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IMPÉRIO BIZANTINO

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IMPÉRIO BIZANTINO
- Instituído quando o Império Romano passou sua sede para Bizâncio (Constantinopla);
- O imperador Constantino realizou obras importantes, como o Aqueduto de Valente e as Muralhas de Teodósio.
- Apesar da herança helenística grega com a miscigenação de outros povos e a religião Cristã Ortodoxa, eles se consideravam romanos.
- Foi refundada em 330 pelo Imperador Constantino, se consolidando como Capital pelo Imperador Constantino, devido à sua privilegiada localização entre a Europa e a Ásia, no trânsito entre o Mar Negro e o Mar Mediterrâneo, se tornando assim o maior centro comercial, político e urbano da região. 
- A basílica de Santa Sofia é o maior legado da arquitetura do Império, foi construída em 532. (Justiniano) 
- Ao contrário do Império Ocidental, onde o Papado superava o poder do rei, no Império Oriental a figura do Imperador superava a o patriarcado. Já que o Imperador era considerado um vice-rei de Deus, e era ele quem indicava o patriarca eclesiástico do Império.
O Imperador, como prolongamento de Deus, deveria regular a ordem social do Império, assim como Deus regulava a ordem cósmica. Por isso, nas suas representações, o Imperador era representado como um Deus vivo, envolvendo todo um simbolismo religioso, como sua auréola, por exemplo. 
Assim portanto, o Império Bizantino era um estado autocrata, pois o poder se configurava todo nas mãos do Imperador (era um basileu).
- A princípio, o Imperador era eleito pelo Senado, pelo exército e pelo povo de Constantinopla. Mas, como não havia uma regra sucessória definida, muitas vezes o imperador coroava seu sucessor ainda em vida. A coroação lhe garantia o caráter sagrado, e era realizada na Catedral de Santa Sofia. Quando não havia um Imperador vivo, a coroação era feita pelo patriarca.
- O movimento iconoclasta, representando a negação de imagens e ícones de cristo e dos santos. Em 726, o Imperador Leão III declarou que o culto de imagens era idolatria e decretou a destruição dos ícones. Este ato evidencia o descontentamento imperial com o crescimento e a riqueza dos mosteiros.
O movimento iconódulo, a favor do culto de imagens, reagiu violentamente a esta determinação imperial, desencadeando uma guerra civil religiosa. Porém, como as violentas perseguições não eliminavam o partido iconódulo, um sínodo em 843 reestabeleceu o culto das imagens. 
- Havia uma tendência a que o poder ficasse na mesma família, assim as dinastias governavam por longos períodos, como a dos Macedônicos (867-1059), Comnenos (1081-1185), Ângelos (1185-1204) e Paleólogos (1261-1453). 
- Havia somente duas limitações ao poder do Imperador: o juramento feito durante a coroação, respeitando os decretos dos Sete Concílios Ecumênicos e os direitos da Igreja. Além disso, o Imperador era o legislador, mas ele também estava submetido ao seu Direito, especialmente o Corpus Juris Civilis, organizado no século VI por Justiniano. Era adaptado do direito Romano e base jurídica do Império, se tornando inspiração para codificações seguintes. Era dividido em três partes:
	- Codex Justinianus – reunia os editos imperiais desde o século II, complementados pelas Novellae, leis lançadas por Justiniano.
	- Digesto – redigia as opiniões de grandes juristas clássicos.
	- Institutiones – manual para estudantes, discutindo princípios básicos e filosóficos do Direito. 
- As invasões estrangeiras no fim do século VI e começo do século VII fez com que o Império necessitasse uma nova divisão sistemática e administrativa do território. Surgiram os themas, grandes áreas entregue aos militares, chamado estratego. As tropas recebiam lotes que cultivavam, se tornando soldados-camponeses que lutavam com afinco em defesa de sua terra.
A combinação de altos postos militares e a posse de grandes propriedades gerou uma aristocracia militar, rivalizando com o poder do Imperador. No fim do século X, um militar e latifundiário tomou o poder, interrompendo a dinastia Macedônica. 
DINASTIA DOS COMNENOS
A dinastia dos Comnenos chegou ao poder no século XI, porém iniciou o processo de declínio do Império.
