Buscar

pe torto congenito

Prévia do material em texto

1 
 
Atuação da fisioterapia no pé torto congênito idiopático 
 
Ana Renata Cruz Figueira Corrêa Lima 
anarenatafigueira@hotmail.com 
Dayana Priscila Maia 
Pós graduação em fisioterapia em ortopedia e traumatologia com ênfase em terapias manuais- Faculdade 
Avila 
 
RESUMO 
 
O pé torto congênito é uma malformação do aparelho locomotor, que é considerado uma 
anomalia congênita mais freqüente dos pés. Sua patologia implica em adução do ante-pé e 
eqüino no tornozelo, seus sinais e sintomas aparecem logo nos primeiros meses de vida. Sua 
etiologia continua desconhecida, contudo existem vários fatores que explicam o 
aparecimento desta patologia, é de grande importância a fisioterapia logo nos primeiros dias 
de vida da criança. O aspecto externo do pé é bem característico, podendo ser diagnosticado 
através de radiografia. Esta patologia ortopédica congênita pode ser tratada 
conservadoramente, sendo realizado alongamento, mobilização, treino de macha, treino de 
equilíbrio, caso esse não seja eficaz o tratamento vai ser cirúrgico. Esse trabalho tem como 
objetivo geral abordar através de revisão literária os procedimentos cinesioterapêuticos, 
utilizados pelo fisioterapeuta em crianças com pé torto congênito e o objetivo especifico é de 
revisar a anatomia do pé e do tornozelo, abordar os conceitos do pé torto congênito e expor 
os principais procedimentos cinesioterapêuticos. O presente estudo foi realizado através de 
uma revisão de literatura tendo como fonte um material voltado a área de fisioterapia, livros 
e artigos. A responsabilidade da atuação fisioterápica nesses defeitos congênitos tem como 
propósito de evitar que a criança venha a possuir complicações e sequelas futuras. 
Palavras-Chaves: Pé torto congênito; Fisioterapia; Deformidade congênita. 
 
1. Introdução 
 
O pé torto congênito é considerado como sendo a anomalia congênita mais freqüente dos pés. 
A deformidade pode ser fixa nos casos graves, apresentando o pé imobilidade quase total. Nos 
casos mais benignos, o pé dispõe de relativa mobilidade, mas a criança encontra dificuldade 
em relação à eversão e à flexão dorsal ativas (SHEPHERD, 1995). 
A etiologia do pé torto congênito em pacientes normais sob os demais aspectos permanece 
ainda desconhecida. Muitas teorias foram propostas, como: defeito da modelagem intra-
uterina, defeito blastêmico da cartilagem tarsiana, lesão nervosa primária com disfunção 
muscular secundaria, anormalidades vasculares, interrupção do desenvolvimento embrionário, 
inserções tendinosas anormais, contratura fibrótica primaria (WEINSTEIN, 2000). 
Estima-se que a incidência do pé torto congênito idiopático seja de 1 a 2 para cada 1000 
nascidos vivos. Pé torto tem uma predominância no sexo masculino de 2:1, e uma incidência 
de bilateralidade estimada em cerca de 50% (WEINSTEIN, 2000). 
Pode-se evidenciar que o desvio e as alterações do tálus e a luxação talonavicular e 
calcaneocubóidea são os pontos iniciais da deformidade em equinovaro supinado, juntamente 
com o equinismo do calcâneo (HERBERT E XAVIER, 2003). 
O pé torto congênito pode surgir como deformidade isolada ou acompanhando de outras 
malformações. Podendo dividi-las em quatro grupos: idiopático, teratológico, postura e 
sindrômico (BRUSHINI, 1998). 
___________________ 
¹ Pós Graduando: Fisioterapia em traumatologia e ortopedia com ênfase em terapias manuais 
² Orientadora: Dayana Priscila Maia 
2 
 
2. Fundamentação teórica 
 
2.1. Anatomia 
 
Segundo Drake (2005), a perna é a parte do membro inferior entre as articulações do joelho e 
talocrural. A rede óssea do joelho consiste de dois ossos, a tíbia e a fíbula disposta em 
paralelo. 
A fíbula é muito menor que a tíbia e esta posicionada na face lateral da perna. A extremidade 
distal da fíbula esta firmemente ancorada na tíbia através de uma articulação talocrural 
(DRAKE, 2005). 
Para Tortora (2007), a tíbia é o maior osso da perna, de localização medial e sustentador do 
peso. A tíbia articula-se na sua extremidade distal com a fíbula e com o tálus, no tornozelo, 
onde forma uma proeminência que pode ser facilmente palpada Para melhor demonstração. 
Segundo Barbanti (1999), o pé e o tornozelo são estruturas anatômicas muito complexas que 
consistem em 26 ossos irregularmente moldados. 
Para Drake(2005), o pé é a região do membro inferior distal à articulação talocrural. Ele é 
subdividido em tarso, metatarso e falanges. Existem cinco metatarsais no pé, numerados de I 
a V da região medial para lateral. As falanges são os dedos do pé. Cada dedo do pé possui três 
falanges (proximal, medial, distal), exceto o hálux, que possui somente duas (proximal e 
distal). 
Os ossos do tarso são: calcâneo, tálus, navicular, cuboide e os três ossos 
cuneiformes.(Snell,1995) 
 
 
FIGURA 1 - Vista lateral do pé 
FONTE – NETTER(2011) 
 
 
O músculo é tecido de ligação que permitem a contração. Os tendões são tecidos de ligação 
que tem de ligar o musculo ao osso (NETTER, 2000). 
Os grupos musculares anteriormente são mostrados na tabela à seguir, com suas respectivas 
ações. 
 
