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CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS – DPU/2014 
DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL 
AULA 00 - Demonstrativa 
Prof. Edson Marques 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 
 
1 
Olá! 
 
Eu sou o Prof. Edson Marques, vou ministrar o curso 
de Direito Administrativo, teoria e exercícios, destinado ao 
concurso de Defensor Público Federal, conforme edital publicado 
pela Defensoria Pública da União. 
 
Desde já lhe dou as boas-vindas e parabéns por se 
predispor a ingressar em uma das mais fantásticas instituições 
públicas deste nosso Brasil. Falo isso por conhecimento de causa, é 
que desde 2006, quando ingressei na DPU, tenho convivido 
diariamente com diversos problemas sociais e incessantemente 
lutado para que tais desigualdades e mazelas sejam amenizadas e 
sanadas. 
 
Neste curso, vamos conversar muito sobre isso, mas, 
antes de tudo, deixe-me fazer uma breve apresentação. 
 
Bem, sou Defensor Público Federal desde 2006, 
ingresso do 2º concurso (este será o 5º), daí se percebe que somos 
uma carreira relativamente nova. Fui promovido para a Categoria 
Especial, com atuação no STJ (sou titular do 7º Ofício Superior 
Cível), passei por Cuiabá e Distrito Federal na 2ª Categoria, e no DF, 
junto ao Tribunal Regional Federal, na 1ª categoria. 
 
Além da Defensoria venho ministrando aulas em cursos 
preparatórios para concursos, graduação e pós-graduação em Brasília 
nas cadeiras de Direito Administrativo e Direito Constitucional. 
 
Em relação a minha experiência sobre concursos 
públicos, que considero razoável, passa pelos cargos de Advogado da 
União, Analista Judiciário no STJ e STF, Técnico Judiciário no STJ, 
Técnico de Finanças e Controle no Min. Fazenda. Obtive, ainda, 
aprovação em diversos outros certames, tal como Procurador da 
Fazenda Nacional, Delegado de Polícia Federal, Advogado Junior da 
CEF, Técnico Judiciário TST, Analista Judiciário – Execução de 
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AULA 00 - Demonstrativa 
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2 
Mandados do TRF 1ª Região e do TJDFT, dentre outros. 
 
E o nosso curso? Bem, em relação ao nosso curso de 
Direito Administrativo, gostaria de enfatizar que trarei as questões 
mais recentes do CESPE, e que teremos 09 (NOVE) aulas, além 
dessa demonstrativa, assim compreendidas: 
 
AULA 01 
11 Organização administrativa. 
AULA 02 
1 Conceito e objeto do Direito Administrativo. 2 Bases constitucionais. 3 
Princípios constitucionais e infraconstitucionais do Direito Administrativo. 
AULA 03 
8 Poderes da Administração Pública. 
AULA 04 
4 Ato administrativo. 4.1 Conceito, requisitos, atributos, classificação e 
espécies. 4.2 Legalidade e mérito do ato administrativo. 4.3 Existência, 
validade e eficácia do ato administrativo. 4.4 Invalidação, anulação e 
revogação. 
AULA 05 
6 Improbidade administrativa. 6.1 A ação civil pública por improbidade 
administrativa. 
AULA 06 
7 Bens públicos: conceito, características, classificação, administração e 
utilização. 
AULA 07 
9 Limitações administrativas da propriedade. 10 Desapropriação. 
AULA 08 
12 Responsabilidade civil do Estado 
AULA 09 
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3 
5 Função pública. 5.1 Investidura e exercício. 5.2 Direitos e deveres do 
servidor público. 5.3 Regimes jurídicos. 5.4 Responsabilidade civil e penal do 
servidor público. 5.5 Direito de greve. 5.6 O militar. 5.6.1 Estatuto dos 
Militares. 5.6.2. O dever de disciplina. 5.6.3 Hierarquia. 5.6.4 A punição 
disciplinar. 
 
Nesta aula vou abordar, a título de introdução e 
demonstração, dois institutos que são bastantes cobrados nas provas 
do CESPE, vamos falar da desconcentração e da descentralização 
administrativa, institutos que estão no âmbito da organização 
administrativa. 
 
Então, sem mais delongas, vamos ao que interessa. 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1. Organização Administrativa ......................................................... 4 
1.1 Desconcentração e Descentralização política ............................. 4 
1.2 Desconcentração e Descentralização Administrativa ............... 10 
QUESTÕES COMENTADAS ............................................................... 14 
QUESTÕES SELECIONADAS ............................................................ 30 
GABARITO: .................................................................................... 35 
 
 
 
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4 
 
1. Organização Administrativa 
 
1.1 Desconcentração e Descentralização política 
 
Antes de adentramos ao ponto central, devemos partir 
da noção de Estado, para então compreendermos os institutos que 
merecem nossa atenção. 
 
Pois bem. É sabido que o Estado, instituição política, 
foi criado para cuidar dos interesses coletivos. Por isso, devemos 
considerá-lo como sendo o 1º setor, visto ser uma das primeiras 
instituições criadas pelo homem. 
 
No Estado, 1º setor, como regra, tem-se a submissão 
ao regime de direito público (regime especial), a prevalência do 
interesse público (supremacia do interesse público sobre o privado), 
bem como a indisponibilidade desse interesse. Por tudo isso, dizemos 
que se trata de setor público, de modo que as pessoas que são 
criadas neste setor são pessoas jurídicas de direito público. 
 
Com efeito, o Estado (1º setor) é compreendido como 
um ente político. Isto é, trata-se de uma pessoa jurídica, 
politicamente organizada, de modo a contemplar três 
elementos essenciais, sendo povo, território e soberania ou 
governo. Há quem ainda inclua a finalidade. 
 
