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AuditoriaExternaRiscosControlesInte rnosAuditorConsultoriaAmostraDem onstraçõesContábeisTestesBalançoPa trimonialDemonstraçãodoFluxodeCai xaAuditoriaInternaSócioPlanodeCarr eiraCadastroNacionaldosAuditoresIn dependentesContabilidadeFirmasdeA uditoriaSigiloCeticismoProfissionalPl anejamentoOrçamentodeHorasAssist entesNormasInternacionaisdeAudito riaPapéisdeTrabalhoRessalvaAbstenç ãodeOpiniãoRelatórioÉticaFraudeErr oDistorçõesRelevantesTestesSubstan opasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfg Auditoria Aplicada ECO3015 2016/2 Profª Mª Mariana M. S. Bonotto mariana.bonotto@ufrgs.br Material elaborado por Profª Mariana Manfroi da Silva Bonotto 1 Plano de Ensino Disciplina: Auditoria e Perícia Contábil Aplicada Código: ECO3015 Carga Horária: 60 horas aula Créditos: 4 Súmula: Estudo do desenvolvimento dos exames de auditoria. Relatório de Auditoria. A perícia como prova judicial. O perito como auxiliar da justiça. A postura ética do perito. Principais tipos de perícia contábil. Objetivos da Disciplina: Complementando os conteúdos desenvolvidos em Auditoria I esta disciplina visa habilitar os alunos a 1) reconhecer o tipo de trabalho de auditoria das demonstrações contábeis aplicável a necessidade do cliente de auditoria; 2) identificar e aplicar os testes de auditoria nos elementos das demonstrações contábeis; 3) avaliar o risco de distorção apresentado, seja causada por fraude ou erro, dos principais elementos das demonstrações contábeis; 4) identificar tipos e os principais fundamentos da perícia contábil; 5) desenvolver a capacidade de interpretação e análise dos laudos e pareceres periciais. Metodologia de Ensino: No desenvolvimento dos conteúdos, serão utilizados os seguintes procedimentos: a) aulas expositivas e dialogadas b) leitura de material bibliográfico c) debates em pequenos grupos d) elaboração e apresentação de trabalhos práticos. Será sempre incentivada a participação e contribuição do aluno em sala de aula, trazendo para ela suas vivências extra-universidade. Critérios de Avaliação: 1. Por decisão do Colegiado do Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais, deverão ser realizadas 03 (três) avaliações compostas de, pelo menos, 02 (duas) provas individuais. A terceira avaliação será composta do somatório das notas de todos os trabalhos de avaliação (individuais ou em grupo) realizados durante o semestre. 2. As avaliações (item 1) terão pesos para a obtenção de uma média ponderada com a finalidade de atribuir o conceito final (item 4). O peso de cada avaliação será: 1ª Avaliação (prova): peso 3,0 2ª Avaliação (prova): peso 3,0 3ª Avaliação (trabalhos): peso 4,0 3. Assiduidade, pontualidade, participação em aula e/ou outros também poderão ser objetos de avaliação no decorrer do semestre. 4. Os conceitos finais, adaptados às exigências de processamento de dados, serão aplicados da seguinte forma: Ao aluno com média ponderada entre 9,0 e 10,0 será atribuído conceito A. Material elaborado por Profª Mariana Manfroi da Silva Bonotto 2 Ao aluno com média ponderada entre 7,5 e 8,9 será atribuído conceito B. Ao aluno com média ponderada entre 6,0 e 7,4 será atribuído conceito C. Ao aluno com média ponderada inferior de 6,0 será atribuído conceito D. Em atendimento a disposições Regimentais e Estatutárias da Universidade, ao aluno com índice de freqüência inferior a 75% será atribuído o Conceito FF. 5. O resultados das avaliações serão apresentados em até 10 (dez) dias após a realização das mesmas. Observação: Após a realização das provas, elas serão entregues ao aluno, corrigidas em sala-de-aula e, após a correção, serão DEVOLVIDAS ao professor. 6. O aluno com desempenho insatisfatório (Conceito D) deverá realizar a prova de RECUPERAÇÃO. Na hipótese de realização de prova de recuperação, esta incluirá TODO o conteúdo ministrado no decorrer do semestre. O conceito atribuível ao aluno aprovado em avaliação única de recuperação é C, desde que obtenha nota igual ou superior a 6,0 (seis). O aluno que não comparecer a 1a ou a 2a prova também tem a possibilidade de realizar a prova de RECUPERAÇÃO. Tal prova conterá assuntos abordados durante TODO o semestre, ou seja, será uma prova com matéria cumulativa. Observações: 1. As provas terão duração de 90 minutos e serão individuais. Permite-se o uso de calculadora, desde que não seja do telefone celular ou tablets. Não é permitido o empréstimo de calculadora durante as provas. 2. É de responsabilidade do aluno o acompanhamento de sua freqüência, sendo exigido o mínimo de 75% de presença em relação à carga horária total. Para abono de faltas, serão aceitas apenas as justificativas de licenças previstas na Res. 11/2013 e alterações posteriores. Bibliografia Básica: 1. Almeida, Marcelo Cavalcanti - Auditoria :um curso moderno e completo - Editora Atlas(ISBN: 8522435030; 9788522435036). 2. Attie, William - Auditoria :conceitos e aplicações - Editora Atlas(ISBN: 9788522452903). 3. Hernandez Perez Junior, Jose - Auditoria de demonstrações contábeis :normas e procedimentos - Editora Atlas(ISBN: 8522436444;9788522436446). 