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Medidas Antropométricas Profª. Daniele Cardoso Medidas Antropométricas Objetivos da aula – Estudar as medidas antropométricas, sua aplicabilidade e limitações; – Conhecer as técnicas de aferição adequadas; _ Conhecer os instrumentos adequados para aferição de cada medida antropométrica. Medidas Antropométricas Medidas •Peso •Estatura •Circunferências ou perímetros •Dobras ou pregas cutâneas •Medidas especiais O bom antropometrista… • Muito treinamento – Toda a equipe tem que estar exaustivamente treinada para diminuir a probabilidade de erros na aferição das medidas; • Identificação precisa dos pontos anatômicos •Familiarização com os equipamentos – escalas, forma de funcionamento e manuseio • Selecionar o local adequado – deve permitir o livre deslocamento do profissional em torno do avaliado e a temperatura ambiente deve ser confortável; • Posicionamento do indivíduo e do equipamento deve ser sobre superfície nivelada. Dicas importantes • Os equipamentos usados devem ser frequentemente aferidos ou calibrados; • O avaliado deve ser esclarecido quanto as medidas que serão feitas para que sinta-se mais a vontade. • O avaliado deve receber orientações prévias para realização do teste: comparecer usando roupas de banho (calção / biquíni) que facilitam a localização dos pontos anatômicos; • É importante que os pontos anatômicos sejam identificados e marcados antes de iniciar a rotina de mensuração, o que garante, especialmente ao iniciante, maior precisão das medidas. Coletas das medidas antropométricas Técnica correta Técnica incorreta Processo de diagnóstico nutricional informações de qualidade informações incorretas Qual é o seu objetivo? Fonte: SISVAN RESUMINDO .... Equipamentos antropométricos Equipamentos antropométricos As características dos equipamentos antropométricos e a técnica utilizada exercem grande influência sobre a qualidade da medida avaliada. Características do Equipamento - O equipamento foi elaborado com a finalidade de avaliar especificamente a medida antropométrica de interesse? - O equipamento foi fabricado com material de boa qualidade, que garanta sua durabilidade e seu correto manuseio? - O equipamento foi fabricado por uma empresa idônea, que garanta assistência técnica, manutenção e calibração do mesmo sempre que necessário? - O modelo do equipamento é adequado às necessidades e/ou especificidades do estabelecimento? Componentes básicos dos equipamentos antropométricos Equipamento: balança plataforma mecânica Sinônimos: balança antropométrica mecânica, balança mecânica. Componentes básicos dos equipamentos antropométricos Equipamento: balança plataforma digital Sinônimos: balança antropométrica de adultos, balança eletrônica de adultos. Componentes básicos dos equipamentos antropométricos Equipamento: balança de campo digital Sinônimos: balança de campo eletrônica, balança portátil eletrônica, balança digital, balança eletrônica . Componentes básicos dos equipamentos antropométricos Equipamento: balança pediátrica mecânica. Sinônimos: balança infantil mecânica, balança pesa-bebê. Componentes básicos dos equipamentos antropométricos Equipamento: balança pediátrica digital. Sinônimos: balança infantil eletrônica, balança pesa-bebê. Componentes básicos dos equipamentos antropométricos Equipamento: balança pediátrica de campo suspensa. Sinônimos: balança suspensa, balança pediátrica portátil. Componentes básicos dos equipamentos antropométricos Equipamento: fita antropométrica Sinônimos: trena antropométrica Componentes básicos dos equipamentos antropométricos Equipamento: antropômetro vertical portátil Sinônimos: antropômetro de campo, estadiômetro portátil, antropômetro desmontável, régua antropométrica Componentes básicos dos equipamentos antropométricos Equipamento: antropômetro vertical fixo tradicional Sinônimos: estadiômetro horizontal, régua antropométrica de adultos, antropômetro de adulto Componentes básicos dos equipamentos antropométricos Equipamento: antropômetro vertical fixo tipo trena. Sinônimos: estadiômetro de trena, trena antropométrica. Componentes básicos dos equipamentos antropométricos Equipamento: adipômetro Sinônimos: plicômetro, compasso