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UNIDADE 1
Objetivos e estratégias empresariais
Os dirigentes de empresas estabelecem seus objetivos e suas estratégias em função do macroambiente econômico, institucional e cultural em que pretendem operar.
1.1 Fator crítico de sucesso
A empresa – ou, genericamente, uma organização – é um sistema projetado, operado e administrado para atingir determinado conjunto de objetivos. Ter um propósito bem definido, compreendido por todos, é um fator crítico para o sucesso de uma empresa.
Objetivos são os propósitos abrangentes da empresa. Eles refletem o que seus proprietários ou seus representantes esperam que ela realize. Os objetivos fornecem a base para avaliar tudo o que a empresa faz.
Estratégias são planos para atingir os objetivos da organização. 
Os dirigentes de empresas estabelecem seus objetivos e suas estratégias em função do macroambiente econômico, institucional e cultural em que pretendem operar.
Em essência, a missão do administrador é atingir alto desempenho com relação aos objetivos organizacionais.
1.2 Tipos de objetivos
Uma empresa pode ter como objetivo:
maximizar o retorno para os proprietários;
satisfazer as expectativas dos clientes, fornecendo bens e serviços de alta qualidade;
propiciar um ambiente de trabalho estimulante e estável para seus colaboradores;
contribuir para o alcance dos objetivos e das políticas nacionais, e integrar-se a eles.
Note que os objetivos estabelecem o que se procura alcançar e para quem alcançar.
Vejamos:
o que – retorno, satisfação de expectativas, criação de um bom ambiente de trabalho;
para quem – proprietários, clientes, colaboradores, sociedade em geral.
1.3 Papel dos dirigentes
Os executivos definem as estratégias para a empresa como um todo, ou seja, as estratégias corporativas.
Sob essa ótica, os executivos podem:
escolher entre operar em um único setor ou em vários setores;
buscar uma integração para trás, visando à produção de matérias-primas;
buscar uma integração para frente, visando à venda de produtos aos clientes;
escolher entre atuar em um só país ou estender as atividades a outros países;
definir estratégias específicas para cada unidade de negócio ou produto. 
	
1.4 Estratégias corporativas
Basicamente, há duas estratégias potenciais que poderão proporcionar vantagem competitiva à empresa.
A empresa pode almejar um nicho de atuação para seus produtos e serviços, podendo, dessa forma, praticar preços mais elevados.
Nesse caso, temos uma estratégia de diferenciação.
Alternativamente, a empresa pode optar por oferecer produtos e serviços idênticos aos da concorrência a custos inferiores. 
Nesse caso, temos uma estratégia de liderança de custos.
Para tanto, a empresa deverá perseguir economias de escala, eficiência nos processos e na produção, e ótimas fontes de suprimentos. 
Alguns produtos são, naturalmente, mais afeitos a uma ou a outra estratégia. Logo, a empresa poderá perseguir uma estratégia para alguns produtos e outra para os demais.
Em segmentos onde o produto ou serviço é uma commodity, a liderança de custos poderá ser a única maneira de se conseguir um desempenho superior.
1.5 Sistemas de controle organizacional
Os executivos influenciam outros membros da organização no sentido de observarem e respeitarem as estratégias aprovadas, utilizando sistemas de controle organizacional.
Os sistemas de controle organizacional incluem, dessa forma, avaliações de desempenho de caráter:
financeiro – faturamento, resultado econômico, retorno do investimento;
não financeiro – qualidade dos produtos, participação no mercado, satisfação de clientes, moral dos funcionários. 
1.6 Ambiente competitivo
Ao estabelecer os objetivos e as estratégias corporativas, os dirigentes têm de considerar o ambiente competitivo, isto é, a natureza das forças mais próximas à organização:
concorrentes
barreiras
demanda
regulação
concorrentes
Quem são os atuais concorrentes, e que objetivos e estratégias eles perseguem?
1.7 Síntese da unidade
A seguir, navegue pelo mapa conceitual que sintetiza o conteúdo desta unidade. Clique e arraste os itens de conteúdo para visualizar as ramificações dos assuntos.
definição de estratégias específicasvendasprodução de matéria-primaoperação em setorenglobamplanossãoestratégiaspolíticasambiente de trabalhoexpectativas de clientesretorno aos proprietáriosenglobampropósitossãoobjetivospossuiEMPRESA
Mapa conceitual
Clique no ícone para acessar o mapa conceitual que sintetiza o conteúdo desta unidade em formato .pdf
UNIDADE 2
Atividades empresariais
Em uma perspectiva mais contemporânea, a empresa é vista como aquela que agrupa as atividades empresariais em três grandes ações: obter financiamentos, realizar investimentos e conduzir operações. 
2.1 Perspectiva tradicional
Sob uma das perspectivas mais tradicionais, a empresa é vista como um conjunto de funções especializadas que se distribuem por departamentos ou áreas, tais como:
produção e operações
finanças
marketing
recursos humanos
pesquisa e desenvolvimento
Usualmente, a empresa é também departamentalizada de forma mista ou por:
Essa abordagem tradicional refere-se à estrutura organizacional e a seus princípios básicos. São eles:
especialização;
coordenação;
autoridade;
papéis;
responsabilidades. 
2.2 Perspectiva contemporânea
Em uma perspectiva mais contemporânea, a empresa é vista como aquela que agrupa as atividades empresariais em três grandes ações:
obter financiamentos;
realizar investimentos;
conduzir operações. 
Financiamentos
As atividades de financiamento envolvem a obtenção de fundos de duas principais fontes: 
proprietários ou sócios
credores ou terceiros
Proveem fundos a prazo indeterminado. Em troca, recebem dividendos – pela distribuição de lucros – e se beneficiam quando há valorização de suas ações. 
Investimentos
As atividades de investimento compreendem a aplicação de recursos em uma variedade de itens, como:
imóveis, móveis, veículos, máquinas, equipamentos e instalações 
patentes, licenças e outros direitos contratuais 
participações societárias em outras empresas 
estoques 
contas e títulos a receber 
disponibilidades 
Operações
As atividades operacionais das empresas são conduzidas por diferentes departamentos e incluem as seguintes modalidades:
Compras
Obtenção de mercadorias para revenda ou ainda matérias-primas e componentes a serem processados para posterior venda.
Operações
As atividades operacionais das empresas são conduzidas por diferentes departamentos e incluem as seguintes modalidades:
Produção
Combinação de materiais, mão de obra e outros recursos para transformá-los em produtos acaba
2.3 Circulante e não circulante
Podemos, ainda, segregar as atividades empresariais, relativas a investimentos e financiamentos, em duas grandes categorias:
de curto prazo ou circulante
Investimentos que representam dinheiro em mãos, aplicações financeiras de liquidez imediata, contas a receber de clientes e estoques.
Já os financiamentos compreendem as dívidas de vencimento mais imediato com bancos, fornecedores, salários a pagar, encargos e impostos a recolher.
 
