE ABSORÇÃO DE RADIAÇÃO IV Três tipos de instrumentos para medidas de absorção de radiação IV encontram-se disponíveis comercialmente: ·· espectrofotômetros dispersivos à base de redes de difração - uso em análises qualitativas ·· espectrômetros multiplex (interferométricos - usode transformada de Fourrier) - uso em análises quantitativas e qualitativas ·· fotômetros não dispersivos - determinação quantitativa de espécies orgânicas presentes na atmosfera 5.7.1 - ESPECTROFOTÔMETROS DISPERSIVOS 5.7.1.1 - Características básicas: ØØ feixe duplo: - redução/eliminação de problemas devidos à variação na tensã o de alimentação da fonte - eliminação dos sinais de fundo devido à presença do CO 2 e da H2O na atmosfera ØØ monocromador reticular ÞÞ elemento de dispersão ¾¾ ®® rede de difração ØØ registrador acoplado ¾¾ ®® obtenção dos espectros de absorção Figura 5.8 – Espectros de absorção do CO2 e da H2O presentes no ar atmosférico 168 Capítulo 5 – Espectrometria no infravermelho Figura 5.9 – Representação esquemática de espectrofotômetro dispersivo de feixe duplo para medidas de absorção no IV ØØ Comentários: ·· Chopper de baixa freqüência (5 a 13 cps) - alternar envio do sinal da referência e da amostra ao detector - como estes sinais tem freqüência definida é possível ao detector discriminá-los dos sinais de radiações estranhas provenientes das vizinhanças do detector ·· Monocromador ¾¾ ®® arranjo ótico semelhante ao dos espectrofotômetros UV/VIS ·· Amostra ¾¾ ®® entre a fonte e o monocromador - RIV não possui energia suficiente para causar decomposição fotoquímica da amostra - vantagem do arranjo ¾¾ ®® maior parte do espalhamento da radiação ¾¾ ®® paredes das células ¾¾ ®® removidas no monocromador 169 Capítulo 5 – Espectrometria no infravermelho ·· Atenuador ¾¾ ®® atuar de modo que a potência do feixe de referência fique semelhante à do feixe transmitido pela amostra - movimento sincronizado com registrador ¯¯ posição do registrador ¾¾ ®® transmitância da amostra - sistema de atenuação do feixe de referência ¾¾ ®® limitações na performance do equipamento: ** resposta do atenuador ¾¾ ®® retardo em relação às variações de transmitância, particularmente quando o sinal de transmitância varia rapidamente ** acionamento mecânico da pena e atenuador ¾¾ ®® posições da pena ultrapassam os valores reais de transmitância ** T ® 0% ¾¾ ®® praticamente não chega radiação proveniente da amostra ao detetor ¾¾ ®® difícil atingir o ponto nulo Figura 5.10 – Espectro de absorção do n-hexanal, ilustrando picos arredondados a T% »» 0 170 Capítulo 5 – Espectrometria no infravermelho 5.7.2 - ESPECTRÔMETROS POR TRANSFORMADA DE FOURRIER ØØ inicialmente caros ( > U$ 100000) volumosos ajustes mecânicos freqüentes uso limitado ØØ atualmente mais baratos ( U$ 15000 – 20000 ) compactos manutenção fácil substituindo gradativamente os instrumentos dispersivos 5.7.2.1 - Instrumentos analíticos multiplex ØØ Dispositivos de canal único no qual todos os elementos do sinal são observados simultaneamente ØØ Não possuem dispositivo para seleção de l (filtros ou monocromadores) ØØ Fazem uso da transformada de Fourrier para decodificar o sinal ÞÞ INSTRUMENTOS POR TRANSFORMADA DE FOURRIER 5.7.2.1.1 - Vantagens da espectroscopia por transformada de Fourrier equipamentos têm menos componentes óticos e não possuem fendas para atenuar a radiação ¾¾ ®® potência da radiação que alcança o detetor é maior que nos instrumentos dispersivos assim como a relação sinal/ruído ÞÞ Vantagem Jacquinot elevada exatidão e precisão na determinação dos l (ou n) - possibilidade de calcular a média dos