de dobras cutâneas, caliper Componentes básicos dos equipamentos antropométricos Equipamento: antropômetro horizontal Sinônimos: infantômetro, estadiômetro horizontal, régua antropométrica infantil, prancha de medição infantil Componentes básicos dos equipamentos antropométricos Equipamento: paquímetro ósseo Sinônimos: paquímetro antropométrico Medidas antropométricas Medida antropométrica = variável corporal que se deseja obter Medidas antropométricas Peso • Medida que expressa a massa ou volume corporal permitindo acompanhar o processo de crescimento e desenvolvimento dos indivíduos; •Corresponde a somatória da massa orgânica e inorgânica. •Permite o controle das variações da massa corporal (incrementos ou diminuições) • Medida antropométrica que está relacionada com outras variáveis como idade, sexo, estatura, dentre outras variáveis. Medidas antropométricas Peso •Reflete o estado nutricional atual do indivíduo, fornecendo informações precoces de inadequações nutricionais. •Avalia o grau de risco nutricional, fornecendo informações que, analisadas com critérios específicos, estabelecem o prognóstico de doenças. Medidas antropométricas Tipos de Balança – Balança pediátrica - “Pesa bebê” • Capacidade máxima: até 15-16Kg • Capacidade mínima: 125g • Precisão: 5 - 10g Medidas antropométricas Tipos de Balança – Balança plataforma mecânica • Capacidade máxima: 150 Kg • Capacidade mínima: 2,0 – 2,5Kg • Precisão: 100g Medidas antropométricas Tipos de Balança – Balança plataforma eletrônica (digital) • Capacidade máxima: 150 Kg • Capacidade mínima: 2,0 – 2,5Kg • Precisão: 100g Medidas antropométricas Tipos de Balança – Balança eletrônica portátil (digital) • Capacidade máxima: até 150 Kg • Capacidade mínima: 2,0 – 2,5Kg • Precisão: 50-100g • Mais utilizadas em trabalhos de campo Dicas importantes... •A balança deve ser posicionada em piso plano, sem desníveis e sempre calibrada no zero; •Verificar a calibração a cada aferição realizada; •Utilizar sempre a mesma balança. •Para medida de massa corporal é necessário que o avaliado vista pouca roupa e esteja descalço. •A balança deve ser periodicamente calibrada. Técnica para aferição do peso Crianças maiores de 2 anos, adolescentes, adultos e idosos • Nivelar a balança calibrando-a de tal forma que a agulha coincida com o fiel (tradicionais) ou tarar/zerar (eletrônicas); • Solicitar que o indivíduo retire todos os objetos que possam interferir na aferição: chaves, carteira, celular, etc; • Solicitar que o indivíduo suba na balança, sem calçados e com o mínimo de roupa possível (ambulatórios → jalecos específicos); Técnica para aferição do peso • O indivíduo deve permanecer ereto, em posição ortostática, no centro da plataforma, mantendo o peso distribuído igualmente nos pés, braços ao longo do corpo e olhar fixo num ponto a sua frente de modo a evitar oscilações na leitura da medida; O que é posição ortostática? Técnica para aferição do peso Posição ortostática: posição na qual o indivíduo encontra- se em pé, na posição ereta, com os pés afastados à largura do quadril, apoiado sobre os dois pés, com os ombrosrelaxados e os braços ao lado do corpo. Técnica para aferição do peso • Destravar a balança (tradicionais) e efetuar a pesagem; • Travar a balança, solicitar que o indivíduo desça; • Anotar o peso no formulário/prontuário; • Ao terminar, colocar os pesos no ponto zero; • O peso deve ser aferido com repetições até que a diferença entre as aferições não exceda 100g para a criança ou adulto. Técnica para aferição do peso Balança mecânica Fonte: SISVAN Técnica para aferição do peso Fonte: SISVAN Técnica para aferição do peso Fonte: SISVAN Técnica para aferição do peso Fonte: SISVAN Técnica para aferição do peso Fonte: SISVAN Balança Digital Fonte: SISVAN Balança Digital Fonte: SISVAN Técnica para aferição do peso – Crianças menores de 2 anos Técnica para aferição do peso Crianças menores de 2 anos • Utilizar a balança apropriada → pediátrica; • Pesar a criança despida (inclusive sem fraldas); • A crianças que não fica sentada, deve ser pesada deitada sobre a balança forrada com um pano/papel descartável; • Cuidado para a criança não portar brinquedos ou objetos nas mãos; •Nivelar a