Resenha do filme , Elsa e Fred

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Resenha do Filme
“Elsa e Fred. Um amor de paixão” (2005), do diretor Marcos Carnevale, trata sobre o tema do envelhecimento em suas múltiplas vertentes. Ocorre no contexto em que Fred se muda para um novo prédio, logo após enviuvar. Elsa será sua vizinha de porta. Ela, muito comunicativa e atirada, vive intensamente seus dias, enquanto Fred é hipocondríaco e pacato, vive à espera da morte, pois acredita que a vida, não o trará mais nada. Mesmo com estas diferenças, e com a insistência de Elsa, em avivar Fred, as diversidades são postas de lado e nasce uma paixão tardia.
 A trama se utiliza de humor e romance para ganhar o público, a atuação de China Zorrilla e Manuel Alexandre, são únicas e exploradoras. Ela, é uma senhora ativa, Apesar de seus problemas de saúde, é ela que vai tirar Fred de uma velhice letárgica. A trama, nos ensina a aproveitar o que a vida nos dá. Afinal, reclamar nos toma tempo e não resulta em nada. 
“Elsa e Fred”, possibilita extrair, alguns dramas e temas relevantes em relação à velhice. A depressão na velhice; a sexualidade, mostrando as interações sociais e a visão estereotipada do idoso ativamente sexual; a velhice retratada como algo patológico; o pensamento positivo diante da vida e do processo de enfrentamento da morte; e o controle excessivo dos familiares em relação às pessoas idosas.
Por fim, o filme causa impacto, e permite ao espectador refletir acerca da velhice, transmitindo uma visão diferente da que a sociedade acredita, a qual o mundo cinematográfico e televisivo nos proporciona, de que o envelhecimento é algo sombrio e deprimente, e principalmente diz que para viver, não se precisa de muito, ou de muito tempo, mas sim de disposição.