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MORFOFISIOLOGIA DA VISÃO

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Ana Luiza Fernandes Vieira 
MORFOFISIOLOGIA DA 
VISÃO 
 
 
# EMBRIOLOGIA OCULAR: 
 A embriologia ocular inicia-se na terceira semana do desenvolvimento 
embrionário, quando ocorre a formação do tubo neural. 
 Inicialmente, ocorrem evaginações laterais (duas) do diencéfalo, 
formando as vesículas ópticas primitivas. Ou seja, o olho primitivo é uma 
vesícula evaginada lateralmente no diencéfalo (Sistema Nervoso Central). 
 Ao longo do desenvolvimento, começam as evaginações começam a 
formar invaginações, que irão originar o cálice óptico. 
Observação: Quando a vesícula óptica primitiva começa a se invaginar, ela 
retém um pedaço do ectoderma superficial (é o principal fator indutor da 
formação do olho), formando o placóide do cristalino, que dará origem ao 
cristalino (principal sede da catarata). 
 O cálice óptico, formado pela invaginação da vesícula óptica primitiva, 
não se fecha totalmente no período inicial da embriologia. Na parte inferior, fica 
uma fissura e é através dessa fissura que irão passar os vasos mesenquimais 
(artérias e veias hialoideas). Esses vasos são importantes porque levam 
células indiferenciadas aos vários sítios do globo ocular, onde irão se 
multiplicar para originar as células específicas de cada região do olho. 
 A formação do olho é, portanto, um evento muito complexo e envolve: 
ectoderma neural, ectoderma superficial, crista neural e, também, o 
mesoderma. 
 Na embriologia, o globo ocular é totalmente vascularizado. Um sinal que 
indica quando o olho está maduro é o vítreo ser avascular, pois ocorreu 
Ana Luiza Fernandes Vieira 
involução dos vasos mesenquimais que penetraram anteriormente para levar 
as células indiferenciadas. 
 # Por que ocorre essa involução dos vasos mesenquimais e qual a sua 
importância? 
 Existem patologias diretamente relacionadas a cada fase de formação 
do globo ocular: 
- Ciclopia: sem formação das vesículas ópticas (terceira semana) 
 
- Coloboma da Retina: caracteriza-se por uma fenda localizada na retina, 
usualmente inferior ao disco óptico. Na maioria dos casos, este defeito é 
bilateral. Um coloboma típico é proveniente do fechamento defeituoso da 
fissura óptica. 
 
- Deslocamento Congênito da Retina: 
Ana Luiza Fernandes Vieira 
 
- Persistência Primária Hiperplásica do Vítreo: os vasos mesenquimais não 
involuiram e não irão acompanhar o crescimento do globo ocular. 
Consequentemente, esses vasos irão romper e haverá um sangramento que 
levará a formação de uma fibrose. 
 
Didaticamente, o globo ocular é dividido em três túnicas: 
- Túnica externa ou túnica fibrosa: esclera (parte branca do olho) e córnea 
(parte mais externa, transparente); 
- Túnica média ou túnica vascular: coróide, corpo ciliar e íris; 
- Túnica interna ou túnica neurossensorial: retina. 
 
# SEGMENTOS: 
ANTERIOR = CRISTALINO, CORPO CILIAR, ÍRIS E CÓRNEA. 
POSTERIOR = CORÓIDE ATÉ O NERVO ÓPTICO. 
 
 A conjuntiva reveste a esclera por fora. 
 