balança calibrando-a de tal forma que a agulha coincida com o fiel (tradicionais) ou tarar/zerar (microeletrônicas); • Colocar o bebê, sem roupa, sobre a bandeja; • Destravar a balança; • Realizar a pesagem; • Travar a balança novamente; Técnica para aferição do peso • Retirar o bebê, entregando-o à mãe; • Anotar o peso na ficha/prontuário e cartão da criança ; • O peso deve ser aferido com repetições até que a diferença entre as aferições não exceda 10g; • As crianças que não permanecerem deitadas e/ou estiverem muito agitadas, devem ser pesadas no colo da mãe, na balança de plataforma para adultos, fazendo a diferença com o peso da mãe sozinha. Medidas antropométricas Altura (A) •Na língua portuguesa, a palavra estatura é sinônimo de altura; •O termo “altura”, em português, serve tanto para expressar o comprimento (deitado) quanto a estatura (em pé).; •É adotado o termo “comprimento” para a altura de crianças menores de 2 anos (24 meses) e o termo “estatura” para a altura de crianças maiores de 2 anos, adolescentes ou adultos. Medidas antropométricas Altura • Expressa a dimensão linear ou longitudinal do corpo; • Compreende a somatória dos seguintes componentes corporais: membros inferiors, pelvis, coluna vertebral e crânio; • Indica o estado nutricional passado ou crônico; • Avalia o déficit nutricional cumulativo; • Mede-se o grau de desenvolvimento de um país pela altura de sua população. • Relaciona-se com outras variáveis antropométricas: idade, sexo e peso. Equipamento –Crianças menores de 2 anos: • Infantômetro ou antropômetro horizontal – Crianças maiores de 2 anos, adolescentes, adultos e idosos: • Antropômetro vertical - portátil - acoplado à balança - de parede (escala métrica e esquadro) Técnica para aferição da altura Indivíduos maiores de 24 meses (2 anos), adolescentes, adultos e idosos • Corresponde a medida entre o vértex e a região plantar. Vértex.... É a parte mais alta do crânio. Sua identificação está condicionada à manutenção do plano horizontal de Frankfurt. Plano Horizontal de Frankfurt.... Técnica para aferição da altura • Plano Horizontal de Frankfurt: A cabeça é posicionada de modo que a linha imaginária que liga a pálpebra inferior (Orbitale) à parte mais alta do lóbulo da orelha (Trago) esteja paralela em relação ao solo. Técnica para aferição da altura • A medida é feita ao final de uma inspiração, com o avaliador posicionado ao lado direito do avaliado, em condições de fazer a leitura da medida sem alterar o cursor. • Posição correta: pés juntos (calcanhares devem se tocar), e encostados na barra da escala da medida; • Indivíduo deve permanecer de pé, ereto, em posição ortostástica, de costas para o antropômetro, estando o occipital, dorso, nádegas e calcanhares tocando o instrumento de medida; Técnica para aferição da altura • Manter a cabeça reta, olhando um ponto fixo à frente; • Encostar a extremidade do antropômetro na parte mais alta da cabeça; • Efetuar e anotar a leitura; • Repetir a medição, não podendo a diferença entre as repetições ser superior a 0,5cm; • Se for necessário, o avaliador deve subir em um banco para fazer a leitura. Medida da estatura Medida da estatura Medida da estatura Medida da estatura Fonte: SISVAN Técnica para aferição da altura – Antropômetro de parede • Monta-se o antropômetro de parede na falta de um antropômetro comum; • Necessita de fita métrica (deve ser sempre a mesma) e esquadro; • Fita métrica – deve ser inextensível, inelástica e milimetrada; • Em uma parede nivelada, sem rodapé, afixar a fita no início do solo; Técnica para aferição da altura • Em caso de pessoas altas, deve-se afixar a fita a 30, 40 ou 50cm do solo; • Lembrar de incluir esta diferença na altura anotada; • Os números devem ficar invertidos para facilitar a leitura; • A fita deve ser ajustada à parede, em vários locais, utilizando-se de uma fita adesiva transparente para permitir a leitura adequada dos números; • Certificar-se de que a posição da fita é completamente vertical (utilizar, para comprovação, um objeto pesado no extremo de um fio – igual equipamento de pedreiro). Técnica para aferição da altura – Esquadro • É o complemento da fita métrica e permite obter a medida da altura com