Os Comnenos chegaram ao poder através de Aleixo I, que era um general importante para o até então Imperador Nicéforo III. Aleixo I propôs cuidar do lado asiático do Império, enquanto Nicéforo III cuidava do Ocidente do Império. Nicéforo recusou e Aleixo I, com apoio do exército e de mercenários, se colocou no poder como Imperador Bizantino. (1081-1118)
O Cisma do Oriente, em 1054, fez com que a Igreja se dividisse em Igreja Católica Apostólica Romana e Igreja Ortodoxa Grega.
A Igreja Ortodoxa Grega perdeu o apoio do papa e do Ocidente, já que eles entraram em discordância e ele foi expulso dessa comunidade. 
A guerra contra o Islã uniu a religião cristã, pois o Império Bizantino serviu como um escudo para o avanço do Islamismo. 
A dinastia dos Comnenos começa com um império em profunda crise, tentando reestruturar o império.
Durante seu império, ocorreu o movimento das Cruzadas, onde se destaca a atuação bélica do imperador Aleixo I. 
Aleixo I dominou o Império por 37 anos. Encontrou Bizâncio destruída, com instabilidade econômica, fronteiras ameaçadas pela invasão turca e conseguiu usar a diplomacia e as Cruzadas ao seu favor. 
Já que para realizar as Cruzadas, os guerreiros deveriam passar pelo Império Bizantino, Aleixo, mesmo com a tensão com a Igreja do Ocidente, tenta negociar com os guerreiros cruzados e com o Papa para que as Cruzadas venha beneficiar o Império. 
Para que não haja saqueamento no Império e não haja prejuízo, eles oferecem alimentos e pedem ajuda para retomar a cidade de Antioquia, invadida pelos árabes. Os cristãos acabam ficando com o domínio da cidade.
A perda do domínio do comércio começou com a permissão de genoveses e venezianos realizarem atividades comerciais no Império Bizantino sem pagar impostos, prejudicando os próprios comerciantes locais, o que continuou na dinastia dos Ângelos, após a tomada de Bizâncio pelos Ocidentais. 
Em 1204, durante a dinastia dos Ângelos, ocorreu a ocupação de Constantinopla pelos Cruzados do ocidente, durante a Cruzada IV. Diante disputas políticas, o Império solicitou a ajuda dos Cruzados militarmente.
Os ocidentais sempre tiveram desavenças com o Império, devido sua grandeza. Assim, saquearam a cidade de Constantinopla e dominaram a cidade e outros territórios, formando o Império Latino de Constantinopla (1204-1261). Relíquias foram tomadas, o ouro foi tomado, a população sofreu abusos. Essa foi a primeira vez que Constantinopla perdeu uma disputa. 
Os bizantinos se organizaram em três estados menores, reinvidicando sua posição como verdadeiros herdeiros do Império. Com a ajuda de Gênova, conseguiram reconquistar Constantinopla. Porém, sua força já não era a mesma e este episódio foi o Estopim do declínio do Império Bizantino.
A dinastia dos Paleólogos tentou restaurar Bizâncio, tomando uma série de medidas para retomar a identidade bizantina. 
Miguel VIII Paleólogo (1223-1282) consegue expulsar os latinos do Império, reorganizando a política, retomando a identidade bizantina e aliviando temporariamente a crise. Isso não foi possível por muito tempo. O Império Bizantino acaba sendo reduzido apenas à cidade de Constantinopla. 
Diversos fatores contribuíram para que o Império Bizantino não conseguisse se reerguer completamente, entre eles:
- O aumento do poderio dos turcos otomanos
- Sucessivas guerras civis
- Problemas econômicos, causado pela concorrência com os demais mercadores
- Falta de apoio do papa
Constantinopla era uma barreira para as ambições de Maomé II, que queria se consolidar líder do Império turco-otomano. Era um Império com um exército gigantesco, com grande potencial militar. Constantino XI tentava resistir com os poucos recursos que havia. 
Os soldados turco-otomanos conseguem derrubar Constantinopla com canhões.
O Imperador Constantino XI, antes de morrer lutando por Constantinopla, realizou uma missa para se reconciliar com o Papa ea Igreja Católica Apostólica Romana, querendo reconquistar o apoio destes. A ajuda do ocidente não veio e Constantinopla, fragilizada, teve que lutar sozinha. 
Em 1443, o Império Bizantino cai, e passa a ser chamado de Istambul.

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