de médio e longo prazos ou não circulante
Investimentos em participações societárias, imóveis, móveis, veículos, máquinas, equipamentos e instalações.
Os financiamentos dessa categoria compreendem os credores de longo prazo, como debenturistas e outros financiadores, assim como os recursos aplicados pelos proprietários.
Vejamos um quadro que sintetiza as atividades empresariais e as exemplifica:
2.4 Síntese da unidade
A seguir, navegue pelo mapa conceitual que sintetiza o conteúdo desta unidade. Clique e arraste os itens de conteúdo para visualizar as ramificações dos
Diagrama usado para conectar palavras e ideias a uma ideia central. É usado para visualizar, classificar, estruturar e gerar ideias. Os elementos são ordenados de forma intuitiva, de acordocom a importância dos conceitos, que são organizados em agrupamentos, ramificações ou áreas.
UNIDADE 3
Visão financeira da empresa
Se observássemos uma empresa e suas atividades em um determinado instante, veríamos que as atividades de investimento e financiamento correspondem a seu balanço patrimonial.
3.1 Balanço patrimonial
Se observássemos uma empresa e suas atividades em um determinado instante, veríamos que as atividades de investimento e financiamento correspondem a seu balanço patrimonial – BP. 
	investimentos circulantes
	caixa;
aplicações financeiras;
contas a recuperar;
estoques.
	investimentos não circulantes
	participações societárias;
imóveis;
móveis;
veículos;
máquinas;
equipamentos.
	financiamentos circulantes
	empréstimos bancários;
fornecedores;
salários e encargos;
impostos.
	financiamentos não circulantes
	empréstimos;
financiamentos;
debêntures;
capital;
lucros retidos.
No exemplo, temos o balanço patrimonial – BP – de uma empresa. No lado esquerdo, estão representados os diversos elementos do ativo, e, no lado direito, os diversos elementos do passivo e do patrimônio líquido.
Dessa forma, podemos definir balanço patrimonial como uma fotografia das atividades de investimento e financiamento de uma empresa em um dado momento.
Ativo, passivo e patrimônio líquido
Vejamos o balanço patrimonial – BP – devidamente apresentado com base nos grupos que o definem – ativo, passivo e patrimônio líquido:
ativo 
passivo 
patrimônio líquido 
Dessa representação, decorre a equação fundamental do balanço:
investimentos = financiamentos
ou
ativo = passivo + patrimônio líquido
3.2 Atividades operacionais
Considerando, agora, as atividades operacionais – as que envolvem os esforços de comprar, produzir, comercializar e administrar a empresa –, veremos que delas resultam as receitas de vendas de bens e serviços, os custos e as despesas correspondentes, além dos tributos.
Quando acrescentamos às atividades operacionais as receitas financeiras decorrentes de aplicações e as despesas financeiras oriundas das dívidas, além dos eventuais ganhos ou perdas relativos a itens extraordinários – venda de uma máquina ou de um imóvel –, estamo-nos referindo à segunda importante demonstração financeira, qual seja, a demonstração do resultado do exercício – DRE. 
A demonstração do resultado do exercício apresenta os resultados das atividades operacionais da empresa em determinado período, indicando se houve lucro ou prejuízo líquido.
3.3 Atividades empresariais, BP e DRE
Para entender a relação entre as atividades empresariais, o balanço patrimonial e a demonstração do resultado do exercício, assista ao vídeo a seguir:
	3.4 Entradas e saídas de caixa
As entradas e saídas de caixa podem ser correlacionadas às atividades empresariais, como apresentado a seguir:
3.5 Síntese da unidade
A seguir, navegue pelo mapa conceitual que sintetiza o conteúdo desta unidade. Clique e arraste os itens de conteúdo para visualizar as ramificações dos assuntos.
UNIDADE 4
Função financeira na empresa
A função financeira nas empresas possui um papel fundamental no desenvolvimento de todas as atividades empresariais, contribuindo, de forma decisiva, para o sucesso do negócio.
	
