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resumo psicomotricidade

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RESUMO[1: Artigo. Psicomotricidade: Da prática funcional à vivenciada. Fernando Soares Machado (aluno do curso de especialização em Psicomotricidade) e Helenice Maria Tavares (Professora Mestre-orientadora do curso especialização em psicomotricidade). Faculdade Católica de Uberlândia.]
Lucas Guedes BARBOSA[2: Discente do Curso de Bacharelado em Fisioterapia-Faculdade Estácio de Sá. E-mail: guedes.lucas18@gmail.com ]
O artigo de Fernando Soares Machado, revela que a psicomotricidade sofreu muitas interferências teóricas de diversos campos de estudo, o que causou divergências nesta ciência. Devido a isso o artigo trabalha com o fator histórico, equiparando as diferentes características para entender e responder questionamentos na relação da psicomotricidade e o ser humano.
Fernando Machado, permeando a história, observou que a psicomotricidade já era analisada desde a antiguidade na cultura grega. O corpo e a alma eram falados por diferentes filósofos, como Platão, que afirmava duas realidades no ser humano; René Descarte no século XVII, que via o corpo como objeto e um fragmento do espaço separado do sujeito conhecedor; e muitos outros pesquisadores e estudiosos que ajudaram na formação da psicomotricidade.
O artigo mostra que o termo psicomotricidade foi nomeado em 1890, devido a necessidade em explicar patologias e certos eventos clínicos de origem neurológicas. Por um tempo essa ciência foi associada somente ao corpo e separada das emoções e cognições, como exemplo, nos estudos de Dupré e debilidade motora nos débeis mentais. Porém, um dos pioneiros neste campo Henri Wallon contribuiu com o estudo psicológico da criança, o movimento não isolado das emoções.
A pesquisa histórica destaca que em 1947, Julian de Ajuriaguerra, líder da escola de psicomotricidade, traça os transtornos psicomotores variando entre o neurológico e o psiquiátrico, a partir de técnicas reeducativas. O psiquiatra Ajuriaguerra remove a psicomotricidade dos domínios neurológicos e das conclusões de Dupré. Outro pensador citado é Jean Piaget, que em suas analise entendeu que a motricidade interfere na inteligência antes da aquisição da linguagem apresentando a importância do movimento.
O artigo menciona três cortes epistemológicos. A primeira é voltada a neuropsiquiatria, sendo o corpo um instrumento e uma máquina, ligada a reeducação psicomotora por meio de exercícios motores repetitivos fundamentados por Wallon e Dupré. A segunda é ligada a psicologia genética, onde os sentimentos passam a ter importância ao indivíduo propiciando a terapia psicomotora e a formação do ser pensante global e total. A terceira é relacionada a clínica psicomotora que se deu pela interferência da psicanálise e dos interesses teóricos e metodológicos dos psicomotricista. A psicomotricidade centraliza três dimensões: a instrumental, cognitiva e tônico-emocional.
O estudo mostra, que ao passar do tempo foi somado mais um conhecimento, chamado de educação psicomotora, que é a educação física como instrumento da psicomotricidade. A educação física estimula nas crianças a coordenação e o equilíbrio (educação motriz) e também memória e consciência (educação psicomotriz) que propõe desenvolvimento na criança.
A psicomotricidade é apresentada como a capacidade psíquica de realizar movimentos, ou seja, a atividade psíquica que transformar a imagem em ação ou estímulos para os músculos. Com isso, objetivando uma extensão para as atividades corporais de uma criança ou indivíduo, para que consiga realizar e/ou obter desenvolvimento global por meio de trabalhos psicomotores específicos, de acordo com a necessidade de cada ser humano.
É evidenciado que o esquema corporal é fundamental para a personalidade da criança, pois ela se sentirá bem conforme o seu corpo lhe obedecer. O conhecimento imediato e intuitivo que a criança tem de si, torna ela apta a atuar sobre si e responder ou reagir ao meio externo. Uma criança com o esquema corporal malformado, não coordenar bem os movimentos, e atrapalha a mesma de executar suas atividades em harmonia.