4. Normas Brasileiras de Contabilidade: Auditoria Independente - Auditoria Interna - Perícia Contábil Edição revista e atualizada. Porto Alegre, CRCRS: dezembro, 2015. Outras Referências: 5. COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS – CPC: Pronunciamentos Contábeis normatizando procedimentos que devem ser utilizados pelas empresas brasileiras para convergência às normas internacionais. Material elaborado por Profª Mariana Manfroi da Silva Bonotto 3 Cronograma de Atividades: Semana Data Conteúdo Acompanhe sua frequência 01/ago 03/ago 08/ago 10/ago 15/ago 17/ago 22/ago 24/ago 29/ago Auditoria em demonstrações contábeis 31/ago Grupo 1 - Revisão Analítica 05/set Grupo 2 - Auditoria de Caixa e Equivalentes de Caixa 07/set FERIADO (Independência do Brasil) 12/set 14/set 19/set Atividade EAD 21/set Grupo 3 - Auditoria de Receitas e Contas a Receber 26/set Grupo 4 - Auditoria de Estoques 28/set Grupo 5 - Auditoria do Imobilizado 03/out Revisão para prova 05/out 1ª AVALIAÇÃO INDIVIDUAL (peso 3,0) 10/out Verificação da prova e divulgação das notas 12/out FERIADO (Nossa Senhora Aparecida) 17/out Grupo 6 - Compras e Pagamentos (fornecedores) 19/out Grupo 7 - Auditoria de Empréstimos e Provisões 24/out Grupo 8 - Auditoria de Folha de Pagamento 26/out Grupo 9 - Auditoria de Patrimônio Líquido e DMPL 31/out Grupo 10 - Auditoria de Despesas, DR e DRA 02/nov FERIADO (Finados) 07/nov 09/nov 14/nov 16/nov 21/nov 23/nov 28/nov 30/nov 05/dez 2ª AVALIAÇÃO INDIVIDUAL (peso 3,0) 07/dez Verificação da prova e divulgação dos conceitos 12/dez Aula destinada ao atendimento de dúvidas para a prova de recuperação 14/dez PROVA DE RECUPERAÇÃO 19/dez Verificação da prova de recuperação 21/dez Divulgação dos conceitos finais 1 Apresentação da Disciplina; Contextualização sobre a atividade de auditoria no Brasil e no mundo; Apresentação da nova estrutura das NBCs e das principais instituições ligadas a contabilidade e auditoria 2 Obrigatoriedade da Auditoria de trabalhos de asseguração; Objetivos gerais do auditor independente NBC TA 200; Estrutura conceitual para trabalhos de Asseguração. 3 Procedimentos de Auditoria; Testes de controle e procedimentos substantívos; Amostragem em Auditoria 10 4 Principais procedimentos em auditoria e direçãodos testes de auditoria 5 6 7 SEMANA ACADÊMICA 8 9 11 12 13 14 15 Perícia contábil fundamentos, tipos de perícia contábil e prova pericial 16 Prática da perícia contábil e requisitos para o exercício da perícia contábil 21 17 Desenvolvimento e execução do trabalho pericial 18 Laudo e parecer na perícia contábil 19 20 Material elaborado por Profª Mariana Manfroi da Silva Bonotto 4 1 EXAME DE SUFICIÊNCIA CFC – Res. 1.486/2015 1.1 DO CONCEITO E OBJETIVO Exame de Suficiência é a prova de equalização destinada a comprovar a obtenção de conhecimentos médios, consoante os conteúdos programáticos desenvolvidos no curso de Bacharelado em Ciências Contábeis. O Exame de Suficiência, que visa à obtenção de registro na categoria Contador, pode ser prestado pelos bacharéis e estudantes do último ano letivo do curso de Ciências Contábeis. A aprovação em Exame de Suficiência constitui um dos requisitos para a obtenção de registro profissional em Conselho Regional de Contabilidade. 1.2 DA PERIODICIDADE, APLICABILIDADE E APROVAÇÃO NO EXAME O Exame será aplicado 2 (duas) vezes ao ano, em todo o território nacional, sendo uma edição a cada semestre, em data e hora a serem fixadas em edital, por deliberação do Plenário do Conselho Federal de Contabilidade, com antecedência mínima de 60 (sessenta) dias da data da sua realização. O candidato será aprovado se obtiver, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) dos pontos possíveis. 1.3 DA PROVA E DO CONTEÚDO PROGRAMÁTICO a) Contabilidade Geral; b) Contabilidade de Custos; c) Contabilidade Aplicada ao Setor Público; d) Contabilidade Gerencial; e) Controladoria; f) Noções de Direito e Legislação Aplicada; g) Matemática Financeira e Estatística; h) Teoria da Contabilidade; i) Legislação e Ética Profissional; j) Princípios de Contabilidade e Normas Brasileiras de Contabilidade; k) Auditoria Contábil; 3 Questões l) Perícia Contábil; 3 Questões m) Língua Portuguesa. A prova deve ser elaborada com questões objetivas, múltipla escolha, podendo-se, a critério do CFC, incluir questões para respostas dissertativas. 1.4 PRAZO PARA REQUERIMENTO DO REGISTRO Os aprovados na prova terão o prazo de 2 (dois) anos, a contar da data da publicação da relação dos aprovados no Diário Oficial da União, para requererem os registros profissionais em CRC. Em caso de aprovação no Exame, o candidato a que se refere este artigo somente poderá obter registro profissional após atendido a todos os requisitos previstos no Art. 12 do Decreto-Lei n.º 9.295/46 e conforme previsto na Resolução que disciplina a matéria, não obstante a exigência contida no § 1º do Art. 12 desta norma. Material elaborado por Profª Mariana Manfroi da Silva Bonotto 5 Material elaborado por Profª Mariana Manfroi da Silva Bonotto 6 2 CONTEXTO ATUAL DA CONTABILIDADE E AUDITORIA NO BRASIL 2.1 MARCO REGULATÓRIO DA CONVERGÊNCIA AO IFRS: adoção inicial das normas internacionais: 2.2 PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE ANTIGO BRGAAP E NORMAS INTERNACIONAIS 2.3 IFRS NO MUNDO: Atualmente, 123 países requerem ou permitem ANTIGO BRGAAP X NORMAS INTERNACIONAIS - IFRS Material elaborado por Profª Mariana Manfroi da Silva Bonotto 7 2.4 OS BENEFÍCIOS DA CONVERGÊNCIA 2.5 EXEMPLO PRÁTICO DO BENEFÍCIO DA CONVERGÊNCIA O investidor A do país B tem a possibilidade de aplicar seus recursos em diferentes mercados e resolve analisar as DFs auditadas de diferentes empresas situadas nesses mercados. Por hipótese, uma dessas candidatas ao investimento é uma empresa brasileira. O investidor obtém as DFs auditadas dessa empresa e lê no relatório dos auditores independentes que essas demonstrações, foram examinadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e foram examinadas de acordo com as normas de auditoria do Brasil. O referido relatório trouxe ao investidos duas enormes interrogações. Quais seriam as práticas contábeis adotadas no Brasil e as normas de auditoria aplicáveis no Brasil? Como ele não tem tempo, ele deixaria de lado a empresa brasileira e, provavelmente, partiria para analisar as DFs de concorrentes da empresa brasileira em outro país. Esse grau de dificuldade e incerteza provoca um aumento do risco e consequentemente do custo desses países na captação dos recursos. Material elaborado por Profª Mariana Manfroi da Silva Bonotto 8 3 ESTRUTURA DAS NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE A Resolução CFC nº 1.328/11 dispõe sobre a Estrutura das Normas Brasileiras de Contabilidade. O Comunicado Técnico tem por objetivo esclarecer assuntos de natureza contábil, com a definição