sinais - melhora a relação sinal/ruído todas as freqüências da fonte alcançam o detetor simultaneamente ¾¾ ®® redução do tempo para aquisição do espectro ÞÞ Vantagem multiplex 171 Capítulo 5 – Espectrometria no infravermelho 5.7.2.1.2 - Espectroscopia no domínio tempo X domínio de freqüências Figura 5.11 – Representação de espectros nos domínios tempo (a, b) e freqüência (c, d, e) Figura 5.12 – Representação de espectros no domínio tempo para uma fonte policromática 172 Capítulo 5 – Espectrometria no infravermelho Domínio tempo e domínio freqüência ¯¯ mesmas informações ¯¯ convertidos um no outro: P(t) = k [cos(2pp nn 1t) + cos (2pp nn 2t)] k = constante; t = tempo 5.7.2.1.3 - Obtenção de espectros no domínio tempo ( P = f(t) ) ØØ Espectroscopia ótica ¾¾ ®® radiações com alta freqüência (1011 – 1015 Hz) ¾¾ ®® não existem transdutores que respondam a variações de potência de radiações com freqüências tão elevadas ¯¯ Necessidade de “modular” o sinal: sinal de alta freqüência sinal de freqüência mensurável sem distorcer a dependência original de P = f(t) Interferômetro de Michelson Figura 5.13 – Representação esquemática do interferômetro de Michelson iluminado com radiação monocromática 173 Capítulo 5 – Espectrometria no infravermelho ØØ Movimentação de um dos espelhos ¾¾ ®® flutuação da potência que alcança o detetor: - posição = 0 (M = F) ¾¾ ®® recombinação dos feixes “em fase” ¾¾ ®® interferência construtiva máxima ¾¾ ®® P é máxima - posição = 4 ll ÷÷ øø ööçç èè ææ ==-- 2 FM ll ¾¾ ®® interferência destrutiva máxima ¾¾ ®® P=0 - posição = 2 ll (M – F = ll) ¾¾ ®® interferência construtiva máxima ¾¾ ®® P é máxima Definindo: dd = retardação = 2 (M-F) ÞÞ diferença entre o percurso dos feixes divididos ¯¯ P(t) vs dd ÞÞ interferograma ( freqüência(d) << freqüência(n) ) sendo: vM = velocidade de movimentação do espelho (cm/s) t = tempo para espelho percorrer 2 ll cm (1 ciclo) (s) f = freqüência de oscilação do sinal no detetor (s-1) 2 x v M ll tt == (19) lltt Mv21f ==== (20) nnMv2f == (21) ØØ Relação entre a freqüência da fonte (n) e a do interferograma (f) ll Mv2f == \\ nn ll c== c v 2 f M nn== (22) como: vM = constante ¾¾ ®® f µµ nn 174 Capítulo 5 – Espectrometria no infravermelho Ex: vM = 1,5 cm/s nn 1010 x 3 5,1 x 2 f == \\ f = 10-10 nn f <<< nn ØØ Transformação dos interferogramas em espectros - radiação monocromática P(dd) = B(nn ) cos 2pp f t (23) sendo: P(d) = potência no domínio tempo B(n) = termo proporcional à potência no domínio n Substituindo (21) em (23) P(dd) = B(nn ) cos 4pp vM nn t (24) Mas: dd= 2 vM t (25) Então: P(dd) = B(nn ) cos 2pp dd nn (26) Se no interferograma ¾¾ ®® 2 n diferentes P(dd) = B(nn 1) cos (2pp dd nn 1) + B(nn 2) cos (2pp dd nn 2) (27) Para um espectro contínuo nnpdnpdnnndd d.) cos(2 )(B)(P òò== +¥+¥ ¥¥-- (28) ¯¯ obtenção de B(n) ÞÞ transformada de Fourrier 175 Capítulo 5 – Espectrometria no infravermelho Figura 5.14 – Interferogramas e espectros óticos correspondentes Espectroscopia por Transformada de Fourrier obtenção do espectro P(dd ) vs dd ¯¯ interferograma cálculos matemáticos complexos ¯¯ computadores espectro P(nn ) vs nn 176 Capítulo 5 – Espectrometria no infravermelho Figura 5.15 a – Transformadade Fourrier Figura 5.15 b – Espectros do background, da amostra e da amostra corrigido. 