TÚNICA EXTERNA OU TÚNICA FIBROSA 
 
ESCLERA (BRANCO DO OLHO) 
Ana Luiza Fernandes Vieira 
- MORFOLOGIA: 
 . Branco do olho; 
. 5/6 posteriores ; 
. Tecido Conjuntivo Denso Não – Modelado rico em fibras colágenas; 
. Limbo (cirurgia de catarata); 
. Nervo Óptico; 
. Limites : 
 Anterior: limbo 
 Posterior : nervo óptico (NC II) 
. A esclera é totalmente fechada, exceto na região da lâmina crivosa, por 
onde passa o nervo óptico. 
HISTOLOGIA: 
 Três camadas de tecido: 
. Episclera: camada mais superficial. Tecido Conjuntivo Frouxo; 
. Estroma: mais espessa; fibras colágenas dispostas irregularmente; Tecido 
Conjuntivo Denso Modelado; 
. Lâmina Fusca: semelhante à membrana basal. Separa a esclera da 
coroide. 
** Episclerites x Esclerites 
FISIOLOGIA: 
 
 . Proteção da retina e do vítreo (uma das principais funções); 
 . Manutenção do tônus ocular; 
 . Inserção dos músculos extra oculares (reto lateral, reto medial, oblíquo 
superior, oblíquo inferior, reto superior e reto inferior); 
** Cirurgias para correção de estrabismo 
 . Passagem de elementos vasculonervosos; 
 . Participação nas doenças dos tecidos conjuntivos; 
 . Cirurgias. 
Ana Luiza Fernandes Vieira 
 
CÓRNEA 
 
Morfologia da Córnea: 
. Transparente. Por quê? 
  Tecido Conjuntivo Denso Modelado; 
  Disposição das fibras colágenas. 
 Presença da bomba endotelial. 
 
 
. 1/3 anterior; 
 . Epitélio Pavimentoso Estratificado Com Microvilos; 
 . Estroma: tecido conjuntivo denso modelado; 
 . Membrana de Descement: separa o estroma do endotélio; 
 . Membrana de Bowman: separa o estroma do epitélio; 
 . Endotélio: Tecido Epitelial Simples Pavimentoso . 
** Fibroblasto = Seratoblasto. 
 
FISIOLOGIA DA CÓRNEA: 
 . Lâminas corneanas; 
 . Bomba endotelial: a córnea é desidratada. Porque existe uma bomba 
de sódio ( puxa a água e a lágrima é hipertônico) e potássio. 
 . Rede de difração; 
 . Turgescência corneana; 
 . Sensibilidade corneana: terminações nervosas. 
 
TÚNICA MÉDIA OU TÚNICA VASCULAR 
CORÓIDE 
Ana Luiza Fernandes Vieira 
MOROLOGIA: 
 . Estrutura meramente vascular; 
 . Supra coroide: contato direto com a esclera (Lâmina fusca); 
 . Entre os vasos, observa-se um Tecido Conjuntivo Frouxo, rico em 
células, fibras colágenas e elásticas. 
** É frequente a presença de células contendo melanina, que dão cor escura à 
camada Coróide. 
 . Estroma coroideano: vasos da coroide. 
 . Contém vasos que formam a camada coriocapilar (porção interna da 
coroide que é muito rica em capilares sanguíneos), responsável por irrigar 
parte da retina. Separando a coróide da retina, está a membrana de Bruch. 
Importância da Coróide: Nutrição do terço externo da retina; regulação 
térmica (como a coróide é formada por grandes vasos, proporcionalmente 
muito maior do que o tamanho do seu tecido, ela funciona como permutador de 
calor. Esses vasos estão distribuídos do colo posterior para a periferia. Quando 
a luz penetra no globo ocular, transforma-se em calor que pode queimar a 
retina. Para que isso não ocorra, a coroide, rapidamente dissipa esse calor 
para os vasos venosos). Por ser uma camada vascular, a coroide é 
responsável pelas grandes mudanças líquidas e metabólicas do olho e defesa 
do globo ocular. 
 
