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UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA CENTRO DAS CIÊNCIAS EXATAS E DAS TECNOLOGIAS RELATÓRIO EXPERIMENTAL DISCIPLINA: Física Geral e experimental II TURMA:______________________________________________________ DATA: 12/10/2014 EQUIPE: 1. Letícia Santos de Oliveira 2. Paulo Vinícius Martins 3. Uendel 4. Víctor PROFESSOR: Jonathan Silva 1. Título do Experimento: Oscilações Harmônicas 2. Objetivo: - Determinar a constante elástica de uma mola. - Determinar o período de um oscilador harmônico. - Trabalhar análise estatística de dados e construção de gráficos. 3. Introdução: Quando o movimento de um corpo descreve uma trajetória, e a partir de certo instante começa a repetir esta trajetória, dizemos que esse movimento é periódico. O tempo que o corpo gasta para voltar a percorrer os mesmos pontos da trajetória é chamado de período. No nosso cotidiano existem inúmeros exemplos de movimento periódico, tais como o pêndulo de um relógio ou um sistema massa - mola, quando um desses conjuntos descreve um vai e vem em torno das suas posições de equilíbrio. O movimento harmônico simples – MHS O movimento harmônico simples - MHS é movimento periódico, e portanto o objeto passa novamente por uma dada posição depois de um período T . O período é o inverso da a frequência f de oscilação: T = 1/f Um exemplo típico de aparato que se movimenta segundo um MHS é sistema massa- mola. Uma mola tem uma de suas extremidades presa em uma parede rígida e a outra extremidade está presa em um corpo que está sobre um superfície sem atrito. Quando deslocado de sua posição de equilíbrio o corpo começa a oscilar. Um objeto que se desloca em MHS tem a sua posição descrita pela equação x(t) = xM cos(wt + δ) onde xM = amplitude de oscilação (wt + δ) = fase w = frequência angular de oscilação δ = constante de fase Quando a constante de fase assume o valor ϕ = - pi/2 a equação anterior, que descreve o movimento do corpo, tem a forma: x(t) = xM sen wt À medida que o tempo evolui, o corpo ocupa as diversas posições mostradas na figura à seguir. Em cada posição ocupada, o corpo terá uma velocidade correspondente, como veremos mais adiante. Também em cada posição, ele terá uma aceleração correspondente. Tanto a aceleração quanto a velocidade variam à medida que a posição se altera. O gráfico da posição em função do tempo toma diversas formas quando modificamos a amplitude, frequência ou constante de fase. Quando alteramos a amplitude de oscilação, o movimento se consuma para deslocamentos máximos diferentes, mas com mesma frequência e mesma constante de fase. Desse modo os dois movimentos alcançam os extremos no mesmo instante. Quando aumentamos a frequência (e consequentemente diminuímos o período), os movimentos terão a forma descrita a seguir onde a função de maior período é a vermelha e a de menor período é azul. Quando variamos a constante de fase, a função mantém a forma, mas sofre um deslocamento. Oscilador massa-mola Um oscilador massa-mola ideal é um modelo físico composto por uma mola sem massa que possa ser deformada sem perder suas propriedades elásticas, chamada mola de Hooke, e um corpo de massa m que não se deforme sob ação de