maior precisão; • Deve ser um esquadro com 20 cm de altura, em cuja base tenha-se uma tábua em posição perpendicular ao cateto vertical do esquadro. Esta base encosta na cabeça do avaliado; • O lado vertical deve ser encostado na parede para medir a altura do indivíduo sem desvios. Técnica para aferição da altura Crianças menores de 24 meses ( 2 anos) • Colocar o equipamento sobre uma superfície plana e nivelada (mesa, maca); • A criança é deitada em decúbito dorsal • Certifique que a criança está esticada na prancha, de modo que a medida seja precisa; Medidas antropométricas • Um ajudante (mãe) segura a cabeça da criança com as duas mãos (nas bordas inferiores do maxilar inferior e regiões temporo-parietais), a fim de manter a cabeça tocando a parte fixa do infantômetro; • O examinador segura com a mão esquerda as pernas da criança para que se mantenham estendidas e movimenta a parte móvel para que toque e exerça pressão sobre os calcanhares da criança (os pés devem estar em ângulo reto em relação as pernas); Medidas antropométricas • A parte móvel é colocada de modo a ficar paralela aos pés da criança e o comprimento é estabelecido através da medida de uma régua colocada na prancha. Idade Tipos: • Idade cronológica – obtida a partir da data de nascimento (utilizada na antropometria). • Idade biológica – obtida por meio do peso e altura, de acordo com o gênero. • Idade óssea – obtida por meio de radiografias. Idade – Quando a criança não é registrada? Alternativas: • Associar a data de nascimento com celebrações locais, acontecimentos ocasionais, carnaval, início ou término de estações, festas religiosas, épocas de plantio, etc. • Investigador calcula a idade aproximada de acordo com os dados antropométricos (idade biológica). Perímetros ou Circunferências Perimetria = medida dos perímetros corporais Usos: - avaliação do padrão de distribuição de gordura corporal; - em substituição ao uso das dobras em casos de acúmulo excessivo de gordura corporal. Perímetros ou Circunferências Técnica – Identificar anatomicamenteo local de mensuração; – Mensurar de 2 a 3 vezes cada local, em ordem rotacional; – Variação permitida entre as aferições: •1,0cm para ombro, peito, abdômen, cintura e quadril • 0,5cm para coxa • 0,2cm para panturrilha, tornozelo, pulso, braço e antebraço Perímetros ou Circunferências Técnica – Utilizar fita antropométrica; – A tensão aplicada pela fita não deve comprimir a pele ou o tecido subcutâneo; – Realizar as medidas no hemicorpo direito* * Frisancho, 1993 Perímetros ou Circunferências – Avaliação do estado nutricional • Cabeça (cefálica) • Pescoço • Tórax • Punho • Braço • Cintura/Abdomen • Quadril • Panturrilha Perímetro cefálico (PCef) Medida antropométrica utilizada na avaliação do estado nutricional infantil → indicador de desenvolvimento cerebral e, consequentemente, do EN. I Perímetro cefálico (PCef) Referência: curvas OMS 2006/2007 I Interpretação: •Microcefalia → redução do desenvolvimento cerebral → desnutrição ???? •Macrocefalia → aumento anormal do tamanho cerebral → hidrocefalia ??? Perímetro cefálico Técnica – Colocar o indivíduo com a cabeça firme a direita do examinador; – Passar a fita pela região frontal, logo acima dos rebordos orbitários e posteriormente, ao nível da proeminência máxima do occipital, contornando a cabeça da criança ao mesmo nível a direita e a esquerda. Perímetro torácico (PT) •Parâmetro antropométrico utilizado em crianças → indica o desenvolvimento nutricional / crescimento. •Indicador de desnutrição em crianças menores de 5 anos quando associado ao Pcef. •Usado em substituição ao peso quando a criança não pode ser pesada. Perímetro torácico Técnica – Passar a fita em torno da caixa torácica, formando um ângulo reto com a coluna vertebral, ao nível da base do apêndice xifóide e logo abaixo dos ângulos inferiores da escápula, devendo ser mantida suficientemente tensa, em contato firme. Perímetro do braço ou braquial (PB) – medida complementar na detecção da DEP, em crianças pré- escolares, adultos e gestantes; – corresponde ao somatório das áreas constituídas pelos ossos, músculo e gordura; _ expressa a combinação da massa muscular do braço e reserva de gordura – superestimação