4.1 Escopo de finanças
A função financeira nas empresas compreende um conjunto de atividades ligadas à gestão dos fundos movimentados por todas as áreas.
Além disso, a função financeira tem uma dupla responsabilidade:
Obter os recursos necessários às atividades da empresa.
Formular uma estratégia voltada para a otimização do uso dos recursos captados.
O escopo das finanças possui um papel fundamental no desenvolvimento de todas as atividades empresariais, contribuindo, de forma decisiva, para o sucesso do negócio.
Conforme vimos no início deste módulo, as finanças lidam com o processo, as instituições, os mercados e os instrumentos envolvidos na transferência de dinheiro entre pessoas, empresas e governos.
Atenção!
O tamanho e a importância da função financeira dependem, obviamente, do porte da empresa.
Resumindo, lidar com finanças é a arte e a ciência de lidar com o dinheiro!
Finanças pessoais
Finanças pessoais dizem respeito a como cada um de nós – ou nossa família – aloca recursos escassos ao longo do tempo. Os tipos básicos de decisões que enfrentamos são:
Quanto de nossa renda atual deve-se destinar ao consumo e quanto devemos poupar?
Como devemos investir a parcela que economizamos?
Quando e como devemos recorrer a dívidas para implementar nossos planos de consumo e investimento?
Como e em que termos devemos procurar reduzir as incertezas financeiras ou quando devemos assumir riscos?
São decisões importantes que influenciam acontecimentos futuros.
Finanças corporativas
Finanças corporativas formam o ramo das finanças que trata das decisões financeiras de empresas, em geral, privadas e com fins lucrativos.
Os tipos básicos de decisões que as corporações devem tomar são:
Em quais itens do ativo de longa duração investir? 
Esta questão é pertinente ao lado esquerdo inferior do balanço patrimonial, ou seja, ativo não circulante.
Evidentemente, o tipo e as proporções de ativos de que a empresa necessita decorrem da natureza de sua atividade. São comuns as expressões orçamento de capital, decisões de investimento de capital ou, ainda, dispêndio de capital para descrever o processo de realização e gestão de aplicações em ativos de longo prazo.
Como levantar dinheiro para custear os dispêndios de capital? 
Esta é uma questão que diz respeito ao lado direito inferior do balanço patrimonial, ou seja, passivo não circulante.
A resposta envolve a decisão de estrutura de capital ou, simplesmente, a decisão de financiamento a longo prazo, pois indica as proporções de financiamento entre capital próprio e capital de terceiros.
Como gerir os fluxos de caixa no curto prazo? 
Esta questão está relacionada à parte superior do balanço patrimonial, tanto do lado esquerdo – ativo circulante – quanto do lado direito – passivo circulante.
Como alocar o resultado líquido da empresa? 
Durante as atividades operacionais da empresa, as entradas e saídas de caixa não são sincronizadas. Além disso, a magnitude e a distribuição dos fluxos de caixa são incertas. Diante dessas oscilações, é preciso desempenhar a atividade denominada gestão do capital de giro. 
4.2 Tomadores de decisão 
Pela amplitude de atuação e influência da área financeira, fica claro que os tomadores de decisão necessitam de um entendimento básico a respeito dos conceitos, das técnicas e das práticas de finanças. Em todas as áreas de responsabilidade da empresa, esses conhecimentos serão necessários.
Os tomadores de decisão precisam:
justificar necessidades de suas áreas;
negociar orçamentos;
lidar com avaliações de desempenho financeiro;
aprovar projetos baseados em mérito financeiro.
Os profissionais que melhor entendem o processo de tomada de decisões financeiras estarão capacitados para argumentar e, por conseguinte, obter, com mais frequência, os recursos de que necessitam para alcançar suas próprias metas.
4.3 Síntese da unidade
A seguir, navegue pelo mapa conceitual que sintetiza o conteúdo desta unidade. Clique e arraste os itens de conteúdo para visualizar as ramificações dos assuntos.
UNIDADE 5
Evolução da função financeira
No início do século XXI, o fator de maior impacto na gestão financeira de empresas é a globalização das empresas e dos mercados. 
5.1 Finanças ao longo da história
Uma rápida retrospectiva dos eventos que influenciaram o mundo financeiro requer que olhemos, inicialmente, para o que ocorreu nos Estados Unidos e em parte da Europa. Clique nas épocas da linha do tempo.
1920 
1930 
1940 
1950 – 1960 
1970 
2000 
Em resumo, o foco de Finanças variou ao longo do tempo:
de estudo descritivo para análise rigorosa e teoria normativa;
de busca de fundos para gestão de ativos, alocação decapital e avaliação de empresa;
de análise externa para processo decisório interno. 
Finanças no Brasil
No Brasil, a história das finanças é um pouco diferente. Alguns fenômenos são muito importantes nessa trajetória:
queda das bolsas no início dos anos 70 
A queda das bolsas no início dos anos 70 ocasionou o surgimento do arcabouço legal do mercado de capitais, a criação da Comissão de Valores Mobiliários e a Lei de Sociedade por Ações, em 1976.
inflação do final dos anos 70 até o Plano Real 
O longo período inflacionário do final dos anos 70 até o Plano Real, em 1994, levou à criação de mecanismos de proteção, como a correção monetária nos contratos e nos balanços patrimoniais. O gestor financeiro passou a dedicar-se à gestão de curto prazo, mais preocupado com o capital de giro e com a flutuação do poder aquisitivo da moeda do que com os demais aspectos. A queda e a manutenção da inflação em níveis ínfimos, a partir de 1994, permitiu o alargamento dos horizontes.
privatizações 
O processo de privatização de importantes grupos, como as siderúrgicas e as telecomunicações, imprimiram enormes repercussões nos mercados.
Da mesma forma, a consolidação do processo democrático, a crescente abertura comercial e a redução do risco-país têm feito com que a gestão financeira de nossas empresas se paute cada vez mais nas metodologias utilizadas em economias desenvolvidas.
expansão do mercado de capitais 
Nos últimos anos, temos observado um crescente movimento de abertura de capital e consequente expansão do papel do mercado de capitais no financiamento das empresas. O aparato legal-institucional também tem se aprimorado, e as Finanças, no Brasil, aproximam-se cada vez mais das práticas consagradas em mercados desenvolvidos.
O conhecimento e a atualização nos princípios e nas técnicas de Administração Financeira têm-se tornado efetivamente mais importantes durante esta era de mudanças, seja para especialistas no ramo, seja para profissionais de áreas não financeiras. 
5.2 Organização da função financeira
Empresas com portes distintos possuem executivos com atribuições distintas.
Nas empresas de pequeno e médio portes, as atividades relacionadas com a função financeira, geralmente, ficam sob a responsabilidade de um dos sócios. Não é incomum essa pessoa acumular outras atribuições e focar a gestão financeira tão somente nas questões de curto prazo, como fluxo de caixa. 
Nas grandes organizações, a função financeira situa-se entre as mais relevantes e costuma ser desempenhada por um executivo – um vice-presidente de finanças ou um diretor financeiro.
Organograma típico
A organização da função de Finanças e seu relacionamento com outros departamentos variam de companhia para companhia. No entanto, um organograma típico de uma grande empresa pode ser representado da seguinte forma, com destaque para a área financeira:
Presidente – CEO 
No topo do organograma, está o executivo principal da empresa – Chief Executive Officer –, que, normalmente, é o presidente.
Vice-Presidente de Finanças – CFO 
O executivo principal de finanças – Chief Financial Officer – é o vice-presidente responsável por todas as funções financeiras da empresa, reportando-se, diretamente, ao presidente. 
O CFO:
formula a política global da empresa e de suas subsidiárias; 
representa a empresa perante órgãos públicos e instituições ligadas ao mercado de capitais, na assinatura de grandes contratos de compra, venda, financiamento;
comanda três departamentos – tesouraria, planejamento financeiro e controladoria. 
Tesouraria 
O tesoureiro tem a responsabilidade de administrar atividades financeiras da empresa relacionadas ao capital de giro – gestão de caixa e bancos, créditos e cobranças, contas a pagar, custódia de valores. Suas funções são executivas, isto é, de linha.
Planejamento financeiro 
A função de planejamento financeiro inclui a análise de dispêndios importantes de capital, análises de aquisições e de investimentos, avaliação de desempenho.
Controladoria 
O controller supervisiona as atividades de Contabilidade e Auditoria da empresa. Isso inclui a preparação de relatórios gerenciais que comparam o que foi planejado com os custos realizados, as receitas e os lucros provenientes das várias unidades da empresa, a preparação das demonstrações financeiras para divulgação externa e assuntos fiscais. 
Além disso, o controller também desenvolve funções de assessoria – portanto, de staff.
5.3 Gestão para criação de valor
A essência de qualquer função gerencial é a tomada de decisões.
Logo, a pergunta fundamental que norteia a ação do administrador financeiro é:
Esta decisão criará valor para os proprietários da empresa?
Essa pergunta deve ser a preocupação não só do financeiro, mas de todos os administradores da empresa e se aplica:
a, praticamente, todas as situações;
à análise de alocação de recursos de um modo geral;
à condução das operações. 
Maximização de riqueza
Criar valor para os proprietários, muitas vezes, significa buscar a maximização de sua riqueza.
Caso se trate de uma companhia aberta, criar valor significa buscar a maximização do preço de mercado das ações, que, multiplicado pela quantidade de ações em circulação, reflete o valor de mercado da empresa.
Esse objetivo – criar valor, maximizar a riqueza ou maximizar o valor de mercado da empresa – está de acordo, inclusive, com o bom senso.
Se uma empresa não criar valor para seus proprietários, será incapaz de atrair capital próprio para financiar suas atividades e estará comprometendo sua sobrevivência.
Portanto, na companhia aberta:
Preço de mercado das ações X número de ações em circulação = valor de mercado da empresa
Empresas geridas com foco na criação de valor para seus proprietários estão entre aquelas que construíram relações duradouras e valiosas com seus clientes, empregados e fornecedores.
Atenção!
É sempre bom lembrar que, sem os proprietários, a empresa não tem como sobreviver. 
5.4 Princípio fundamental de finanças
Um projeto – seja relativo a um novo investimento, à aquisição de uma outra empresa ou a um plano de reestruturação – só aumentará o valor da empresa se o desembolso necessário para sua realização for menor do que o valor presente do fluxo de benefícios líquidos de caixa esperados do projeto.
O valor presente líquido do projeto – VPL – é a diferença entre o valor presente de uma proposta de investimento e os desembolsos necessários a sua implementação.
Desse modo, podemos reescrever, sucintamente, o princípio fundamental de finanças:
uma nova proposta de negócio cria valor se seu VPL é positivo;
uma nova proposta de negócio destrói valor se seu VPL é negativo.
Interpretação do princípio
O princípio fundamental de Finanças requer que o desembolso necessário ao projeto – assim como os fluxos de benefícios líquidos futuros esperados – seja medido em dinheiro, em caixa. 
As empresas, tipicamente, financiam suas propostas de investimento com uma combinação de capital próprio e capital de terceiros, e ambos – acionistas e credores – demandam um retorno por sua contribuição ao financiamento do projeto.
O custo combinado dessas duas fontes de fundos – o custo do capital de terceiros e o retorno requerido pelos acionistas – formará o custo médio ponderado de capital da empresa – CMPC, em inglês, weighted average cost of capital – WACC.
Esse custo médio ponderado de capital será utilizado como taxa de desconto para o cálculo do valor presente líquido. 
5.5 Meta fundamental
Em suma, a meta fundamental que deve nortear as decisões gerenciais de todas as áreas é a maximização do valor da empresa. Isso significa atuar, essencialmente, em duas frentes:
1 
incrementar a capacidade da empresa para gerar fluxos de caixa – que decorrem das receitas de vendas, dos custos e das despesas operacionais, dos tributos e dos investimentos requeridos pelas operações.
2 
gerenciar o custo médio ponderado de capital, que depende das fontes de financiamento – dívidas, ações, retenção de lucros–, das taxas de juros, do risco da empresa e do risco de mercado.
Determinantes do valor da empresa
Resumindo, podemos visualizar os determinantes do valor da empresa no diagrama a seguir.
5.6 Síntese da unidade
A seguir, navegue pelo mapa conceitual que sintetiza o conteúdo desta unidade. Clique e arraste os itens de conteúdo para visualizar as ramificações dos assuntos.
	
