Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
RESOLUÇÃO DE PROVAS PASSADAS DE CÁLCULO I Prof. Luiz Roberto Marim Prof. Airton Eiras 2014 Primeiro Bimestre Exercícios resolvidos e comentados de 2006 a 2013 Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Primeiro Bimestre 2 Marim / Eiras Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Primeiro Bimestre 3 Marim / Eiras Apresentação Durante os anos letivos de 2011 e 2012, os alunos frequentaram aulas extras que tinham o objetivo de prepara-los para as provas bimestrais, utilizando para tal, exercícios solicitados em anos anteriores. A receptividade por parte dos nossos alunos foi muito positiva, não somente como instrumento pedagógico, mas também por meio do reconhecimento de que tal instrumento auxiliou significativamente no processo de discussão e compreensão e do conteúdo do curso de Cálculo 1. Diante desse cenário, pensamos em ampliar a experiência, organizando os exercícios que foram solicitados em provas passadas, desde 2006 até as mais recentes, transformando a experiência das aulas em uma ferramenta de estudo adicional ao livro texto. A coleção de exercícios está dividida em assuntos, os quais seguem o conteúdo programático de cada bimestre. Assim, teremos ao todo, quatro volumes, cada qual com exercícios temáticos e solucionados com alto grau de detalhamento. Pensamos que o detalhamento do processo de solução dos exercícios auxilie nosso aluno a compreender com clareza a teoria desenvolvida no curso de Cálculo 1. Finalmente, pensamos que o conteúdo este material possui uma característica dinâmica, pois permite constantes atualizações tanto na forma, como no conteúdo. Agradecemos antecipadamente aos colegas Professores que colaboraram conosco, lendo, sugerindo e corrigindo erros não observados por nós. Agradecemos especialmente à Profa. Marilda Eboli Assumpção por nos auxiliar na revisão desse material. Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Primeiro Bimestre 4 Marim / Eiras Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Primeiro Bimestre 5 Marim / Eiras ÍNDICE 1. DOMÍNIO E IMAGEM DE UMA FUNÇÃO .....................................................................................7 2. PARIDADE DE UMA FUNÇÃO ....................................................................................................... 21 3. LIMITES DE UMA FUNÇÃO .......................................................................................................... 27 4. TEOREMA DO CONFRONTO ......................................................................................................... 63 5. GRÁFICOS DE FUNÇÕES ............................................................................................................... 69 6. CONTINUIDADE DE UMA FUNÇÃO ........................................................................................... 77 7. NOVAS FUNÇÕES À PARTIR DE ANTIGAS ............................................................................. 95 8. TAXA DE VARIAÇÃO .................................................................................................................... 127 9. FUNÇÕES COMPOSTAS ............................................................................................................... 139 10. FUNÇÕES INVERSAS ................................................................................................................. 143 11. ASSÍNTOTAS ................................................................................................................................ 153 12. DERIVADAS COMO UMA FUNÇÃO ......................................................................................... 169 13. RETA TANGENTE E RETA NORMAL ....................................................................................... 179 Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Primeiro Bimestre 6 Marim / Eiras Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Primeiro Bimestre 7 Marim / Eiras 1. DOMÍNIO E IMAGEM DE UMA FUNÇÃO Sendo A e B dois conjuntos de números, uma função f de A em B, representada por: :f A B é uma correspondência que a cada número x de A, associa-se um único número y de B. O conjunto de números A é denominado de domínio da função f e o conjunto de números B de imagem da função f. Notação: y f x O domínio de uma função é o conjunto dos valores possíveis das abscissas (x) para os quais a função está definida (naturalmente considerando-se que essa função dependa da variável x). A imagem de uma função é o conjunto dos valores das ordenadas (y) resultantes da aplicação da função. Exemplo 1) A função 3 2y x , representa a equação de uma reta (um polinômio de primeiro grau). Podemos facilmente observar que para qualquer valor da variável x, existe um valor associado à variável y. Assim, como não há nenhuma restrição quanto aos valores de x, dizemos que o domínio da função y é o conjunto dos números reais, ou: D y Como a aplicação dessa função resulta em todos os valores reais, temos que o conjunto imagem também é o conjunto dos números reais, ou: Im y Gráfico da função 3 2y x , o domínio são os reais e a imagem também são os reais. x y Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Primeiro Bimestre 8 Marim / Eiras Exemplo 2) A função 2 4g x x x representa a equação de uma parábola (um polinômio de segundo grau). Podemos observar que para qualquer valor da variável x, existe um valor associado g x . Assim, como não há nenhuma restrição quanto aos valores de x, dizemos que o domínio da função g é o conjunto dos números reais, ou: D g O menor valor que essa função associa a um número x é - 4 (quando 2x ). Assim o conjunto imagem dessa função é dado por: Im 4g y y Gráfico da função 2 4g x x x , o domínio é o conjunto dos númeors reais e a imagem são os valores de y maiores ou iguais a - 4. Exemplo 3) A função g x x . Como a função raiz quadrada só pode ser calculada para valores de 0x , temos que o domínio dessa função serão os valores de x maiores ou iguais a zero, ou: D 0g x x A função raiz retorna apenas valores positivos de y. Assim, o conjunto imagem dessa função é dado por: Im 0g y y Gráfico da função g x x , o domínio são os valores de x positivos, ou nulo, e a imagem são os valores y positivos, ou nulo. x y x y Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Primeiro Bimestre 9 Marim / Eiras QUESTÕES DE PROVAS PASSADAS (MAUÁ – 2006) Dada a função ln 1 ln 5 5 x f x encontre: (a) o domínio e a imagem da função f. RESOLUÇÃO A função dada é uma função exponencial, que tem como domínio os números reais. No entanto, em seu expoente, existe uma fração. O denominador dessa fração é uma constante e o numerador um logaritmo. A função logarítmica tem como domínio os valores estritamente positivos de x. Portanto, o domínio da função f x são os reais estritamente positivos. 