Essa definição parte dos estudos formulados por 
Montesquieu, para quem o Estado, organização política, é concebido 
para bem promover os interesses coletivos (finalidade) e, portanto, 
ser democrático. 
 
E, para isso, deve o Estado contemplar a existência da 
separação de poderes, ou seja, não pode haver a concentração 
de funções (Poder) ou atividades em um único órgão ou 
pessoa, sob pena desse Estado se tornar absolutista. 
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5 
 
Por isso, formulou Montesquieu a chamada separação 
de poderes estatais, que fora adotada por nossa Constituição 
(tripartição de poderes), ao prevê a existência de funções distintas a 
ser conferida a órgãos distintos do Estado, ou seja, ao Executivo, 
Legislativo e Judiciário. 
 
Esse processo, de separar poderes, criando órgãos 
distintos para realizar cada uma de suas funções políticas é 
denominado de desconcentração política. 
 
LEMBRE-SE: O Estado é uma organização política, dotada de 
personalidade jurídica de direito público, que, modernamente, 
congrega três funções ou poderes (Legislativo, Judiciário e 
Executivo). 
 
Perceba que a função executiva também é 
denominada administrativa e, por isso, muitas vezes se confunde o 
Poder Executivo com a Administração Pública. Todavia essa 
simplificação não é correta na medida em que a Administração 
Pública se encontra inserida nos três poderes, conforme se constata 
do art. 37, caput, da Constituição Federal: 
 
Art. 37. A administração públicadireta e indireta 
de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos 
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 
 
Explico Isso. 
 
É que, muito embora haja essa divisão de funções 
(legislativa, executiva e judiciária), sendo cada função exercida de 
forma primordial ou principal por um órgão independente (além de 
seus órgãos auxiliares), ou seja, como função típica, é possível 
verificar que há funções atípicas ou anômalas, que também serão 
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exercidas concomitantemente por tais órgãos de Poder. 
 
Observe que cada função é exercida por órgãos 
especiais definidos como Poder Executivo, Poder Judiciário e 
Poder Legislativo, significando dizer que um não está subordinado 
aos outros (independentes), tendo suas limitações e prerrogativas 
conferidas constitucionalmente, mas, por outro lado, um controle o 
outro (harmônicos = check and balance – sistema de freios e 
contrapesos). 
 
Então, vale ressaltar que cada Poder (órgão que 
exerce a função política do Estado) além de sua função típica 
(finalística), exerce outras funções, de forma atípica ou 
anômala. 
 
Por exemplo, ao Poder Executivo cabe o exercício da 
função típica administrativa, que é de gerir a máquina estatal, 
realizar os serviços públicos e concretizar as políticas públicas, dentre 
outras atividades. No entanto, também cabe, de forma atípica, o 
exercício das funções legislativas (tal como a edição de Medidas 
Provisórias, leis delegadas etc) e de julgar1 (condução de processos 
administrativos etc). 
 
Por outro lado, aos demais Poderes, isto é, ao 
Legislativo e ao Judiciário caberá o exercício de forma atípica ou 
anômala das funções que seriam funções típicas de outro poder. 
 
Assim, além de legislar e fiscalizar os gastos públicos, 
ao Legislativo cabe realizar a organização e funcionamento de suas 
atividades (função administrativa), bem como julgar os 
parlamentares por falta de decoro ou, no âmbito do Senado, por 
exemplo, julgar o Presidente por crime de responsabilidade (função 
judiciária). 
 
1
 Parte da doutrina não admite o exercício da função jurisdicional por parte do Executivo, sob o 
fundamento de que suas decisões, em processos administrativos, não teriam a força de coisa julgada, ou 
seja, não seria definitiva, ante a possibilidade de revisão pelo Judiciário. 
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De igual forma, ao Poder Judiciário, além de dizer o 
direito no caso concreto, promovendo a pacificação social, resolvendo 
os conflitos de interesse (função judiciária), também terá que gerir 
seus serviços, seus servidores, realizar concursos, licitações etc 
(função administrativa) e elaborar seu regimento interno e expedir 
resoluções administrativas (função legislativa). 
 
Por isso, ante essa complexidade de atuações e as 
inúmeras atividades que devem desempenhar o Estado, além de suas 
funções primordiais (poderes), é necessária uma organizada estrutura 
administrativa a fim de promover seus objetivos. 
 
Nesse sentido, e como já ressaltamos, foi estabelecida 
essa divisão de funções entre os três órgãos ou poderes 
(desconcentração política). 
 
Porém, no nosso caso, é possível percebermos que 
esses órgãos estão na estrutura de um Ente Político que, conforme a 
Constituição Federal, chama-se República Federativa do Brasil. 
 
Observe então que nosso Estado (República Federativa 
do Brasil), antes constituído como um Império deixou de ser um 
Estado Central, ou seja, aquele que não tem divisão política 
interna de competências, para ser uma Federação. 
 
Significa dizer, portanto, que promoveu uma 
distribuição de competências entre outros Entes Políticos internos. 
(Forma de Estado: Federativa) 
 
Cuidado. 
 
Você deve perceber que temos dois momentos 
distintos. Um quando se repartiu o Poder, criando funções distintas e 
conferindo-as a órgãos distintos. Outro, quando o Estado, antes 
central, reparte-se em unidades políticas internas com competências 
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próprias. 
 
Podemos fazer o seguinte esquema: 
 
Sem divisão (absoluto) 
 
Concentrado 
  Poder 
 Dividido (separação) Desconcentrado 
Estado 
 Sem divisão (Unitário) Centralizado 
  Território 
 Dividido (federação) Descentralizado 
 
Com efeito, essa distribuição de competências entre 
unidades políticas distintas do Ente Central (R. F. Brasil), ou seja, a 
criação da Federação decorre da necessidade de aproximar a 
realização das atividades Estatais ao povo. 
 