UNIDADE 6
Ambiente financeiro
O sistema financeiro engloba mercados, intermediários, empresas de serviços e outras instituições usadas para possibilitar decisões financeiras a indivíduos, empresas e governos. 
6.1 Sistema financeiro
As finanças corporativas desenvolvem-se em um macroambiente complexo, no interior do qual cabe destacar o sistema financeiro que engloba mercados, intermediários, empresas de serviços e outras instituições usadas para possibilitar decisões financeiras a indivíduos, empresas e governos.
Às vezes, o mercado possui uma localização específica para determinado instrumento financeiro, como a Bolsa de Valores de São Paulo. Outras vezes, o mercado não tem qualquer localização física, como é o caso dos mercados de balcão, que operam com diversos títulos por meio de redes de telecomunicações computadorizadas, ligando as partes interessadas.
O administrador financeiro tem de entender como funcionam os mercados, as características dos principais instrumentos financeiros e o comportamento esperado das políticas econômicas. Compete ao administrador financeiro identificar as melhores oportunidades de aplicação assim como as de obtenção de recursos para a empresa.
Mutabilidade das funções financeiras
Não há como dissociar as decisões financeiras empresariais do desempenho esperado da economia e do comportamento de suas principais variáveis – taxas de inflação, taxas de juros, taxas de câmbio, evolução do PIB, situação do balanço de pagamentos.
Por várias razões, inclusive históricas, as instituições financeiras diferem de país para país, além de se modificarem com o decorrer do tempo.
Mesmo quando os nomes das instituições são iguais, as funções que elas desempenham podem diferir significativamente. Por exemplo, o funcionamento dos bancos no Brasil difere bastante do funcionamento dos bancos americanos.
6.2 Função do sistema financeiro
A função primordial do sistema financeiro é proporcionar a alocação eficiente de recursos na economia. Essa função geral pode ser mais bem visualizada a partir dos seguintes benefícios:
transferência de recursos econômicos através do tempo ou entre regiões e setores;
administração de riscos;
compensação e liquidação de pagamentos;
agregação de recursos e subdivisão de propriedade;
fornecimento de informação sobre preços;
auxílio na resolução de problemas de incentivo ou motivação, causados pela assimetria de informações – perigos de ordem moral, seleção adversa e problemas de agência.
Sistema Financeiro Nacional
No Brasil, o Sistema Financeiro Nacional – SFN – é constituído por um conjunto de instituições financeiras públicas e privadas.
Essas instituições atuam por meio de diversos instrumentos financeiros com a finalidade de intermediar o fluxo de recursos entre poupadores e investidores, em condições satisfatórias para a economia.
Atualmente, a composição formal do SFN permite distinguir três divisões.
órgãos normativos 
Conselho Monetário Nacional;
Conselho Nacional de Seguros Privados;
Conselho Nacional de Previdência Complementar.
entidades supervisoras 
Banco Central do Brasil;
Comissão de Valores Mobiliários;
Superintendência de Seguros Privados;
Superintendência Nacional de Previdência Complementar.
operadores 
instituições financeiras captadoras de depósitos à vista;
demais instituições financeiras;
Bolsa de mercadorias e futuros;
Bolsa de valores;
sociedades seguradoras;
resseguradores;
sociedades de capitalização;
entidades abertas de previdência complementar;
entidades fechadas de previdência complementar.
6.3 Mercado financeiro
O mercado financeiro, do ponto de vista da especialização, pode ser dividido em quatro segmentos:
mercado monetário;
mercado de crédito;
mercado de capitais;
mercado de câmbio.
Ou seja, há quatro tipos diferentes de mercados financeiros e cada mercado possui uma finalidade principal. Vejamos: 
	mercado monetário
	liquidez
	mercado de crédito
	intermediação
	mercado de capitais
	estruturação
	mercado de câmbio
	troca de moedas
Mercado monetário
No mercado monetário:
são realizadas operações de curto e curtíssimo prazos, destinadas a controlar a liquidez monetária da economia;
são negociados os certificados de depósitos interfinanceiros – CDI –, exclusivamente, entre instituições financeiras.
Grande parte dos títulos públicos e privados negociados no mercado monetário são escriturais, isto é, não são emitidos fisicamente. Por isso, as negociações com esses valores são controladas e custodiadas por dois sistemas especiais:
SELIC – Sistema Especial de Liquidação e Custódia;
CETIP – Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos Privados
Como os títulos negociados no SELIC são de grande liquidez, a taxa definida no âmbito desse sistema serve de importante referencial para a formação dos juros de mercado.
Mercados de crédito
O mercado de crédito visa, fundamentalmente, suprir as necessidades de recursos de curto e médio prazos por meio da concessão de créditos a consumidores ou financiamento de capital de giro às empresas. Nesse mercado, realiza-se a intermediação financeira, ou seja, a atividade bancária por excelência.
Entre as diversas modalidades de crédito existentes no mercado de crédito, destacam-se:
desconto de títulos;
Operação pela qual uma empresa entrega duplicatas a receber a um banco e este adianta-lhe o dinheiro, após deduzir os juros. Com isso, ela consegue suprir suas necessidades imediatas de capital de giro, com rapidez e taxas de juros convenientes.
No desconto de títulos, a empresa não está repassando os títulos ao banco, mas apenas usando-os como garantia, de modo que, em caso de não pagamento por parte do cliente, a responsabilidade permanece com ela.
contas garantidas;
créditos rotativos;
Em caso de não pagamento integral da fatura do cartão de crédito, o saldo que não foi quitado será automaticamente financiado. A esse financiamento dá-se o nome de crédito rotativo. O valor do saldo é corrigido proporcionalmente até que ocorra o pagamento integral. Os juros cobrados no crédito rotativo são denominados juros rotativos e podem variar muito dependendo do perfil do titular do cartão e do banco emissor.
Há ainda o crédito rotativo com lastro em duplicatas ou outras garantias – cheques, cartões e etc. –, ofertado por instituições financeiras, no qual se estabelece um limite de crédito para empresas, a ser utilizado de acordo com suas necessidades. Os juros são calculados sobre o saldo devedor diário e cobrados mensalmente.
hot money;
Operação bancária de empréstimo a curtíssimo prazo, que visa atender às necessidades imediatas de caixa de seus clientes e tem como referencial a taxa CDI, acrescida de um spread mais impostos. Geralmente, são as grandes empresas que recorrem a esse tipo de instrumento.
empréstimos para capital de giro e para pagamento de tributos das empresas;
vendor;
Modalidade de crédito que permite ao fornecedor financiar a venda de seus produtos aos compradores, utilizando recursos bancários. Criada para viabilizar negociações entre a empresa – que quer receber à vista –  e seus clientes – que desejam maior prazo de pagamento. O banco credita o fornecedor à vista e recebe do comprador a prazo, dentro do limite de crédito aberto em nome do fornecedor.
repasse de recursos nacionais e internacionais;
Adiantamentos de Contratos de Câmbio – ACC. 
Operação de crédito por meio da qual o banco, comprador da moeda estrangeira, adianta o valor da moeda nacional ao exportador, total ou parcial, quando da contratação do câmbio anterior ao embarque da mercadoria. Tal financiamento proporcionaapoio financeiro a empresas exportadoras em geral, a custos vantajosos.
O mercado de crédito é constituído, basicamente, pelos bancos comerciais e múltiplos.
Mercado de capitais
O mercado de capitais é a grande fonte de recursos de longo prazo para investimentos pelos agentes econômicos. 
No mercado de capitais, destaca-se a possibilidade de captação direta de fundos pelas empresas, sem intermediação, com prazos de vencimento indeterminados – ou seja, operações de emissão e subscrição de ações. 
As principais modalidades de operações ofertadas no mercado de capitais nacional e internacional incluem:
financiamento para capital de giro;
operações de repasse de recursos internos e externos;
arrendamento mercantil – leasing financeiro e lease-back;
oferta pública de ações e debêntures;
securitização de recebíveis.
Mercado de câmbio
No mercado de câmbio:
São negociadas moedas estrangeiras conversíveis em moeda local pelas instituições credenciadas pelo Banco Central do Brasil. 
Demandam moeda estrangeira os importadores, os investidores internacionais e as empresas multinacionais que necessitem remeter capitais, juros e dividendos.
Ofertam moedas estrangeiras os exportadores, os tomadores de empréstimos, os turistas.
6.4 Síntese da unidade
A seguir, navegue pelo mapa conceitual que sintetiza o conteúdo desta unidade. Clique e arraste os itens de conteúdo para visualizar as ramificações dos assuntos.
UNIDADE 7
Mercado de Ações
A principal bolsa de valores do Brasil é a Bolsa de Valores de São Paulo – Bovespa –, com mais de 110 anos de existência.
7.1 Companhia aberta
Uma companhia é considerada aberta quando promove a colocação de valores mobiliários em bolsas de valores ou no mercado de balcão.
As companhias abertas devem cumprir com diversos requisitos, definidos na Lei das Sociedades Anônimas e nas regulamentações da Comissão de Valores Mobiliários – CVM –, com o objetivo de garantir a confiabilidade das informações e demonstrações financeiras divulgadas.
Comentário
Tipo de mercado em que são negociadas ações de empresas que não têm autorização para operar na Bolsa de Valores.
Serve como um estágio para aquelas que querem ter suas ações negociadas, mas que ainda não possuem porte econômico para registro na Bolsa – o que resultaria em custos para a companhia. Essas operações não ocorrem em um determinado lugar; são realizadas por telefone ou por sistema eletrônico de negociação entre instituições financeiras.
Abertura de capital
As operações de abertura de capital precisam ser autorizadas pela CVM – órgão fiscalizador do mercado de capitais brasileiro que também registra e autoriza a emissão de valores mobiliários para distribuição pública.
O lançamento de ações de uma empresa pela primeira vez é feito no chamado mercado de oferta pública inicial – ou initial public offering/IPO-market –, um subsegmento do mercado primário, no qual as companhias levantam capital novo. 
Ocorrido o lançamento, as ações passam a ser negociadas no mercado secundário, identificado, principalmente, com as bolsas de valores. 
Aqui as transações ocorrem entre investidores, não acarretando recursos para a empresa.
.2 Ações
Dentre os valores mobiliários, destacam-se as ações, importantes fontes de capital para as companhias, com características muito específicas no que tange a sua emissão e a outras responsabilidades.
Ações são títulos nominativos negociáveis, que representam, para quem as possui, frações do capital social de uma empresa.
O acionista não é um credor da companhia, mas um coproprietário, com direito à participação em seus resultados.
Tipos de ações
As ações podem ser:
Ordinárias
Preferenciais
Ordinárias
Concedem a seus titulares o poder de voto nas assembleias deliberativas da companhia.
Comentário
Clique no ícone para acessar um comentário sobre mercado primário e mercado secundário.
7.3 Rendimento das ações
Os proventos das ações são variáveis, dependendo, principalmente, dos resultados apurados pela sociedade emitente, das condições de mercado e da economia em geral. 
As remunerações e os direitos proporcionados pelas ações são: 
dividendos 
Parcela do lucro líquido apurado em determinado exercício social e distribuída, em dinheiro, aos acionistas, na proporção da quantidade de ações detida. No Brasil, as companhias devem distribuir, no mínimo, 25% de seu lucro líquido, após alguns ajustes.
juros sobre o capital próprio 
No Brasil, as empresas podem optar por remunerar seus acionistas pelo pagamento de juros calculados sobre o capital próprio, com a vantagem de abatê-los da base de cálculo do imposto de renda. Há, contudo, limitações e condições previstas na legislação para essa forma de distribuição de resultados.
bonificação em ações 
Quando ocorre a elevação do capital social por incorporação de reservas patrimoniais, as companhias podem emitir novas ações e distribuí-las, gratuitamente, aos acionistas, na proporção das ações já possuídas.
valorização 
Quando ocorre a elevação do capital social por incorporação de reservas patrimoniais, as companhias podem emitir novas ações e distribuí-las, gratuitamente, aos acionistas, na proporção das ações já possuídas.
direitos de subscrição 
Os acionistas têm o direito de adquirir todo o aumento de capital na proporção das ações possuídas. Além de garantir a manutenção da mesma participação no capital total, esse direito pode significar ganho adicional, dependendo das condições de lançamento. Se não exercido, o direito pode ser vendido no mercado a terceiros.
7.4 Mercado eficiente
Do ponto de vista dos investidores, importa que as ações tenham liquidez. Ou seja, que possam ser negociadas com facilidade.
Isso ocorre se o mercado acionário é bastante ativo, contando com a existência de bolsas de valores organizadas e outras instituições de apoio, tais como corretoras e distribuidoras de valores.
Do ponto de vista do administrador financeiro, um mercado de ações eficiente garante que o preço das ações da empresa se ajuste a informações novas e relevantes tão logo se tornem disponíveis para os participantes.
Criação de valor
Os mercados de ações eficientes exercem um papel-chave no processo de criação de valor.
Assim que uma empresa anuncia uma decisão que leva os participantes do mercado a interpretarem que ela teve um valor presente líquido positivo, o valor de mercado da empresa deve subir por um montante equivalente a essa estimativa. 
7.5 Mercado brasileiro de ações
A principal bolsa de valores do Brasil é a Bolsa de Valores de São Paulo – Bovespa –, com mais de 110 anos de existência.
Lá são negociadas ações à vista e a termo, e também opções sobre ações.
Pela concentração das negociações em um número restrito de ações e pelo tipo de ações em circulação, são muitas as críticas ao mercado de ações brasileiro, principalmente, em relação ao baixo número de empresas de capital aberto.
Comparados com os mercados de ações de países desenvolvidos, é inegável que ainda somos pequenos.
Entretanto, não devemos menosprezar certos fatores, tais como:
o grau de evolução do mercado de ações brasileiro nos últimos anos;
o aprimoramento institucional e da legislação pertinente; 
a crescente sofisticação das empresas abertas e dos participantes de mercado. 
Comentário
Clique no ícone para acessar um comentário sobre Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros.
BM&FBovespa é uma companhia de capital aberto formada em maio de 2008, a partir da integração das operações da Bolsa de Valores de São Paulo – Bovespa – e da Bolsa de Mercadorias & Futuros – BM&F –, sendo a principal instituição brasileira de intermediação para operações do mercado de capitais e a única bolsa em operação no Brasil.
Ali são regularmente negociados ações de companhias abertas, opções sobre ações, direitos e recibos de subscrição, bônus de subscrição e quotas de fundos, debêntures e notas promissórias. O segmento BM&F responde pela negociação de mercadorias, derivativos de índices, taxa de juros, câmbio efuturos.
O segmento Bovespa coleta, organiza e divulga uma série de informações sobre os negócios realizados, tais como preços e volumes das ações negociadas. O Ibovespa é o mais importante indicador do desempenho do mercado de ações brasileiro, além de diversos outros índices, como IBrX, IBrX50, IEE, ITEL, ISE etc., que refletem o desempenho de segmentos específicos.
7.6 Síntese da unidade
7.6 Síntese da unidade
Unidade 8 – Cenário cultural
Para refletir um pouco mais sobre questões relacionadas ao conteúdo deste módulo, assista a uma cena do filme Meu malvado favorito.
Para refletir
Neste módulo, analisamos os fundamentos da administração financeira. Aprendemos como o estudo das finanças pode contribuir para o sucesso da empresa. 
Na cena selecionada, vimos como um grupo se organizou, traçando uma estratégia para atingir o objetivo de construir um foguete, mesmo com dificuldades financeiras. Ao assistir à cena, procure refletir sobre:
a importância do envolvimento dos funcionários para o sucesso das estratégias corporativas;
a necessidade de tomar decisões acertadas ao empregar as finanças pessoais e corporativas.
8.2 Obra literária
Para refletir um pouco mais sobre questões relacionadas ao conteúdo deste módulo, leia um trecho da obra O cortiço, de Aluísio Azevedo.
O Cortiço
[…]