0fD x x O conjunto imagem é composto pelos valores que a função f x assume. Como se trata de uma exponencial, sua imagem é o conjunto dos números reais positivos, não nulos. Im 0f y y Gráfico da função ln 1 ln 5 5 x f x , o domínio são os valores de x positivos e a imagem os valores de y positivos. x y Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Primeiro Bimestre 10 Marim / Eiras (MAUÁ – 2006) Dada a função ln 1 2 x f x e encontre o domínio dessa função. RESOLUÇÃO A função f x é uma exponencial, assim seu domínio são os números reais. No expoente temos uma função logarítmica, que tem como domínio o conjunto dos números reais estritamente positivos. Assim: 0fD x x Gráfico da função ln 1 2 x f x e , o domínio são os valores de x positivos. (MAUÁ – 2006) Uma indústria utiliza carvão para gerar eletricidade. O custo C (em reais) para remover p % dos poluentes do ar nas emissões da chaminé é dado pela função 1 6 0 .0 0 0 1 0 0 C p . Qual o domínio da função C, no contexto do problema? RESOLUÇÃO Essa função custo C é representada por uma divisão, onde o numerador é uma constante (160.000) e o denominador é uma equação de primeiro grau na variável p. A única restrição é que o denominador tem que ser diferente de zero. Assim, ficamos com: 1 0 0 0p 1 0 0p Como p representa a porcentagem de poluentes do ar nas emissões da chaminé, só poderá assumir valores entre zero e cem. Ou seja: 0 1 0 0p Portanto, o domínio dessa função é o conjunto dos números reais maiores ou iguais a zero e menores que 100. Ou seja: 0 1 0 0CD p p x y Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Primeiro Bimestre 11 Marim / Eiras (MAUÁ – 2007) Dada a função 4 1 5 6 6 1 6 1 0 x se x x f x se x . Determine o seu domínio. RESOLUÇÃO A função f x é composta por uma fração e uma raiz quadrada no numerador. Assim, devemos analisar as duas situações. O denominador da fração não pode ser zero, no entanto, quando 6x a função assume o valor 1/10. Assim, ficamos apenas com a restrição na raiz quadrada. A expressão que está dentro da raiz quadrada, deve ter valor positivo, ou nulo. Dessa forma devemos escrever: 4 1 0x ou 4 1x Dividindo-se ambos os membros por quatro, ficamos com: 1 4x Portanto, o domínio dessa função f x é o conjunto dos números reais maiores que -1/4, inclusive este. Ou ainda: 1D 4f x x Gráfico da função f x , o domínio são os valores de x maiores que -1/4. Note que essa função não é contínua no ponto x = 6. x y Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Primeiro Bimestre 12 Marim / Eiras (MAUÁ – 2009) Se 1 3 1f x x , determine o seu domínio. RESOLUÇÃO Essa função f x não apresenta restrições, pois o x elevado a 1/3 equivale a raiz cúbica de x. A função raiz cúbica tem como domínio o conjunto dos reais. Para melhor visualização podemos escrever a função como segue: 31f x x Portanto, podemos escrever o domínio da função f x da seguinte maneira: D f x ou simplesmente D f Gráfico da função 1 3 1f x x , o domínio é o conjunto dos números reais. (MAUÁ – 2009) Dado o gráfico da função abaixo. Determine o domínio dessa função. x y Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Primeiro Bimestre 13 Marim / Eiras RESOLUÇÃO Observando o gráfico podemos perceber que a função está definida para valores de x entre - 4 e 4. No entanto, no ponto 4x , existe uma bola aberta, isso significa que o número 4 não está no domínio dessa função. Assim podemos escrever o domínio como sendo: D 4 4x x (MAUÁ – 2010) Seja 2 2 ln 1x f x x . Determine o seu domínio. RESOLUÇÃO Essa função f x é composta por uma divisão e um logaritmo no numerador. Assim, devemos analisar essas duas situações. O denominador dessa divisão deve ser diferente de zero. Assim, 2 0x ou seja 0x Quanto ao logaritmo, temos que o logaritmando deve ser estritamente positivo. Assim, devemos escrever: 2 1 0x ou ainda 2 1x Para que x ao quadrado seja maior que 1, ou x é menor que -1 ou x é maior que 1. Em termos de conjunto, podemos escrever: 1 1x x o u x Como em ambas as situações o x é diferente de zero (que era a primeira restrição), escrevemos o domínio dessa função dessa maneira: 1 1fD x x o u x Note que o fato da função ter um módulo, nesse caso específico, não afetou em nada na determinação de seu domínio. A seguir podemos ver o gráfico dessa função. Gráfico da função f x , o domínio são os valores de x menores que -1 e maiores que 1. x y Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Primeiro Bimestre 14 Marim / Eiras (MAUÁ – 2011) Qual o domínio da função lnf x a rc tg x x ? RESOLUÇÃO Essa função f x é uma soma de dois termos, o arco tangente e uma raiz quadrada de um logaritmo. O domínio da f x será uma composição dos domínios dessas duas funções. O a rc tg x pode ser aplicado em qualquer valor de x, assim seu domínio são os números reais. Já a raiz quadrada só pode ser aplicada em valores positivos, ou nulo, de x. Como dentro da raiz quadrada existe um logaritmo, este deve retornar apenas valores positivos. Vamos partir dessa condição. ln 0x Podemos dizer que a imagem do ln x deve ser positiva. Vamos escrever o ln x de outra forma: log 0e x A partir da definição de logaritmo podemos chegar à expressão: 0 e x ou ainda 1x Assim, para qualquer valor de x maior ou igual a 1, o ln x será positivo, ou nulo, e portanto, podemos extrair sua raiz quadrada. O domínio dessa função pode ser escrito da seguinte forma: 1fD x x O gráfico dessa função pode ser visto a seguir. Gráfico da função lnf x a rc tg x x , o domínio são os valores de x maiores 1, inclusive o 1. x y Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Primeiro Bimestre 15 Marim / Eiras (MAUÁ – 2012) Dada a função 2 2 2f x x e x e . Determine o seu domínio e a sua imagem. RESOLUÇÃO A função f x é um polinômio e como tal tem seu domínio igual ao conjunto dos números reais. Portanto: f D O fato de aparecer um termo em módulo não afetou a determinação do domínio. Para determinação da imagem vamos considerar inicialmente o caso em que 0x . Assim ficamos com a seguinte função: 2 2 2f x x ex e Quando 0x a função módulo não afeta os valores de x, assim podemos tirar as barras. Aplicando Baskhara a essa função encontramos os valores de x que anulam a função (suas raízes). Essa função tem uma raiz dupla em x e . Esse ponto além de raiz é um ponto de mínimo local dessa função. Note que se trata de uma parábola de concavidade para cima ( 1a ). Dessa forma para qualquer valor de 0x , a função assume apenas valores positivos, ou nulo. Para o caso em que 0x a função toma a seguinte forma: 2 2 2f x x ex e Pois o módulo irá trocar o sinal de x. Novamente aplicando-se Baskhara encontramos os valores de x que anulam a função (suas raízes). Essa função tem uma raiz dupla em x e . Esse ponto além de raiz é um ponto de mínimo dessa função. Note que se trata de uma parábola de concavidade para cima ( 1a ). Dessa forma para qualquer valor de 0x , a função assume apenas valores positivos, ou nulo. Assim, o conjunto imagem da função f x terá apenas valores positivos, ou nulos. Podemos escrever esse conjunto da seguinte forma: Im 0f y y Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Primeiro Bimestre 16 Marim / Eiras Gráfico da função 2 2 2f x x e x e , o domínio é o conjunto dos números reais e a imagem são os valores de y positivos, inclusive o zero. (MAUÁ – 2012) A curva de Gauss 2 x y e é uma importante função matemática amplamente utilizada em Estatística. Verifique o domínio dessa