de procedimentos a serem observados, considerando os interesses da profissão e as demandas da sociedade. A Interpretação Técnica tem por objetivo esclarecer a aplicação das Normas Brasileiras de Contabilidade, definindo regras e procedimentos a serem aplicados em situações, transações ou atividades específicas, sem alterar a substância dessas normas. As Normas Brasileiras de Contabilidade, com exceção dos Comunicados Técnicos, devem ser submetidas à audiência pública com duração mínima de 30 (trinta) dias. As NBC Profissionais: estabelecem preceitos de conduta profissional, já as NBCs Técnicas estabelecem padrões e procedimentos técnicos necessários para o adequado exercício profissional. “Art. 1º As Normas Brasileiras de Contabilidade editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) devem seguir os mesmos padrões de elaboração e estilo utilizados nas normas internacionais.” Material elaborado por Profª Mariana Manfroi da Silva Bonotto 9 I – Geral – NBC TG: são as convergentes com as normas internacionais emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB); e as editadas por necessidades locais, sem equivalentes internacionais; a) Normas completas: compreendem as normas editadas pelo CFC a partir dos documentos emitidos pelo CPC que estão convergentes com as normas do IASB, numeradas de 00 a 999; b) Normas simplificadas para PMEs: compreendem a norma de PME editada pelo CFC a partir do documento emitido pelo IASB, bem como as ITs e os CTs editados pelo CFC sobre o assunto, numerados de 1000 a 1999; c) Normas específicas: compreendem as ITs e os CTs editados pelo CFC sobre entidades, atividades e assuntos específicos, numerados de 2000 a 2999. II – do Setor Público – NBC TSP – são as aplicadas ao Setor Público, convergentes com as Normas Internacionais de Contabilidade para o Setor Público, emitidas pela International Federation of Accountants (IFAC); e as aplicadas ao Setor Público editadas por necessidades locais, sem equivalentes internacionais; III – de Auditoria Independente de Informação Contábil Histórica – NBC TA – são as aplicadas à Auditoria convergentes com as Normas Internacionais de Auditoria Independente emitidas pela IFAC; IV – de Revisão de Informação Contábil Histórica – NBC TR – são as aplicadas à Revisão convergentes com as Normas Internacionais de Revisão emitidas pela IFAC; V – de Asseguração de Informação Não Histórica – NBC TO – são as aplicadas àAsseguração convergentes com as Normas Internacionais de Asseguração emitidas pela IFAC; VI – de Serviço Correlato – NBC TSC – são as aplicadas aos Serviços Correlatos convergentes com as Normas Internacionais para Serviços Correlatos emitidas pela IFAC; VII – de Auditoria Interna – NBC TI – são as aplicáveis aos trabalhos de Auditoria Interna; VIII – de Perícia – NBC TP – são as aplicáveis aos trabalhos de Perícia; IX – de Auditoria Governamental – NBC TAG – são as aplicadas à Auditoria Governamental convergentes com as Normas Internacionais de Auditoria Governamental emitidas pela Organização Internacional de Entidades Fiscalizadoras Superiores (INTOSAI). 3.1 RESOLUÇÃO CFC nº 1.329/11: altera a sigla e a numeração de normas, interpretações e comunicados técnicos. Material elaborado por Profª Mariana Manfroi da Silva Bonotto 10 3.2 LEI 12.249/10 Altera o Decreto-Lei no 9.295, de 27 de maio de 1946 que cria o Conselho Federal de Contabilidade, define as atribuições do Contador e do Guarda-livros, e dá outras providências Legitimação das resoluções do CFC: Art. 76: A fiscalização do exercício da profissão contábil, assim entendendo-se os profissionais habilitados como contadores e técnicos em contabilidade, será exercida pelo Conselho Federal de Contabilidade e pelos Conselhos Regionais de Contabilidade. RESOLUÇÕES DO CFC POSSUEM PODER DE LEI 3.3 NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE DE AUDITORIA INDEPENDENTE: TÉCNICAS - NBC TAs Pronunciamentos Contábeis CFC Conselho Federal de Contabilidade CPC Comitê de Pronunciamentos Contábeis Estudo , preparo e emissão Pronunciamentos Pronunciamentos Contábeis IASB Internacional Accounting Standard Board Development and publication if IFRSs IFRS International Financial Reporting Standards Normas Internacionais de Contabilidade NBC Norma Brasileira de Contabilidade Seção 200 Princípios Gerais e Responsabilidades Seção 300 Avaliação dos Riscos Seção 400 Respostas aos Riscos Avaliados Seção 500 Evidência de Auditoria Seção 600 Utilização de Trabalho de Outros Seção 700 Conclusão da Auditoria e Emissãoi de Relatórios Seção 800 Áreas Específicas Aprova através de uma Resolução Material elaborado por Profª Mariana Manfroi da Silva Bonotto 11 PROFISSIONAIS - NBC PAs Resolução CFC nº 821, de 17-12-97. Aprova a NBC P 1 – Normas Profissionais de Auditor Independente, Resolução CFC nº 851, de 13-08-99. Aprova a NBC P 1 – IT – 01 – Regulamentação do item 1.9 da NBC P 1 Resolução CFC nº 1.201, de 27-11-09, Aprova a NBC PA 01 – Controle de Qualidade para Firmas (Pessoas Jurídicas e Físicas) de Auditores Independentes Resolução CFC nº 1.323, de 21-01-11. Aprova a NBC PA 11 – Revisão Externa de Qualidade pelos Pares Norma Brasileira de Contabilidade. NBC PA 13 (R2), de 21-08-2015. Dá nova redação à NBC PA 13(R1) que dispõe sobre o Exame de Qualificação Técnica para Registro no Cadastro Nacional de Auditores Independentes (CNAI) do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) Norma Brasileira de Contabilidade. NBC PA 290 (R1). Altera a NBC PA 290, que dispõe sobre os trabalhos de auditoria e revisão Norma Brasileira de Contabilidade. NBC PA 291 (R1). Altera a NBC PA 291, que dispõe sobre a independência em outros trabalhos de asseguração 3.4 NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE DE PERÍCIA CONTÁBIL TÉCNICA - NBC TP: NBC TP 01 de 27/02/2015 – Perícia Contábil PROFISSIONAL - NBC PP: NBC PP 01 de 27/02/2015 – Perito Contábil Material elaborado por Profª Mariana Manfroi da Silva Bonotto 12 4 INSTITUIÇÕES/SIGLAS ENVOLVIDAS