em atletas → hipertrofia muscular Circunferência do braço Técnica _ Identificar, pela palpação, os ossos acrômio da escápula e olécrano da ulna. _ Localizar o ponto médio da linha longitudinal entre os dois ossos, com o braço dobrado em ângulo de 90º. Circunferência do braço Técnica – A circunferência deve ser aferida na marcaçãodo ponto médio estando o indivíduo de pé, com o braço relaxado, em posição natural (ao longo do corpo com a palma da mão voltada para coxa); – A fita deve ser colocada horizontalmente, em contato com a pele sem apertar ou deixar folgas; OBS: as crianças < de 2 anos devem ficar sentadas no colo das mães, demais indivíduos devem permanecer de pé. Circunferência da Cintura (CC) – Medida que permite avaliação aproximada da deposição de gordura central ou intra-abdominal; – É utilizada na avaliação do risco cardiovascular e metabólico de um indivíduo visto que algumas complicações como as doenças metabólicas crônicas e cardiovasculres estão associadas à deposição da gordura abdominal. Circunferência da Cintura Locais de aferição: • Imediatamente abaixo da última costela (CC1) - não apresenta dificuldade de identificação, inclusive em obesos - para alguns indivíduos CC1 = CC2. Circunferência da Cintura Locais de aferição: • Cintura natural (circunferência mínima do indivíduo, que é a parte mais estreita do tronco) (CC2) – (Cameron, 1984) - local de medida recomendado pela OMS - fácil identificação visual - exceção: obesos e extrema magreza Obs.: nas situações em que não é possível localizar a cintura natural, pode-se circundar a circunferência dois dedos acima da cicatriz umbilical (Asayama et al, 1997). Circunferência da Cintura Locais de aferição: • Ponto médio entre a última costela e a crista ilíaca (CC3) (Petroskiy, 2003) - dificil localização e marcação - mais demorado • Borda da crista ilíaca (CC4) (NIH, 2000) - tecnicamente é a mais difícil especialmente nas mulheres - dificil estabilização da fita - local que obteve maior correlação com medidas de percentual de gordura corporal - correlaciona-se com L4 e L5 (local de realização de exames) Circunferência da Cintura Observa-se diferenças de gênero para as medidas de CC - no sexo masculino observou-se apenas um local significativamente menor – CC2 - demais locais não apresentaram difirença estatistica significativa - no sexo feminino, entretanto, as diferenças apresentam-se significativas: CC2<CC1<CC3<CC4 Correta localização e padronização do local da medida são fundamentais para reprodutibilidade da medida. Circunferência da Cintura Técnica – Indivíduo de pé, com músculo abdominal relaxado e peso distribuído igualmente nos dois pés, que devem ficar afastados cerca de 25 a 30 cm; – Circunda-se a circunferência com a fita, tomando-se cuidado para não haver compressão dos tecidos; – Deve ser aferida durante a respiração normal (solicitar que a pessoa inspire e, em seguida, expire totalmente, realizando a medida antes da proxima inspiração). Borda da crista ilíaca Circunferência da cintura Circunferência da cintura Fonte: SISVAN Circunferência do Quadril (CQ) – Usada em associação com a circunferência da cintura na determinação da distribuição de gordura corporal – Medida no ponto de maior protuberância dos glúteos; – Atenção ao nivelamento da fita métrica de ambos os lados do corpo. Circunferência do quadril Fonte: SISVAN Circunferência da Panturrilha (CP) – Importante indicador de desnutrição em idosos – Reflete alterações no conteúdo de massa muscular – Sua principal limitação de uso é a presença de edema –Utilizada em substituição ao peso corporal na impossibilidade de obtê-lo. Circunferência da Panturrilha Técnica – Medida no ponto de maior protuberância da panturrilha. – Pode ser medida com o indivíduo de pé ou sentado; – Solicitar ao indivíduo não forçar a musculatura da panturrilha; – Circundar a panturrilha, realizando a leitura. – Utiliza-se fita métrica graduada, flexível e inelástica. Circunferência da Panturrilha Técnica – Com o indivíduo de pé ou assentado o observador passa a fita métrica em volta da panturrilha, movendo-o para cima e para baixo para localizar o maior circunferência. – No ponto de maior circunferência efetuar a aferição da