qualquer força. Este sistema é fisicamente impossível já que uma mola, por mais leve que seja, jamais será considerada um corpo sem massa e após determinada deformação perderá sua elasticidade. Enquanto um corpo de qualquer substância conhecida, quando sofre a aplicação de uma força, é deformado, mesmo que seja de medidas desprezíveis. Mesmo assim, para as condições que desejamos calcular, este é um sistema muito eficiente. E sob determinadas condições, é possível obtermos, com muita proximidade, um oscilador massa-mola. Assim podemos descrever dois sistemas massa-mola básicos, que são: Oscilador massa-mola horizontal É composto por uma mola com constante elástica K de massa desprezível e um bloco de massa m, postos sobre uma superfície sem atrito, conforme mostra a figura abaixo: Como a mola não está deformada, diz-se que o bloco encontra-se em posição de equilíbrio. Ao modificar-se a posição do bloco para um ponto em x, este sofrerá a ação de uma força restauradora, regida pela lei de Hooke, ou seja: Como a superfície não tem atrito, esta é a única força que atua sobre o bloco, logo é a força resultante, caracterizando um MHS. Sendo assim, o período de oscilação do sistema é dado por: Ao considerar a superfície sem atrito, o sistema passará a oscilar com amplitude igual à posição em que o bloco foi abandonado em x, de modo que: Assim podemos fazer algumas observações sobre este sistema: • O bloco preso à mola executa um MHS; • A elongação do MHS, é igual à deformação da mola; • No ponto de equilíbrio, a força resultante é nula. 4. Procedimento experimental Materiais: • 01 trilho de ar. • 01 cronômetro digital multifunções. • 01 suporte para massas aferidas. • 01 Y com final de curso com roldana raiada. • 01 conjunto de massas aferidas. • 01 carrinho para trilho de ar. • 01 mola. • 01 sensor fotoelétrico com suporte fixador. • 01 dinamômetro de 1 N. • 01 balança semi-analítica. Como previsto no roteiro da prática, em tal procedimento, foi utilizado um trilho de ar, visando a diminuição do atrito e uma tomada mais adequada de dados. Com uma mola acoplada ao carrinho em forma de Y invertido e um suporte ligado ao mesmo por meio de um fio inextensível, os discos que tiveram suas massas características aferidas foram acrescentados ao sistema, variando-se dessa forma o peso apresentado. A partir de cada variação de massa, aferiu-se a deformação da mola. Posteriormente buscou-se uma oscilação no sistema, o qual deslocava-se o carrinho 10 cm da posição de equilíbrio, sendo assim possível verificar o período através do cronômetro digital ligado ao sensor fotoelétrico. 5. Dados experimentais TABELA 1: Sistema com 0,38N Sistemas I II III IV IV IV Força (Peso)(N) 0,38 ± 0,02 0,38 ± 0,02 0,38 ± 0,02 0,38 ± 0,02 0,38 ± 0,02 0,38 ± 0,02 Posição Inicial da Mola (cm) 35,5 ± 0,05 35,5 ± 0,05 35,5 ± 0,05 35,5 ± 0,05 35,5 ± 0,05 35,5 ± 0,05 Posição Final da Mola (cm) 44,5 ± 0,05 46,5 ± 0,05 50,0 ± 0,05 54,5 ± 0,05 56,5 ± 0,05 59,5 ± 0,05 Variação do comprimento da mola (∆L)(cm) 9,0 ± ± 0,05 11,0 ± 0,05 14,5 ± 0,05 19,0 ± 0,05 21,0 ± 0,05 24,0 ± 0,05 Periodos 1 (s) 1,508 ± 0,001 1,494 ± 0,001 1,367 ± 0,003 1,423 ± 0,007 1,426 ± 0,012 1,420 ± 0,022 Periodos 2 (s) 1,509 ± 0,001 1,496 ± 0,001 1,367 ± 0,003 1,405 ± 0,007 1,458 ± 0,012 1,404 ± 0,022 Periodos 3 (s) 1,511 ± 0,001 1,497 ± 0,001 1,365 ± 0,003 1,413 ± 0,007 1,443 ± 0,012 1,410 ± 0,022 Periodos 4 (s) 1,511 ± 0,001 1,496 ± 0,001 1,371 ± 0,003 1,415 ± 0,007 1,454 ± 0,012 1,379 ± 0,022 Periodos 5 (s) 1,510 ± 0,001 1,498 ± 0,001 1,373 ± 0,003 1,406 ± 0,007 1,445 ± 0,012 1,368 ± 0,022 Media (s) 1,510 ± 0,001 1,496 ± 0,001 1,369 ± 0,003 1,412 ± 0,007 1,445 ± 0,012 1,396 ± 0,022 Quadrado do Período Médio(s) 2,279 ± 0,001 2,239 ± 0,001 1,873 ± 0,003 1,995 ± 0,007 2,089 ± 0,012 1,949 ± 0,022 Desvios padrão (s) 0,001 0,001 0,003 0,007 0,012 0,022 ± 0,022 TABELA 2: Sistema com 0,58N Sistemas I II III IV IV IV Força (Peso)(N) 0,58 ± 0,02 0,58 ± 0,02 0,58 ± 0,02 0,58 ± 0,02 0,58 ± 0,02 0,58 ± 0,02 Posição Inicial da Mola (cm) 35,5 ± 0,05 35,5 ± 0,05 35,5 ± 0,05 35,5 ± 0,05 35,5 ± 0,05 35,5 ± 0,05 Posição Final da Mola (cm) 50,0 ± 0,05 52,0 ± 0,05 55,5 ± 0,05 60,0 ± 0,05 62,0 ± 0,05 65,0 ± 0,05 Variação do comprimento da mola (∆L)(cm)14,5 ± 0,05 16,5 ± 0,05 20,0 ± 0,05 24,5 ± 0,05 26,5 ± 0,05 29,5 ± 0,05 Periodos 1 (s) 1,496 ± 0,003 1,559 ± 0,003 1,599 ± 0,001 1,479 ± 0,004 1,507 ± 0,004 1,531 ± 0,012 Periodos 2 (s) 1,496 ± 0,003 1,560 ± 0,003 1,599 ± 0,001 1,471 ± 0,004 1,498 ± 0,004 1,527 ± 0,012 Periodos 3 (s) 1,502 ± 0,003 1,560 ± 0,003 1,600 ± 0,001 1,470 ± 0,004 1,504 ± 0,004 1,500 ± 0,012 Periodos 4 (s) 1,502 ± 0,003 1,560 ± 0,003 1,600 ± 0,001 1,476 ± 0,004 1,501 ± 0,004 1,524 ± 0,012 Periodos 5 (s) 1,501 ± 0,003 1,566 ± 0,003 1,600 ± 0,001 1,479 ± 0,004 1,509 ± 0,004 1,522 ± 0,012 Media (s) 1,499 ± 0,003 1,561 ± 0,003 1,600 ± 0,001 1,475 ± 0,004 1,504 ± 0,004 1,521 ± 0,012 Quadrado do Período Médio(s) 2,248 ± 0,003 2,437 ± 0,003 2,559 ± 0,001 2,176 ± 0,004 2,261 ± 0,004 2,313 ± 0,012 Desvios padrão (s) 0,003 0,003 0,001 0,004 0,004 0,012 TABELA 3: Sistema com 0,58N Sistemas I II III IV IV IV Força (Peso)(N) 0,58 ± 0,02 0,58 ± 0,02 0,58 ± 0,02 0,58 ± 0,02 0,58 ± 0,02 0,58 ± 0,02 Posição Inicial da Mola (cm) 35,5 ± 0,05 35,5 ± 0,05 35,5 ± 0,05 35,5 ± 0,05 35,5 ± 0,05 35,5 ± 0,05 Posição Final da Mola (cm) 54,5 ± 0,05 56,5 ± 0,05 60,0 ± 0,05 64,5 ± 0,05 66,5 ± 0,05 69,5 ± 0,05 Variação do comprimento da mola (∆L)(cm) 19,0 ± 0,05 21,0 ± 0,05 24,5 ± 0,05 29,0 ± 0,05 31,0 ± 0,05 34,0 ± 0,05 Periodos 1 (s) 1,573 ± 0,014 1,625 ± 0,002 1,674 ± 0,018 1,655 ± 0,001 1,656 ± 0,001 1,625 ± 0,004 Periodos 2 (s) 1,564 ± 0,014 1,623 ± 0,002 1,641 ± 0,018 1,654 ± 0,001 1,656 ± 0,001 1,625 ± 0,004 Periodos 3 (s) 1,564 ± 0,014 1,622 ± 0,002 1,643 ± 0,018 1,655 ± 0,001 1,655 ± 0,001 1,628 ± 0,004 Periodos 4 (s) 1,565 ± 0,014 1,626 ± 0,002 1,642 ± 0,018 1,655 ± 0,001 1,655 ± 0,001 1,632 ± 0,004 Periodos 5 (s) 1,537 ± 0,014 1,621 ± 0,002 1,676 ± 0,018 1,655 ± 0,001 1,656 ± 0,001 1,620 ± 0,004 Media (s) 1,561 ± 0,014 1,623 ± 0,002 1,655 ± 0,018 1,655 ± 0,001 1,656 ± 0,001 1,626 ± 0,004 Quadrado do Período Médio(s) 2,435 ± 0,014 2,635 ± 0,002 2,740 ± 0,018 2,738 ± 0,001 2,741 ± 0,001 2,644 ± 0,004 Desvios padrão (s) 0,014 0,002 0,018 0,001 0,001 0,004 TABELA 4: Sistema com variação de força Sistemas I II III Força (Peso)(N) 0,38 ± 0,02 0,58 ± 0,02 0,78 ± 0,02 Posição Inicial da Mola (cm) 35,5 ± 0,05 35,5 ± 0,05 35,5 ± 0,05 Posição Final da