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Resumo Psicologia comunitaria

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Levantamento de análise de necessidades:
A análise de necessidades terá dois protagonistas. Segundo Montero os investigadores ou técnicos externos e os investigadores (os membros da comunidade). Para eles é imprescindível a familiarização com a comunidade, através de um processo de aproximação e diálogo, de mútua aprendizagem e de respeito.
O conhecimento da comunidade, de seu espaço físico, seus costumes e seu cotidiano, facilitará a inserção e o dialogo para o levantamento das necessidades e a abertura necessária para que essas possam ser analisadas com crítica e liberdade.
Montero define as análises de necessidades como uma atividade inicial e dentro de um processo de investigação ação participante, que ajuda a especificar os problemas que afligem a comunidade e verifica as condições sentidas por seus membros 
Essa atividade de análise seguirá durante todo o processo de ação comunitária, buscando transformar as necessidades percebidas (cognitivamente) em necessidades sentidas por seus membros. Segunda a autora, “uma necessidade existe para um grupo, quando seus membros sentem que lhes faltam alguma coisa, ou quando certas situações em suas vidas produzem efeitos que perturbam, porque a maneira de atuar sobre elas é ineficiente”.
Nesse sentido a comunidade pode perceber, mas não sentir uma necessidade, possivelmente por estar embotado pelos meios de comunicação social, ou pela naturalização daquilo que para os investigadores externos seria objeto de grande preocupação, bloqueando sua capacidade de pensar alíticamente, colocando em termos ideológicos um conhecimento determinado de antemão que busca conformar as pessoas segundo os interesses dominantes. Desta maneira se acostuma, por exemplo, com uma situação de encarecimento como se fosse à forma natural de viver. 
Assim como vimos que Montero diferenciava as necessidades sentidas das percebida, Serrano Garcia (1992) diferencia as necessidades sentidas diretamente pelas pessoas da comunidade daquelas inferidas, que são provenientes de profissionais ou instituições vinculados à comunidade ou de critérios pré-estabelecidos. As necessidades sentidas são do tipo mais subjetivo e incluem sentimentos, preocupações e percepções. As necessidades inferidas são do tipo objetivo, como as necessidades normativas e comparativas que são extraídas de fontes documentais e de estudos epidemiológicos. 
Junto ao levantamento de necessidades e problemas é necessário identificar os recursos com os quais conta uma comunidade. Um primeiro aspecto é o conhecimento das instituições sociais, religiosas, de saúde e educativas que estão em sua região, e com as quais no futuro poderão estabelecer redes de apoio. Um segundo aspecto é a avaliação destas instituições pelos próprios responsáveis, pelos membros da equipe investigadora e pelos próprios usuários. Um terceiro aspecto são as expectativas que se têm sobre esses serviços e seu potencial contribuinte para a comunidade.
Aspectos a serem considerados em uma analisem de necessidades: (1) As necessidades: sentidas, percebidas e inferidas. (2) Os problemas mais preeminentes e as formas de resolução dos mesmos que a comunidade propõe. (3) O levantamento dos recursos que esta comunidade possui (institucionais, pessoais, redes) ou pode ter acesso.
Procedimentos metodológicos 
Entrevistas: Individuais com os líderes comunitários. Grupais com membros da comunidade. Comunitária em associações, instituições. E por fim, entrevistas com questionários. 
Análise histórica e documental: Registro histórico da comunidade. Registro estático com base nos estudos episdemiologicos da zona onde se situa a vila. Registros geográficos, físicos e matérias da comunidade. Registros geográficos físicos e matérias da comunidade características do espaço físico e seu significado, características e condições de moradia.
Diário de campo: Em lugares públicos, com membros da comunidade onde se pode observar o cotidiano da comunidade. Visitas domiciliares analisar a forma de vida e os recursos pessoais familiares.
Análise dos dados: A analise dos dados coletados pelos investigadores externos deve passar pela peneira dos próprios interessados, a comunidade. Uma vez que tenhamos coletado as informações sobre a historia da comunidade, sobre as condições de vida, moradia e sobrevivência, passamos a identificar, segundo Freitas (1994), as necessidades e problemáticas vividas pela comunidade.