 
CORPO CILIAR (dilatação da coroide) 
. Dilatação da coroide na altura do cristalino com aspecto de anel 
espesso e contínuo, revestindo a superfície interna da esclera. 
 . Formado por duas regiões: parte plana e parte pregueada (formada por 
70 processos ciliares). 
 Funções do corpo ciliar: 
 Formação do humor aquoso: 
- A formação do humor aquoso ocorre no epitélio não pigmentado do corpo 
ciliar, é levado para a câmara posterior, depois migra (por corrente de 
convecção) para a câmara anterior , é drenado no ângulo da câmara anterior 
e, pelos espaços trabeculares, segue para os vasos sanguíneos venosos onde 
Ana Luiza Fernandes Vieira 
será drenado para fora do olho. Esse humor aquoso vai nutrir as estruturas 
avasculares (córnea e esclera). 
 
 Acomodação visual. 
 
. Possui 3 faces: uma voltada para esclera, outra voltada para o corpo 
vítreo e uma para a câmara posterior e cristalino. 
. É um tecido conjuntivo rico em fibras elásticas( elaunícas e oxalânicas); 
. Possui células pigmentares, capilares no seu interior e presença de 
músculos ciliares; 
. Possui 2 camadas: 
1 – Células epiteliais de revestimento simples colunares rica em 
melanina ; 
2 – Epitélio simples e colunar derivado da retina. 
 
 
ÍRIS (prolongamento da coróide que cobre parte do cristalino)“A íris, a extensão anterior, colorida, da coróide, é um diafragma 
contrátil que controla a abertura pupilar. 
” 
MORFOLOGIA: 
. Possui um orifício circular central denominado pupila; 
. Face anterior revestida por epitélio pavimentoso simpes. Em seguida, 
um tecido conjuntivo pouco vascularizado (pouco vascularizado, poucas fibras 
Ana Luiza Fernandes Vieira 
e grande quantidade de fibroblastos e células pigmentares), seguido, por sua 
vez, de uma camada rica em vasos sanguíneos, imersos num tecido conjuntivo 
frouxo. 
 . Camada neurossensorial; 
 . Retina central e periférica; 
 . Ora serrata: transição entre o corpo ciliar e a retina. 
**** A abundância de células com melanina em várias porções do olho 
tem por função principal impedir a entrada de raios luminosos, exceto os que 
vão formar a imagem na retina (o globo ocular é uma câmara escura). 
 . Apresenta, na sua espessura, feixes de fibras musculares lisas 
que se originam do músculo ciliar e caminham em direção radial para as 
bordas da pupila. Um pouco antes de atingir a pupila, esses feixes se bifurcam, 
formando um Y de haste alongada. Os ramos dessa bifurcação se entrelaçam, 
formando um anel muscular com fibras circulares, ao qual se deu o nome de 
esfíncter da pupila. As hastes alongadas do Y formam o músculo dilatador 
da pupila, que tem uma ação oposta à do esfíncter. O esfíncter tem inervação 
parassimpática, e o dilatador da pupila é inervado pelo simpático. 
 
TÚNICA INTERNA OU TÚNICA NEUROSSENSORIAL 
RETINA 
 . Duas camadas funcionais: retina externa (nutrida pela coróide) e retina 
interna (artéria central da retina); Zona de ninguém: divide a camada interna da 
camada externa. 
 . Origem: evaginação do diencéfalo (a camada mais externa do cálice 
óptico dará origem a uma camada de tecido epitelial cúbico simples, com 
células pigmentares, o epitélio pigmentar da retina). 
***** A camada pigmentar da retina é fortemente aderida à coróide. 
***** As células pigmentares sintetizam melanina, que se acumula sob a forma 
de grânulos, principalmente nas extensões citoplasmáticas, com a função de 
absorver a luz que estimulou os fotorreceptores. 
 . Anatomicamente: retina central (delimitada pelo nervo óptico e pela 
região macular), retina periférica. A transmissão entre o corpo ciliar e a retina 
é dada por uma região denominada ora serrata. 
 . Células que compõem a retina: há um circuito neuronal composto por 
três tipos de células : fotorreceptores (cones e bastonetes), células bipolares 
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(ligam-se ao cones e bastonetes por um polo, e células ganglionares pelo outro 
polo) e células ganglionares (estabelecem contato na sua extremidade com 
os neurônios bipolares e continua na porção interna com as fibras nervosas 
que convergem, formando o nervo óptico). 
Células horizontais: aumentar o poder sináptico entre as células fotossensitivas 
e as células bipolares. 
Células Amácrinas: aumentar o poder sináptico entre as células bipolares e as 
células ganglionares. 
Células de Müller: célula que dá sustentação, nutrição à todo o tecido retiniano, 
também isola a retina. 
 A camada mais interna da retina e que a separa do corpo vítreo é a 
membrana limitante interna, constituída principalmente por expansões das 
células de Müller. 
***** Fóvea: pequena região situada no eixo óptico da retina, onde a visão tem 
maior nitidez. 
***** Embora a retina contenha certa de 126 milhões de receptores, o nervo 
óptico não tem mais de 1 milhão de fibras. A informação recebida pelos 
receptores é selecionada e agrupada, durante o seu trajeto, pelas células da 
própria retina. Essas células codificam e integram a informação fornecida pelos 
fotorreceptores, enviando-as ao córtex cerebral. A retina é, portanto, uma 
estrutura receptora integradora. 
Dez camadas da retina: 
 