177 Capítulo 5 – Espectrometria no infravermelho 5.7.2.1.4 - Componentes dos espectrômetros por transformada de Fourrier ØØ Interferômetro de Michelson ·· mecanismo para movimentação do espelho ** velocidade de movimentação do espelho ÞÞ constante ** posição do espelho conhecida exatamente a cada instante - IV longínquo parafuso micrométrico acionado por motor - IV médio/próximo mecanismo mais sofisticado ·· modelos com três interferômetros ** fonte de IV ** luz branca - determinação exata do ponto zero de retardação ** laser (He/Ne) - obtenção dos interferogramas a intervalos de aquisição precisamente espaçados ·· interferômetro triplo ** elevada precisão na determinação das freqüências espectrais ÞÞ importante quando se calcula a média das várias varreduras espectrais Figura 5.16 – Interferômetro triplo para espectrômetros FTIR 178 Capítulo 5 – Espectrometria no infravermelho Figura 5.17 – Sinais no domínio tempo para os três interferômetros presentes num espectrômetro FTIR ·· modelos com interferômetro único * feixe laser paralelo ao feixe IV * d = 0 ÞÞ calculado pelo interferograma do feixe IV Figura 5.18 – Representação esquemática de espectrômetro FTIR com interferômetro único 179 Capítulo 5 – Espectrometria no infravermelho ØØ Divisor de feixe ·· dividir o feixe 50% transmitido 50% refletido * IV afastado ¾¾ ®® filme de Mylar entre duas placas de sólido com baixo índice de refração * IV médio ¾¾ ®® filme de Si ou Ge depositado sobre CsI, CsBr, NaCl ou KBr * IV próximo ¾¾ ®® filme de Fe2O3 depositado sobre CaF2 ØØ Fontes e transdutores ·· Fontes ¾¾ ®® as mesmas dos instrumentos dispersivos ·· Detectores ** Detector piroelétrico ¾¾ ®® sulfato de triglicina ¾¾ ®® IV médio ** Detector fotocondutor - maior sensibilidade - resposta mais rápida u Cd/Hg Te ou InSb refrigerados com N2 líquido 5.7.2.1.5 - Características dos espectrômetros por transformada de Fourrier ØØ Feixe simples ØØ Operação: obtenção do interferograma do material de referência (branco) ¾¾ ®® média de 20 a 30 aquisições ¾¾ ®® tratamento de dados armazenados como espectro de referência obtenção do interferograma da amostra ¾¾ ®® média de 20 a 30 aquisições ¾¾ ®® relação entre os dados espectrais da amostra e da referência ÞÞ espectro de absorção OBS: Equipamentos modernos ¾¾ ®® fontes e detectores estáveis ¾¾ ®® espectro de referência medido ocasionalmente 180 Capítulo 5 – Espectrometria no infravermelho ØØ Preço: vv equipamentos simples » U$ 16000 7800 – 350 cm-1 vvequipamentos sofisticados » U$ 150000 25000 – 10 cm-1 IV/VIS fontes, detectores e divisores de feixe intercambiáveis ØØ Resolução instrumentos comerciais ÞÞ 8 – 0,01 cm-1 8.2.1.6 - Vantagens sobre os instrumentos dispersivos ØØ IV médio ÞÞ FTIR ·· melhor relação sinal ruído ·· rapidez na aquisição dos espectros ·· resolução elevada ( < 0,1 cm-1) ·· determinação dos n com maior precisão e exatidão ·· sistema ótico ¾¾ ®® quantidade de energia que atravessa o instrumento 10 a 100 x maior - parcialmente perdida ¾¾ ®® detector menos sensível pois responde mais rápido ·· não tem problema de radiação estranha 8.2.1.7 - Aplicações do instrumento ØØ Trabalhos em que elevada resolução é necessária (misturas gasosas) ØØ Amostras com absorbâncias elevadas ØØ Substâncias com bandas de absorção fracas ·· espécies quimicamente adsorvidas em catalisadores ØØ Análises que requerem rápida determinação do espectro ·· estudos cinéticos, detecção de efluentes cromatográficos ØØ Obtenção de espectros de reflexão ØØ Estudos por emissão de RIV 181 Capítulo 5 – Espectrometria no infravermelho 5.7.3 - INSTRUMENTOS NÃO DISPERSIVOS 5.7.3.1 - Fotômetros de filtro ·· análise quantitativa de substâncias orgânicas na atmosfera ·· fonte ÞÞ hélice de Ni-Cr ·· detector ÞÞ piroelétrico ·· seleção do l de trabalho ÞÞ filtros de interferência intercambiáveis (3000–750 cm-1) Figura 5.19 – Fotômetro infravermelho portátil para análise de gases ·· amostra introduzida por bombeamento ·· percurso da radiação 0,50 m 20 m (espelhos no compartimento da amostra) ·· aplicação: - análise de acrilonitrila, hidrocarbonetos clorados, CO, fosgênio e HCN 5.7.3.2 - Fotômetros sem filtro ·· monitoração de um único componente em correntes gasosas ·· Referência ¾¾ ®® gás que não absorve radiação ·· Detetor ¾¾ ®® célula sensora com dois compartimentos preenchidos com o gás em análise 182 Capítulo 5 – Espectrometria no infravermelho Figura 5.20 – Fotômetro no IV não dispersivo para monitorar CO 5.7.3.3 - Instrumento automático para análise quantitativa Figura 5.21 – Instrumento para análise quantitativa no IV 183 Capítulo 5 – Espectrometria no infravermelho ·· Seleção de n ÞÞ filtros - três placas espelhadas parcialmente transparentes separadas por camada de dielétrico em forma de cunha - n transmitido ¾¾ ®® varia com a espessura da cunha ·· Controlado por computador - programado para medir absorbância de mistura de vários componentes em várias n e depois computar a concentração de cada componente 5.8 - APLICAÇÕES DA ESPECTROMETRIA NO INFRAVERMELHO Tabela 5.1 - Principais aplicações da espectrometria do infravermelho Região espectral Tipo de medida Tipo de análise Tipo de amostras reflectância difusa quantitativa produtos comerciais sólidos ou líquidos IV próximo absorção quantitativa misturas gasosas qualitativa compostos sólidos, líquidos ou gasosos puros quantitativa misturas complexas gasosas, sólidas ou líquidas absorção cromatográfica misturas complexas gasosas, sólidas ou líquidas reflectância qualitativa compostos puros sólidos ou líquidos IV médio emissão quantitativa amostras de ar atmosférico IV afastado absorção qualitativa Compostos inorgânicos puros ou espécies organo- metálicas 184 Capítulo 5 – Espectrometria no infravermelho 5.8.1 - ESPECTROMETRIA DE ABSORÇÃO NO IV MÉDIO ÄÄ Determinação da estrutura de compostos orgânicos e bioquímicos 5.8.1.1 - Manuseio das amostras ØØ UV/VIS ¾¾ ®® ajuste do sinal de absorbância/transmitância ·· diluição das soluções ·· alteração da espessura das células ØØ IV ¾¾ ®® isto não pode ser feito ¾¾ ®® inexistência de solventes transparentes à RIV ØØ manuseio da amostra ¾¾ ®® parte mais difícil e demorada da análise 5.8.1.1.1 - Amostras gasosas ØØ gás ou líquido com baixo ponto de ebulição ¾¾ ®® expandir no interior da célula onde previamente foi feito vácuo ·· células ¾¾ ®® janelas com transparência adequada ·· existem células com percurso ótico variando de poucos cm até metros (radiação pode ser refletida no interior da célula passando várias vezes através da amostra) 5.8.1.1.2 - Amostras líquidas ØØ Solventes ¾¾ ®® absorvem no IV ·· não existem solventes completamente transparentes ao IV ·· H2O e etanol evitados ¾¾ ®® atacam cloretos e brometos de metais alcalinos usados nas janelas das células Figura 5.21 – Solventes para espectrometria no infravermelho 185 Capítulo 5 – Espectrometria no infravermelho ØØ Células ··mais estreitas que as de UV/VIS devido à absorção de energia pelo solvente ·· concentração das amostras: 0,1 a 10% ·· desmontáveis Figura 5.23 – Vista expandida de célula desmontável para líquidos (espaçadores com espessura de 0,015 a 1 mm) ·· encher/esvaziar ¾® seringa ·· material das janelas ¾® NaCl ou KBr ØØ Determinação da espessura da célula ·· feixe de referência ¾¾ ®® direto para monocromador ·· feixe de amostra ¾¾ ®® célula vazia ** máximos ¾¾ ®® radiação refletida pelas superfícies internas da célula ¾¾ ®® percorre uma distância múltipla inteira (N) do comprimento de onda da radiação transmitida sem reflexão 186 Capítulo 5 – Espectrometria no infravermelho Figura 5.24 – (a) Espectro da célula vazia atravessada pelo “feixe da amostra”; (b) cálculo do percurso “b’ ** Interferência construtiva ÞÞ N b2==ll - selecionar dois l ¾¾ ®® DN franjas entre eles - ) ( b 2b2b2N 21 21 nnnn llll DD --==--== \\ )(2 Nb 21 nnnn DD -- == (29) OBS: 1- Franjas não são observadas em amostras líquidas ÞÞ hlíquido » hjanela 2- Líquidos: - pouca amostra - não há solvente disponível ** problemático para análises quantitativas ( b varia) ** adequado para análises qualitativas 3- Amostras líquidas ¾¾ ®® umidade ¾¾ ®® necessidade de polimento periódico das janelas líquido puro filme ÞÞ pouco espesso (0,01mm) 187 Capítulo 5 – Espectrometria no infravermelho 5.8.1.1.3 - Amostras sólidas ØØ Dispersas em matriz sólida ou líquida ·· 2 a 5 mg de amostra moída (dp < 2 mm) intimamente misturados com Nujol ou Fluorolube (polímero halogenado) - filme colocado entre placas de NaCl fixadas na célula ·· 1 a 3 mg de amostra moída intimamente misturada em gral com 100 mg de KBr previamente seco ¾¾ ®® mistura ¾¾ ®® molde ¾¾ ®® submetida a pressão ¾¾ ®® pastilha ¾¾ ®® porta amostra - se possível empastilhar sob vácuo para eliminar o ar ocluído - espectros bandas a 3450cm-1 e a 1640 cm-1 umidade - para n < 400 cm-1 ¾¾ ®® CsI 5.8.1.2 - Análises qualitativas ÄÄ Identificação dos compostos orgânicos ÞÞ processo em duas etapas: análise na região dos grupos funcionais ÞÞ 3600 – 1200 cm-1 - identificar os grupos funcionais presentes análise na região das impressões digitais 1200 – 600 cm-1 - comparação detalhada do espectro da amostra desconhecida com espectros de compostos puros conhecidos que contenha(m) aquele(s) grupo(s) funcional(is) - nesta região é que pequenas diferenças na estrutura originam diferenças importantes no espectro ØØ Região dos grupos funcionais: ·· freqüência de vibração dos grupos funcionais (por exemplo: C = O, C = C, C – H, O – H, etc ÞÞ estimadas de modo aproximado pelo modelo do oscilador harmônico associado ao tratamento quântico das vibrações ** interações com outras vibrações envolvendo os átomos do grupo funcional ÞÞ variações dentro de faixa relativamente estreita ** grupo funcional Þ faixa de freqüências de vibração 188 Capítulo 5 – Espectrometria no infravermelho Tabela 5.2 – Freqüências (números de onda, nn ) de alguns grupos funcionais orgânicos Ligação Tipo de composto Faixa de nn (cm-1) Intensidade 2850 – 2970 forte C – H Alcanos 1340 – 1470 forte 3010 – 3095 Média C – H Alcenos 675 – 995 forte C – H Alcinos 3300 Forte 3010 – 3100 média C – H Anel aromático 690 – 900 forte Álcoois, fenóis 3590 – 3650 variável Álcoois, fenóis com ponte de H 3200 – 3600 variável Ácidos carboxílicos 3500 – 3650 média O - H Ácidos carboxílicos com ponte de H 2500 – 2700 larga N – H Aminas, amidas 3300 – 3500 média C = C Alcenos 1610 – 1680 variável C = C Anéis aromáticos 1500 – 1600 variável C º C Alcinos 2100 – 2260 variável C – N Aminas, amidas 1180 – 1360 forte C º N Nitrilas 2210 – 2280 forte C - O Álcoois, éteres, ácidos carboxílicos, ésteres 1050 – 1300 forte C = O Aldeídos, cetonas, ácidos carboxílicos, ésteres 1690 – 1760 forte 1500 – 1570 forte NO2 Nitrocompostos 1300 - 1370 forte 189 Capítulo 5 – Espectrometria no infravermelho ØØ Região das impressões digitais · pequenas diferenças na molécula grandes diferenças no espectro · semelhança grande entre dois espectros nessa região (composto conhecido e composto desconhecido, por exemplo ÞÞ evidência para identificação da substância · complexidade dos espectros nessa região ÞÞ maior parte das ligações simples ÞÞ bandas de absorção