COM A CONTABILIDADE E COM A AUDITORIA NO BRASIL E NO MUNDO CPC Comitê de Pronunciamentos Contábeis o Composição: ABRASCA, APIMEC, BM&F Bovespa, CFC, FIPECAFI, IBRACON e convidados (CVM, BACEN, RFB, etc.) o Objetivo: "o estudo, o preparo e a emissão de Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos de Contabilidade e a divulgação de informações dessa natureza, para permitir a emissão de normas pela entidade reguladora brasileira, visando à centralização e uniformização do seu processo de produção, levando sempre em conta a convergência da Contabilidade Brasileira aos padrões internacionais“ (res. CFC 1.055/05). CFC Conselho Federal de Contabilidade o Órgão normatizador das atividades contábeis, dentre elas a auditoria. o Legitimação das resoluções do CFC => lei 12.249 => RESOLUÇÃO PODER DE LEI “A fiscalização do exercício da profissão contábil, assim entendendo-se os profissionais habilitados como contadores e técnicos em contabilidade, será exercida pelo Conselho Federal de Contabilidade e pelos Conselhos Regionais de Contabilidade”. o http://www.cfc.org.br/ CRCs Conselhos Regionais de Contabilidade o Órgão de registro e fiscalização profissional. o Atenção aos cursos oferecidos a profissionais e estudantes!!! o Atenção a seção “Empregos e Oportunidades” o http://www.crcrs.org.br/ IBRACON Instituto dos Auditores Independentes do Brasil o Missão: Manter a confiança da sociedade na atividade de auditoria independente e a relevância da atuação profissional, salvaguardando e promovendo os padrões de excelência em contabilidade e auditoria independente. Emite algumas orientações. o Órgão representativo da profissão. o Possui 6 câmaras: Auditores Independentes, Auditores Internos, Peritos Judiciais, Contadores da Área Privada, Contadores da Área Pública, Professores. FBC Fundação Brasileira de Contabilidade Educação Continuada: Aprimoramento acadêmico, cultural e científico do contabilista; Valorização Profissional: Promoção da profissão, do profissional e da projeção contábil no País e no exterior; Encontros e Representações: Participação em reuniões e eventos do Sistema Contábil Brasileiro de membros dos órgãos deliberativos e consultivos e seus representantes. Material elaborado por Profª Mariana Manfroi da Silva Bonotto 13 AUDIBRA Instituto dos Auditores Internos do Brasil Objetivo: promover o valor dos auditores internos nas organizações, proporcionar condições para o desenvolvimento e a capacitação dos executivos do setor e ainda pesquisar e disseminar o papel deste profissional para o mercado. Entre suas atividades de capacitação, o Instituto oferece cursos técnicos, seminários e congressos promovendo o debate e o intercâmbio de assuntos referentes à atuação do profissional de Auditoria Interna no País. CVM Comissão de Valores Mobiliários o Ligada ao Ministério da Fazenda. Emite resoluções; o Funciona como órgão fiscalizador do mercados de capitais o Funções: assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados de bolsa e de balcão; proteger os titulares de valores mobiliários contra emissões irregulares e atos ilegais de administradores e acionistas controladores de companhias evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulação destinadas a criar condições artificiais de demanda, oferta ou preço de valores mobiliários negociados no mercado; assegurar o acesso do público a informações sobre valores mobiliários negociados e as companhias que os tenham emitido; estimular a formação de poupança e sua aplicação em valores mobiliários; Alguns órgãos reguladores: SUSEP Superintendência dos Seguros Privados CVM Comissão de Valore Mobiliários BACEN Banco Central do Brasil ANATEL Agência Nacional de Telecom. ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica ANS AgênciaNacional de Saúde BM&FBOVESPA Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros o É uma companhia de capital brasileiro formada, em 2008, a partir da integração das operações da Bolsa de Valores de São Paulo e da Bolsa de Mercadorias & Futuros. Como principal instituição brasileira de intermediação para operações do mercado de capitais, a companhia desenvolve, implanta e provê sistemas para a negociação de ações, derivativos de ações, títulos de renda fixa, títulos públicos federais, derivativos financeiros, moedas à vista e commodities agropecuárias. FIPECAFI Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis Atuariais e Financeiras Missão: Promover a pesquisa, a produção e a divulgação do conhecimento em Contabilidade, Atuária e Finanças; Dar suporte operacional e financeiro ao Departamento de Contabilidade da FEA/USP; Disseminação do conhecimento na forma de cursos, publicações, seminários, palestras e consultorias. Material elaborado por Profª Mariana Manfroi da Silva Bonotto 14 APIMEC Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais Concentra suas atividades na certificação dos profissionais, representação política institucional frente ao governo e entidades representativas congêneres do mercado, no intercâmbio internacional com outras confederações de profissionais. Desenvolve estudos e pesquisas visando o desenvolvimento do mercado de capitais e a capacitação dos profissionais. ABRASCA Associação Brasileira das Companhias Abertas Missão: defesa das posições da companhia aberta, como a face moderna da economia brasileira, junto aos centros de decisão e à opinião pública. Está empenhada no desenvolvimento dos mecanismos do mercado de capitais e na disseminação de informações sobre os seus principais títulos, como as ações, as debêntures e os “comercial papers”. ANEFAC Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade Tem como propósito promover um intenso intercâmbio de ideias, networking e conhecimento estratégico.. Acompanhando todas as mudanças que impactam nas empresas brasileiras e na sociedade em geral, a ANEFAC mantém diversas diretorias que realizam estudos, análises e divulgam informações. Priomove reuniões técnicas que abrangem varias