Músculos Ações 
Tibial Anterior Dorsiflexão e a inversão do pé 
Extensor longo dos dedos Estende os dedos, além disso, ele é 
também um auxiliar na eversão do pé 
Extensor longo do Hálux Além de ser um extensor do hálux, o 
3 
 
musculo extensor longo do hálux, auxilia 
na dorsiflexão do pé 
Fibular Terceiro Estende os dedos, além disso, ele é 
também um auxiliar na eversão do pé 
 Fonte: DÂNGELO,(2002) 
TABELA 1 – Músculos anteriores 
O musculo tibial anterior é o musculo mais anterior na porção da perna. Durante a 
deambulação, ele proporciona um suporte dinâmico para o arco medial do pé. (DRAKE, 
2005). 
 
 
FIGURA 2 – Visão lateral do pé 
FONTE: DUTTON(2010) 
 
Para DRAKE (2005), existem dois músculos no compartimento lateral da perna, o fibular 
longo e o fibular curto. A tabela abaixo apresenta a ação dos respectivos grupos muscular da 
região da musculatura da perna. 
 
Músculo Ação 
Fibular longo Eversores do pé e auxiliares da flexão 
plantar. 
Fibular curto Eversores do pé e auxiliares da flexão 
plantar. 
 Fonte: DÂNGELO, (2002). 
TABELA 2 - A ação dos respectivos grupos musculares da região da perna 
O grupo superficial de músculos no compartimento do posterior da perna compreende quatro 
músculos – gastrocnemio, plantar, sóleo e tibial anterior. Esses músculos são grandes e 
poderesos, pois eles impulsionam o corpo para frente durante a deambulação e podem elevar 
o corpo para cima, apoiando-se sobre os dedos quando o individuo está em pé (DRAKE, 
2005). A tabela abaixo mostra os principais músculos da região posterior da perna com a sua 
ação; 
4 
 
 
Músculos Ação 
Gastrocnêmio Flerte plantarmente o pé na articulação 
talocrural. 
Plantar Flerte plantarmente o pé na articulação 
talocrural 
Sóleo Junto com os músculos gastrocnêmio e 
plantar é poderoso músculo flexor plantar 
da articulação talocrural; fornece a força 
principal propulsora no andar e correr. 
Tibial Posterior Flerte plantarmente o pé na articulação 
talocrural; inverte o pé nas articulações 
subtalar e transversa do tarso; suporta o 
arco longitudinal medial do pé. 
 Fonte: SNELL, (1995). 
TABELA 3 – Principais músculos da região posterior da perna 
A articulação do tornozelo, conhecida tecnicamente como articulação talocrural, é uma 
articulação do tipo dobradiça ou gínglimo. Especificamente é a articulação constituída pelo 
tálus, a tíbia distal e a fíbula distal (SMITH, 1997). 
A articulação é reforçada pelos ligamentos tibiofibulares anterior e posterior, assim como pelo 
ligamento tibiofibularinterósseo crural (HALL, 2000). 
Para Hall (2000), a maior parte da movimentação do tornozelo se processa na articulação 
tibiotalar em dobradiça, onde a superfície conexa do talo superior se articula com a superfície 
côncava da tíbia distal. Todas as três articulações estão envoltas por uma cápsula articular que 
é espessada pelo lado medial e extremamente fina pelo lado posterior. 
A tróclea do talo possui uma superfície superior para sustentação de peso que se articula com 
a extremidade distal da tíbia e possui superfícies mediais e laterais que se articulam com o 
maléolo medial da tíbia e o maléolo lateral da fíbula (SMITH,1997). 
As articulações tarsometatársicas e intermetatársica são não-axiais, com o formato dos ossos e 
os ligamentos restritivos permitindo apenas os movimentos de deslizamento. Essas 
articulações permitem ao pé funcionar como uma unidade semi-rígida ou se adaptar 
facilmente às superfícies irregulares durante a sustentação do peso (HALL, 2000). 
As falanges juntam-se aos metatarsianos para formar as articulações metatarsofalangianas, 
que são classificadas como articulações de tipo condilóide (DRAKE, 2005). 
A tíbia e a fíbula são firmemente conectadas nas articulações tibiofibulares superior e inferior 
pela membrana interóssea, que é classificada como uma sindesmose (SMITH, 1997). 
A articulação talocalcânea se localiza entre a grande face articular calcânea posterior na 
superfície inferior do tálus a face articular talar posterior correspondente na superfície 
superior do calcâneo. A cavidade articular é recoberta por uma membrana sinovial, que é 
coberta por uma membrana fibrosa (DRAKE, 2005). 
A articulação subtalar está localizada debaixo do tálus, onde as facetas anterior e posterior do 
tálus se articulam com o suporte do tálus sobre o calcâneo superior. A articulação é 
essencialmente uniaxial, com um alinhamento ligeiramente oblíquo aos planos descritivos 
convencionais de movimento (HALL, 2000). 
5 
 