medida. Circunferência da Panturrilha Técnica •Para medir a circunferência da panturrilha em pessoas limitadas a cadeira de rodas: - O indivíduo deve estar sentado com a perna apoiada de forma que a perna e os pés fiquem em um ângulo de 90 °. - Ajoelhado ao lado da panturrilha, o observador passa a fita métrica ao redor da mesma, movendo-a para cima e para baixo de forma a localizar o ponto de maior circunferência. Circunferência do punho (Cpu) – Indicador da compleição física (nível de ossatura); – Medida transversalmente nos processos estilóides do rádio e ulna. Circunferência do punho Técnica – Circundar o punho nos processos estilóides; – Não forçar a fita sobre o local. - Efetuar a leitura no centímetro mais próximo Circunferência da coxa (Ccx) – Reflete o somatório dos compartimentos muscular, ósseo e de gordura; – O avaliado deve estar em posição ortostática, com os pés ligeiramente afastados; – O avaliador deve colocar-se ao lado do avaliado; – A fita devecontornar a coxa direita, perpendicularmente ao eixo longitudinal do fêmur, no ponto mesofemural (ponto médio entre o trocânter maior do fêmur e a borda proximal da patela), distal ou proximal. Circunferência da coxa – Coxa proximal (CPCx): posicionada transversalmente, após a prega glútea ou a 1/3 entre a linha inguinal e a borda superior da patela. – Coxa medial (CMCx): ponto médio entre a linha inguinal e a borda superior da patela. – Coxa distal (CDCx): posicionada transversalmente, após a prega glútea ou a 2/3 entre a linha inguinal e a borda superior da patela. Circunferência da coxa Circunferência da coxa Localização anatomica Circunferência da coxa Perímetros do pescoço Técnica: • Obtido no ponto médio do pescoço (Nafiu, 2010). - Em indivíduos com proeminência laríngea acentuada, mede- se logo abaixo. • A fita inelástica deve ser colocada na posição horizontal, na altura da cartilagem tireóidea, mantendo-a justa, porém, sem comprimir os tecidos. Perímetros do pescoço Apresenta correlação com fatores de risco cardiovasculares DOBRAS CUTÂNEAS Dobras ou Pregas Cutâneas – A tomada de medidas antropométricas requer o conhecimento prévio dos pontos anatômicos usados para padronizar essas medidas. –Os pontos anatômicos devem ser corretamente identificados por palpação e marcados com caneta dermográfica para que a posicionamento do instrumento de medida seja feita no ponto padronizado. – Obtida através do uso do plicômetro ou adipômetro. Dobras ou Pregas Cutâneas – Utilizada para estimar a GC total – Espessura da dobra cutânea reflete a espessura do tecido adiposo subcutâneo, o qual estima-se, corresponda a 50% da GC total; – A quantidade de tecido adiposo subcutâneo varia com a idade, local de mensuração, raça e sexo. – A compressibilidade da pele varia com o estado de hidratação e idade do indivíduo. Dobras ou Pregas Cutâneas –É importante verificar se o instrumento de aferição, (adipômetro) encontra-se calibrado. – É importante a utilização de procedimentos padronizados garantindo a exatidão e confiabilidade das medidas aferidas. – Podem ser aferidas em diversos locais (mais de 93 pontos anatômicos). – Mais comumente utilizadas são: tricipital, subescapular, bicipital, abdominal, axilar média, torácica ou peitoral, supra ilíaca, supra espinhal, coxa e panturrilha medial. Harpenden Cescorf Lange Sanny Compassos para dobras cutâneas (caliper) Recomendações Gerais - Mensurar a dobra cutânea, sempre que possível, com o indivíduo de pé, com os braços totalmente relaxados e dispostos lateralmente ao corpo, diretamente sobre a pele, sem uso de qualquer substância (creme ou pomada) ou tecido que influencie no pinçamento da dobra. -Padronizar o lado que será utilizado para medição e manter em todas as medições. * Frisancho (1993) sugere que as medições sejam feitas no hemicorpo direito do avaliado. * Outros autores defendem as medidas no lado não dominante Técnica -Identificar, medir e marcar criteriosamente o local da medição das dobras. - Fazer uma pequena cruz ou “X” com caneta dermográfica no local da medição de acordo com o posicionamento da dobra: - se oblíqua faça um “x” - se longitudinal faça uma cruz -Destacar o tecido adiposo do tecido muscular utilizando os dedos polegar