áreas como: controladoria, TI, tributos, normas internacionais, avaliações, economia, processos e riscos, entre outras. A ANEFAC tem como plataforma principal o estímulo à transparência corporativa. Tem como objetivo garantir as melhores relações entre as empresas com os diversos públicos. Neste conceito é desenvolvido o Prêmio ANEFAC-FIPECAFI-Serasa Experian, conhecido como TROFÉU TRANSPARÊNCIA. IFAC International Federation of Accountants Organismo global da profissão contábil. Tem a finalidade de proteger o interesse público encorajando melhores práticas na área contábil. IASB Internacional Accounting Standard Board Objetivo: Desenvolver, com base em princípios claramente articulados, um conjunto único de pronunciamentos contábeis de alta qualidade, compreensíveis, exequíveis e aceitáveis globalmente. • Um orgão independente emissor de pronunciamentos contábeis. É supervisionado por uma junta de curadores (IFRS Foundation Trustees) diversificada geográfica e profissionalmente, e presta contas ao Conselho de Monitoramento (Monitoring Board) constituído por autoridades representativas do mercado de valores mobiliários; • Apoiado pelo Conselho Consultivo de IFRS (IFRS Advisory Council) e pelo Comitê de Interpretações de Relatório Financeiro Internacional (IFRS Interpretations Committee), ambos externos ao IASB que lhe oferecem orientações para tratar as divergências quanto à interpretação dos pronunciamentos emitidos; • Um processo de elaboração de normas sistemático, aberto, participativo e transparente; • Interação com investidores, reguladores, empresários e com a profissão contábil em geral, em cada estágio do processo; • Esforços de colaboração com a comunidade mundial de emissores de pronunciamentos contábeis. Material elaborado por Profª Mariana Manfroi da Silva Bonotto 15 IAASB International Auditing and Assurance Standard Board Development and publication if ISAs ISA International Standard on Auditing Normas internacionais de auditoria AICPA (USGAAP) American Institute of Certified Public Accountants Estabelece padrões profissionais para orientar seus membros para a adequada conduta profissional e para as melhores condutas de auditoria. Estabelece padrões de alto nível para a certificação e habilitação do CPA como forma de promover e proteger a CPA. IFRS International Financial Reporting Standards Normas internacionais FASB (USGAAP) Financial Accounting Standard Board XXGAAP Generally Accepted Accounting principles in XX IPO Inicial Public Offering Material elaborado por Profª Mariana Manfroi da Silva Bonotto 16 5 OBRIGATORIEDADE DA AUDITORIA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS O que leva uma empresa a contratar um auditor externo? Obrigação legal (cias abertas, fundo de pensão, seguradoras e as entidades integrantes do SFN); Como medida de controle interno tomada pelos acionistas, proprietários ou administradores da empresa; Imposição de um banco para ceder empréstimo; Imposição de um fornecedor para financiar a compra de matéria-prima; A fim de atender às exigências do próprio estatuto ou contrato social da companhia ou empresa; Para efeito de compra da empresa due diligence (o futuro comprador necessita de uma auditoria a fim de determinar o valor contábil correto do PL da empresa a ser comprada); Para efeito de incorporação da empresa (é a operação pela qual a empresa é absorvida por outra, que lhe sucede em todos os direitos e obrigações); Para efeito de fusão de empresas (é a operação pela qual se unem duas ou mais empresas para formar uma nova sociedade, que lhes sucede em todos os direitos e obrigações) Obrigatoriedade Legal: art. 177º Lei 6.404/76 (compilada) § 3o As demonstrações financeiras das companhias abertas observarão, ainda, as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários e serão obrigatoriamente submetidas a auditoria por auditores independentes nela registrados. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) art. 3º Lei 11.638/07 Demonstrações Financeiras de Sociedades de Grande Porte Art. 3o Aplicam-se às sociedades de grande porte, ainda que não constituídas sob a forma de sociedades por ações, as disposições da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, sobre escrituração e elaboração de demonstrações financeiras e a obrigatoriedade de auditoria independente por auditor registrado na Comissão de Valores Mobiliários. Obervação: CNAI Material elaborado por Profª Mariana Manfroi da Silva Bonotto 17 6 OBJETIVOS GERAIS DO AUDITOR INDEPENDENTE – NBC TA 200 Auditoria das Demonstrações Contábeis O objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários. Através da expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável. As NBC TAs exigem que o auditor exerça o julgamento profissional e mantenha o ceticismo profissionalao longo de todo o planejamento e na execução da auditoria e: • Identifique e avalie os riscos de distorção relevante, independentemente se causados por fraude ou erro, com base no entendimento da entidade e de seu ambiente, inclusive o controle interno da entidade. • Obtenha evidência de auditoria apropriada e suficiente para concluir se existem distorções relevantes por meio do planejamento e aplicação de respostas (procedimentos de auditoria) apropriadas aos riscos avaliados. • Forme uma opinião a respeito das demonstrações contábeis com base em conclusões obtidas das evidências de auditoria obtidas. A administração e/ou os responsáveis pela governança corporativa da entidade auditada é responsável: (a) pela elaboração das demonstrações contábeis em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável, incluindo quando relevante sua apresentação adequada; Como? Atenção: A opinião do auditor não assegura a viabilidade futura da entidade nem a eficiência ou eficácia com a qual a administração conduziu os negócios da entidade. Em todos os casos em que não for possível obter segurança razoável e a opinião com ressalva no relatório do auditor for insuficiente nas