função. RESOLUÇÃO A função exponencial não apresenta nenhuma restrição ao seu expoente. Assim o domínio dessa função pode ter qualquer valor para x, ou seja: fD x ou simplesmente f D Gráfico da função 2 x y e , o domínio é o conjunto dos números reais. (MAUÁ – 2012) Dada a função ln x e f x x , justificando sua resposta. Determine seu domínio. RESOLUÇÃO Essa função é composta por uma divisão de duas outras funções. O numerador é representado por uma exponencial, que não tem restrições quanto aos valores de x. Já o denominador, além de não poder ser nulo, é composto por uma função logaritmo, que só é definido para números x y x y -4e -3e -2e -e 0 e 2e 3e 4e 3e2 2e2 e2 Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Primeiro Bimestre 17 Marim / Eiras positivos. Assim, somente os valores de x positivos, não nulo, podem ser utilizados. Para que o denominador não se anule, vamos impor que: ln 0x Isso ocorrerá quando 1x . Portanto, ficamos com o domínio dessa função como: 0 1fD x x e x Gráfico da função f x , o domínio são valores de x positivos, não nulos, exceto o x = 1. (MAUÁ – 2013) A função periódica f(t) apresentada na figura 1 abaixo é chamada de onda quadrada com posição par sem nível médio e pode ser representada pela série 1 4 . .se n . c os . 2n n f t n t n . Figura 1 - Onda quadrada com posição par sem nível médio. Considerando n = 9 na expressão acima, obtém-se a forma de onda apresentada na figura a seguir. x y t f(t) Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Primeiro Bimestre 18 Marim / Eiras Pede-se: (a) Determine a imagem, o período e a paridade da função cuja parcela é n = 3, ou seja, 4 . c o s 3 . 3 g t t . RESOLUÇÃO Como na função g(t) existe um cosseno e sabendo-se que o cosseno tem como imagem os valores de y entre menos um e mais um, temos que o conjunto imagem da função g(t) é dado por: m 4 4 I 3 3 y y A periodicidade da função g(t) é a mesma periodicidade da função cos 3 .t . Sabemos que a função cosseno tem período igual a 2 . Como o argumento está multiplicado por 3, temos que o período da função g(t) é igual a 2 3 . Para determinarmos a paridade da função dada – t. Assim, temos: 4 . c o s 3 . 3 g t t Como cos 3 . cos 3 .t t , ficamos com: 4 . c o s 3 . 3 g t t g t g t Portanto, a função g(t) é par. t f(t) Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Primeiro Bimestre 19 Marim / Eiras (b) Esboce o gráfico de tg no intervalo ,t . RESOLUÇÃO O gráfico da função 4 . c o s 3 . 3 g t t é apresentado a seguir. t g(t) Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Primeiro Bimestre 20 Marim / Eiras Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Primeiro Bimestre 21 Marim / Eiras 2. PARIDADE DE UMA FUNÇÃO FUNÇÃO PAR Uma função f x é dita ser par quando f x f x . Assim, graficamente percebemos que essa função é simétrica em relação ao eixo das ordenadas (y). Gráfico da função da função par 2 f x x , vemos que o gráfico é simétrico em relação ao eixo das ordenadas. FUNÇÃO ÍMPAR Uma função f x é dita ser ímpar quando f x f x . Assim, graficamente percebemos que essa função é simétrica em relação à origem (ponto (0, 0)). Gráfico da função da função ímpar 3 f x x , vemos que o gráfico é simétrico em relação à origem. x y x y Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Primeiro Bimestre 22 Marim / Eiras Quando nenhuma das condições acima é satisfeita, dizemos que a função não possui paridade, ou seja, não possui simetria em relação ao eixo das ordenadas nem em relação à origem. Gráfico da função da função f x x , que não possui paridade. Exemplo 1) A função y sen x , é uma função ímpar, seu gráfico é simétrico em relação origem. Exemplo 2) A função cosy x , é uma função par, seu gráfico é simétrico em relação ao eixo das ordenadas. Exemplo 3) A função x y e não possui paridade, ou seja, não é simétrica nem em relação ao eixo das ordenadas e nem à origem. x y x y x y x y Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Primeiro Bimestre 23 Marim / Eiras QUESTÕES DE PROVAS PASSADAS (MAUÁ – 2006) Sabendo que uma função é dita par se f x f x . Esboce o restante do gráfico da função par abaixo: RESOLUÇÃO Como a função é par, ela é simétrica em relação ao eixo y. Assim, cada trechoda função dada deve ter um simétrico em relação a esse eixo. Assim o gráfico completo dessa função pode ser representado a seguir. Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Primeiro Bimestre 24 Marim / Eiras (MAUÁ – 2006) Sabendo que uma função é dita par se f x f x . Esboce o restante do gráfico da função impar abaixo: RESOLUÇÃO Como a função é par, ela é simétrica em relação ao eixo y. Assim, cada trecho da função dada deve ter um simétrico em relação a esse eixo. Assim o gráfico completo dessa função pode ser representado a seguir. Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Primeiro Bimestre 25 Marim / Eiras (MAUÁ – 2010) Seja 2 2 ln 1x f x x . Esta função é par? Justifique sua resposta. RESOLUÇÃO Para verificar a paridade de uma função, começamos por calcular o valor de f x . Assim, 2 2 ln 1x f x x ou 2 2 ln 1x f x x Podemos perceber que f x f x . Então concluímos que a função dada é par. A seguir uma representação gráfica dessa função. Gráfico da função f x , função para, simétrica em relação ao eixo y. (MAUÁ – 2012) A curva de Gauss 2 x y e é uma importante função matemática amplamente utilizada em Estatística. Verifique a paridade dessa função. RESOLUÇÃO Para verificar a paridade de uma função, começamos por calcular o valor de f x . Assim: 2 x y x e ou 2 x y x e Podemos perceber que f x f x . Então concluímos que a função dada é par. A seguir uma representação gráfica dessa função. x y Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Primeiro Bimestre 26 Marim / Eiras Gráfico da função 2xy e , função par, simétrica em relação ao eixo y. x y Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Primeiro Bimestre 27 Marim / Eiras 3. LIMITES DE UMA FUNÇÃO Dizemos que uma função f x tem limite L quando x tende para o valor a, ou seja, ( ) Considerar f x arbitrariamente próximo de L, significa que se x tende a a, então, f x tende a L. Uma maneira de visualizar o significado do limite de uma função é pensar que x está definido no intervalo, x , com ε próximo de zero, enquanto que o valor da função f x está definido no intervalo L f x L , com próximo de zero. Graficamente podemos visualizar a situação proposta. É importante observar que quando x tende a a, não é necessário que a função y f x esteja definida no número a. Em muitos exemplos, o objetivo é estudar o comportamento da função y f x na região próxima ao número a. y x a+ a- L+ L - Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Primeiro Bimestre 28 Marim / Eiras PROPRIEDADES DOS LIMITES Considere os seguintes valores ( ) e ( ) . Então: i) lim lim lim x a x a x a f x g x f x g x F G ii) lim lim lim x a x a x a f x g x f x g x F G iii) lim . lim . lim . x a x a x a f x g x f x g x F G iv) lim lim 0 lim x a x a x a f x f x F se G g x g x G v) lim lim b b x a x a f x f x O objetivo do limite é estudar o comportamento da função y f x quando x aproxima-se de um determinado número a. Tal