Isso porque o Estado centralizado, na dimensão do 
nosso, torna-se mais lento, com dificuldades de atender aos reclamos 
populares e a necessidade de se promover determinados serviços 
públicos. 
 
Por isso, empreendeu-se uma repartição (territorial) 
de atribuições – competências políticas -, criando-se outros 
entes políticos, o que se denomina de descentralização 
política. 
 
Importante compreender que essa descentralização é 
realizada por força da Constituição, conforme a criação dos Entes 
Federados, nos moldes do art. 18 da CF/88, sendo: a União, os 
Estados-membros, o Distrito Federal e os Municípios. Vejamos: 
 
Art. 18. A organização político-administrativa da 
República Federativa do Brasil compreende a União, os 
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos 
autônomos, nos termos desta Constituição. 
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Então, vamos relembrar: 
 
O Estado (República Federativa do Brasil) exerce 
três funções primordiais por órgãos criados para isso 
(desconcentração política). Funções que integrarão as 
competências distribuídas aos entes políticos internos que 
foram criados para exercer tais competências que decorrem 
do Ente central (descentralização política). 
 
Logo se percebe que o exercício da função 
administrativa é concebido para ser realizado pelo Estado ou 
seus entes políticos internos. Desse modo, quando o Estado ou os 
entes políticos internos estão exercendo a função administração serão 
chamados de Administração Pública. 
 
Ocorre que o Estado Central (República Federativa do 
Brasil) passa a atuar no campo externo (internacional), deixando que 
no campo interno atuem seus entes políticos (Estado 
descentralizado). Assim, quando os entes políticos atuam 
internamente é o próprio Estado quem estará realizando 
diretamente a função administrativa. 
 
Nesse sentido é que o Decreto-Lei nº 200/67, em que 
pese não se atentar para o exercício de funções atípicas pelos demais 
poderes e tratando apenas do plano federal, estabeleceu o conceito 
de Administração Pública Direta, vejamos: 
 
Art. 4° A Administração Federal compreende: 
I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços 
integrados na estrutura administrativa da Presidência 
da República e dos Ministérios. 
 
Portanto,a Administração Pública Direta 
compreende os próprios Entes Políticos, ou seja, União, Estados-
membros, Distrito Federal e Municípios, todos com 
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personalidade jurídica de direito público à semelhança do Estado 
Central (República Federativa do Brasil) no exercício da função 
administrativa. 
 
Pois bem. Podemos concluir o seguinte: 
 
O Estado inicialmente concentrado e centralizado 
reparte internamente suas funções políticas entre órgãos de poder 
denominados Executivo, Legislativo e Judiciário (desconcentração 
política), depois se reparte em diversos entes políticos a fim de 
dividir, distribuir a titularidade de certas competências e o exercício 
de suas atribuições, criando a União, os Estados-membros, o Distrito 
Federal e os Municípios (descentralização política). 
 
1.2 Desconcentração e Descentralização Administrativa 
 
É certo que, olhando isoladamente cada ente político, 
temos uma representação menor do próprio Estado. Assim, cada ente 
no exercício da função administrativa, ou seja, atuando como 
Administração Pública, o faz de igual modo ao Estado central. 
 
Por isso, na configuração inicial do modelo federativo, 
devemos entender também que cada ente político que compõe o 
Estado exerce de forma centralizada a função administrativa, 
de maneira que a Administração Pública Direta também se 
denomina de centralizada (administrativamente). 
 
Significa dizer que a cada ente político fora distribuída 
uma gama de competências administrativas pelo Ente Central 
(República Federativa do Brasil), a exemplo dos arts. 22 a 24 da 
CF/88, e que estes mesmos entes políticos, diretamente, deverão 
exercê-las. Então, vistos isoladamente são entes centralizados (só 
que aqui se trata de uma centralização administrativa). 
 
Ademais, também devemos nos ater que, nesse 
momento, tínhamos apenas a repartição de funções política 
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(poderes). Assim, o ente político, criado pelo Ente central, é criado 
para exercer parte da função administrativa como um todo, ou seja, 
sem qualquer organização ou distribuição interna (concentração 
administrativa). 
 
Ocorre que, como sabemos, são amplas as atividades 
administrativas a serem exercidas. Dessa forma, tais entes políticos a 
fim de agirem organizadamente e obterem uma atuação satisfatória, 
verificam a necessidade de separação, distribuição, dessas atividades. 
 
Observe que os ente políticos são pessoas jurídicas de 
direito público e, por isso, devem organizar-se como seres vivos, de 
modo a realizar suas funções por meio de estrutura organizacionais 
internas, a fim de que possam distribuir suas funções, competências, 
ou atividades administrativas no seu interior. 
 
Para tanto, criarão repartições, departamentos, setores, 
quer dizer órgãos, os quais receberão atribuições inerentes à 
própria pessoa, de modo que cada um tenha funções específicas e, 
assim, possa a engrenagem funcionar de forma coordenada a fim de 
realizar sua finalidade. 
 
Essa necessidade de organização interna da atividade 
administrativa, a fim de melhor desempenhá-la, distribuindo-a 
através da criação de órgãos em uma mesma estrutura interna 
denomina-se desconcentração administrativa. 
 
Portanto, a desconcentração administrativa é a 
distribuição interna de competências, com a criação de órgãos 
dentro da estrutura administrativa de um ente (ou entidade), 
para desempenhá-las. 
 
Assim, a Administração Pública Direta ou centralizada 
cria órgãos, ou seja, núcleos de atuação interna em que são 
distribuídas as diversas competências. 
 
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Então, opera-se a desconcentração administrativa 
quando há a repartição interna da função administrativa num mesmo 
ente (pessoa jurídica) ou numa mesma entidade. 
 