circunstâncias para atender aos usuários previstos das demonstrações contábeis, as NBC TAs requerem que o auditor se abstenha de emitir sua opinião ou renuncie ao trabalho, quando a renúncia for possível de acordo com lei ou regulamentação aplicável. Material elaborado por Profª Mariana Manfroi da Silva Bonotto 18 (b) pelo controle interno que os administradores e/ou os responsáveis pela governança determinam ser necessário para permitir a elaboração de demonstrações contábeis que estejam livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro; e (c) por fornecer ao auditor: (i) acesso a todas as informações, que a administração e/ou os responsáveis pela governança tenham conhecimento e que sejam relevantes para a elaboração e apresentação das demonstrações contábeis tais como: registros e documentação, e outros assuntos; (ii) informações adicionais que o auditor possa solicitar da administração e/ou dos responsáveis pela governança para a finalidade da auditoria; e (iii) acesso irrestrito às pessoas da entidade, que o auditor determine ser necessário obter evidências de auditoria. Requisitos Éticos Relacionados com a Auditoria das Demonstrações Contábeis CETICISMO PROFISSIONAL O auditor deve planejar e executar a auditoria com ceticismo profissional, reconhecendo que podem existir circunstâncias que causam distorção relevante nas demonstrações contábeis. O auditor independente planeja e executa o trabalho de asseguração com atitude de ceticismo profissional para obter evidência apropriada e suficiente sobre se a informação relativa ao objeto está livre de distorções relevantes. Significa que o auditor independente faz uma avaliação crítica, mantendo-se de forma mentalmente questionadora, com referência à validade da evidência obtida e mantém-se alerta para qualquer evidência que contradiga ou ponha em dúvida a confiabilidade de documentos ou representações da parte responsável. O ceticismo profissional inclui estar alerta, por exemplo, a: • evidências de auditoria que contradigam outras evidências obtidas; • informações que coloquem em dúvida a confiabilidade dos documentos e respostas a indagações a serem usadas como evidências de auditoria; • condições que possam indicar possível fraude; • circunstâncias que sugiram a necessidade de procedimentos de auditoria além dos exigidos pelas NBC TAs. JULGAMENTO PROFISSIONAL O auditor deve exercer julgamento profissional ao planejar e executar a auditoria de demonstrações contábeis O julgamento profissional é necessário, em particular, nas decisões sobre: • materialidade e risco de auditoria; Material elaborado por Profª Mariana Manfroi da Silva Bonotto 19 • a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria aplicados para o cumprimento das exigências das normas de auditoria e a coleta de evidências de auditoria; • avaliar se foi obtida evidência de auditoria suficiente e apropriada e se algo mais precisa ser feito para que sejam cumpridos os objetivos das NBC TAs e, com isso, os objetivos gerais do auditor; • avaliação das opiniões da administração na aplicação da estrutura de relatório financeiro aplicável da entidade; • extração de conclusões baseadas nas evidências de auditoria obtidas, por exemplo, pela avaliação da razoabilidade das estimativas feitas pela administração na elaboração das demonstrações contábeis. Risco de Auditoria Para obter segurança razoável, o auditor deve obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para reduzir o risco de auditoria a um nível baixo aceitável e, com isso, possibilitar a ele obter conclusões razoáveis e nelas basear a sua opinião. Risco do trabalho de asseguração é o risco de que o auditor independente expresse uma conclusão inapropriada caso a informação sobre o objeto contenha distorções relevantes. O risco em trabalhos de asseguração razoável é menor (conclusão positiva) enquanto risco em trabalhos de asseguração limitada (conclusão negativa) é maior. O risco de auditoria é uma função dos riscos de distorção relevante e do risco de detecção. A avaliação dos riscos é antes uma questão de julgamento profissional que uma questão passível de mensuração precisa. Risco de distorção relevante: os riscos de distorção relevante podem existir em dois níveis: • no nível geral da demonstração contábil; • no nível da afirmação para classes de transações, saldos contábeis e divulgações. Material elaborado por Profª Mariana Manfroi da Silva Bonotto 20 O auditor pode fazer uso de um modelo que expresse a relação geral dos componentes do risco de auditoria em termos matemáticos para chegar a um nível aceitável de risco de detecção. Alguns auditores julgam tal modelo útil no planejamento de procedimentos de auditoria. O risco inerente e o risco de controle são riscos da entidade; eles existem independentemente da auditoria das demonstrações contábeis. Para um dado nível de risco de auditoria, o nível aceitável de risco de detecção tem uma relação inversa com os riscos avaliados de distorção relevante no nível da afirmação. Limitação inerente da auditoria: O auditor não é obrigado e não pode reduzir o risco de auditoria a zero, e, portanto, não pode obter segurança absoluta de que as demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante devido a fraude ou erro. Isso porque uma auditoria tem limitações inerentes, e, como resultado, a maior parte das evidências de auditoria que propiciam ao auditor obter suas conclusões e nas quais baseia a sua opinião são persuasivas ao invés de conclusivas. Componentes do Risco o risco de que a informação sobre o objeto contenha distorções relevantes, o que, por sua vez, consiste em: risco de detecção é o risco de que o auditor independente não detecte uma distorção relevante existente. risco inerente é a suscetibilidade da informação sobre o objeto a uma distorção relevante, pressupondo que não haja controles relacionados. É mais alto para algumas afirmações e classes relacionadas de transações, saldos contábeis e divulgações do que para