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Gabarito da AD2 de IDPP

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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
 
Avaliação a Distância 2 – AD2 
Período - 2014/2º 
Disciplina: Instituições de Direito Público e Privado 
Coordenador: Prof. Afranio Faustino de Paula Filho 
 
GABARITO 
 
Data-limite para entrega: 20/10/2014 (23:55h) 
Conteúdo: Aulas 8 a 11 
Total de Pontos: 100 (Cem) 
 
Após estudar as aulas 8 a 11 desta disciplina, escreva um texto on-line, respondendo às questões que se 
seguem: 
 
1. Discorra livremente sobre o princípio da eficiência, enfatizando: seu conceito; seus pressupostos; as 
razões de sua introdução no texto constitucional; e a sua influência no surgimento das agências execu-
tivas e reguladoras. (30 pontos) 
 
Expectativa de Resposta: 
 
 O princípio da eficiência é aquele que orienta os agentes públicos no sentido de que de-
vem gerir os interesses públicos de modo a alcançar a melhor realização possível, para a plena satis-
fação dos administrados, com os menores custos para a sociedade. Tem, portanto, os seguintes 
pressupostos: 1. plena satisfação dos administrados; e 2. menor custo para a sociedade. O princípio 
da eficiência impõe ao agente público um modo de atuar que produza resultados favoráveis à con-
secução dos fins que cabe ao Estado alcançar. Esse princípio foi expressamente introduzido no texto 
constitucional brasileiro em 1998, pela Emenda Constitucional n.º 19, que promoveu a chamada Re-
forma Administrativa, que inseriu fundamentos da administração privada – produtividade, atuali-
dade, rapidez de atuação, metas e prazos – na Administração Pública, visando a sua modernização e 
alinhamento com os novos padrões de exigência mundiais. Foi a partir da emenda nº 19 que surgi-
ram as figuras das agências executivas e as agências reguladoras, sendo que as agências executivas 
estavam voltadas para uma reformulação das autarquias e das fundações públicas preexistentes, cu-
jo enorme quadro de pessoal não correspondia aos modestos resultados obtidos por elas. Era ne-
cessário então um estudo com vistas a reduzir e reorganizar esse quadro, tornando-o menor, mais 
ágil e melhor qualificado para alcançar as metas estabelecidas. 
As agências reguladoras, por outro lado, seriam novas entidades a serem criadas para desempenhar, 
dentre outras, as funções de controle e fiscalização da prestação de serviços públicos. 
 
2. Quais as características dos direitos e garantias do ser humano? Explique-as. (30 pontos) 
 
Expectativa de Resposta: 
 
 São elas: a imprescritibilidade; a inalienabilidade; a irrenunciabilidade e a universalidade. 
 A imprescritibilidade desses direitos significa dizer que eles não se perdem pelo decurso 
do tempo, ou seja, não prescrevem (não têm prazo de validade). 
 A inalienabilidade significa a impossibilidade de transferência dos direitos a outra pessoa, 
seja a título gratuito, seja a título oneroso. Isso significa que uma pessoa não pode doar ou vender 
seus direitos a outra pessoa. 
 Por irrenunciabilidade entende-se que não se pode renunciar a nenhum desses direitos. 
Hoje há uma grande discussão a respeito dessa característica, quando pensamos em temas como 
eutanásia, aborto e suicídio. Assim, o direito à vida e o direito à liberdade, ambos fundamentais, 
muitas vezes colidem entre si. 
 Finalmente, a universalidade reflete a abrangência desses direitos, englobando todos os 
indivíduos, independentemente de seu sexo, cor, credo ou nacionalidade. 
 
3. Como podem ser classificados os órgãos públicos, levando-se em conta a sua posição estatal? Expli-
que-os e exemplifique-os. (10 pontos) 
 
Expectativa de Resposta: 
 
Podem ser independentes, autônomos, superiores e subalternos. 
 
a) Independentes: são aqueles originários da Constituição, sendo representativos dos Poderes de 
Estado (Legislativo, Executivo e Judiciário). Por esse motivo, são também denominados órgãos 
primários do Estado. 
Ex.: Poder Legislativo - Congresso Nacional (Senado Federal e Câmara dos Deputados), Assem-
bléias Legislativas, Câmaras de Vereadores; Poder Executivo: Presidência da República, Gover-
nadorias dos Estados e do Distrito Federal, Prefeituras Municipais; Poder Judiciário: Tribunais 
(Supremo Tribunal Federal, Tribunais Superiores Federais e demais Tribunais Federais e Estadu-
ais), Juizes (Federais e dos Estados); Ministério Público (federal e estaduais); e Tribunais de Con-
tas. 
 
