Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ALIMENTOS Aquilo que for necessário para a subsistência de um cidadão. Quem deveria prestar os Alimentos é o Estado. Porém, este delega para os parentes de forma obrigatória, tanto que pode ocorrer a prisão civil daquele que não cumpre com a obrigação de prestar alimentos. Art. 1694, CC – quem tem o dever de prestar alimentos. Os cônjuges, os pais e também os filhos têm o dever de prestar alimentos aos pais em sua velhice se necessitarem. E há hipóteses dos irmãos também prestarem alimentos. Por analogia, pode haver obrigação de prestação de alimentos para os companheiros na União Estável. Assim como na União Estável Homoafetiva, uma vez que o STF reconheceu essa forma de união. A fixação dos alimentos fica a cargo da proporcionalidade entre a Necessidade do Alimentado e a Possibilidade do Alimentante, sendo observado diante do caso em concreto. Mas há uma tendência de fixação de 30% dos rendimentos do pai ou da mãe, mas são uma regra de costume, de jurisprudência, não havendo um dispositivo para esse percentual. Portanto, nada impede o Magistrado de fixar acima ou abaixo destes 30%. Com o decorrer do tempo, essa fixação dos alimentos irá variar de acordo com a necessidade, assim como, de acordo, também, com a possibilidade. Dai vem a falácia de que “Os Alimentos não transitam em julgado”. Geralmente é requerido a prestação de alimentos dos parentes mais próximos, como filho e pai, mas, diante de uma eventual impossibilidade deste pai, nada obsta que seja requerido aos demais parentes de forma direta, como os avós (Obrigação Avoenga). A prestação de alimentos não deve ser necessariamente prestada de forma pecuniária, de forma pensionada, pode ser, de acordo com o Art. 1.701, CC, por meio de hospedagem e sustento, sem prejuízo do dever. A simples constituição de uma nova família, ainda com outros filhos, não exonera o ex-cônjuge que não tiver a guarda do filho da obrigação de prestar alimentos. Dependendo de uma real e clara mudança de possibilidade de pagamento dos alimentos atualmente fixados. Por outro lado, aquele ex-cônjuge que possui a guarda do filho, criar uma nova família, o que está obrigado ao pagamento de alimentos estará exonerado da obrigação. Art. 733, CPC – possibilidade do credor de alimentos ir a juízo e pleitear que seja quitada sua verba alimentar sob pena de ser determinada a prisão civil deste devedor. O devedor será citado para que seja paga a quantia em aberto no prazo de 3 dias ou justificar as razões pela qual se encontra impossibilitado de honrar com a sua obrigação. Caso não pague e nem justifique, poderá ser decretada a prisão do devedor. Prisão de 1 a 3 meses. Esta prisão não exonera o devedor, ao sair em liberdade, de pagamento dos alimentos. O que vai ocorrer é a não obrigação do pagamento das prestações que originou aquela prisão. Para o recebimento destas prestações que originaram a prisão do devedor, o credor terá que entrar com uma execução requerendo e penhora de patrimônio, podendo, inclusive, de forma excepcional pelo fato de ser para provimento de alimentos, ser penhorado o salário do devedor. Apenas as TRÊS ultimas prestações alimentícias em aberto são aquelas que autorizam o pedido de prisão. Isto porque, todas as outras parcelas anteriores, que por ventura, estiverem em aberto perderam seu caráter alimentar, que não são mais necessárias para o imediato consumo da parte. ATENÇÃO: O fato de o devedor ser preso não o exonera da obrigação do pagamento da prestação alimentícia. Ele apenas não poderá mais ser preso por aqueles alimentos que geraram a prisão. Os alimentos tem caráter IRREPETÍVEIS. Uma vez pago esses alimentos, não poderão ser devolvidos. Alimentos Provisionais – espécie de medida cautelar. Alimentos Provisórios – cabíveis quando, numa ação principal que o objeto final é obter uma condenação ao pagamento de alimentos, mas que até obter a sentença, pelo fato da demora, o credor pede, liminarmente, que uma quantia seja fixada. Esta quantia fixada é o chamado Alimentos Provisórios (uma antecipação de tutela). O fato de o filho atingir a maioridade NÃO exonera automaticamente o pai ou a mãe de prestar alimentos. O pai ou a mãe teria de entrar com uma ação para pedir essa exoneração se valendo do argumento da maioridade. Mas pode não é garantia de sucesso no objetivo daquele que ingressa com a ação, pois este pode sair vencido com o fundamento de que o parente pode prestar alimentos àquele parente próximo que estiver necessitado.
Compartilhar