outras. Circunstâncias externas que dão origem a riscos de negócios também podem influenciar o risco inerente.risco de controle é o risco de que uma distorção relevante possa ocorrer e não ser evitada, ou detectada e corrigida, em tempo hábil por controles internos relacionados. Quando o risco de controle é relevante para o objeto, algum risco de controle sempre existirá em decorrência das limitações inerentes ao desenho e à operação do controle interno. É uma função da eficácia do desenho (controles estabelecidos), da implementação e da manutenção do controle interno pela administração no tratamento dos riscos identificados que ameaçam o cumprimento dos objetivos da entidade, que são relevantes para a elaboração das demonstrações contábeis da entidade. Risco de distorção relevante Risco de detecção aceito Mais persuasivas são as evidências de auditoria exigidas. Material elaborado por Profª Mariana Manfroi da Silva Bonotto 21 Há limites práticos e legais à capacidade do auditor de obter evidências de auditoria. “Asseguração razoável” é menos do que segurança absoluta. Reduzir o risco de trabalho de asseguração a zero é algo raramente factível ou vantajoso em termos de custo. Fatores que impossibilitam a segurança absoluta do trabalho de asseguração: (a) uso de testes seletivos; (b) limitações inerentes ao controle interno; (c) o fato de que muitas das evidências disponíveis ao auditor independente serem mais persuasivas do que conclusivas; (d) uso do julgamento na obtenção e na avaliação de evidências, bem como na formação de conclusões, com base nessas evidências; (e) em alguns casos, as características do objeto, quando avaliadas ou mensuradas em comparação com os critérios identificados. A auditoria não é uma investigação oficial de suposto delito. Portanto, o auditor não recebe poderes legais específicos, tais como o poder de busca, que podem ser necessários para tal investigação. Oportunidade das informações contábeis e o equilíbrio entre custo e benefício: a dificuldade, a falta de tempo ou custo envolvido não são, por si só, base válida para que o auditor omita um procedimento de auditoria para o qual não há alternativa ou que deva ser satisfeito com evidências de auditoria menos que persuasivas. O planejamento adequado ajuda a tornar suficientes o tempo e os recursos disponíveis para a condução da auditoria. Apesar disso, a relevância da informação e, por meio dela, o seu valor tende a diminuir ao longo do tempo, e há um equilíbrio a ser atingido entre a confiabilidade das informações e o seu custo. EXAME DE SUFICIÊNCIA 2015.2 43. De acordo com a NBC TA 200 – Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da Auditoria em Conformidade com Normas de Auditoria, Risco de Detecção é: a) o risco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada quando as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. b) o risco de que os procedimentos executados pelo auditor, para reduzir o risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo, não detectem uma distorção existente que possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções. c) o risco inerente à suscetibilidade de uma afirmação a respeito de uma transação, saldo contábil ou divulgação, a uma distorção que possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções, antes da consideração de quaisquer controles relacionados. d) o risco que uma distorção pode causar em uma afirmação sobre uma classe de transação, saldo contábil ou divulgação, e que possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções Material elaborado por Profª Mariana Manfroi da Silva Bonotto 22 EXAME DE SUFICIÊNCIA 2015.1 45. De acordo com que estabelece a NBC TA 200 – Objetivos Gerais do Auditor Independente, julgue os itens abaixo, como Verdadeiros (V) ou Falsos (F) e, em seguida, assinale a opção CORRETA. Material elaborado por Profª Mariana Manfroi da Silva Bonotto 23 7 ESTRUTURA CONCEITUAL PARA TRABALHOS DE ASSEGURAÇÃO Esta Estrutura Conceitual define e descreve os elementos e os objetivos de um trabalho de asseguração, identificando os trabalhos aos quais são aplicadas as Normas Técnicas de Auditoria (NBC TA), Normas Técnicas de Revisão (NBC TR), e Normas para Outros Trabalhos de Asseguração (NBC TO). Princípios éticos e normas de controle de qualidade Os auditores independentes que executam trabalhos de asseguração são disciplinados: (a) pelo Código de Ética Profissional do Contabilista do CFC, que estabelece princípios éticos fundamentais para os contabilistas; e (b) pela Norma de Controle de Qualidade (NBC PA 01 – Controle de Qualidade para Firmas (Pessoas Jurídicas e Físicas) de Auditores Independentes que executam exames de auditoria e revisões de informação contábil histórica, outros trabalhos de asseguração e serviços correlatos.) Os princípios fundamentais da ética profissional a serem observados pelos auditores independentes estão implícitos no Código de Ética Profissional do Contabilista do CFC, incluindo: Definição e Objetivo do Trabalho de Asseguração Trabalhos de asseguração significa um trabalho no qual o auditor independente expressa uma conclusão com a finalidade de aumentar o grau de confiança dos outros usuários previstos, que não seja a parte responsável, acerca do resultado da avaliação ou mensuração de determinado objeto de acordo com os critérios aplicáveis. Honestidade (integridade) Objetividade Competência e zelo profissionaisSigilo Comportamento profissional Material elaborado por Profª Mariana Manfroi da Silva Bonotto 24 Nem todos os trabalhos executados por auditores independentes são trabalhos de asseguração. Outros trabalhos frequentemente executados que não são previstos nesta Estrutura Conceitual: (a) trabalhos cobertos pelas Normas Técnicas para Serviços Correlatos (NBC TSC), tais como trabalhos de procedimentos previamente acordados e compilações de informações financeiras ou de outras informações. (b) a elaboração de declarações de impostos em que não há uma conclusão que expresse qualquer forma de asseguração. (c) trabalhos de consultoria (ou de assessoria), tais como consultoria gerencial e de impostos.