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Acúmulos Intracelulares e Degenerações

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Acúmulos Intracelulares e Degenerações 
Alteração metabólica com acúmulo intracelular de quantidades anormais de diversas 
substâncias – inofensivas ou associadas com graus variados de lesão. Podem estar: 
• Citoplasma; 
• Organelas; 
• Núcleo; 
Em muitos casos pode ser REVERSSÍVEL. 
Mecanismos que geram acúmulo 
1. Remoção inadequada ou taxa de metabolismo anormal: neste caso, a 
síntese pode estar aumentada, mas comumente ele está normal, porém o 
metabolismo não está sendo suficiente para acondidionar o produto e 
transporta-lo para a degradação. 
Ex: Esteatose hepática (fígado gorduroso). 
 
 
 
 
 
 
2. Acúmulo de substância endógena normal: Algumas das etapas está alterada, 
dobramento, acondicionamento, transporte ou secreção. 
Ex: Cirrose hepática (acúmulo de alfa1- antitripsina não funcional no fígado). 
Notar: Avanço de septos fibrosos para os 
lóbulos hepáticos. 
3. Falha em degradar metabólitos por falta de enzima hereditária: A enzima 
responsável pela degradação de um certo metabólito não existe em 
quantidade suficiente. 
Ex: Mucopolissacaridoses. 
 
 
4. Depósito de substância exógena anormal: Célula não consegue degradar o 
produto que absorveu. 
Ex: Acúmulo de C e silíca. 
 
 
 
 
 
 
Degenerações 
“Define-se degeneração como lesão reversível secundária a alterações bioquímicas 
que resultam em acúmulo de substâncias no interior da célula” (Brasileiro Filho,2013) 
 
A classificação de degeneração é feita de acordo com a natureza da substância 
acumulada. 
Lipidoses 
Acúmulo de lipídeos nas células que não sejam os triglicerídeos. Se 
apresentam na forma de acúmulo de: Esteres de colesterol; esfingolipídios e 
gangliosídeos. O acúmulo específico de triglicerídeos é chamado de Esteatose ou 
Degeneração gordurosa. 
As lipidoses podem ser sistêmicas ou localizadas e ocorrem mais comumente 
com o acúmulo de colesterol. 
Aterosclerose: Formada por células 
musculares e macrófagos carregados 
de gordura, ficam com aspecto 
espumoso e macroscopicamente, estas 
placas são amareladas. A liberação 
desses sais pode formar cristais de 
colesterol(agulhas) que lesão o tecido. 
A formação de aterosclerose começa 
com a disfunção endotelial, 
ocorrendo uma lesão no endotélio, 
com isso o LDL entra nessa região, o 
que atrai os monócitos que acumulam 
em seu interior esse LDL. Células 
musculares lisas também entram 
nesta região por estimulação local. 
Todos estes fatores estabilizam a placa 
na túnica intima do vaso sanguíneo. 
 
Outras possiblidades são os xantomas(na pele), estados hiperlipidêmicos, 
com acúmulo de macrófagos espumosos intracelularmente e esfingolipidoses, que 
decorrem da falta de enzima para degradar os esfingolipídeos, são comumente 
genéticas. Nessa classe de lipidoses, ocorre o acúmulo de substrato da enzima 
ausente nos lisossomos (hidrolazes). 
 
Esteatose\Degeneração Gordurosa: Acúmulo de triglicerídeos mais comum no 
coração, fígado, rins e músculos. É reversível até certo ponto, em certos casos como 
intoxicação pode comprometer função celular e não poder ser revertida. 
Causas: 
• Uso de substâncias tóxicas: Abuso de álcool (comum em países 
desenvolvidos); 
• Desnutrição proteica: Fome; 
• Diabetes; 
• Obesidade; Doença Hepática não Alcoólica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os 
ácidos graxos aumentam na situação de fome, esse aumento não é suportado pelo 
metabolismo hepático, logo, eles se acumula. No uso de álcool e na anóxia essa 
metabolização é prejudicada pela diminuição da atividade das mitocôndrias. 
 Existem duas vias dessa metabolização, a da beta oxidação pelas 
mitocôndrias e pelo RE, que metaboliza estes ácidos em triglicerídeos e os envia 
para o complexo de Golgi, porém, em casos como desnutrição proteica grave, a 
apoproteína B necessária para encaminhar os trigliceróis para os sinusóides está em 
baixa quantidade, ou seja, acúmulo de triglicerídeos nos hepatócitos. 
 
Degeneração hidrópica 
Secundária a deficiência na atividade das ATPases(bombas de NA\K) da membrana 
(mediante lesão celular sofrida anteriormente) Acúmulo de água 
Causas: 
• Inibição da bomba ATPase; 
• Hipertermia; 
• Quebra na formação de ATP; 
• Toxinas. 
 
 
É um processo reversível até certo ponto, caso revertido, este quadro praticamente 
não compromete o funcionamento celular. 
 
 
 
Degeneração Hialina 
Produção e acúmulo de material proteico e acidófilo no interior da célula que 
fica com aspecto hialino, róseo e vítreo. Ocorre a formação dos corpúsculos de 
Mallory, que advém da ação dos radicais livres sobre as proteínas do citoesqueleto 
o que causa peroxidação e formação de aglomerados que se precipitam (Brasileiro 
Filho, 2013). 
 
Obs: Os acúmulos podem ser extracelulares 
(amiloidose, aterosclerose...). 
 
Síndrome Nefrótica: Quantidades de albumina filtrada através do glomérulo são 
normalmente reabsorvidas nos Túbulos contorcidos proximais. Diente de forte 
perda de proteína a albumina em vesículas pode se fundir com lisossomos e formar 
gotículas citoplasmáticas hialinas no corte histológico. 
Notar: Os túbulos 
contorcidos com 
algumas células 
repletas de gotículas 
proteicas. 
 
 
 
 
Amiloidose: Normalmente se acumula em fígado, baço, rim, língua ... pode ser 
tratada desde farmacoterapia até transplante de medula. 
 
 
 
 
Glicogenolises 
• Tipo 1 
- Deficiência da glicose-6-fosfatase (vários tecidos como Intestino, rins e 
músculo). 
- A enzima é responsável por manter a glicemia do indivíduo, ou seja, os 
acometidos terão hipoglicemia. 
- Fígado é o órgão mais acometido. 
• Tipo 3 
- Doença de Cori. 
- Deficiência de amilo-1,6-glicosidade (hipocalemia, hepatomegalia). 
- Durante a 2 década a hepatomegalia regride e a hipocalemia melhora. 
• Tipo 4 (doença de Andersen); 
• Tipo 5(doença de MacArdle); 
• Tipo 6 (Doença de Hers); 
• Tipo 7; 
• Tipo 9;

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