Mola (cm) 44,5 ± 0,05 52,0 ± 0,05 60,0 ± 0,05 Variação do comprimento da mola (∆L)(cm) 9,0 ± 0,05 16,5 ± 0,05 24,5 ± 0,05 Periodos 1 (s) 1,508 ± 0,001 1,559 ± 0,003 1,674 ± 0,018 Periodos 2 (s) 1,509 ± 0,001 1,560 ± 0,003 1,641 ± 0,018 Periodos 3 (s) 1,511 ± 0,001 1,560 ± 0,003 1,643 ± 0,018 Periodos 4 (s) 1,511 ± 0,001 1,560 ± 0,003 1,642 ± 0,018 Periodos 5 (s) 1,510 ± 0,001 1,566 ± 0,003 1,676 ± 0,018 Media (s) 1,510 ± 0,001 1,561 ± 0,003 1,655 ± 0,018 Quadrado do Período Médio(s) 2,279 ± 0,001 2,437 ± 0,003 2,740 ± 0,018 Desvios padrão (s) 0,001 0,003 0,018 TABELA 4: Pesos Peso 1 (N) Peso 2 (N) Peso 3 (N) 0,38 0,58 0,78 Massa 1 (Kg) Massa 2 (kg) Massa 3 (kg) 0,039 0,059 0,080 GRÁFICO 1: Deformação em função da Força GRÁFICO 2: Períodos quadráticos em função da Massa GRÁFICO 3: Períodos em função da Massa 6. Tratamento dos dados experimentais Para o cálculo do coeficiente (σ α ) foram escolhidos um ponto na parte superior do gráfico e um ponto na parte inferior do gráfico. P1: (0,38; 0,09) P2: (0,78; 0,245) mN /388,0 4,0 155,0 38,078,0 09,0245,0 1 == − − =α As incertezas do coeficiente são dadas pela fórmula: 2 αασ α mínmáx − = mN /125,0 2 09,034,0 = − =σ α Cálculo da Constante Elástica pela Lei de Hooke Pela Lei de Hooke, sabemos que F=-Kx. Dessa forma, chegamos a conclusão que x FK = . A partir dos dados experimentais foi calculada a constante elástica em função de cada força aplicada e sua respectiva deformação. Força (N) Deformação(m) x FK = (N/m) K (N/m) Erro Propagado (N/m) )²*()²*( δδδ Fxk F K x K ∂ ∂ + ∂ ∂ = 7. Discussão e Conclusão De acordo com os resultados obtidos no experimento, pode-se provar que, à medida que se aumenta o peso, o comprimento da mola aumenta proporcionalmente de acordo com a equação enunciada pela lei de Hooke (F= -kx) . Outro ponto observado é que em nenhum momento do experimento a mola ultrapassou seu limite de elasticidade, uma vez que, ao serem retirados os pesos, a mola retornou para a posição inicial. Através da manipulação dos dados obtidos em laboratório, chegamos ao objetivo do experimento, que fora calcular o valor da constante elástica K da mola, graficamente e algebricamente. Com a observação no comportamento das equações envolvidas, chegamos à conclusão de que a aceleração é proporcional ao deslocamento e que possuem sentidos opostos, e a frequência aumenta com o aumento da rigidez da mola (K) e diminui com o aumento da massa. A discrepância entre os valores obtidos através da teoria e os obtidos graficamente para a constante elástica (K) são evidentes, isso ocorre devido aos erros causados pelos instrumentos (cronômetros, réguas) e operadores. 8. Bibliografia 1. http://www.sofisica.com.br/conteudos/Ondulatoria/MHS/massamola2.php 2. H. M. Nussenzveig, Um Curso de Física Básica: Volume 2 Edgard Blucher, São Paulo (2003). 3. Halliday, David and Resnick, Robert. Física II, volume 2. Livros Técnicos e científicos, Rio de Janeiro, 1976. 4. Paul A. Tipler, Gene Mosca, Física para cientistas e engenheiros, Mecânica, Oscilações e Ondas, Termodinâmica, Vol. 1, 6ª edição, LTC, Rio de Janeiro, 2009. 5. Roteiro de Física Experimental II - Prof. Vicente - Revisado pelo Prof. Jonatan Silva
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