comportamento, por vezes, é diferente quando x aproxima-se de a pelo lado esquerdo, assumindo valores menores que o próprio a, ou pelo lado direito, no qual assume valores maiores que a. Ao processo de aproximação de x tendendo a a pela direita ou pela esquerda, denomina-se de limite lateral. Se x se aproxima de a com valores maiores que a (ou pela direita), escrevemos: ( ) Se x se aproxima de a com valores menores que a (ou pela esquerda), escrevemos: ( ) O limite da função f x para x tendendo a a, existe se, e se somente se, os limites laterais forem iguais, ( ) ( ) Portanto, afirma-se que: ( ) Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Primeiro Bimestre 29 Marim / Eiras QUESTÕES DE PROVAS PASSADAS (MAUÁ – 2006) Sabendo que uma função é dita par se f x f x , Calcule os limites: i. 0 ,5 l im x f x ii. 1 l im x f x iii. 0 l im x f x iv. 3 l im x f x v. 3 l im x f x RESOLUÇÃO i. Quando x tende a 0,5, tanto pela direita, quanto pela esquerda, a função tende a 0,5. Assim, podemos escrever: 0 ,5 lim 0 , 5 x f x Note que o valor da função para 0, 5x é 0, 5 1f . Isso só mostra que a função não é contínua nesse ponto, como será discutido posteriormente. ii. Graficamente podemos ver que quando x tende a 1 pela esquerda, por valores menores que 1, a função tende a 1. Assim, podemos escrever: 1 lim 1 x f x iii. Quando x tende a zero pela direita, por valores maiores que zero, a função tende a zero. Isso também ocorre quando x tende a zero pela esquerda, por valores menores que zero. Assim, podemos escrever: 0 lim 0 x f x Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Primeiro Bimestre 30 Marim / Eiras iv. Quando x tende a menos três pela direita, por valores maiores que menos três, a função tende a zero. Note que a função não está definida para 3x , mas existe o limite lateral para x tendendo a menos três pela direita. Assim, escrevemos: 3 lim 0 x f x v. Quando x tende a três pela direita, por valores maiores que três, a função tende a infinito. Note que a função não está definida para 3x , mas existe o limite lateral para x tendendo a três pela direita. Assim, escrevemos: 3 lim x f x (MAUÁ – 2006) Um estudante de engenharia estudou a velocidade vertical de um bote ancorado que oscila para cima e para baixo no mar. Depois de alguns cálculos, chegou à conclusão que a velocidade vertical instantânea alcançada pelo bote depois de 3 minutos é dada pela expressão 3 3 2 3 lim lim 3t t se n t v g t t em ft/min. Efetuou o cálculo do limite numericamente construindo a tabela: t (min) g(t) (ft/min) 2,80000 4,755282581 2,85000 5,393446629 2,90000 5,877852523 2,99000 6,279051953 2,99900 6,283143966 2,99990 6,283184894 2,99999 8,328965049 3,00001 6,283185303 3,00010 6,283184894 3,00100 6,283143966 3,01000 6,2790519533,20000 4,755282581 3,30000 3,179188388 (a) Ao analisar os resultados obtidos na planilha observou que tinha cometido um (único) erro. Onde o estudante errou? Justifique sua resposta. RESOLUÇÃO O estudante errou no cálculo de 2, 99999g . Analisando a tabela verificamos uma tendência para quando t se aproxima de três minutos, o valor da função g se aproxima de 6,2831 ft/min, para todos os valores próximos de três minutos observamos essa tendência, exceto para t = 2,99999 min. Assim, o erro cometido pelo aluno foi no cálculo da função g no instante t = 2,99999 min. Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Primeiro Bimestre 31 Marim / Eiras (b) Apesar do erro encontrado, o estudante foi capaz de estimar a velocidade vertical instantânea alcançada pelo bote ancorado depois de 3 minutos utilizando esta mesma tabela. Qual foi o resultado que ele obteve (forneça o resultado com 4 casas decimais)? Por quê? RESOLUÇÃO A velocidade vertical instantânea alcançada pelo bote ancorado depois de três minutos pode ser definida como o limite da velocidade média quando o intervalo de tempo tende a zero. A partir da tabela, podemos determinar a velocidade instantânea calculando os limites laterais e verificando se eles levam a um mesmo valor. Da tabela temos que: 3 lim 6 , 2 8 3 1 8 5 3 0 3 t g t 3lim 6 , 2 8 3 1 8 4 8 9 4t g t Notamos que dentro da precisão pedida, quatro casas decimais, os limites são iguais, e podemos escrever, fazendo o devido arredondamento: 3 lim 6 , 2 8 3 2 t g t Assim, podemos concluir que a velocidade instantânea após três minutos é de: 3 3 lim 6, 2 8 3 2 t v g t ft m in (MAUÁ – 2006) Sabendo que uma função é dita par se f x f x . Dado o gráfico da função f x a seguir Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Primeiro Bimestre 32 Marim / Eiras Calcule os limites: i. 0 l im x f x ii. 1 l im x f x iii. 0 l im x f x iv. 3 l im x f x RESOLUÇÃO i. Quando x tende a zero, tanto pela direita, quanto pela esquerda, a função tende a zero. Como os limites laterais são iguais, podemos escrever: 0 lim 0 x f x ii. Graficamente podemos ver que quando x tende a 1 pela esquerda, por valores menores que 1, a função tende a -2. Assim, podemos escrever: 1 lim 2 x f x iii. Quando x tende a zero pela direita, por valores maiores que zero, a função tende a zero. Isso também ocorre quando x tende a zero pela esquerda, por valores menores que zero. Assim, podemos escrever: 0 lim 0 x f x iv. Quando x tende a menos três pela direita, por valores maiores que menos três, a função tende a zero. Note que a função não está definida para 3x , mas existe o limite lateral para x tendendo a menos três pela direita. Assim, escrevemos: 3 lim 0 x f x (MAUÁ – 2006) Um estudante de engenharia de Fairbanks, no Alasca, estudou a taxa de variação da temperatura média (em Fahrenheit) em Fairbanks durante um ano de 365 dias em relação ao tempo, a partir de 1º de janeiro. Concluiu que a velocidade instantânea da temperatura em relação ao tempo depois de 60 dias pode ser obtida, aproximadamente, pela expressão: 6 0 6 0 2 3 7 . . 1 0 1 2 4 3 6 5 6 0 lim lim 6 0t t se n t v g t t medida em oF/dia. Efetuou o cálculo do limite numericamente, construindo a tabela: Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Primeiro Bimestre 33 Marim / Eiras t (dia) v(t) (oF/dia) 59,000000 0,4811871 59,500000 0,4829829 59,800000 0,4840547 59,900000 0,4844110 59,999900 0,4847665 59,999999 0,4847668 60,000001 1,8847668 60,000010 0,4847668 60,000100 0,4847672 60,500000 0,4865387 61,000000 0,4882986 (a) Ao analisar os resultados obtidos na tabela observou que tinha cometido um erro. Onde o estudante errou? Justifique sua resposta. RESOLUÇÃO O estudante errou no cálculo de 60, 000001v . Analisando a tabela verificamos uma tendência para quando t se aproxima de 60 dias, o valor da função v se aproxima de 0,4847668 oF/dia, para todos os valores próximos de 60 dias observamos essa tendência, exceto para t = 60,000001 dias. Assim, o erro cometido pelo aluno foi no cálculo da função v no instante t = 60,000001 dias. (b) O estudante foi capaz de estimar qual a taxa de variação instantânea da temperatura em relação ao tempo no 600 dia do ano utilizando esta mesma tabela. Qual foi o resultado que ele obteve? Por quê? Forneça a resposta utilizando 5 casas decimais. RESOLUÇÃO A velocidade instantânea da temperatura em relação