Veja o que dispõe o art. 1º, parágrafo único, inciso I, 
da Lei nº 9.784/99: 
 
I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da 
Administração direta e da estrutura da Administração 
indireta; 
 
É importante lembrar que o órgão, departamento, 
setor, é uma parte do ente que o criou, de maneira que não 
tem vida própria, ou seja, não se trata de uma pessoa jurídica, 
não detém, portanto, personalidade jurídica. 
 
É sabido, no entanto, que somente tal repartição 
interna não consegue atingir todos os interesses e serviços que o 
Estado deve realizar de forma rápida e com a especialidade que às 
vezes o caso requer. Isso porque, mesmo organizado internamente, 
continuamos a ter uma única pessoa a realizar o complexo de 
atividades administrativas. 
 
Por isso, tendo como parâmetro aquilo que havia sido 
empreendido pela própria Constituição em dado momento 
(descentralização política) e considerando, pois, a necessidade de 
melhor realizar as funções administrativas, concebe-se nova 
descentralização, agora não mais sob a vertente política 
(constitucional), mas sob a ótica administrativa. 
 
Sabendo, pois, que a descentralização política deu 
surgimento aos entes políticos (União, Estados, DF e Municípios), a 
descentralização administrativa dará surgimento a entidades 
administrativas. 
 
É preciso ficar atento, no entanto, pois há mais de uma 
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forma de descentralização administrativa, sendo uma delas a que dá 
ensejo à criação de entidades administrativas. 
 
Lembre-se: 
 O (Oncentração) distribuição p/órgãos 
DESC 
 E (Entralização) distribuição p/entidades 
 
 
Portanto, a descentralização administrativa é a 
distribuição de competências entre pessoas jurídicas distintas 
(entidades administrativas), dando ensejo à criação da 
Administração Pública Indireta. 
 
Contudo, há outras formas de descentralização 
administrativa, ou seja, de distribuição de competências materiais 
entre pessoas jurídicas distintas, de modo que podemos organizá-la 
sob três modalidades distintas, sendo: 
 
 Descentralização territorial ou geográfica; 
 Descentralização técnica, funcional ou por serviço; 
 Descentralização por colaboração. 
 
A descentralização geográfica ou territorial é 
aquela em que há a criação de um ente dentro de certa localidade 
territorial, geograficamente delimitado, com personalidade jurídica de 
direito público para exercício, de forma geral, de todas ou de uma 
grande parcela de atividades administrativas (capacidade 
administrativa genérica). 
 
Essa forma de descentralização configura, basicamente, 
um Território Federal, com capacidade de autoadministração e às 
vezes até legislativa, conforme se depreende do art. 33, §3º, CF/88 
ao estabelecer que “nos Territórios com mais de cem mil habitantes, 
além do Governador nomeado na forma desta Constituição, haverá 
órgãos judiciários de primeira e segunda instância, membros do 
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Ministério Público e defensores públicos federais; a lei disporá sobre 
as eleições para a Câmara Territorial e sua competência deliberativa”. 
 
A descentralização por serviços, funcional ou 
técnica se dá por meio da criação de uma pessoa jurídica pelo ente 
político, para a qual este outorga, isto é, transfere, por lei, certa 
atividade administrativa específica. (exemplo: criação de entidades 
da administração indireta) 
 
A descentralização por colaboração ocorre com a 
delegação da execução de certa atividade administrativa (serviço 
público) para particular, que a executará por sua conta e risco, 
mediante remuneração, por meio de contrato ou ato administrativo. 
(Exemplo: concessionárias e permissionárias de serviço público) 
 
Assim, no âmbito da descentralização administrativa 
teremos dois institutos importantes, a outorga (descentralização 
legal) e a delegação (descentralização negocial ou contratual). 
 
Na outorga, cria-se uma pessoa jurídica é lhe transfere, 
por lei, o exercício de determinada atividade administrativa, de modo 
que se torne especialista nesse ramo. 
 
Na delegação, transfere-se, por ato ou contrato 
administrativo, a outra pessoa a execução de determinado serviço 
público para que o execute por sua conta e risco, mas visando 
atender ao interesse público. 
 
É isso, por ora! vamos às questões. 
 
QUESTÕES COMENTADAS 
 
1. (DELEGADO DE POLÍCIA – PC/AL – CESPE/2012) Ocorre o 
fenômeno da desconcentração quando o Estado desempenha 
algumas de suas funções por meio de outras pessoas 
jurídicas. 
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Comentário: 
 
O Estado é uma pessoa jurídica. Assim, quando essa 
pessoa distribui competências para outra pessoa, teremos a 
descentralização, que poderá ser política (distribui para outros entes 
políticos) ou administrativa (distribui para entidades administrativas). 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
2. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) A 
centralização é a situação em que o Estado executa suas 
tarefas diretamente, por intermédio dos inúmeros órgãos e 
agentes administrativos que compõem sua estrutura 
funcional. 
 
Comentário: 
 
O fato de o Estado exercer suas funções por meio de 
diversos órgãos é o fenômeno da desconcentração, que ocorre no 
âmbito interno de uma mesma pessoa. 
 
No entanto, mesmo desconcentrado, o ente está 
centralizado, pois nada se menciona sobre a criação de outras 
entidades. 
 
Com efeito, a centralização é o movimento inverso da 
descentralização. Então, enquanto na descentralização temos duas ou 
mais pessoas. Na centralização temos uma só pessoa, que pode ou 
não estar desconcentrada. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
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3. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) A 
chamada centralização desconcentrada é a atribuição 
administrativa cometida a uma única pessoa jurídica dividida 
internamente em diversos órgãos. 
 