nesta região ÞÞ freqüências semelhantes ÞÞ fortes interações entre ligações vizinhas · Interpretação exata do espectro raramente é possível nesta região Ex: Figura 5.25 (a) e (b) ÞÞ efeito da presença de grupo metil ÞÞ diferenças nos espectros na região das impressões digitais (a) (b) 190 Capítulo 5 – Espectrometria no infravermelho (c) (d) Figura 5.25 – Regiões das freqüências de grupo e das impressões digitais para alguns compostos orgânicos ØØ Uso das cartas de correlação ·· seu uso isolado raramente permite a identificação inequívoca dos espectro - sobreposição das freqüências de grupo - variações no espectro devido ao estado físico das amostras - limitações instrumentais ·· usadas como base para uma análise mais detalhada - associação com outras técnicas de análise (MS, NMR, análise elementar) 191 Capítulo 5 – Espectrometria no infravermelho ØØ Comparação de espectros ·· catálogos ÞÞ espectros dos mais diversos compostos puros ÞÞ busca e comparação manual ÞÞ demorada e cansativa ·· sistema de busca por computador -posição e intensidade dos picos no espectro da espécie desconhecida ÞÞ determinados e armazenados ÞÞ comparados com dados armazenados de inúmeros compostos conhecidos Figura 5.26 – Espectro de composto desconhecido e espectro do composto conhecido que mais se assemelhou a ele após busca entre espectros armazenados 192 Capítulo 5 – Espectrometria no infravermelho 5.8.1.3 – Análises quantitativas ÄÄ Desvantagens e limitações ÞÞ Instrumentos dispersivos ·· maior complexidade dos espectros sobreposição de picos ·· bandas mais estreitas ·· limitações instrumentais Þ não obediência à Lei de Beer - percurso ótico mais estreito ¾¾ ®® incertezas analíticas - largura da banda » largura da fenda ·· erros associados às medidas na região IV ¾¾ ®® maiores do que na região UV/VIS ÄÄ Desvios da lei de Beer espectro no IV ¾¾ ®® bandas estreitas ¾¾ ®® favorecimento a desvios na Lei de Beer ¯¯ instrumentos dispersivos ¾¾ ®® baixa intensidade da fonte + baixa sensibilidade dos detectores ¯¯ fendas largas ¯¯ largura da fenda » largura da banda ¯¯ chegam ao detector vários l nos quais as absortividades são muito diferentes ¯¯ relação não linear entre A e C ¯¯ Curva de Calibração ÞÞ determinação experimental com vários pontos ÄÄ Medidas de absorbância ØØ UV/VIS ¾¾ ®® cubeta ¾¾ ®® solvente (branco) ¾¾ ®® P0 cubeta ¾¾ ®® amostra ¾¾ ®® P 0P PT == \\ P P log T logA 0==--==193 Capítulo 5 – Espectrometria no infravermelho ØØ IV ¾¾ ®® difícil utilizar esta metodologia ·· impossibilidade de se ter disponível células com características de absorção idênticas ·· percurso ótico pequeno ¾¾ ®® difícil de ser reproduzido ·· janelas facilmente atacadas ¾¾ ®® características se alteram com o uso ·· referência ¾¾ ®® feixe passando pelo ar ¯¯ T < 100% mesmo quando a amostra não absorve ÄÄ Métodos para correção do espalhamento / absorção nas paredes da célula Obtenção do espectro do solvente (branco) e da amostra na mesma célula Branco Þ r 0 0 P P T == Amostra Þ r a a P P T == Logo: 0 a 0 r r a 0 a P P P P x P P T T T ====== Método da linha de base Figura 5.27 – Método da linha de base para determinação da absorbância 194 Capítulo 5 – Espectrometria no infravermelho 5.8.1.3.1 – Aplicações típicas ØØ Elevada especificidade Análise da mistura de HC aromáticos C8 C8H10 Þ etilbenzeno + p-xileno + m-xileno + o-xileno (i) Espectros das espécies individualmente ØØ Seleção dos l característicos ØØ Determinar e nos quatro l característicos Figura 5.28 – Espectros no IV dos isômeros C8H10 em n-hexano (ii) Mistura ¾® sobreposição de bandas associadas aos grupos