ao tempo pode ser definida como o limite da velocidade média quando o intervalo de tempo tende a zero. A partir da tabela, podemos determinar a velocidade instantânea calculando os limites laterais e verificando se eles levam a um mesmo valor. Da tabela temos que: 6 0 lim 0 , 4 8 4 7 6 6 8 t v t 6 0lim 0 , 4 8 4 7 6 6 8t v t Notamos que dentro da precisão pedida, cinco casas decimais, os limites são iguais, e podemos escrever, fazendo o devido arredondamento: 6 0 lim 0 , 4 8 4 7 7 t v t Assim, podemos concluir que a velocidade instantânea após 60 dias é de: 6 0 6 0 lim 0 , 4 8 4 7 7 o t v v t F d ia Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Primeiro Bimestre 34 Marim / Eiras (MAUÁ – 2007) Encontre os limites, se existirem: (a) 3 2 1 l im 1x x x x RESOLUÇÃO A primeira providência para se determinar um limite é substituir diretamente o valor para o qual a variável está tendendo. Em nosso caso a variável x está tendendo a menos um. Note que a substituição direta desse valor na função não acarreta problemas. Assim, podemos escrever: 3 2 3 2 1 1 1 1 1 2 lim 1 1 1 2 2x x x x 3 2 1 l im 1 1x x x x (b) 5 5 lim 5x x x RESOLUÇÃO Quando tentamos substituir diretamente o valor da variável x nesse exercício, vemos que o denominador se anula. Portanto devemos efetuar alguma simplificação para podermos sair da indeterminação. Como x tende a menos cinco pela esquerda, valores menores que menos cinco, o numerador que está em módulo apresentará um resultado negativo. O módulo irá inverter o sinal do numerador. Assim, ficamos com: 5 5 55 lim lim 5 5x x xx x x Agora podemos simplificar o numerado com o denominador eliminando a indeterminação. Ficamos com: 5 5 5 55 lim lim lim 1 1 5 5x x x xx x x Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Primeiro Bimestre 35 Marim / Eiras (MAUÁ – 2007) Encontre os limites, se existirem: (a) 2 3 5 lim 9x x x x RESOLUÇÃO Fazendo a substituição direta do x pelo valor que ele está tendendo, no casotrês, podemos perceber que não chegamos a nenhuma indeterminação. Assim, podemos calcular diretamente o valor desse limite. Ou seja: 22 3 3 5 . 35 2 4 lim 2 9 3 9 1 2x x x x (b) 3 2 1 0 8 8 lim 3x x x x RESOLUÇÃO Não podemos substituir diretamente o valor da varável x, pois isso acarretaria uma nulidade tanto no numerador quanto no denominador. Devemos então efetuar alguma simplificação. Nesse caso devemos multiplicar o numerador e o denominador pelo conjugado do numerador. Ficando assim com: 3 3 2 1 0 8 82 1 0 8 8 2 1 0 8 8 lim lim 3 3 2 1 0 8 8x x x xx x x x x x x x Essa estratégia de multiplicação pelo conjugado, permite que eliminemos as raízes do numerador. Agora ficamos com: 3 3 2 1 0 8 8 2 1 0 8 8 lim lim 3 3 2 1 0 8 8x x x x x x x x x x ou ainda: 3 3 3 6 32 1 0 8 8 6 1 8 lim lim lim 3 3 2 1 0 8 8 3 2 1 0 8 8x x x xx x x x x x x x x x Agora podemos simplificar o termo 3x do numerado e do denominador e ficamos com: 3 3 2 1 0 8 8 6 lim lim 3 2 1 0 8 8x x x x x x x Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Primeiro Bimestre 36 Marim / Eiras Agora podemos substituir o valor de x por três sem que tenhamos problemas. Assim, teremos: 3 3 2 1 0 8 8 6 6 3 lim lim 3 42 . 1 0 8 8 2 .3 1 0 8 .3 8x x x x x x x (MAUÁ – 2007) Calcule o limite: 2 2 3 9 lim 5 6x x x x RESOLUÇÃO A substituição direta de x por três leva a uma indeterminação (zero no denominador e também no numerador). Portanto devemos fazer alguma simplificação para sair da indeterminação. Nesse caso podemos escrever o numerador como uma diferença de quadrados e fatorar o denominador. Assim ficamos com: 2 2 3 3 3 39 lim lim 5 6 3 2x x x xx x x x x Agora podemos simplificar o termo 3x no numerador e no denominador. Após a simplificação podemos finalmente substituir o valor de x por três. Aí ficamos com: 2 2 3 3 39 lim lim 6 5 6 2x x xx x x x (MAUÁ – 2006) Calcule: (a) 3 4 1 1 lim 1x x x RESOLUÇÃO A substituição direta de x por um leva a uma indeterminação (zero no denominador e também no numerador). Portanto devemos fazer alguma simplificação para sair da indeterminação. Nesse caso podemos fatorar o numerador e escrever o denominador como uma diferença de quadrados. Ou seja: 2 3 4 2 2 1 1 1 11 lim lim 1 1 1x x x x xx x x x Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Primeiro Bimestre 37 Marim / Eiras O segundo termo no denominador por sua vez, pode ser escrito como uma nova diferença de quadrados. Então segue que: 2 3 4 2 1 1 1 11 lim lim 1 1 1 1x x x x xx x x x x Agora podemos simplificar o termo 1x no numerador e no denominador. Após a simplificação podemos finalmente substituir o valor de x por 1. Assim, ficamos com: 2 2 3 4 2 2 1 1 1 1 1 11 3 lim lim 1 41 1 1 1 1 1x x x xx x x x (b) use o fato que 1 lim 1 x x e x para calcular 2 lim 1 h h h RESOLUÇÃO Como foi pedido para utilizarmos o limite fundamental na resolução desse problema, devemos observar que o limite pedido é parecido com o limite fundamental. Vamos fazer uma pequena modificação dentro dos parênteses, chamando 1 x de 2 h . Assim teremos: 2 1 2h x h x Quando h tender a infinito, x também tenderá a menos infinito. Agora podemos escrever: 2 2 1 lim 1 lim 1 h x h xh x Lembrando-se das propriedades dos limites, tiramos o expoente -2 para fora do limite e ficamos com: 2 2 2 1 1 lim 1 lim 1 lim 1 h x x h x xh x x Como o limite que está dentro dos colchetes é justamente o limite fundamental e vale e, chegamos finalmente ao valor do limite pedido: 2 2 22 1 1 lim 1 lim 1 lim 1 h x x h x x e h x x Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Primeiro Bimestre 38 Marim / Eiras (MAUÁ – 2008) Calcule os limites: (a) 2 6 2 lim 2x x x x RESOLUÇÃO A substituição direta de x por dois leva a uma indeterminação (zero no denominador e também no numerador). Portanto devemos fazer alguma simplificação para sair da indeterminação. Nesse caso podemos multiplicar o numerador e o denominador pelo conjugado do numerador. Assim ficamos com: 2 2 6 26 2 6 2 lim lim . 2 2 6 2x x x xx x x x x x x x Ou ainda: 2 2 6 26 2 lim lim 2 2 . 6 2x x x xx x x x x x Organizando o numerador, ficamos com: 2 2 2 . 26 2 lim lim 2 2 . 6 2x x xx x x x x x Note que colocamos o - 2 em evidência no numerador a fim de ficarmos com o termo 2x , que será simplificado com o outro termo no denominador. Agora temos: 2 2 6 2 2 lim lim 2 6 2x x x x x x x Agora podemos substituir o valor de x diretamente por 2. Assim ficamos com: 2 6 2 2 1 lim 2 26 2 2 2x x x x Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Primeiro Bimestre 39 Marim / Eiras (b) 4 2 3 9 lim 4 3x x x x x RESOLUÇÃO A substituição direta de x por infinito leva a uma indeterminação (infinito no denominador e também no numerador). Portanto devemos fazer alguma simplificação para sair da indeterminação. Nesse caso podemos colocar em evidência o termo x4 dentro da raiz no numerador e tirá-lo da raiz e também colocar o termo x2 em evidência no denominador e depois simplificar com o numerador, ou seja: 4 34 2 2 2 9 3 3 9 lim lim 4 34 3 1 x x x xx x x x x x x Ou ainda: 2 3 34 2 2 2 2 9 9 3 3 3 9 lim lim lim 4 3 4 34 3 1 1 x x x x x xx x x x x x x x x Agora fazendo x tender a infinito, observa-se que os termos contendo x no denominador tendem a zero, assim: 4 2 3 9 3 lim 3 4 3 1x x x x x (c) 2 2 l im x a x a x a RESOLUÇÃO Para a resolução desse limite devemos considerar os limites laterais, quando x tende a a peladireita, por valores maiores do que a, e pela esquerda, por valores menores do que a. Assim, devemos escrever: 2 2 2 2 lim lim lim .x a x a x a x a x a x a x a x a x a x a Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Primeiro Bimestre 40 Marim / Eiras Quando x tende a a pela direita, a diferença x a é positiva e o módulo pode ser retirado. No denominador temos uma diferença de quadrados e após a fatoração podemos simplificar os termos x a , ficamos com: 2 2 1 1 lim lim 2x a x a x a x a x a a Agora valor avaliar o limite quando x tende a a pela esquerda. 