e indicador da mão esquerda, afastados cerca de 8 cm, e segurar firmemente a dobra cutânea até que a leitura da medida tenha sido realizada. Recomendações Gerais - Destacar a dobra a cerca de 1 cm acima do local a ser medido e assegurar que o tecido muscular não tenha sido pinçado, garantindo somente a medição da pele e do tecido adiposo. - Introduzir as hastes do compasso a aproximadamente um centímetro abaixo dos dedos que estão segurando a dobra, de forma que as mesmas fique perpendiculares à dobra cutânea. - Soltar completamente as hastes do compasso, para que toda a pressão de suas molas possa atuar sobre o tecido medido. Recomendações Gerais - Mantenha a dobra pressionada com os dedos durante toda a aferição. - Faça a leitura da medida cerca de dois a três segundos após a introdução do compasso. - Abra as hastes do compasso, remova-o e feche lentamente para evitar danos ou aparelho ou perda de calibragem. Recomendações Gerais - As medidas devem ser obtidas em triplicata, de modo rotacional, aceitando-se a média das mesmas, desde que a variabilidade entre as medidas não ultrapasse 5%. - Se ocorrerem 2 medidas com valores iguais, este deverá ser aceito, não sendo necessário realizar a 3ª medida. -Anotar no formulário/prontuário. -Atenção: a medida das dobras não deve ser feita imediatamente após exercícios físicos, pois há deslocamento de fluidos corporais em direção a pele tendendo ao aumento da espessura da dobra. Medidas antropométricas EXISTEM DIFERENTES PADRONIZAÇÕES PARA A MEDIDA DAS DOBRAS CUTÂNEAS, SENDO QUE NÃO HÁ UMA FORMA MAIS CORRETA QUE AS OUTRAS PARA SE MEDIR AS DOBRAS. O IMPORTANTE É UTILIZAR SEMPRE A MESMA PADRONIZAÇÃO PARA QUE POSSAM SER FEITAS COMPARAÇÕES AO LONGO DO TEMPO. Dobra cutânea tricipital (DCT) - Localizar o ponto médio entre o acrômio e o olécrano com o braço flexionado junto ao corpo formando um ângulo de 90º. - Medida na face posterior do braço com os braços relaxados e estendidos ao longo do corpo; - Determinada paralelamente ao eixo longitudinal do braço, em cima do músculo tricipital. Prega cutânea tricipital (PCT) Dobra cutânea bicipital (DCBi) – Medida no eixo longitudinal do braço, na face anterior do ventre muscular do bíceps. – Na mesma altura da marcação da circunferência braquial e da PCT. Prega cutânea bicipital (PCBi) Dobra cutânea subescapular (DCSe) – Medida obliquamente em relação ao eixo longitudinal seguindo a orientação dos arcos costais - Localizada a 2cm abaixo do ângulo inferior da escápula. – Em caso de dificuldade de localização.. Coloque o braço do indivíduo para trás, com a finalidade de melhor visualizar o ângulo inferior da escápula. Dobra cutânea subescapular (DCSe) – Identifique o angulo inferior da escápula - Solicite ao indivíduo que solte os braços, deixando-os ao longo do corpo. - Marque 2 cm a partir da ângulo inferior da escápula. - Efetue a medição e anote. Dobra cutânea subescapular (PCSe) Dobra cutânea peitoral (DCP) ou torácica (DCTo) – É uma medida oblíqua em relação ao eixo longitudinal do músculo peitoral. Homens: na metade da distância entre a linha axilar anterior e o mamilo. Mulheres: a um terço da distância da linha axilar anterior e o mamilo. Cuidado para não pinçar o tecido mamário. Dobra cutânea axilar média (DCAx) – É localizada no ponto de intersecção entre a linha axilar média e uma linha imaginária transversal na altura do apêndice xifóide do esterno. – A medida é realizada obliquamente ao eixo longitudinal, segundo Petroski (1995), e transversalmente segundo Jackson & Pollock (1978), com o braço do avaliado deslocado para trás, a fim de facilitar a obtenção da medida. Dobra cutânea supra ilíaca (DCSi) – É obtida obliquamente em relação ao eixo longitudinal, na metade da distância entre o último arco costal e a crista ilíaca ântero superior , sobre a linha axilar média. - É necessário que o avaliado afaste o braço para trás para permitir a execução da medida. Crista ilíaca antero superior Dobra cutânea supra ilíaca (DCSi) Dobra cutânea abdominal (DCAb) – Medida paralelamente ao eixo longitudinal, a aproximadamente 2 cm à direita da borda lateral da cicatriz umbilical - O indivíduodeve relaxar o máximo a musculatura abdominal, mantendo a respiração