funcionais comuns ØØ Medida da absorvância nos quatro l selecionados ØØ Solução de sistema de quatro equações e quatro incógnitas A = ee1bC1 + ee2bC2 + ee3bC3 + ee4bC4 (para cada l) 195 Capítulo 5 – Espectrometria no infravermelho Determinação de contaminantes no ar atmosférico ØØ Fotômetros de filtro controlados ou não por computador Tabela 5.3 – Exemplos de alguns contaminantes no ar atmosférico que podem ser analisados por IV atendendo a regulamentação da OSHA Substância Exposição permitida (ppm) ll (mmm) Concentração mínima detectável (ppm) CS2 4 4,54 0,5 cloropreno 10 11,4 4 diborano 0,1 3,9 0,05 etilenodiamina 10 13,0 0,4 HCN 4,7 3,04 0,4 metil-mercaptano 0,5 3,38 0,4 nitrobenzeno 1 11,8 0,2 piridina 5 14,2 0,2 SO2 2 8,6 0,5 CH2=CHCl 1 10,9 0,3 Tabela 5.4 – Exemplo de análise por IV de contaminantes atmosféricos Contaminantes C real (ppm) C medida (ppm) Er (%) CO 50 49,1 1,8 metiletilcetona 100 98,3 1,7 CH3OH 100 99,0 1,0 óxido de etileno 50 49,9 0,2 clorofórmio 100 99,5 0,5 196 Capítulo 5 – Espectrometria no infravermelho 5.8.2 – ESPECTROMETRIA DE ABSORÇÃO NO IV PRÓXIMO (IVP ou NIR) ÄÄ 770 – 2800 nm (13000 – 3500cm-1) ÄÄ Picos observados: ØØ Sobretons ou combinações envolvendo as bandas de estiramento fundamentais (3500 – 1700 cm-1) ÞÞ C – H, N – H, O – H ØØ Picos pouco intensos ¾¾ ®® limite de detecção » 0,1% ÄÄ Análises quantitativas de rotina: ØØ água, proteínas, HC com baixo peso molecular, gorduras em produtos agrícolas, alimentícios e originários de indústrias químicas ÄÄ Tipo de medida mais usada ÞÞ reflectância difusa ÄÄSolventes Figura 5.29 – Solventes utilizados em espectrometria no IV próximo 197 Capítulo 5 – Espectrometria no infravermelho 5.8.2.2 - Instrumentação ØØ Espectrofotômetros similares aos usados na região UV/VIS ·· Fonte ÞÞ lâmpada de W/I2 com janela de quartzo ·· Cubetas de vidro ou quartzo ·· Monocromador reticular ·· Detector ÞÞ fotocondutor de PbS ØØEquipamentos comerciais ÞÞ UV/VIS/NIR 180 – 2500nm (acessórios para medida de reflectância) 5.8.2.3 - Aplicações ØØ Espectros ÞÞ maior utilidade para análises quantitativas ÞÞ C – H; N – H; O – H ·· Determinação de H2O em glicerina, hidrazina, filmes orgânicos e H2SO4 fumegante ·· Determinação de fenol, álcool e ácidos ÞÞ sobreton do estiramento O – H (7100 cm-1) ·· Determinação de ésteres, cetonas e ácidos carboxílicos ÞÞ absorção a 3300-3600cm-1 ·· Determinação de aminas primárias e secundárias em presença de terciárias 5.8.3 – ESPECTROMETRIA DE REFLECTÂNCIA DIFUSA NO IV PRÓXIMO ÄÄ Aplicações: ØØDeterminação quantitativa rotineira de constituintes sólidos finamente divididos ·· Dosagem de proteínas, umidade, óleos, e celulose em grãos e sementes ÄÄTécnica ØØAmostra de sólido finamente dividido ¾¾ ®® irradiada com uma ou mais bandas estreitas de radiação na faixa de 10000 – 4000cm-1 198 Capítulo 5 – Espectrometria no infravermelho ÄÄ Reflectância difusa ØØ Radiação IV penetra na camada superficial das partículas provocando transições vibracionais e sofre espalhamento em todas as direções ØØ Espectro de reflexão ÞÞ dependente da composição da amostra Figura 5.30 – Espectro de reflectância difusa da amostra de trigo ÄÄ Reflectância ÞÞ razão entre a intensidade de radiação refletida pela amostra (I) e a refletida por uma substância padrão (I0) (p.ex. BaSO4 finamente dividido) 0I IR == (30) ÄÄ Equipamentos específicos Figura 5.31– Representação esquemática de um fotômetro de reflectância difusa ØØDesvantagem ÞÞ procedimento de calibração lento e demorado ØØVantagem ÞÞ velocidade e simplicidade no preparo das amostras 199 Capítulo 5 – Espectrometria no