2 2 2 2 lim lim lim .x a x a x a x a x ax a x a x a x a x a Agora a diferença x a é negativa, assim a função módulo irá trocar o sinal. Novamente no denominador temos uma diferença de quadrados e podemos simplicar, ficanso com: 2 2 1 1 lim lim 2x a x a x a x a x a a Como os limites laterais são diferentes, concluímos que o limite proposto não existe. (MAUÁ – 2008) Nos anos de 1930 o biólogo G. F. Gause conduziu um experimento com o protozoário paramécio e usou uma equação “logística” para modelar seus dados. O modelo sigmoidal 0 ,7 9 4 4 6 4 1 3 1 . t P t e foi determinado para representar a população P do paramécio em função do tempo t (em dias). (a) Qual a população inicial de paramécios em seu experimento? RESOLUÇÃO Para determinarmos a população inicial de paramécios, basta fazermos 0t na equação sigmoidal. Assim temos: 0 ,7 9 4 4 .0 6 4 0 1 3 1 . P e daí temos: 0 2P A população inicial é de dois indivíduos. Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Primeiro Bimestre 41 Marim / Eiras (b) Calcule lim t P t . O que isto significa no contexto do problema? RESOLUÇÃO Vamos inicialmente determinar o limite proposto. 0 ,7 9 4 4 6 4 lim lim 6 4 1 3 1 . t t t P t e Quando t tende a infinito, o expoente de e no denominador tende a menos infinito, o que nos leva ao termo e tender a zero. Com isso o denominador terá soma igual a 1 e assim o limite irá para 64. No contexto do problema isso significa que dado um tempo muito longo (t tendendo para infinito) a população irá se estabilizar em 64 indivíduos. (MAUÁ – 2008) A massa de um isótopo radioativo do elemento hipotético A diminui com o tempo de acordo com os dados tabelados abaixo: tempo (anos) massa (gramas) 0 2 1 1 2 0,5 3 0,25 4 0,125 A partir dessa tabela verifica-se que a massa em função do tempo pode ser expressa por 1 1 2 t m t , com a massa em gramas e o tempo em anos. Pede-se: Como você escreveria a expressão para calcular a taxa instantânea de variação da massa no instante 1 ano? Não efetue os cálculos. RESOLUÇÃO Podemos escrever a taxa instantânea de variação da massa como sendo o limite da função dada ( m t ) quando t tende a 1 ano, ou seja: 1 1 1 1 lim lim 2 t t t m t Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Primeiro Bimestre 42 Marim / Eiras (MAUÁ – 2008) Calcule os limites: (a) 2 2 1 1 lim 22x x xx RESOLUÇÃO Como nesse caso nós temos o limite de uma soma, podemos dividir em dois limites. Assim ficamos com: 2 2 2 2 1 1 1 1 lim lim lim 2 22 2x x x x x x xx x O primeiro desses limites vai a zero, pois o x, que tende para infinito, está no denominador. No segundo limite podemos colocar o termo x2 em evidência dentro da raiz e ficamos com: 2 22 2 1 1 1 1 lim 0 lim 2 22x x x xx x xx Podemos tirar o x fora da raiz e depois simplificar com o x do denominador e teremos: 2 22 2 1 1 1 1 1 1 lim lim lim 2 2 22x x x x x xx x xx Como o termo 2 1 x tenderá a zero quando x tender para infinito, teremos no numerado a raiz quadrada de 1. Assim, finalmente chegamos a: 2 2 1 1 1 1 lim lim 2 2 22x x x xx Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Primeiro Bimestre 43 Marim / Eiras (b) 2 l im a x x a e x a RESOLUÇÃO Novamente podemos utilizar uma propriedade dos limites que nos diz que o limite de um produto é o produto dos limites. Dessa forma podemos escrever o limite proposto da seguinte forma: 2 2 2 1 1 lim lim . lim . lim a x a x a x x a x a x a x a e e e x a x a x a O primeiro limite nos leva a 2 a e , podemos escrever então: 2 2 2 1 lim . lim a x a x a x a e e x a x a Para resolvermos o segundo limite, devemos considerar os limites laterais, quando x tende a a pela direita e pela esquerda. Assim, os limites laterais seriam: 2 1 lim x a x a 2 1 lim x a x a Como os limites laterais são iguais, o limite como um todo assume esse mesmo valor, infinito. O limite pedido fica então: 2 2 l im . a x a x a e e x a (MAUÁ – 2008) Esboce o gráfico de uma função f x que satisfaça todas as condições: lim 0 x f x lim 1x f x 0 2lim limx xf x f x 0 2 lim lim x x f x f x RESOLUÇÃO Como o enunciado pede um esboço do gráfico da função, devemos apresentar um gráfico que satisfaça as condições expostas acima. Assim uma possível solução seria o gráfico a seguir. Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Primeiro Bimestre 44 Marim / Eiras (MAUÁ – 2008) (a) Suponha que f e g sejam funções contínuas, tais que 2 1f e 2 lim 4 1 3 x f x g x . Encontre 2 2 l im x f x g x . Justifique sua resposta utilizando as propriedades dos limites. RESOLUÇÃO Como as funções f e g são contínuas, podemos utilizar as propriedades dos limites no limite dado para obter o valor da 2g . Assim, temos: 2 2 2 lim 4 1 3 lim 4 lim 1 3 x x x f x g x f x g x pois o limite de uma soma é a soma dos limites. Quando temos o limite de uma constante vezes uma função isso equivale ao produto da constante pelo limite da função. O limite da f x quando x tende a 2 foi dado no enunciado e vale 1. Dessa forma podemos chegar ao valor de 2g . 1 4 2 13 2 3g g Sabemos agora o valor da 2f e também ovalor da 2g . Como 2g é diferente de zero podemos escrever: 2 2 2 2 2 2 2 1 1 lim lim 2 3 9x x f x f x f g x g x g x y Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Primeiro Bimestre 45 Marim / Eiras (b) Escreva um exemplo de uma função na forma P x y Q x onde P x e Q x são polinômios com o grau do polinômio Q maior do que 1, que tenha assíntota horizontal 3y e cujo domínio seja todos os números reais. RESOLUÇÃO Para que o domínio sejam todos os números reais, o polinômio Q não pode se anular em nenhum número real. A seguir temos alguns exemplos de polinômios com grau maior que um que não se anulam. 12 xxQ 4 3Q x x 23 3 5Q x x x Para ter assíntota horizontal 3y , o grau do polinômio P tem que ser igual ao do polinômio Q. A seguir alguns exemplos para o polinômio P. 2 3P x x 4 3P x x 2 9 5P x x x Note que os polinômios P x foram escolhidos de forma a ter o coeficiente do termo de maior grau como tendo o triplo do valor dos mesmos coeficientes dos polinômios Q x . Isso foi feito para que a assíntota horizontal seja 3y . Agora podemos escrever exemplos de funções y como foi solicitado no enunciado. 