 
Redes sociais;
 Em ressonância com a proposta de Gregory Bateson de que as fronteiras do individuo não estão limitadas por sua pele, mas incluem tudo aquilo com que o sujeito interage, podemos acrescentar que as fronteiras do sistema significativo do individuo não se limitam à família nuclear ou extensa, mas incluem todo o conjunto de vínculos interpessoais do sujeito: família, amigos, relações de trabalho, de estudo, de inserção comunitária e de praticas sociais.
O conceito de rede social foi desenvolvido e refinado de maneira acumulativa, mas desordenada por uma série de autores. Entre eles, merecem ser citado Kurt Lewin (1952), cuja teoria do campo inclui explicitamente variáveis centradas nas relações sociais informais, Jacob L, Moreno (1951), o criador do psicodrama, desenvolveu o conceito de psicologia geográfica e uma técnica sociometrica, o sociograma, para esboçar um mapa da rede de relações do tipo de “quem conhece quem” em grupos e em comunidades. 
Em um nível mais microscópico, por sua vez, a rede social pessoal pode ser definida como a soma de todas as relações que um individuo percebe como significativas ou define como diferenciadas da massa anônima da sociedade. Essa rede corresponde ao nicho interpessoal da pessoa e contribui substancialmente para seu próprio reconhecimento como individuo e para sua auto-imagem.
A rede pessoal pode ser registrada em forma de mapa mínimo que inclui todos os indivíduos com quem interage uma determinada pessoa. O mapa pode ser sistematizado em quatro quadrantes, quais sejam: 
Família
Amizade
Relações de trabalho ou escolares
Relações comunitárias, de serviço.
Características estruturais
Tamanho: Isto é, numero de pessoas da rede. Há indicações de que as redes de tamanho médio são mais efetivas do que as pequenas ou muito numerosas. As redes mínimas são menos efetivas em situações de sobrecarga ou tensão de longa duração, já que os membros começam a evitar o contato para evitar a sobrecarga ou tentam sobrecarregar.
Composição ou distribuição: Significa que proporção do total de membros da rede está localizada em cada quadrante e cada circulo, as redes muito localizadas são menos flexíveis e efetivas, ampla, isso se aplica tanto à distribuição em quadrantes como em círculos, assim, existem pessoas cuja rede significativa se centra na família.
Dispersão: Quer dizer a distancia entre os membros, o que, obviamente, afeta a facilidade de acesso ao e o informante, e, portanto, afeta tanto a sensibilidade da rede às variações do individuo quanto a eficácia e velocidade de resposta às situações de crise.
A homogeneidade ou heterogeneidade: Demográfica e sociocultural, ou seja, segundo idade, sexo, cultural e nível socioeconômico, com vantagens e inconvenientes em termos de identidade, reconhecimento de sinais de stress, ativação e utilização. Essa variável orienta o clinico a respeito de tensões potencias entre sub redes com diferenças culturais ou socioeconômicas, tal como se vê na rede de casais de diferente base cultural, ou diferente status educacional ou social.
Os atributos de vínculos específicos: Compromisso e intensidade da relação, durabilidade, historia em comum.
O tipo de funções: desempenhadas por cada vinculo e pelo conjunto, o que será discutida e seguida.
Funções da rede: (1) companhia social, (2) apoio social, (3) apoio emocional, (4) guia cognitivo e conselhos, (5) regulação social, (6) ajuda material e de serviços, (7) acesso a novos contatos.
Atributos do vinculo
As funções predominantes: Ou seja, qual função, ou combinação de funções, caracterizam de maneira predominante essevinculo.
A multidimensionalidade: quer dizer, quanta dessas funções desempenha. Essa pessoa amiga é uma companhia social procurada e, além disso, é um bom ombro pra chorar e fontes de conselhos.
A reciprocidade: Se você desempenha para essa pessoa o mesmo tipo de funções equivalentes às que essa pessoa desempenha para você, ou não, esse atributo também é conhecido como “sistema-assimetria”.
A intensidade: O tropismo ou atração entre os membros, essa variável pode ser definida também como “grau de intimidade”. 
A frequência dos contatos: Quanto maior a distancia, maior a necessidade de manutenção ativa do contato para manter a intensidade, ao mesmo tempo, muitos vínculos intensos podem ser reativados rapidamente mesmo depois de uma quebra de contato importante.