b) Autônomos: são aqueles localizados na cúpula da Administração Pública, imediatamente abaixo 
dos órgãos independentes e diretamente subordinados a seus chefes. Têm autonomia adminis-
trativa, financeira e técnica. Participam das decisões governamentais segundo as diretrizes dos 
órgãos independentes, que expressam as opções políticas do governo. Seus dirigentes, em re-
gra, são agentes políticos nomeados em comissão. 
Ex.: Ministérios, Secretarias de Estado e de Município, Procuradorias-Gerais de Estado, dentre 
outros. 
 
c) Superiores: são aqueles que possuem o poder de direção, chefia ou comando dos assuntos de 
sua competência específica, mas estão sempre subordinados a uma chefia mais alta. Situam-se 
entre os órgãos autônomos e os subalternos. Não gozam de autonomia administrativa, nem fi-
nanceira, que são atributos dos órgãos independentes e autônomos a que pertencem. 
Ex.: Gabinetes, Secretarias-Gerais, Coordenadorias, Divisões, Inspetorias-Gerais, Inspetorias, 
Procuradorias Administrativas e Judiciais, Departamentos, Divisões dentre outros. 
 
O nome do órgão é irrelevante; o que importa para caracterizá-lo como superior é a po-
sição hierárquica de suas atribuições dentro da estrutura organizacional. 
 
d) Subalternos: são todos aqueles que se acham subordinados a órgãos mais elevados. Têm atribui-
ções de execução. Destinam-se à realização de serviços de rotina, tarefas de formalização de atos 
administrativos, cumprimento de decisões superiores e atendimento ao público, prestando-lhe 
informações e encaminhando seus requerimentos. 
Ex.: Protocolos, Portarias, Seções de Expediente, Serviços, dentre outros. 
 
4. No Brasil, a Constituição vigente registra três tipos de poderes constituintes, sendo que apenas um 
deles continua sendo exercido plenamente: o poder constituinte derivado reformador. Com base nes-
ta certeza, elabore um quadro comparativo em que fiquem claras as principais diferenças entre este 
poder constituinte derivado reformador, ou de reforma, e o poder constituinte derivado revisional, ou 
de revisão, que foi exercitado apenas uma vez, com base no art. 3º do Ato das Disposições Constituci-
onais Transitórias. 
Indique ainda quantas Emendas de Revisão e quantas Emendas de Reforma à atual Constitui-
ção foram promulgadas até hoje, dia 12 de outubro de 2014. 
Por fim, indique o total de vezes que a atual Constituição Federal foi modificada. (30 pontos) 
 
Expectativa de Resposta: 
 
REFORMA REVISÃO 
Aprovação exige 3/5 dos votos dos respectivos 
membros da Câmara dos Deputados e Senado 
Federal (art. 60, §2º). 
Aprovação por maioria absoluta dos membros 
do Congresso (Ato das Disposições zonstitucio-
nais Transitórias, ADCT). 
Aprovação em dois turnos, em cada casa legisla-
tiva. 
Aprovação em um só turno, em sessão unicame-
ral. 
Exercido de forma permanente. Exercido uma única vez. 
Sofre restrições do art. 60. Para uns, ele é irrestrito; para outros, só pode 
referir-se aos assuntos que foram objeto do 
ADCT. 
 
Até o dia 12 de outubro de 2014 foram promulgadas 83 (oitenta e três) Emendas de Reforma sendo 
que a de nº 83 foi promulgada em 05/08/2014. 
Confira em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/quadro_emc.htm 
 
Já as Emendas de Revisão são 6 (seis) sendo a Emenda de Revisão nº 6 foi promulgada em 
07/06/1994. 
Confira em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/ECR/quadro_ecr.htmNo total, portanto, a Constituição Federal atual já foi modificada 89 (oitenta e nove) vezes. 
 
Boa atividade! 
 
Em caso de dúvida, procure preferencialmente o seu tutor presencial, 
pois a correção da AD é de responsabilidade dele(a) 
 
As regras das ADs estão discriminadas no Guia da Disciplina

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