2 2 3 1 x y x 4 4 3 3 x y x 2 2 9 5 3 3 5 x x y x x Para termos a confirmação a respeito das assíntotas, vamos calcular os limites: 3 1 1 3 1 1 3 1 3 22 2 2 2 2 xx x x x x xxx limlimlim 4 4 4 4 24 3 3 3 lim lim lim 3 133 11 x x x x x x x xx 2 2 2 2 22 5 5 9 9 9 5 9 lim lim lim 3 3 53 53 3 5 3 33 x x x x x x x x x x x x xx x Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Primeiro Bimestre 46 Marim / Eiras (MAUÁ – 2008) Esboce o gráfico de uma única função que satisfaça todas as condições: Tem assíntotas y x para x e y x para x ; 1 lim x f x e 1 lim x f x não existe; Os pontos críticos são 0, 0 , 2, 2 , 5 e 2 , 2 , 5 ; Cresce somente para 2, 1x e 2,x ; O ponto 0, 0 é um ponto de inflexão. RESOLUÇÃO Uma possível função que satisfaça as condições do enunciado pelo ser vista no gráfico a seguir. (MAUÁ – 2009) (a) A velocidade de uma partícula medida em metros por segundo no instante 1t s é dada por: 2 1 3 2 1 lim 1t t v t . Calcule 1v . RESOLUÇÃO Para determinarmos a velocidade para 1t s , basta determinarmos o valor do limite a seguir. 2 1 3 2 1 lim 1t t v t A estratégia para resolução desse limite é multiplicarmos o numerador e o denominador pelo conjugado do numerador. Assim, ficamos com: x f'(x) Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Primeiro Bimestre 47 Marim / Eiras 2 2 2 1 1 2 3 2 3 2 3 2 1 lim lim . 1 1 3 2 t t t t t v t t t Aplicando a distributiva no numerador, ficamos com: 2 1 2 3 4 1 lim 1 3 2 t t v t t ou ainda 2 1 2 1 1 lim 1 3 2 t t v t t Nota-se que o numerador pode ser escrito como uma diferença de quadrados e um dos fatores poderá ser simplificado com um termo do denominador. Assim: 1 12 2 1 1 1 1 lim lim 1 3 2 3 2 t t t t t v t t t Agora podemos substituir diretamente o valor de x por 1 e ficamos com: 2 1 1 1 1 21 3 2 v m s (b) Calcule 2 2 c o s lim , 0 2x a x a a x a x a x a . RESOLUÇÃO Antes de resolvermos o limite, observe que no denominador existe um produto e o primeiro termos desse produto pode ser fatorado. Ou seja: 22 2 c o s c o s lim lim 2x a x a x a x a x a x a x a x a x a Ou ainda: 32 2 c o s c o s lim lim 2x a x a x a x a x a x a x a x a Como x tende a a pela direita, valores maiores que a, o cosseno tenderá a 1. Por outro lado, o denominador tenderá a zero positivamente, fazendo com que o limite vá para infinito. Ou seja: 32 2 c o s c o s lim lim 2x a x a x a x a x a x a x a x a Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Primeiro Bimestre 48 Marim / Eiras (c) Calcule: 2 3 5 6 lim 3x x x x . RESOLUÇÃO Na resolução do limite dado devemos tomar cuidado com a função módulo. Observando o polinômio dentro da função módulo, vemos que esse pode ser fatorado como segue: 2 5 6 2 . 3x x x x Assim, como x tende a 3 pela esquerda, valores menores que 3, o polinômio retornará um valor negativo, pois o termo 3x será negativo. Dessa forma o módulo irá inverter o sinal do polinômio e o limite se tornará: 2 3 3 5 6 2 . 3 lim lim 3 3x x x x x x x x Podemos agora fazer a simplificação do termo 3x do numerador e do denominador. Assim, ficamos com: 2 3 3 5 6 lim lim 2 1 3x x x x x x (MAUÁ – 2009) (a) Calcule 23 3 lim 2 5 x x x . RESOLUÇÃO Para resolver esse limite vamos multiplicar o numerador e o denominador pelo conjugado do denominador, pois a substituição direta nos leva a uma indeterminação. Assim ficamos com: 2 2 23 3 2 2 5 3 3 lim lim . 2 5 2 5 2 5 x x x x x x x x Agora aplicamos a distributiva no denominador e ficamos com: 2 2 2223 3 3 3 2 5 3 2 5 3 lim lim lim 94 52 5 x x x x x x x x xxx Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Primeiro Bimestre 49 Marim / Eiras Note que o denominador pode ser escrito como uma diferença de quadrados. Assim podemos escrever: 2 23 3 3 2 5 3 lim lim 3 32 5 x x x x x x xx Podemos simplificar o 3x do numerador com o do denominador e ficamos com: 2 23 3 2 5 3 lim lim 32 5 x x x x xx Agora podemos fazer a substituição direta do x por -3 e efetuar os cálculos. 2 23 2 3 5 2 23 4 2 lim 3 3 6 33 32 5 x x x (b) A curva de aprendizagem de certo processo em uma linha de montagem pode ser modelada por 0 ,0 1 . 2 0 0 0 , 0 5 0 1 3 t N t t e , onde tN representa o número de peças que o aprendiz é capaz de processar depois de t dias de treinamento. Qual o limite de N t quando t ? Qual a interpretação deste valor no processo de treinamento? RESOLUÇÃO Vamos calcular o limite quando t tende para infinito. 0 ,0 1 2 0 0 0 lim lim 5 0 1 3 t t t N t e Quando t tende para infinito, 0 ,01 . t e tende a zero e, portanto, ficamos com: 0 ,0 1 2 0 0 0 2 0 0 0 lim lim 4 0 5 0 1 05 0 1 3 t t t N t e Esse resultado nos diz que um aprendiz bem treinado será capaz de produzir um máximo de 40 peças por dia. Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Primeiro Bimestre 50 Marim / Eiras (MAUÁ – 2010) (a) Calcule, sem usar a regra de L’Hôpital: 32 2 1 3 4 lim 7 6x x x x x . RESOLUÇÃO Como não podemos utilizar a regra de L’Hôpital, vamos fatorar o polinômio do numerador. Assim ficamos com: 3 3 2 2 1 1 3 4 4 1 lim lim 7 6 6 1x x x x x x x x x x Ou ainda: 3 3 32 2 1 1 3 4 4 1 lim lim 7 6 6 1x x x x x x x x x x Simplificando o termo 1x do numerador e do denominador, teremos: 3 3 22 2 1 1 3 4 4 1 lim lim 7 6 6x x x x x x x x x Agora podemos fazer a substituição direta de x por 1. Agora ficamos com: 3 3 22 2 1 3 4 1 4 1 1 lim 0 7 6 1 6x x x x x (b) Calcule, sem usar a regra de L’Hôpital: 2 1 1 lim 1x x x . RESOLUÇÃO Como nesse limite existe a presença de uma função módulo, devemos inicialmente considerar o sinal do denominador. Como x tende a 1 pela esquerda, valores menores que 1, a função no denominador assumirá um valor negativo, próximo de zero mas negativo. Portanto, a função módulo irá inverter o sinal da função. Ou seja: 22 1 1 1 1 lim lim 11x x x x xx Agora podemos escrever a função do denominador como um produto, pois se trata de uma diferença de quadrados. Agora teremos: 21 1 1 1 lim lim 1 11x x x x x xx Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Primeiro Bimestre 51 Marim / Eiras Após a simplificação do termo 1x podemos substituir o valor de x por 1 e teremos: 21 1 1 1 1 lim lim 1 21x x x xx (c) Seja xf uma função real que obedece as seguintes condições: (c1) f x y f x f y (c2) . 1f x x f Nestas condições, calcule o limite: 0 l im h f t h f t h . RESOLUÇÃO Vamos determinar o limite dado utilizando inicialmente a condição (c1). Assim ficamos com: 0 0 l im lim h h f t h f t f t f h f t h h Agora o numerador ficará apenas com f h . Utilizando a condição (c2) podemos escrever: 0 0 0 . 1 lim lim lim h h h f t h f t f h h f h h h Simplificando teremos: 0 0 l im lim 1 1 h h f t h f t f f h (MAUÁ – 2010) O deslocamento (em metros) de um objeto que se move em linha reta é dado por s t , onde t é medido em segundos. Utilizando o limite escreva a velocidade no instante 1t s. RESOLUÇÃO A definição de velocidade média pode ser escrita como: m s v t Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Primeiro Bimestre 52 Marim / Eiras Já a velocidade instantânea é definida como sendo o limite da velocidade média com t tendendo a zero, ou seja: 0 0 l im lim t t s t t s ts v t t t Considerando o tempo inicial igual a um segundo e o intervalo de tempo tendendo a zero teremos a velocidade instantânea em 1t s . 