João Romão fizera-se o fornecedor de todas as tabernas e armarinhos de Botafogo; o pequeno comércio sortia-se lá para vender a retalho. A sua casa tinha agora um pessoal complicado de primeiros, segundos e terceiros caixeiros, além do guarda-livros, do comprador, do despachante e do caixa; do seu escritório saíam correspondências em várias línguas e, por dentro das grades de madeira polida, onde havia um bufete sempre servido com presunto, queijo e cerveja, faziam-se largos contratos comerciais, transações em que se arriscavam fortunas; e propunham-se negociações de empresas e privilégios obtidos do governo; e realizavam-se vendas e compras de papéis; e concluíam-se empréstimos de juros fortes sobre hipotecas de grande valor. 
1
E ali ia de tudo: o alto e o baixo negociante; capitalistas adulados e mercadores falidos; corretores de praça, zangões, cambistas; empregados públicos, que passavam procuração contra o seu ordenado; empresários de teatro e fundadores de jornais, em aparos de dinheiro; viúvas, que negociavam o seu montepio; estudantes, que iam receber a sua mesada; e capatazes de vários grupos de trabalhadores pagos pela casa; e, destacando-se de todos, pela quantidade, os advogados e a gente miúda do foro, sempre inquieta, farisqueira, a meter o nariz em tudo, feia, a papelada debaixo do braço, a barba por fazer, o cigarro babado e apagado a um canto da boca. E, como a casa comercial de João Romão, prosperava igualmente a sua avenida. Já lá se não admitia assim qualquer pé-rapado: para entrar era preciso carta de fiança e uma recomendação especial.
[…]
2
Fonte 
AZEVEDO, Aluísio. O Cortiço. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/. Acesso em: 17 out. 2014.
Obra literária
Aluísio Tancredo Gonçalves de Azevedo nasceu em São Luís do Maranhão, em 1857, e morreu em Buenos Aires, em 1913. 
Foi escritor de romances, contos e crônicas. Além disso, fez caricaturas para diversos jornais do Rio de Janeiro. 
Destacou-se no campo literário com os romances O mulato (1881), Casa de Pensão (1884) e O cortiço (1890).
Para refletir
Em O cortiço, Aluízio Azevedo narra o cotidiano dos moradores de um cortiço na cidade do Rio de Janeiro, da camada social formada pelos excluídos. 
Neste módulo, abordamos os fundamentos da administração financeira, revisamos os objetivos, as estratégias e as atividades empresariais. Além disso, analisamos o desenvolvimento da função financeira nas empresas e o ambiente financeiro como um todo. 
No trecho da obra selecionada, o narrador menciona a diversidade das atividades relacionadas ao pequeno comércio do personagem João Romão, ao mesmo tempo em que chama a atenção para a prosperidade do negócio. 
Após a leitura do trecho, procure refletir sobre:
a função financeira das empresas e a relação com o sucesso dos negócios;
as múltiplas atividades desenvolvidas no interior das empresas, a exemplo do próspero comércio de João Romão.
8.3 Obra de arte
Para refletir um pouco mais sobre questões relacionadas ao conteúdo deste módulo, observe a obra Caixa de suco de tomate Campebell’s, de Andy Warhol. Passe o mouse pela imagem para ampliá-la.
Informações
Andy Warhol (1930-1987), um dos principais expoentes da Pop Art americana. Como vários artistas desse movimento, Warhol trabalhava com desenho publicitário e cartazes de propaganda, o que poderia explicar sua preferência pelas técnicas gráficas e tipográficas, e pelo uso da grande dimensão. 
Seu trabalho submete as imagens utilizadas pela cultura de massa em processos que acentuam ainda mais os fetiches provocados no público que as consome. Utiliza também imagens violentas extraídas das notícias que mobilizam a população, mostrando que a reprodução do fato, por meio das fotos publicadas, banaliza a dor.
Referência bibliográfica
WARHOL, Andy. Caixa de suco de tomate Campbell’s. 1964.Pintura com polímero sintético e tinta de silkscreen sobre madeira. 25,4 x 48,3 x 24,1 cm. Acervo The Museum Of Modern Art – MoMA, Nova Iorque.
 Para refletir
Esta obra de Warhol nos mostra uma famosa marca de produtos enlatados – principalmente, sopas e suco de tomate –, que se transformou em um produto de grande sucesso nos EUA, sobretudo na década de 1960. A marca Campbell’s passou a fazer parte do cotidiano da sociedade americana que buscava a praticidade oferecida pela onda de consumo que invadia o mundo do pós-guerra. 
Neste módulo, lemos sobre os fundamentos da administração financeira. Observando a obra de Warhol com essa marca que ficou tão conhecida, podemo-nos remeter aos objetivos e às estratégias de uma empresa e refletir sobre:
a relação que há entre um objetivo bem definido e as estratégias alinhadas a esse objetivo com o fator crítico de sucesso de uma empresa;
os vários tipos de objetivos que uma empresa pode ter;
as estratégias corporativas que a empresa das sopas Campbell’s deve ter empregado para sua atuação no mercado norte-americano e depois em suas exportações. 
UNIDADE 9
Atividades
9.1 Exercícios de fixação
Questão 1
Dá-se o nome de Finanças ao campo de conhecimento que se ocupa dos processos, instituições, mercados e instrumentos envolvidos na transferência de dinheiro entre pessoas, empresas e governos. 
Há várias razões para se estudar Finanças. Cite algumas delas.
R= Existem, pelo menos, quatro razões para se estudar Finanças:
ampliar os horizontes;
administrar bem o patrimônio pessoal;
identificar oportunidades de carreira nesse vasto campo;
aprender a lidar, de modo eficaz, com o mundo dos negócios, qualquer que seja a formação acadêmica ou área de atuação profissional.
Questão 2
As empresas são sistemas projetados, operados e administrados para atingir determinado conjunto de objetivos.
Apresente os objetivos primordiais de uma empresa.
R= São objetivos primordiais de uma empresa:
maximizar o retorno aos acionistas;
satisfazer a expectativa dos clientes;
contribuir para o alcance dos objetivos nacionais ou da sociedade;
propiciar um ambiente de trabalho estimulante e estável a seus colaboradores.
Questão 3
Após fixar objetivos e estratégias, para alcançá-los, a empresa tem de considerar seu ambiente competitivo, isto é, a natureza das forças mais próximas a ela.
Identifique essas forças.
R= O ambiente competitivo é constituído por:
demanda de produtos;
principais concorrentes;
barreiras atuais que poderão inibir o ingresso de novos competidores;
regulamentação, que pode ser um fator inibidor ao sucesso da organização.
Questão 4
Os executivos influenciam outros membros da organização no sentido de observarem e respeitarem as estratégias aprovadas mediante sistemas de controle organizacional. Controle pressupõe avaliação — nesse caso, avaliação de desempenho,que poderá incluir medidas como faturamento, retorno, retenção de clientes, fatia de mercado, etc.
O controle gerencial é muito importante. A avaliação de desempenho tem ótimas intenções, mas, na prática, é um grande fator de estresse para quase todos na organização. O elenco preferencial de mensuração são os indicadores de caráter financeiro.
Sendo assim, explique as seguintes medidas de natureza financeira: 
faturamento;
resultado econômico;
retorno de investimento.
R= Faturamento é o valor total obtido por uma empresa com a venda de produtos e a prestação de serviços em dado período. Ele é informado na demonstração do resultado do exercício (DRE) da empresa, podendo ser expresso em valor bruto ou líquido. Muitas vezes, o termo é usado com o mesmo sentido de receita.
Resultado econômico é a expressão comumente utilizada para se referir ao lucro (ou prejuízo) apurado por uma empresa em dado período, tenha ou não havido movimentação de dinheiro. Contrapõe-se ao resultado financeiro, que indica o saldo realizado em base-caixa no período. 
Retorno do investimento é uma fórmula de cálculo, resultado líquido do período dividido pelo investimento realizado no mesmo período, multiplicado por 100 para fornecer a resposta em porcentagem. No numerador, o resultado líquido pode ser lucro ou prejuízo; no denominador, o valor do investimento pode ser representado pelo total do ativo, o patrimônio líquido (PL) ou outra grandeza de interesse.
Questão 5
De acordo com a perspectiva tradicional, a empresa é vista como um conjunto de funções especializadas que se distribuem por departamentos ou áreas — Finanças, Marketing, Recursos Humanos, etc. Já a perspectiva contemporânea visualiza a organização de forma diversa e mais dinâmica. 
Segundo essa visão contemporânea, uma empresa:
	