Comentário: 
 
Na centralização temos uma só pessoa que exerce suas 
funções. Pode, essa pessoa, estar desconcentrada (ter diversos 
órgãos) ou concentrada (não ter diversos órgãos, ou seja, não ter 
divisão interna de suas atribuições entre órgãos). 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
4. (ANALISTA DE PLANEJAMENTO – INPI – CESPE/2013) O 
instituto da desconcentração permite que as atribuições sejam 
distribuídas entre órgãos públicos pertencentes a uma única 
pessoa jurídica com vistas a alcançar uma melhora na 
estrutura organizacional. Assim, concentração refere-se à 
administração direta; já desconcentração, à indireta. 
 
Comentário: 
 
De fato, a desconcentração permite que as atribuições 
sejam distribuídas entre órgãos públicos pertencentes a uma única 
pessoa jurídica com vistas a alcançar uma melhora na estrutura 
organizacional. 
 
Contudo, concentração/desconcentração tanto podem 
ser referir à administração direta ou à indireta, pois se trata de 
organização interna no âmbito de uma mesma pessoa jurídica. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
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5. (AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO - TCE/ES - CESPE/2012) 
Para que ocorra a descentralização administrativa, é 
necessária, pelo menos, a existência de duas pessoas. 
 
Comentário: 
 
A descentralização administrativa pressupõe sempre a 
existência de duas ou mais pessoas, enquanto a desconcentração 
pressupõe uma só pessoa. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
6. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TJ/RR – CESPE/2012) Quando o 
Estado cria entidades dotadas de patrimônio e personalidade 
jurídica para propiciar melhorias em sua organização, ocorre o 
que se denomina desconcentração. 
 
Comentário: 
 
A criação de pessoa jurídica pelo Estado distribuindo-
lhe função administrativa é o fenômeno da descentralização. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
7. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/MT – 
CESPE/2010) A descentralização administrativa ocorre 
quando se distribuem competências materiais entre unidades 
administrativas dotadas de personalidades jurídicas distintas. 
 
Comentário: 
 
Na descentralização administrativa ocorre a distribuição 
de competências de uma pessoa jurídica para outra. 
 
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18 
Gabarito: Certo. 
 
 
8. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/MT – 
CESPE/2010) A criação de um ministério na estrutura do 
Poder Executivo federal para tratar especificamente de 
determinado assunto é um exemplo de administração 
descentralizada. 
 
Comentário: 
 
Observe que os ministérios são órgãos integrantes da 
estrutura da União, pessoa jurídica de direito público. Portanto, 
quando se cria órgãos na estrutura de uma pessoa, estamos 
desconcentrando, e com isso diante da administração 
desconcentrada. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
9. (DELEGADO DE POLÍCIA – PC/BA – CESPE/2013) A criação 
de nova secretaria por governador de estado caracteriza 
exemplo de descentralização. 
 
Comentário: 
 
Então, a criação de uma secretaria de estado, isto é, 
criação de um órgão no âmbito da Administração direta, é um 
exemplo de desconcentração. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
10. (ESCRIVÃO DE POLÍCIA – PC/ES – CESPE/2011) 
Diferentemente da descentralização, em que a transferência 
de competências se dá para outra entidade, a desconcentração 
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é processo eminentemente interno, em que um ou mais 
órgãos substituem outro com o objetivo de melhorar e 
acelerar a prestação do serviço público. 
 
Comentário: 
 
Na descentralização a transferência de competências se 
dá para outra entidade, enquanto na desconcentração, por ser um 
processo eminentemente interno, um ou mais órgãos substituem 
outro com o objetivo de melhorar e acelerar a prestação do serviço 
público. 
 
Gabarito: Certo.11. (ANALISTA JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) A 
delegação é forma de efetivação da desconcentração. 
 
Comentário: 
 
No âmbito da descentralização administrativa teremos 
dois institutos importantes, a outorga (descentralização legal) e a 
delegação (descentralização contratual ou negocial). 
 
Na outorga, cria-se uma pessoa jurídica é lhe transfere, 
por lei, o exercício de determinada atividade administrativa, de modo 
que se torne especialista nesse ramo. Ressalva-se, no entanto, o 
entendimento do Prof. Carvalho Filho, para quem na outorga não há 
transferência da titularidade, mas da prestação do serviço que é feita 
por lei. 
 
Na delegação, transfere-se, por ato ou contrato 
administrativo, a outra pessoa a execução de determinado serviço 
público para que o execute por sua conta e risco, mas visando 
atender ao interesse público. 
 
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Portanto, a outorga e a delegação são formas de 
descentralização. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
12. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/ES – 
CESPE/2011) A desconcentração mantém os poderes e as 
atribuições na titularidade de um mesmo sujeito de direito, ao 
passo que a descentralização os transfere para outro sujeito 
de direito distinto e autônomo, elevando o número de sujeitos 
titulares de poderes públicos. 
 
Comentário: 
 
De fato, a desconcentração mantém os poderes e as 
atribuições na titularidade de um mesmo sujeito de direito, pois se 
trata de distribuição de atribuições no âmbito de uma mesma pessoa 
jurídica. 
 
Contudo, na descentralização administrativa poderá 
(outorga) ou não (delegação) haver a transferência da titularidade 
para outro sujeito de direito, distinto e autônomo. 
 
Assim, embora haja divergência doutrinária quanto à 
transferência da titularidade no caso de outorga, essa não ocorrerá 
no caso de delegação, pois somente se transfere a execução da 
atividade, motivo pelo qual a questão deveria ser considerada errada, 
já que a descentralização administrativa não se resume à 
descentralização funcional, por serviço ou técnica. 
 
Nisso, chamo a atenção para que se tome muito 
cuidado, pois o CESPE, a depender do examinador, tem assumido 
posições contraditórias, ou seja, uma parte da Banca assume a 
posição de que transfere a titularidade (linha da Di Pietro) e outra 
parte assume a posição de que não se transfere a titularidade (linha 
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do Carvalho Filho). 
 