0 1 1 1 lim t s t s v t (MAUÁ – 2010) Será provado no curso de Cálculo que para todo ângulo no primeiro quadrante, medido em radianos, vale que: . cos sen . Será que 0 0 se n se n lim lim ? RESOLUÇÃO Sabemos que a função = seny é ímpar e sabemos também que a função = y também é ímpar. Portanto, a divisão entre elas nos dá uma função par. Dessa forma ao calcularmos os limites laterais, teremos: 0 se n lim 1 Como visto no item anterior. Quando tende a zero pela esquerda, valores negativos, teremos: 0 0 0 0 se n se n - - se n se n lim lim lim lim 1 - - Assim, a resposta à pergunta inicial é que: 0 0 se n se n lim lim Pois os limites laterais são iguais. Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Primeiro Bimestre 53 Marim / Eiras (MAUÁ – 2010) (a) Calcule, sem usar a regra de L’Hôspital, 1 1 lim 2 . 1x x x x . RESOLUÇÃO Inicialmente vamos multiplicar o numerador e o denominador pelo conjugado do numerador. Assim, ficamos com: 1 1 11 1 lim 2 lim 2 . 1 1 1x x xx x x x x x x Aplicando a distributiva no numerador, ficamos com: 1 1 1 1 lim 2 lim 2 1 1 1x x x x x x x x x Podemos simplificar o termo 1x do numerador e do denominador. Aí teremos: 1 1 1 2 lim 2 lim 1 1x x x x x x x Agora podemos fazer a substituição direta de x por 1. 1 1 2 .1 lim 2 1 1 1 1x x x x (b) Um técnico precisava calcular 0 1 1 lim . 2 h h e h . Como ele pediu nossa ajuda e ainda não temos a ferramenta para resolver este limite, sugerimos que ele substituísse o h por valores próximos a zero e ele construiu a tabela: h 1 2 h e h 0,6 0,685099 0,3 0,583098013 0,15 0,539447476 0,075 0,519227673 0,00375 0,500938673 0,0001 0,500025001 -0,9 0,329683522 -0,45 0,402635387 -0,2 0,453173117 -0,01 0,497508313 -0,0001 0,499975001 Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Primeiro Bimestre 54 Marim / Eiras Qual o valor de 1 2 0 1 lim h h e h ? Justifique sua resposta. RESOLUÇÃO O valor do limite proposto é: 1 2 0 1 lim 0 , 5h h e h pois tanto para 0h , quanto para 0h a sequência obtida na tabela se aproxima de 0,5. (Se tomássemos somente quatro dígitos depois da vírgula teríamos convergido para este valor.) (MAUÁ – 2010) Calcule o 2 lim 1 3 x x x : RESOLUÇÃO Primeiramente vamos lembrar o limite fundamental: 1 lim 1 n n e n Podemos perceber que o limite pedido é bem parecido com o limite fundamental. Assim, vamos fazer uma mudança de variável em nosso problema para podermos aplicar o limite fundamental. Podemos partir da seguinte igualdade: 1 2 3n x daí temos: 3 2 n x ou ainda: 2 3 x n A partir dessa relação temos que quando x tende para infinito, n tenderá para menos infinito. Dessa forma podemos reescrever nosso limite como segue: 2 2 . 3 32 1 1 lim 1 lim 1 lim 1 3 x n n x n nx n n Note que utilizamos as propriedades dos limites. Agora podemos identificar o limite fundamental no interior dos colchetes e finalmente chegamos a resposta. 2 3 2 lim 1 3 x x e x Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Primeiro Bimestre 55 Marim / Eiras (MAUÁ – 2011) Dois alunos de engenharia estavam discutindo em uma lanchonete sobre a perda de tempo nas aulas de Cálculo, nas quais se exige muito rigor. Um deles em um momento de cólera disse que se lim 0 x b f x é claro que lim . 0 x b f x g x . Se você concorda com este futuro engenheiro então prove que ele está certo, mas se você não concorda, basta dar um contra exemplo. RESOLUÇÃO A afirmação do aluno está incorreta, pois nós poderemos ter uma função g x que tende para infinito quando x tende para b e assim o produto entre elas seria uma indeterminação. Vamos supor, como um contra exemplo pedido, que a função g x seja definida da seguinte forma: 1 g x f x Dessa forma, quando f x tender a zero, a função g x tenderá para infinito. No entanto se calcularmos o limite do produto entre as duas funções, teremos: 1 lim . lim . lim 1 1 x b x b x b f x g x f x f x Note que esse limite deu como resultado 1 e não zero como sugerido pelo aluno. (MAUÁ – 2011) (MAUÁ – 2011) Dada a função 3 8 2 x f x x calcule: (a) 2 l im x f x RESOLUÇÃO Quando x tender a dois pela esquerda, por valores menores que dois, o denominador da função f x ficará negativo, assim, a função módulo irá inverter o sinal. Portanto, ficaremos com: 3 2 2 8 lim lim 2x x x f x x Temos uma indeterminação do tipo zero sobre zero. Podemos fatorar o numerador e simplificar com o denominador para sair da indeterminação. Assim, ficamos com: 2 2 2 2 2 2 2 4 lim lim lim 2 4 1 2 2x x x x x x f x x x x Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Primeiro Bimestre 56 Marim / Eiras (b) 2 l im x f x RESOLUÇÃO Quando x tender a dois pela direita, por valores maiores que dois, o denominador da função f x ficará positivo, assim, a função módulo não fará nada. Portanto, ficaremos com: 3 2 2 8 lim lim 2x x x f x x Temos uma indeterminação do tipo zero sobre zero. Podemos fatorar o numerador e simplificar com o denominador para sair da indeterminação. Assim, ficamos com: 2 2 2 2 2 2 2 4 lim lim lim 2 4 1 2 2x x x x x x f x x x x (c) 2 lim x f x RESOLUÇÃO O limite proposto não existe, pois os limites laterais para x tendendo a dois, pela esquerda e pela direita, são diferentes. (d) Sabendo-se que a soma dos termos de uma PA com m termos é dada por 1 . 2 m a a m S onde a1 é o primeiro termo e am o m-ésimo termo, determine 2 2 2 1 2 lim ... m m m m m RESOLUÇÃO Para determinar o limite solicitado devemos trocar a soma entre parênteses pela expressão que dá efetivamente a soma dos m termos. Assim o limite pedido fica: 1 2 2 2 .1 2 lim ... lim 2 m m m a a mm m m m Sabemos quanto vale o primeiro termo (1/m2) e sabemos quando vale o m-ésimo termo (m/m2). Substituindo esses valores no limite ficamos com: Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Primeiro Bimestre 57 Marim / Eiras 2 2 22 2 2 2 2 1 1 . 1 1 2 lim ... lim lim lim 2 2 2m m m m m mm m m mm m m m m m m Como o número dois no denominador é uma constante, podemos tirá-lo do limite e ficamos com: 2 2 2 1 2 1 1 1 lim ... . l im 1 2 2m m m m m m m Pois quando m tende para infinito, 1/m tende a zero. (MAUÁ – 2011) (a) Determine: 2 2 3 1 6 5 lim 3x x x x RESOLUÇÃO Visto que para x tendendo a 3 o limite é indeterminado, vamos inicialmente multiplicar o numerador e o denominador pelo conjugado do numerador. Assim, ficamos com: 2 2 2 2 2 3 3 2 1 6 5 1 6 5 1 6 5 lim lim . 3 3 1 6 5 x x x x x x x x x x Aplicando a distributiva no numerador ficamos com: 2 2 2 2 3 3 32 2 2 2 1 6 5 1 6 2 5 9 lim lim lim 3 3 . 1 6 5 3 . 1 6 5 x x x x x x x x x x x x x x O numerador pode ser escrito como uma diferença de quadrados, enquanto que no denominador podemos colocar o x em evidência. Dessa forma poderemos simplificar o termo 3x . Aí teremos: 2 2 3 3 32 2 3 31 6 5 3 lim lim lim 3 . 3 . 1 6 5 . 1 6 5 x x x x xx x x x x x x x x Agora podemos fazer a substituição direta de x por 3. Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Primeiro Bimestre 58 Marim / Eiras 2 2 3 2 1 6 5 3 3 6 1 lim 3 3 0 53 . 3 1 6 5 x x x x (b) Determine: 2 2 3 3 lim 3 9x x x x x RESOLUÇÃO A substituição direta de x por 3 faz com que o numerador dê 18 e o denominador tenda para zero. Dessa forma o limite como um todo tenderá para infinito. Ou seja: 2 2 3 3 lim 3 9x x x x x (MAUÁ – 2012) Um engenheiro projetou uma máquina para ser usada em mecânica pesada e que
Compartilhar