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Ao contrário da Massa, a quantidade de Energia de um sistema não pode ser medida em termos absolutos. Temos que nos contentar em poder medir a variação de energia quando um sistema passa de um estado para outro. Por exemplo, ao sofrer uma variação de temperatura. Para medir esta variação de energia utiliza‐se a ENTALPIA A Entalpia H (T) é a função termodinâmica associada ao conteúdo energético de uma substância. Ela é função da temperatura e tem unidades energia / massa. 1 Aula 9 Balanço de massa e energia Assim como não se pode medir a energia de um sistema, também não se pode medir a sua entalpia. Mas pode‐se calcular a variação de entalpia entre duas temperaturas. Assim, para se elevar a temperatura de uma substância deT1 até T2 , é preciso lhe fornecer uma quantidade de energia igual a ΔH. De maneira análoga, para se reduzir a sua temperatura de T2 até T1 , é preciso lhe subtrair uma quantidade de energia igual a ΔH. 2 É possível atribuir um valor à Entalpia a uma dada temperatura desde que se defina uma temperatura de referência To na qual se atribua a ela o valor arbitrário zero. Por exemplo, para o etileno: A quantidade de energia a ser fornecida ou removida depende da Capacidade Calorífica (Cp) de cada substância. 3 A Capacidade Calorífica é a quantidade de calor que deve ser fornecida para elevar de um grau a temperatura de uma unidade de massa de uma substância. A capacidade calorífica é função da temperatura: As constantes são tabeladas para cada substância. Para o etileno: a = 40,75 : b = 0,1147 : c = ‐ 6,89510‐5 : d = 1,76610‐8 : T [=] oC 4 CÁLCULO DE ENTALPIAS Q= H2 – H1 -Não se podem calcular valores absolutos de entalpia. - Para aplicar a equação deve se estabelecer um estado de referencia. O correspondente a os elementos livres de todas as sustâncias a uma pressão e temperatura (geralmente 1 atmosfera e 25ºC) A entalpia de uma sustância (com respeito a um estado de referencia) é a soma de três contribuições: • Entalpia o calor de formação • Calor sensível • Calor latente 5 Entalpia padrão de formação O calor de formação , ou entalpia padrão de formação (ΔHf 0) de um composto químico é a variação da entalpia da reação de formação deste composto a partir de suas espécies elementares que o compõem, ou seja, é a energia liberada ou absorvida pela reação de formação de compostos. A reação de formação de composto consiste na formação do composto em questão a partir dos seus elementos na sua forma mais estável nas CNTP. Calor sensível: energia transferida entre dois corpos a diferentes temperaturas ou a energia presente de um corpo em virtude de sua temperatura. Calor latente: provoca algum tipo de alteração na estrutura física do corpo. É a quantidade de calor que a substância troca por grama de massa durante a mudança de estado físico (fusão, vaporização, sublimação e condensação a pressão e temperatura constantes. 6 CÁLCULO DE ENTALPIAS Entalpia da espécie A a temperatura T, na qual houve troca de fase Calor padrão de formação da substância A Calor sensível (T referência) Entalpia de mudança de fase - calor latente (T referência) 7 CÁLCULO DE ENTALPIAS 8 CALOR DE FORMAÇÃO CALOR SENSÍVEL Métodos para avaliar os calores sensíveis Balanço de energia em processos abertos em regime estacionário, sempre é necessário determinar a variação de entalpia que experimenta o sistema. Em muitas aplicações práticas, a variação de entalpia é numericamente igual ao calor trocado entre o sistema e os arredores. Então, o cálculo da variação de entalpia, suporta ao cálculo de calores sensíveis para processos onde não se levam a cabo reações químicas, nem mudanças de fase. Nestes casos, para processos a pressão constante: ∆𝐻 = 𝐶𝑝𝑑𝑇 𝑇2 𝑇1 Pode empregar se em: 1- Para gases ideais, pois tanto Cp como ΔH são independentes 2- Para líquidos, sólidos ou soluções, devido ao Cp variar muito pouco com a pressão. 9 10 R = 8,315 J∙K-1mole-1 = 1.99 cal K-1 mole-1 Para gases ideais dQ = cv n dT A volume constante dQ = dU Se o volume é constante: W=o (Para gases monoatômicos) cv = 3/2 R = 3 cal/mol/ºC. dQ = cp n dT A pressão constante pdV + Vdp = nRdT Vdp = 0, então dW = pdV = nR dT dQ = dU + dW cp n dT = cv n dT + nR dT cp = cv + R cp = 5/2 R = 5 cal/mol/ºC. [gás ideal monoatômico] Gases Diatômicos cv = (5/2)R cp = (7/2)R Nos processos dU = 0 processo isotérmico (T=cte) dQ = 0 processo adiabático dQ = cpn dT processo isobárico (p=cte) dQ = cvn dT processo isocórico (v=cte) dW = p dV e zero processo isocórico. Exemplo: Cálculo de entalpias 5 kg de gelo a – 10ºC são aquecidos até fundir-se transformando- se em água líquida a 0ºC; então fornece-se um calor adicional para transformar a água em vapor. O vapor saturado sai a 100ºC. Calcular a variação de entalpia do processo completo. O calor específico do gelo é 2,05 kJ/kgK. O calor específico da água líquida é 4,182 kJ/kgK e o calor latente de fusão é 333,2 kJ/kg e o calor latente de vaporização a 100ºC é 2257,6 KJ/kg. Se opera a P atmosférica. 11 Solução 12 2. Cálculo da entalpía do vapor a 100ºC: 2 etapas 13
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