Portanto, entendo que a questão deveria ter sido 
anulada, mas o CESPE a considerou correta. 
 
Gabarito: Certo. (*) 
 
 
13. (ANALISTA JUDICIÁRIO – EXECUÇÃO DE MANDADOS – 
STM – CESPE/2011) Quando o Estado processa a 
descentralização do serviço público por delegação contratual, 
ocorre apenas a transferência da execução do serviço. 
Quando, entretanto, a descentralização se faz por meio de lei, 
ocorre a transferência não somente da execução, mas também 
da titularidade do serviço, que passa a pertencer à pessoa 
jurídica incumbida de seu desempenho. 
 
Comentário: 
 
Aqui o CESPE adotou o posicionamento do Carvalho 
Filho, que entende que na descentralização administrativa 
(descentralização legal ou outorga) também não há a transferência 
da titularidade, pois foi conferida ao ente político pela Constituição. 
 
Portanto, para o prof. Carvalho Filho, a outorga também 
só ocorrerá a transferência da prestação do serviço público, 
distinguindo-se da delegação no que diz respeito ao ato que 
determina a transferência, que no caso da outorga ocorre por lei. 
 
Lembre-se, no entanto, como disse, que a 
posicionamento majoritário na doutrina é no sentido de que na 
outorga há a transferência da titularidade e da prestação do serviço. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
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14. (AUXILIAR JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) A 
descentralização pode ser feita por meio de outorga ou 
delegação, meios de que dispõe o poder público para 
transferir, por tempo determinado, a prestação de 
determinado serviço público a ente público ou a particular. 
 
Comentário: 
 
Com efeito, não restam dúvidas de que a 
descentralização pode ocorrer mediante outorga (por lei) ou por 
delegação (por contrato ou ato administrativo), de modo a transferir 
a prestação de determinado serviço público a ente administrativo ou 
a particular, contudo, poderá ser por prazo determinado (contrato) ou 
não (outorga). 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
15. (TODOS OS CARGOS – MS – CESPE/2010) A 
descentralização administrativa efetiva-se por meio de 
outorga quando o Estado cria uma entidade e a ela transfere, 
por lei, determinado serviço público. 
 
Comentário: 
 
A descentralização administrativa efetiva-se por meio 
de outorga, ou seja, quando o Estado cria uma entidade e a ela 
transfere, por lei, determinado serviço público. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
16. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) A 
descentralização administrativa ocorre quando uma pessoa 
política ou uma entidade da administração indireta distribui 
competências no âmbito da própria estrutura, a fim de tornar 
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mais ágil e eficiente a sua organização administrativa e a 
prestação de serviços. 
 
Comentário: 
 
Na descentralização administrativa temos duas ou mais 
pessoas. Portanto, quando ente (pessoa política) ou uma entidade 
(pessoa administrativa) distribui competência na sua própria 
estrutura, trata-se de desconcentração. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
17. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) A 
descentralização é a situação em que o Estado executa suas 
tarefas indiretamente, por meio da delegação de atividades a 
outros órgãos despersonalizados dentro da estrutura interna 
da pessoa jurídica descentralizadora. 
 
Comentário: 
 
Quando ocorre a delegação de atividades no âmbito da 
própria pessoa jurídica descentralizadora a outros órgãos 
despersonalizados temos a desconcentração administrativa. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
18. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TJ/RR – CESPE/2012) A 
administração indireta abrange o conjunto de pessoas 
administrativas que, vinculadas à administração direta, têm o 
objetivo de desempenhar, de forma descentralizada, as 
atividades administrativas. 
 
Comentário: 
 
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De fato, a Administração indireta abrange o conjunto de 
pessoas (entidades) administrativas, vinculadas à Administração 
direta, que têm por objetivo desempenhar, de forma descentralizada, 
as atividades administrativas. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
19. (AUXILIAR JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) A 
administração direta compreende os órgãos que integram as 
pessoas políticas do Estado, aos quais se atribui competência 
para exercício, de forma descentralizada, dasatividades 
administrativas. 
 
Comentário: 
 
De fato, a Administração direta compreende os órgãos 
que integram as pessoas políticas do Estado, aos quais se atribui 
competência para exercício das atividades administrativas. No 
entanto, de forma desconcentrada já que se trata de órgãos que 
compõem a mesma estrutura ou pessoa jurídica. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
20. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/BA – CESPE/2010) A 
criação de uma autarquia para executar determinado serviço 
público representa uma descentralização das atividades 
estatais. Essa criação somente se promove por meio da edição 
de lei específica para esse fim. 
 
Comentário: 
 
Então, a criação de qualquer entidade administrativa, 
ou seja, da própria Administração Pública indireta, é uma forma de 
descentralização. 
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25 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
21. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO – MPU – CESPE/2013) A 
transferência pelo poder público, por meio de contrato ou ato 
administrativo unilateral, apenas da execução de determinado 
serviço público a pessoa jurídica de direito privado 
corresponde à descentralização por serviços, também 
denominada descentralização técnica. 
 
Comentário: 
 
A descentralização pode ser: a) por serviço, técnica ou 
funcional; b) geográfica ou territorial; c) por colaboração. Com efeito, 
quando a descentralização ocorrer por meio de contrato ou ato 
administrativo unilateral, para pessoa jurídica de direito privado, para 
que execute determinado serviço público, teremos a 
descentralização por colaboração, mediante o instituto da 
delegação. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
22. (AUXILIAR JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) A 
descentralização administrativa não admite a desconcentração 
territorial, material e hierárquica. 
 
Comentário: 
 
A descentralização, ou seja, a criação de outras 
entidades, não impede que ocorra nelas a desconcentração. Com 
efeito, a desconcentração pode ocorrer no âmbito da Administração 
direta, quanto na indireta, isto é, nas entidades administrativas. 
 