A historia da relação: Desde quando se conhecem e qual é a experiência previa de ativação do vinculo.
Ética na intervenção psicossocial
A ética aplicada à intervenção social transforma as relações sociais, já que o homem é um ser em continua construção. A subjetividade resulta de milhões de relações que estabelecemos.
O sujeito humano responsável é também um sujeito ético individual e social, uma vez que ninguém é ético para si: somos éticos em relação aos outros.
Moral: É um conjunto de normas que orienta, disciplinam, normatizam os costumes e as atitudes do individuo ou de um grupo, trata do lícito e ilícito comportamental.
A ética na intervenção social é uma ética social, pratica e realizável que pode orientar de forma eficazmente o comportamento ético do interventor frente a circunstancias diversas como: identificação de metas e objetivos e resolução de problemas e conflitos.
A pesquisa que envolve seres humanos é uma intervenção social e, como tal, deve obedecer aos princípios éticos, que podem ser considerados quanto ao seu contexto, às responsabilidades do pesquisador, à perspectiva dos participantes, aos seus benefícios, à interface entre princípios e procedimentos e a outros ângulos distintos de abordagem. 
Para os profissionais interventores, espera-se um papel com menos poder, mais igualitário e solidário em relação aos clientes, e mais coordenado, flexível e integrador em relação a outros profissionais implicados no trabalho multidisciplinar.
Com relação à comunidade a qual é destinada a intervenção social, deve ser ponderada questões fundamentais como: intenção e beneficio, legitimidade e liberdade pessoal, autoridade, implicação política e responsabilidade
Sendo a intervenção social uma ação, ela não ocorre por acaso, e sim na sua maior parte premeditada ou deliberada.
A ajuda a outros, sem o devido consentimento, é uma violação da privacidade e capacidade de autonomia. Decidir o que é bom para o outro sem consultá-lo, invalida seu potencial como sujeito, capaz de decidir sua própria vida e desenvolver-se psicologicamente e socialmente.
Os psicólogos estão inegavelmente comprometidos com os seguintes princípios: competência, integridade, responsabilidade profissional e cientifica, respeito aos direitos humanos e a dignidade das pessoas, preocupação com o bem-estar do próximo e responsabilidade social. Deve-se ter cautela para honrar todos os compromissos assumidos com os sujeitos.
Pesquisadores desenvolvendo estudos com populações vulneráveis, tais como crianças, idosos, pacientes hospitalizados, presidiários e outros, tem uma particular responsabilidade no que diz respeito à proteção desses sujeitos. Existem três ambitos de responsabilidade:
A responsabilidade pessoal: Aquela que temos frente ao outros
A responsabilidade jurídica: A que temos frente à lei
A responsabilidade profissional: Que diz respeito às normas e a consciência profissional.
O profissional precisa ter condutas que o auxilie a potencializar a previsibilidade de toda e qualquer ação social. Essas condutas dizem respeito a algumas situações fundamentais que são básicas no exercício e formação profissionais. Primeiramente, é preciso aumentar o conhecimento do papel de interventor o que proporcionará ao profissional melhoria nas técnicas de intervenção e de avaliação de programas. Também é necessário considerar a perspectiva dos sujeitos, para que o profissional se coloque na sua condição, de forma a contar com a subjetividade individual e coletiva dos mesmos, e por fim, identificar os efeitos da motivação, interações e sinergias sociais e dos meios de comunicação de massa sobre os seres humanos, que podem interferir na expressão social dos indivíduos.
Segundo Bertmant e Warwick (1999), o intervento social tem quatro áreas de responsabilidade:
Competência: O interventor deve estar capacitado para a realização da intervenção
Veracidade da publicidade da atividade profissional: Dizer a verdade sobre sua atividade e capacidade profissional. Não despertar falsas expectativas, para as quais não está profissionalmente habilitado e, logo, não poderá cumprir.
Garantir a confidencialidade: Sua relação com o destinatário da intervenção deve ser de respeito e confiança. Devendo estar disposto inclusive a enfrentar responsabilidades jurídicas pelos seus atos, caso estes não forem honestos ou provocarem danos resultantes da quebra de respeito ou confiança.
Efeitos indesejados: Prevenir ao Maximo os efeitos indesejados da intervenção através dos cuidados já relatados anteriormente

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