normal, ficando de pé com o peso distribuído igualmente entre as pernas. Dobra cutânea abdominal (DCAb) Dobra cutânea supra-espinal (DCSP) – Medida a cinco centímetros acima da espinha ilíaca anterior, na intersecção entre uma linha horizontal na altura do ponto íleo- cristal e uma linha oblíqua proveniente da borda axilar anterior, destacada num ângulo de 45º. Dobra cutânea da coxa (DCC) - Medida paralelamente ao eixo longitudinal, sobre o músculo reto femoral, a um terço da distância entre o ligamento inguinal e a borda superior da patela. Guedes (1985) - Ou na metade dessa distância . Jackson & Pollock (1978) Dobra cutânea da coxa (DCC) – Para facilitar o pinçamento dessa dobra, o avaliado deverá deslocar o membro inferior direito à frente, com uma semi- flexão do joelho e manter o peso do corpo no membro inferior esquerdo. - Essa região, muitas vezes, oferece dificuldade para se fazer a dobra, sobretudo em mulheres que apresentam maior espessura de tecido gorduroso subcutâneo. - Outras vezes o avaliador depara-se com a dificuldade de pinçar a dobra de coxa devido ao fato do tecido gorduroso local ser menos compressível, podendo solicitar a ajuda do assistente. Dobra cutânea da coxa (DCC) Dobra cutânea da panturrilha (DCP) – Para a execução dessa medida, o avaliado deve estar sentado com a articulação do joelho em flexão de 90º, o tornozelo em posição anatômica e os pés apoiados. A dobra é pinçada longitudinalmente, no ponto de maior perímetro da perna, com o polegar da mão esquerda apoiado na borda medial da tíbia. Dobra cutânea da panturrilha (DCP) Medidas especiais Realizadas na impossibilidade de obtenção das medidas convencionais Medidas especiais Envergadura ou extensão dos braços – Estimativa da altura; – Utilizada quando não se consegue aferir a estatura do indivíduo ou a fim de comparação com as medidas convencionais; – É a distância em projeção entre as extremidades dos dedos médios, estando o indivíduo com os membros superiores estendidos horizontalmente. Medidas especiais Envergadura •Altura > envergadura do nascimento aos 10 anos → diferença diminui com o crescimento; •Aplicável a adolescentes, adultos e idosos; •Adulto - Homens → envergadura = altura + 5 a 10cm - Mulheres → envergadura = altura ± 5 cm Medidas especiais Envergadura Equipamento: – Fita antropométrica Técnica – O indivíduo fica em posição ereta com os braços estendidos horizontalmente; – O examinador confere se os braços estão em linha reta; – Coloca a fita em um dedo médio e arrasta até a outra extremidade; – Realizar a leitura e anotar o valor no formulário/prontuário. Altura do joelho – Utilizada no cálculo de estimativa da altura; – Utilizada quando não é possível mensurar a altura de indivíduos adultos devido a incapacidade de se manterem de pé; – Aplicáveis a adultos e idosos; Medidas especiais Altura do joelho Equipamento – Fita métrica ou paquímetro – Paquímetro: instrumento para medição de dimensões lineares (substituível pelo infantômetro). Medidas especiais Altura do joelho Técnica – Colocar ou conferir se o joelho está flexionado em um ângulo de 90º; – Medir a distância da parte superior da patela até o calcanhar; – Anotar no formulário / prontuário. Medidas especiais Medidas especiais Altura recumbente Técnica: - O avaliado deve estar em posição supina - Marcar o lençol na altura da extremidade da cabeça e da base do pé no lado direito do indivíduo com o auxílio de um esquadro - Medir a distância entre as marcas utilizando uma fita métrica flexível. - Anotar em prontuário/formulário próprio Medidas especiais Estimativa de estatura em crianças e adolescentes com limitações físicas Medidas utilizadas • Comprimento superior do braço (CSB) – distância do acrômio até a cabeça do rádio medida com o membro superior fletido a 90º. Estatura estimada (cm) = (4,35 x CSB) + 2,18 DP (cm) = + 1,7 Medidas especiais • Comprimento tibial (CT) – medida da borda súpero-medial da tíbia até a borda do maléolo medial inferior. E = (3,26 x CT) + 30,8 DP(cm) = +1,4 • Altura do joelho (AJ) – medida do comprimento do membro inferior a partir do joelho até o calcanhar. E = (2,69 x AJ) + 24,2 DP (cm) = +1,1
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