Outrossim, vale destacar que a criação de órgãos (ou 
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seja, a desconcentração) pode assumir o critério territorial (cria-se 
órgão em razão da localização, por exemplo: criação de Varas no 
interior do Brasil, na região Norte), o material (define-se o órgão pela 
atividade a ser realizada – Ministério da Agricultura, Ministério da 
Fazenda etc) ou pelo critério hierárquico (o órgão é criado dentro de 
uma estrutura de subordinação, então temos órgão autônomo, 
independente, superior e de execução ou subalterno). 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
23. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO - IBAMA - CESPE/2012) A 
organização das competências da União em ministérios é 
exemplo de desconcentração material. 
 
Comentário: 
 
De fato, a organização da União, distribuindo funções 
em pastas ou Ministérios, é uma forma de desconcentração material. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
24. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) A 
criação de uma diretoria no âmbito interno de um tribunal 
regional eleitoral (TRE) configura exemplo de 
descentralização administrativa. 
 
Comentário: 
 
A criação de uma diretoria no âmbito interno de um 
TRE é uma forma de desconcentração, pois se trata da criação de um 
órgão interno. 
 
Gabarito: Errado. 
 
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25. (AUXILIAR JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) As 
autarquias são entidades administrativas autônomas, criadas 
por lei específica, com personalidade jurídica, patrimônio e 
receita próprios, resultantes da desconcentração do exercício 
das atividades públicas. 
 
Comentário: 
 
Uma autarquia é exemplo de descentralização 
administrativa, uma vez que se trata de uma pessoa jurídica distinta 
do ente político. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
26. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) Na 
desconcentração, o Estado executa suas atividades 
indiretamente, mediante delegação a outras entidades 
dotadas de personalidade jurídica. 
 
Comentário: 
 
A delegação das atribuições estatais a outras entidades 
dotadas de personalidade jurídica ocorre por descentralização 
administrativa. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
27. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) Uma 
das diferenças entre a desconcentração e a descentralização 
administrativa é que nesta existe um vínculo hierárquico e 
naquela há o mero controle entre a administração central e o 
órgão desconcentrado, sem vínculo hierárquico. 
 
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Comentário: 
 
É o contrário. Na descentralização por se tratar de 
pessoas jurídicas distintas não há hierarquia, existindo vinculação e, 
portanto, mero controle da administração central (controle finalístico 
ou de resultado). 
 
Na desconcentração, por outro lado, trata-se de criação 
de estrutura hierarquizada. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
28. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO - ANAC - CESPE/2012) A 
desconcentração administrativa consiste na distribuição 
interna de competências, no âmbito de uma mesma pessoa 
jurídica; a descentralização administrativa pressupõe a 
distribuição de competência para outra pessoa, física ou 
jurídica. 
 
Comentário: 
 
Na desconcentração temos distribuição interna de 
competências no âmbito de uma mesma pessoa e na descentralização 
essa distribuição ocorre entre pessoas distintas. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
29. (DEFENSOR PÚBLICO – DPE/TO – CESPE/2013) A 
desconcentração e a descentralização administrativas 
constituem institutos jurídicos idênticos. 
 
Comentário: 
 
Os dois institutos têm finalidades parecidas, isto é, 
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servem para organizar a Administração Pública. No entanto, a 
desconcentração é instrumento de organização interna, no âmbito da 
mesma pessoa, enquanto a descentralização é externa, de uma 
pessoa para outra. Portanto, são institutos jurídicos distintos. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
30. (ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUSTIÇA – TJDFT 
– CESPE/2013) Os termos concentração e centralização estão 
relacionados à ideia geral de distribuição de atribuições do 
centro para a periferia, ao passo que desconcentração e 
descentralização associam-se à transferência de tarefas da 
periferia para o centro. 
 
Comentário: 
 
A ideia de distribuição de atribuições do centro para a 
periferia dá a noção, sensação, de desagregação, de distribuição, de 
expansão, de separação. Portanto, trata-se de fenômeno que parte 
do centro para as extremidades, ou seja, descentralizada ou 
desconcentra. 
 
Já a noção inversa, ou seja, da periferia para o centro 
tende a denotar uma agregação, uma junção, portanto, temos a 
noção de concentrar e centralizar. 
 
Gabarito: Errado.É isso aí! 
Aguardo você para iniciarmos uma caminhada vitoriosa rumo 
à Defensoria Pública. Vamos que vamos. 
Até a próxima aula. 
Grande abraço, 
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QUESTÕES SELECIONADAS 
 
1. (DELEGADO DE POLÍCIA – PC/AL – CESPE/2012) Ocorre o 
fenômeno da desconcentração quando o Estado desempenha algumas 
de suas funções por meio de outras pessoas jurídicas. 
 
2. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) A centralização 
é a situação em que o Estado executa suas tarefas diretamente, por 
intermédio dos inúmeros órgãos e agentes administrativos que 
compõem sua estrutura funcional. 
 
3. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) A chamada 
centralização desconcentrada é a atribuição administrativa cometida 
a uma única pessoa jurídica dividida internamente em diversos 
órgãos. 
 
4. (ANALISTA DE PLANEJAMENTO – INPI – CESPE/2013) O instituto 
da desconcentração permite que as atribuições sejam distribuídas 
entre órgãos públicos pertencentes a uma única pessoa jurídica com 
vistas a alcançar uma melhora na estrutura organizacional. Assim, 
concentração refere-se à administração direta; já desconcentração, à 
indireta. 
 
5. (AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO - TCE/ES - CESPE/2012) Para 
que ocorra a descentralização administrativa, é necessária, pelo 
menos, a existência de duas pessoas. 
 
6. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TJ/RR – CESPE/2012) Quando o Estado 
cria entidades dotadas de patrimônio e personalidade jurídica para 
propiciar melhorias em sua organização, ocorre o que se denomina 
desconcentração. 
 
7. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/MT – 
CESPE/2010) A descentralização administrativa ocorre quando se 
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distribuem competências materiais entre unidades administrativas 
dotadas de personalidades jurídicas distintas. 
 
8. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/MT – CESPE/2010) A 
criação de um ministério na estrutura do Poder Executivo federal para 
tratar especificamente de determinado assunto é um exemplo de 
administração descentralizada. 
 
9. (DELEGADO DE POLÍCIA – PC/BA – CESPE/2013) A criação de 
nova secretaria por governador de estado caracteriza exemplo de 
descentralização. 
 
10. (ESCRIVÃO DE POLÍCIA – PC/ES – CESPE/2011) Diferentemente 
da descentralização, em que a transferência de competências se dá 
para outra entidade, a desconcentração é processo eminentemente 
interno, em que um ou mais órgãos substituem outro com o objetivo 
de melhorar e acelerar a prestação do serviço público. 
 
11. (ANALISTA JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) A delegação é 
forma de efetivação da desconcentração. 
 
12. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/ES – CESPE/2011) A 
desconcentração mantém os poderes e as atribuições na titularidade 
de um mesmo sujeito de direito, ao passo que a descentralização os 
transfere para outro sujeito de direito distinto e autônomo, elevando 
o número de sujeitos titulares de poderes públicos. 
 
13. (ANALISTA JUDICIÁRIO – EXECUÇÃO DE MANDADOS – STM – 
CESPE/2011) Quando o Estado processa a descentralização do 
serviço público por delegação contratual, ocorre apenas a 
transferência da execução do serviço. Quando, entretanto, a 
descentralização se faz por meio de lei, ocorre a transferência não 
somente da execução, mas também da titularidade do serviço, que 
passa a pertencer à pessoa jurídica incumbida de seu desempenho. 
 
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32 
14. (AUXILIAR JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) A descentralização 
pode ser feita por meio de outorga ou delegação, meios de que 
dispõe o poder público para transferir, por tempo determinado, a 
prestação de determinado serviço público a ente público ou a 
particular. 
 
15. (TODOS OS CARGOS – MS – CESPE/2010) A descentralização 
administrativa efetiva-se por meio de outorga quando o Estado cria 
uma entidade e a ela transfere, por lei, determinado serviço público. 
 
16. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) A 
descentralização administrativa ocorre quando uma pessoa política ou 
uma entidade da administração indireta distribui competências no 
âmbito da própria estrutura, a fim de tornar mais ágil e eficiente a 
sua organização administrativa e a prestação de serviços. 
 
17. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) A 
descentralização é a situação em que o Estado executa suas tarefas 
indiretamente, por meio da delegação de atividades a outros órgãos 
despersonalizados dentro da estrutura interna da pessoa jurídica 
descentralizadora. 
 
18. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TJ/RR – CESPE/2012) A administração 
indireta abrange o conjunto de pessoas administrativas que, 
vinculadas à administração direta, têm o objetivo de desempenhar, 
de forma descentralizada, as atividades administrativas. 
 
19. (AUXILIAR JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) A administração 
direta compreende os órgãos que integram as pessoas políticas do 
Estado, aos quais se atribui competência para exercício, de forma 
descentralizada, das atividades administrativas. 
 
20. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/BA – CESPE/2010) A criação de 
uma autarquia para executar determinado serviço público representa 
uma descentralização das atividades estatais. Essa criação somente 
se promove por meio da edição de lei específica para esse fim. 
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21. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO – MPU – CESPE/2013) A 
transferência pelo poder público, por meio de contrato ou ato 
administrativo unilateral, apenas da execução de determinado serviço 
público a pessoa jurídica de direito privado corresponde à 
descentralização por serviços, também denominada descentralização 
técnica. 
 
22. (AUXILIAR JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) A descentralização 
administrativa não admite a desconcentração territorial, material e 
hierárquica. 
 
23. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO - IBAMA - CESPE/2012) A 
organização das competências da União em ministérios é exemplo de 
desconcentração material. 
 
24. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) A criação de 
uma diretoria no âmbito interno de um tribunal regional eleitoral 
(TRE) configura exemplo de descentralização administrativa. 
 
25. (AUXILIAR JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) As autarquias são 
entidades administrativas autônomas, criadas por lei específica, com 
personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, resultantes da 
desconcentração do exercício das atividades públicas. 
 
26. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) Na 
desconcentração, o Estado executa suas atividades indiretamente, 
mediante delegação a outras entidades dotadas de personalidade 
jurídica. 
 
27. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) Uma das 
diferenças entre a desconcentração e a descentralização 
administrativa é que nesta existe um vínculo hierárquico e naquela há 
o mero controle entre a administração central e o órgão 
desconcentrado, sem vínculo hierárquico. 
 
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28. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO - ANAC - CESPE/2012) A 
desconcentração administrativa consiste na distribuição interna de 
competências, no âmbito de uma mesma pessoa jurídica; a 
descentralização administrativa pressupõe a distribuição de 
competência para outra pessoa, física ou jurídica. 
 
29. (DEFENSOR PÚBLICO – DPE/TO – CESPE/2013) A 
desconcentração e a descentralização administrativas constituem 
institutos jurídicos idênticos. 
 
30. (ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUSTIÇA – TJDFT – 
CESPE/2013) Os termos concentração e centralização estão 
relacionados à ideia geral de distribuição de atribuições do centro 
para a periferia, ao passo que desconcentração e descentralização 
associam-se à transferência de tarefas da periferia para o centro. 
 
 
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01 E 11 E 21 E 
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