	é um sistema burocrático, hierarquizado, sob o qual se realizam as diversas funções.
	
	funciona como uma máquina, composta por partes e componentes especializados.
	
	tem foco em especialização, coordenação, autoridade, papéis e responsabilidades.
	
	define-se por três atividades amplas e complementares: obter financiamentos, realizar investimentos e conduzir operações. 
R= O foco em especialização, coordenação, autoridade, papéis e responsabilidades corresponde à perspectiva tradicional. O modelo mecanicista corresponde à identificação da empresa como uma máquina, composta por partes e componentes especializados. O sistema burocrático está caracterizado como um sistema hierarquizado, sob o qual se realizam as diversas funções. A visão contemporânea é a que agrupa as atividades empresariais em três grandes âmbitos: financiamentos, investimentos e operações. 
Questão 6
Segundo a visão financeira da empresa, as três atividades empresariais essenciais — investimento (I), financiamento (F) e operações (O) — podem ser correlacionadas aos elementos do balanço patrimonial (BP) e da demonstração do resultado do exercício (DRE). A seguir, selecione a opção adequada para cada item. 
R=
O investimento constitui-se de atividades de aplicação de recursos em uma variedade de itens, como imobilizado, composto por imóveis, móveis, veículos, máquinas, equipamentos e instalações. Supre a empresa com a capacidade básica para operar e, em geral, leva anos até que seu potencial de serviços seja esgotado por completo.
O financiamento é composto por atividades que envolvem a obtenção de fundos de duas principais fontes: proprietários ou sócios; credores ou terceiros. Há disponibilização de fundos a prazos variados, obtendo-se, em troca, o pagamento de juros e a devolução do principal em datas determinadas. 
As operações são as atividades conduzidas por diferentes departamentos e incluem as modalidades compras, produção, marketing e administração.
O balanço patrimonial (BP) é um importante demonstrativo contábil que é formado pelos grupos do ativo, do passivo e do patrimônio líquido (PL). Tem como objetivo informar a situação patrimonial e financeira da empresa em determinado momento, segundo as normas e os princípios contábeis.
A demonstração do resultado do exercício (DRE) é um importante relatório contábil, preparado pelas empresas para demonstrar as receitas realizadas e as despesas incorridas em determinado período, e, ao final, apurar o resultado — lucro ou prejuízo.
Questão 7
A pergunta fundamental que norteia a ação do administrador financeiro é: tal decisão criará valor para os proprietários da empresa? 
De fato, essa deve ser a preocupação de todos os administradores, em praticamente todas as situações, porque:
	
	representa os processos e tomadas de decisão nas empresas.
	
	todas as atividades empresariais devem ser avaliadas em termos econômicos e financeiros.
	
	trata-se do princípio fundamental de Finanças — criar valor, para os proprietários, significa buscar a maximização de sua riqueza.
	
	o conhecimento de técnicas e métricas financeiras isoladas se mostra insuficiente, sendo necessária uma abertura para valores e informações estratégicas.
R= A criação de valor é o objetivo máximo da Administração Financeira. Está focada no acionista — proprietário. É fazer com que o ganho dos investimentos seja superior a seu custo de financiamento.
Questão 8
Nas companhias abertas, a maximização da riqueza dos proprietários corresponde à maximização do valor de mercado da empresa.
O valor de mercado da organização pode ser obtido:
	
	reavaliando-se todos os ativos a preço de venda.
	
	calculando-se o valor presente líquido (VPL) dos fluxos de caixa esperados.
	
	tomando-se a média dos valores do patrimônio líquido (PL) nos últimos cinco anos.
	
	multiplicando-se o preço de mercado da ação pelo número de ações em circulação.
R= A riqueza do acionista de companhia com ações negociadas em bolsa se obtém com a multiplicação do preço de mercado da ação pelo número de ações em circulação. As demais respostas contêm elementos associados ao processo de precificação, mas são incompletas ou inviáveis. Por exemplo, a aplicação do VPL aos fluxos de caixa é apenas uma parte do processo de avaliação. Já o uso do PL como referência ou a reavaliação de ativos a valores de venda esbarram em sérias restrições.
Questão 9
Do ponto de vista da especialização, o mercado financeiro pode ser dividido em quatro segmentos.
Identifique o principal papel de cada segmento de mercado, numerando a coluna de funções primordiais de acordo com a coluna de segmentos.
Há quatro tipos diferentes de mercados financeiros:
de crédito;
monetário;
de câmbio;
de capitais.
O mercado de capitais é a grande fonte de recursos de longo prazo para investimentos pelos agentes econômicos, é a possibilidade de captação direta de fundos pelas empresas, sem intermediação, com prazos de vencimento indeterminados.
No mercado monetário, são realizadas operações de curto e curtíssimo prazos, destinadas ao controle da liquidez monetária da economia, e são negociados os certificados de depósitos interfinanceiros (CDI), exclusivamente, entre instituições financeiras.
O mercado de crédito visa, fundamentalmente, suprir as necessidades de recursos de curto e médio prazos por meio da concessão de créditos a consumidores ou financiamento de capital de giro às empresas.
No mercado de câmbio, são negociadas moedas estrangeiras conversíveis em moeda local pelas instituições credenciadas pelo Banco Central do Brasil (BACEN).
Questão 10
Do ponto de vista do administrador financeiro, um mercado eficiente garante que o preço das ações da empresa se ajuste a informações novas e relevantes, tão logo estas se tornem disponíveis para os participantes do mercado.
Nesse contexto, pode-se afirmar que, na eficiência de mercado:
	
	não há custos de transição.
	
	as informações não estão à disposição de todos.
	
	acionistas que desejarem embolsar o ganho precisarão esperar que a empresa implemente essa decisão.
	