infravermelho 5.8.4 – ESPECTROMETRIA NO IV AFASTADO (FAR IR) ÄÄ Aplicações ØØ Estudos de compostos inorgânicos: ·· absorção devida aos estiramentos e deformações das ligações entre os átomos metálicos e ligantes orgânicos ou inorgânicos (n < 650 cm-1) ·· informações sobre energias de retículo cristalino e sobre energias de transição em materiais semicondutores ØØEspectros rotacionais puros de espécies gasosas ÄÄ Equipamentos ÞÞ espectrômetros por transformada de Fourrier 5.8.5 - ESPECTROMETRIA DE REFLEXÃO NO IV MÉDIO ÄÄ Reflexão da radiação - especular Þ i = r Þ superfície plana polida - difusa - interna - total atenuada Seja a incidência de radiação no IV médio sobre uma amostra sólida que absorve radiação IV absorve IV Variando-se os n da radiação incidente observa-se que Ir é menor para os n que são absorvidos pelo meio R (reflectância) x nn ÞÞ espectro similar a T(%) x nn Ir 200 Capítulo 5 – Espectrometria no infravermelho 5.8.5.1 - Espectrometria de Reflectância Difusa (DRIFTS) ÄÄ Técnica que tem se desenvolvido em função da popularização do FTIR ¾® intensidade da radiação refletida pelo pó é baixa para ser detectada pelos instrumentos dispersivos ÄÄ Reflexão por amostras em forma de pó ¾® processo complexo ¾® cada superfície plana ¾® reflexão especular ¾® como são várias superfícies ¾® reflexão é orientada randomicamente em todas as direções ¾® intensidade da radiação refletida independe do ângulo em que é observada ÄÄ Aplicações ØØ Análise de amostras em forma de pó com um mínimo de preparo ÄÄ Tratamento quantitativo w Kubelka e Munk s k 2R' )'R1( )R(f 2 ==--== ¥¥ ¥¥ ¥¥ (31) sendo: f(R'¥) = reflectância relativa R'¥) = razão entre a intensidade da radiação refletida pela amostra e a refletida por padrão não absorvente (KCl) k = coeficiente de absorção molar = 2,303ec s = coeficiente de espalhamento ÄÄ Instrumentação ÞÞ acessório para espectrômetro FTIR Figura 5.32 – Acessório para medida de reflectância difusa em espectrômetro FTIR 201 Capítulo 5 – Espectrometria no infravermelho ÄÄ Espectro de reflectância Þ f(R’¥) x n(a) pastilha com KBr (b) 5% de amostra em KCl - mesma posição dos picos -intensidades relativas diferentes Figura 5.33 – Comparação entre os espectros de absorção (a) e de reflectância difusa para o carbazol 5.8.5.2 - Espectrometria de Reflectância Total Atenuada (ATR) ÄÄ Princípio do método h2 Ir/Ii i h1 h2 > h1 No processo de reflexão ¾® feixe atua como se penetrasse uma pequena distância no meio menos denso antes da reflexão ocorrer ØØ profundidade de penetração - varia de (l/x) a xl - depende de l, h2, h1 e i ØØ radiação que penetra no meio Þ onda evanescente ¾® sofre atenuação nos mesmos n que são absorvidos pelo meio Þ reflectância total atenuada 202 Capítulo 5 – Espectrometria no infravermelho ÄÄ Aplicações ØØ amostras com manipulação difícil ÞÞ sólidos pouco solúveis, filmes, adesivos, pó, pastas, fios ØØ Espectros ÞÞ semelhantes aos espectros de absorção convencionais ·· picos ¾® mesmo n, mas as intensidades relativas mudam ·· sinal ¾® depende de i independe da espessura da amostra ØØ Vantagem ·· obtenção rápida de espectro de uma variedade de amostras com um mínimo de preparação ÄÄ Instrumentação Figura 5.34 – Acessório para medida de reflectância total atenuada. (a) amostra posicionada na placa de reflexão (b) sistema posicionado no espectrômetro ØØ Sólido com h elevado Þ TlBr/TlI ou GeSe/ZnSe ØØ Ângulo de incidência ajustado (i = 30o, 45o ou 60o) ¾® múltiplas reflexões no interior do sólido ØØ A cada reflexão ocorre absorção e atenuação pela amostra
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