1) Epitélio Pigmentar da Retina: células pigmentares da retina); 
2) Camada de fotorreceptores: segmentos externos dos fotorreceptores; 
Ana Luiza Fernandes Vieira 
3) Membrana Limitante Externa: formada pelos prolongamentos das 
células de Müller; 
4) Camada Nuclear Externa: núcleos dos fotorreceptores e das células 
horizontais; 
5) Camada Plexiforme Externa: prolongamentos dos fotorreceptores e das 
células bipolares; 
6) Camada Nuclear Interna: Núcleos das células bipolares, núcleos das 
células de Müller e células amácrinas; 
7) Camada Plexiforme Interna: prolongamentos das células bipolares e 
ganglionares; 
8) Camada das Células Ganglionares: núcleo de células ganglionares; 
9) Camada de Fibras Nervosas da Retina: axônios de células ganglionares; 
10) Membrana Limitante: prolongamentos citoplasmáticos das células de 
Müller. 
 
**** Camada plexiforme: região de sinapse. 
 
 
 
Ana Luiza Fernandes Vieira 
 
 
OUTRAS ESTRUTURAS 
 
CRISTALINO (situado diretamente atrás da pupila, focaliza os raios de 
luz para a retina) 
 . Tem a forma de uma lente biconvexa; 
 . Apresenta grande elasticidade; 
 . Constituído por três partes: fibras do cristalino, cápsula do 
cristalino e epitélio subcapsular. 
. O cristalino é mantido em posição por um sistema de fibras 
orientadas radialmente, chamado zônula ciliar. 
 
CORPO VÍTREO 
 Ocupa a cavidade do olho situada atrás do cristalino. Tem 
aspecto de gel claro, transparente. Seu principal componente é a água e 
glicosaminoglicanos (principalmente o ácido hialurônico). Também possui 
fibrócitos  fibroblastos. 
 . Pouca quantidade de células, que participam da síntese do 
material extracelular 
 
ESTRUTURAS ACESSÓRIAS DO OLHO: 
Ana Luiza Fernandes Vieira 
CONJUNTIVA, PÁLPEBRAS E GLÂNDULAS LACRIMAIS 
. Epitélio da conjuntiva: epitélio estratificado prismático; 
 . Glândulas lacrimais: glândulas serosas túbulo alveolares compostas. 
 
 Esclerite localizada 
 Blefarite 
 
 
 
 
 
FONTES BIBLIOGRÁFICAS: 
Gartner, L. P. & Hiatt, J. L. Tratado de Histologia em Cores. 2 ed. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. 
Junqueira, L.C. & Carneiro, J. Histologia Básica. 11 ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2008. 
Moore, K.L. & Persaud, T.V.N. Embriologia Clínica. 7 ed. Rio de Janeiro: 
Elservier, 2004.

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