(*) Relacionamento entre três partes: O auditor independente considera a materialidade, o risco do trabalho de asseguração, a quantidade e a qualidade das evidências disponíveis quando planeja e executa o trabalho, em especial quando determina a natureza, a época ou a extensão dos procedimentos de obtenção de evidência. Evidências de Auditoria Evidências de auditoria são as informações utilizadas pelo auditor para fundamentar suas conclusões em que se baseia a sua opinião. As evidências de auditoria incluem informações contidas nos registros contábeis subjacentes às demonstrações contábeis e outras informações. Auditor Independente Parte responsávelUsuários previstos Material elaborado por Profª Mariana Manfroi da Silva Bonotto 25 A evidência de auditoria é necessária para sustentar a opinião e o relatório do auditor. Elas abrangem informações que sustentam e corroboram as afirmações da administração e informações que contradizem tais afirmações. (a) a evidência é mais confiável quando for obtida de fontes independentes, fora da entidade; (b) a evidência que é gerada internamente é mais confiável quando os controles internos são eficazes; (c) a evidência obtida diretamente pelo auditorindependente (por exemplo, a observação da aplicação de controle) é mais confiável do que a evidência obtida indiretamente ou por inferência (por exemplo, a indagação acerca da aplicação de controle); (d) a evidência é mais confiável quando em forma documental, seja em papel, em forma eletrônica ou outro meio (por exemplo, a ata de reunião formalmente elaborada é mais confiável do que uma declaração oral subsequente daquilo que foi discutido); (e) a evidência proporcionada por documentos originais é mais confiável do que a evidência proporcionada por fotocópias ou facsímiles. Materialidade: é considerada no contexto de fatores quantitativos e qualitativos, como a magnitude relativa, a natureza e a extensão dos efeitos desses fatores na avaliação ou na mensuração do objeto e os interesses dos usuários previstos. A determinação da materialidade e a importância relativa de fatores quantitativos e qualitativos em determinado trabalho são assuntos que envolvem o julgamento profissional do auditor independente. Natureza, época e extensão dos procedimentos de obtenção de evidência: A natureza, época e a extensão dos procedimentos de obtenção de evidência variam de um trabalho para outro. Para estar em posição de expressar uma conclusão de forma positiva, exigida em trabalho de asseguração razoável, é necessário que o auditor independente obtenha evidência apropriada e suficiente, como parte do processo de trabalho sistemático e repetitivo, envolvendo: (a) o entendimento do objeto e de outras circunstâncias que, dependendo do objeto, incluem o entendimento do controle interno; Evidência de Auditoria Quando obtida diretamente pelo auditor é mais confiável que a evidência de auditoria obtida indiretamente ou por inferência. É mais confiável quando é obtida de fontes independentes externas à É mais confiável quando está na forma de documento, seja em papel, no formato eletrônico ou outro meio. Material elaborado por Profª Mariana Manfroi da Silva Bonotto 26 (b) com base nesse entendimento, avaliar os riscos de que a informação sobre o objeto possa conter distorções relevantes; (c) resposta aos riscos identificados, incluindo o desenvolvimento de respostas gerais e determinação da natureza, da época e da extensão de outros procedimentos; (d) executar outros procedimentos claramente ligados aos riscos identificados, usando uma combinação de inspeção, observação, confirmação, recálculo, reexecução, procedimentos analíticos e indagação. Esses procedimentos adicionais envolvem procedimentos substantivos que incluem, quando aplicável, obter informação corroborativa de fontes independentes da parte responsável e, dependendo da natureza do objeto, testes de eficácia operacional de controle; (e) avaliar a suficiência e a adequação da evidência. Diferenças entre trabalho de asseguração razoável e limitada Tipo de trabalho Objetivo Procedimentos de obtenção de evidência Relatório de Asseguração É obtida evidência adequada e suficiente como parte de processo de trabalho sistemático e repetitivo que inclui: • entendimento das circunstâncias do trabalho; • determinação dos riscos; • resposta aos riscos identificados; • execução de procedimentos adicionais pelo uso de combinação de inspeção, observação, confirmação, recálculo, reexecução, procedimentos analíticos e indagação. Tais procedimentos adicionais envolvem procedimentos substantivos, que incluem, quando aplicável, a obtenção de informação corroborativa e dependendo da natureza do objeto, testes de eficácia operacional dos controles; • avaliação da suficiência e adequação da evidência Trabalho de asseguração razoável Descrição das circunstâncias do trabalho e da forma positiva de expressão da conclusão. Reduzir o risco do trabalho de asseguração razoável a um nível aceitavelmente baixo nas circunstâncias do trabalho, como base para forma positiva de expressão da conclusão do auditor independente É obtida evidência apropriada e suficiente como parte de processo de trabalho sistemático e repetitivo que inclui a obtenção de compreensão do objeto e de outras circunstâncias do trabalho, cujos procedimentos são deliberadamente limitados em relação a trabalho de asseguração razoável Redução no risco de trabalho de asseguração limitada a um nível aceitavelmente baixo nas circunstâncias do trabalho, mas em que o risco seja maior do que em trabalho de asseguração razoável, como base para forma negativa de expressão da conclusão do auditor independente Trabalho de asseguração limitada Descrição das circunstâncias do trabalho e da forma negativa de expressão da conclusão
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