	assim que uma empresa anuncia uma decisão que leva os participantes do mercadoa interpretarem que ela teve um valor presente líquido (VPL) negativo, seu valor de mercado sobe por um montante equivalente a essa estimativa.
Em um mercado eficiente:
não existem custos de transição;
toda informação é livre e disponível a todos;
os acionistas que quiserem embolsar o ganho só precisarão vender suas ações;
toda informação é imediatamente incorporada aos preços praticados no mercado;
quando a decisão de uma empresa faz com que os participantes do mercado entendam que houve VPL positivo, seu valor de mercado sobe por um montante equivalente a essa estimativa.
9.2 Da teoria à prática
 Situação-problema
Clique no ícone para rever a situação-problema apresentada no início da disciplina.
Após analisar o conteúdo do módulo, podemos retomar as questões apresentadas anteriormente. Clique nos números para visualizá-las.
Clique aqui para acessar as informações do balanço patrimonial e da DRE relativas aos anos de 2011 e 2012 da Paulista S.A.
1
2
3
4
Objetivos são propósitos abrangentes da empresa. Eles refletem o que seus proprietários ou representantes esperam que ela realize. Já estratégias são planos para atingir os objetivos da organização. Os dirigentes das empresas estabelecem seus objetivos e suas estratégias em função do macroambiente econômico, institucional e cultural em que pretendem atuar.
Como o mercado e os analistas avaliavam a situação da Paulista S.A. quanto a seus objetivos, suas estratégias e ao ambiente geral?
A Paulista S.A. é uma empresa de capital aberto que tem dois acionistas majoritários: a Construtora Planalto, com capital votante de 33,5%, e o Banco Nacional, com 21,2%. Diante da crise, o principal executivo do grupo Planalto, Alberto Luis Torres, afirmou: decidimos agir como donos da empresa. De fato, Torres, após acordo com o outro acionista, acabou assumindo a Presidência do Conselho de Administração, antes acumulada pela Direção Executiva. Feita a separação, a principal medida foi a troca do comando da empresa, com a escolha de um novo presidente.
Essa não é uma situação típica das companhias abertas, que costumam ter seu capital votante nas mãos de alguns — e até de muitos — acionistas.
Esse fator pode ter sido um diferencial a favor da recuperação da empresa? Se não houvesse essa circunstância, como seria gestado um plano de recuperação na ausência de donos?
O fato de a propriedade da empresa estar concentrada nas mãos de dois grandes acionistas é um grande facilitador para a tomada de medidas saneadoras em tempo e na profundidade necessária. É o que foi feito no caso da Paulista S.A., iniciando-se pela substituição do comando executivo.
Se não houvesse essa circunstância, é bem provável que a mesma equipe continuasse a dirigir a empresa e, certamente, encontraria grandes resistências para promover ajustes e cortes. O presidente de então, Tomás Jefferson, estava há dez anos acumulando a Presidência do Conselho com a Direção Executiva.
Um projeto, seja ele relativo a um novo investimento, à aquisição de outra empresa ou a um plano de reestruturação, só aumentará o valor da empresa se houver valor presente líquido (VPL) positivo.
Quando uma empresa como a Paulista S.A. começa a perder mercado e a gerar prejuízo, como fica o princípio da criação de valor? O que se pode fazer?
Observamos, no histórico da intervenção dos acionistas no comando da Paulista S.A., que o presidente escolhido para realizar as reformas necessárias, Ricardo Leão, era engenheiro mecânico, com experiência executiva em duas grandes empresas, uma de alumínio e outra de celulose. Portanto, não reunia nenhuma experiência em varejo de calçados e artigos esportivos.
Para uma gestão bem-sucedida, qual a importância de o dirigente principal ter conhecimentos específicos do negócio? Isso é decisivo ou apenas desejável? Como suprir a falta de experiência?
É desejável que o principal executivo tenha experiências e conhecimentos específicos acerca do segmento ou ramo de negócios em que está atuando. Porém, são conhecidos muitos casos de trocas de comando bem-sucedidas, sem que essa condição estivesse preenchida. O que parece pesar, positivamente, é o perfil de liderança do indivíduo, associado ao apoio irrestrito recebido dos acionistas ou de seus representantes para implementar medidas de impacto. Também é fundamental contar com o diagnóstico e as proposições de especialistas em consultoria, os quais são isentos para propor intervenções e mudanças.
Um projeto, seja ele relativo a um novo investimento, à aquisição de outra empresa ou a um plano de reestruturação, só aumentará o valor da empresa se houver valor presente líquido (VPL) positivo.
Quando uma empresa como a Paulista S.A. começa a perder mercado e a gerar prejuízo, como fica o princípio da criação de valor? O que se pode fazer?
De fato, com a queda nas vendas e a ocorrência de prejuízos, a empresa começa a destruir valor, a comprometer a riqueza dos acionistas, uma vez que sua situação difícil passa a contagiar os ânimos dos investidores, que podem se desfazer das ações. Essa oferta expandida leva à queda dos preços e à perda de riqueza.
Nesse caso, podem-se adotar planos de ajuste — que vão da redução de custos ao fechamento de fábricas, à descontinuação de produtos deficitários e aos lançamentos de novos produtos —, com vistas a recuperar o crescimento e a sustentabilidade. É preciso combinar medidas concretas com a gestão das expectativas dos stakeholders.
Questão 2 de 10:
Do ponto de vista da especialização, o mercado financeiro pode ser dividido em quatro segmentos.
O segmento que se constitui como sendo a grande fonte de recursos de longo prazo para investimentos pelos agentes econômicos é denominado:
Questão 3 de 10:
A companhia aberta deve cumprir diversos requisitos definidos na Lei das Sociedades Anônimas e nas regulamentações da Comissão de Valores, para garantir a confiabilidade das informações e demonstrações financeiras divulgadas.
Nesse sentido, podemos afirmar que a diferença essencial entre a companhia aberta e a empresa de capital fechado está no fato de que a primeira:
Questão 4 de 10:A empresa é um sistema projetado, operado e administrado para atingir determinado conjunto de objetivos.
Nesse sentido, é correto afirmar que os objetivos empresariais:
Questão 5 de 10:
O conceito de finança empresarial bem como o desenvolvimento da função financeira nas empresas são necessários para compreendermos o escopo, a natureza, a evolução e a organização dessa disciplina.
Desse modo, pode-se definir Finanças Empresariais como o campo do conhecimento que:
Questão 6 de 10:
O balanço patrimonial sintetiza duas atividades empresariais essenciais de uma empresa.
Podemos classificá-las como atividades:
Questão 7 de 10:
A companhia aberta deve cumprir diversos requisitos definidos na Lei das Sociedades Anônimas e nas regulamentações da Comissão de Valores, para garantir a confiabilidade das informações e demonstrações financeiras divulgadas.
Nesse sentido, podemos afirmar que a diferença essencial entre a companhia aberta e a empresa de capital fechado está no fato de que a primeira:
Questão 8 de 10:
As atividades operacionais da empresa são aquelas que envolvem esforços de comprar, produzir, comercializar e administrar. Essas atividades dão origem às receitas e às despesas.
Tais receitas e despesas estão organizadas em um relatório denominado demonstração:
Questão 9 de 10:
Em uma perspectiva tradicional, a empresa é vista como um conjunto de funções especializadas que se distribuem por departamentos ou áreas. Uma perspectiva mais contemporânea agrupa três âmbitos.
Segundo essa perspectiva contemporânea, as atividades fundamentais da empresa consistem em:
Questão 10 de 10:
O passivo refere-se a obrigações da empresa para com terceiros; o ativo, a recursos econômicos que capacitam a empresa a gerar benefícios atuais e futuros, e o patrimônio líquido é o grupo que compreende os direitos dos sócios ou acionistas sobre o ativo da empresa.
A partir dessas definições,é correto concluir que a equação fundamental do balanço patrimonial é:

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