No conteúdo do artigo é explicitado conceitos relevantes para psicomotricidade, salientando a sua autonomia quanto ciência. A tonicidade está ligada a função de alerta e vigilância, em relação com o estado de tensão dos músculos e aspectos posturais. Outro conceito destacado é o equilíbrio, sendo o ajustamento postural e gravitacional que é regulado pelo cerebelo. A direcionalidade é a capacidade de mover o corpo e apreender os conceitos, espaços e objetos no ambiente. Outro conceito é a organização temporal, que é a capacidade de relacionar ações ao tempo, por meio de sucessões de fatos e de intervalos de tempo, referindo-se a perto, longe, em cima, embaixo, dentro ou fora. É destacado também a percepção, que é a capacidade de captar e interpretar os estímulos do meio ambiente através dos órgãos do sentido, que transmitem as primeiras impressões para o cérebro e depois de codificado emite uma resposta, com isso, sendo capaz de diferenciar diferentes sabores, sons, texturas, odores, situações.
O texto evidencia que a coordenação se refere a flexibilidade no controle motor, ajustes posturais durante o movimento e uso eficaz dos músculos. A coordenação motora fina, é o trabalho ordenado de pequenos músculos e está relacionado a movimentos precisos, refinados, delicados e específicos, por exemplo, escrever, digitar e costurar. Outro tipo de coordenação é a olho-mão ou visomotora, que é a habilidade de selecionar um objeto e coordenar movimentos manuais com referência da visão. A coordenação olho-pé ou oculopedal, é poder distinguir os objetos com os movimentos dos membros inferiores sobre referencias visuais.
A psicomotricidade funcional compreende o desenvolvimento humano que é decorrente dos processos de maturação. O diagnóstico relacionado ao perfil psicomotriz é a prescrição de exercícios para sanar possíveis descompassos do desenvolvimento motriz. A psicomotricidade vivenciada está centrada em métodos não diretivos, em que ações desta prática, fundamenta-se no jogo como ferramenta para o brincar da criança proporcionando representação, imaginação e criatividade. O trabalho com o indivíduo é em sua totalidade, em espaço lúdico e educativo, com isso, permite externar emoções e a sua relação com o ambiente, objetos e outras pessoas. 
O artigo mostra o corpo como objeto da psicomotricidade e pode ser dividido didaticamente em: corpo instrumento de ação (funcional), corpo instrumento de conhecimento (cognitivo), corpo com papéis na sociedade (social).
Os jogos contribuem com a psicomotricidade vivenciada. Os jogos simbólicos como faz-de-conta ou dramatização, possibilita ao indivíduo solução dos seus conflitos e o equilíbrio do mundo interno e externo. Jogos fantasmáticos proporcionam expressar seus sentimentos, desejos e frustações. Jogos expressivos para descarregar tensões, busca da afirmação pessoal além da aprovação social. Os objetos têm importância, pois permitem diferentes realidades simbólicas com matérias: bolas, bambolês, tecidos, caixas e etc. 
Novas teorias surgiram como a psicomotricidade sistêmica e sociopsicomotricidade. A psicomotricidade sistêmica nasce com a necessidade de um estudo mais aprofundado do inconsciente, cuja proposta é propiciar a criança situações nas quais ela passar, para ser concebida como ser ativo. A sociopsicomotricidade é uma técnica psicoterapêutica que utiliza a psicomotricidade como instrumento para a mobilização psíquica e afetiva, desencadeando conteúdos inconscientes.
É perceptível que o corpo do indivíduo é muito mais que um ser motor, existe aprendizagem por meio da relação com o outro A formação da psicomotricidade evoluiu sobretudo em relação ao indivíduo como ser de totalidade.

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