Segundo Duttton(2010) as articulações metatarsofalângicas são classificadas como ovoides 
modificadas. Sinoviais, simples. A capsula e a sinóvia em casa uma delas são confinadas à 
sua proproa articulação e são dorsalmente finas, enquanto plantarmente se associam a 
ligamentos plantar e colateral. 
As bases côncavas das falanges proximais articulam-se com as cabeças convexas dos 
metatarsais. A primeira articulação metatarsofalângicas, com sua superfície articular mais 
extensa na região plantar do metatarsal do que na dorsal, permite maior liberdade de 
movimento. O quinto metarsal tem um processo estiloide lateral em sua base, que serve de 
inserção para o tendão do fibular curto (DUTTON, 2010) 
Para Dutton(2010) as articulações interfalângicas possui o hálux com duas falanges, enquanto 
cada um dos dedos remanescentes tem tre. Elas são classificadas como articulações em sela 
simples, modificadas e sinoviais. A fossa articular em forma de sela da cabeça da falange 
proximal articula-se com base na falange média. 
Os ligamentos funcionam para limitar o movimento articular e para guiar os ossos ao se 
moverem. Em geral apresentam uma estrutura interna dupla, de tal forma que podem 
estabilizar a articulação em ambos extremos do movimento (GROSS, 2000). 
Os ligamentos da articulação tibiofibulares distal são: ligamento tibiofibular anterior e 
posterior são feixes achatados de tecido fibroso que ligam os dois ossos na frente e atrás do 
ligamento interósseo, e, o que ocorre da face medial da parte superior do maléolo lateral para 
a margem posterior da extremidade inferior da tíbia (GROSS, 2000). 
Na articulação talocrural foi observado que o ligamento medial ou deltóide, é muito forte e 
está inserido através de seu ápice na ponta do maléolo medial. O ligamento lateral é o mais 
fraco do que o ligamento medial e consiste em três feixes distintos: o ligamento talofibular 
anterior; o ligamento calcaneofibular e ligamento talofibular posterior (DRAKE, 2005). A 
figura à seguir mostra os ligamentos, na porção lateral o tornozelo e pé. 
Na articulação subtalar, é composto por: ligamento talocalcâneo medial e lateral, e o 
ligamento talocalcâneo interrósseo. Já na articulação talocalcaneonavicular existe o ligamento 
calcaneonavicular plantar (DRAKE, 2005). 
 
2.1 Pé torto 
2.2.1. Definição 
Weinstein (2000), afirmam que tapiles equinovarus é a denominação mais comumente 
utilizada para pé torto congênito. Tapiles é um termo genérico chamado para qualquer 
deformidade do pé centralizada no talo. Equinus significa que o pé esta flexionado na direção 
plantar. 
É considerado como sendo a anomalia congênita mais frequente dos pés. A deformidade pode 
ser fixa nos casos graves, apresentando o pé imobilidade quase total. Nos casos mais 
benignos, o pé dispõe de relativa mobilidade, mas a criança encontra dificuldade em relação à 
eversão e à flexão dorsal ativa (SHEPERD, 1995). 
 
2.2.2 Epidemiologia 
Para Herbert e Xavier (2003), é uma deformidade com maior predominância no sexo 
masculino na proporção de 2:1. Na população em geral, sua incidência é aproximadamente de 
6 
 
1:1000 nascidos vivos.. O pé torto congênito é unilateral em 60%. O padrão hereditário 
familiar pode estar presente, pois gêmeos monozigóticos têm 30% a mais de possibilidades de 
apresentar a deformidade e gemeio dizigóticos, 4%. Em parentes de primeiro grau, a 
possibilidade é 20 vezes maior do que a população geral e, nos parentes de segundo grau, seis 
vezes. 
 2.2.3 Etiologia 
A etiologia é desconhecida. Muitas teorias foram propostas, como: defeitos da modelagem 
intra-uterina, defeitos blastêmicos da cartilagem tarsiana, lesão nervosa primária com 
disfunção muscular secundária, anormalidades vasculares, interrupção do desenvolvimento 
embrionário, inserções tendinosas anormais, contratura fibrótica primária. A teoria de maior 
aceitação é a de herança poligênica modificada por fatores ambientais (WEINSTEIN,2000). 
A grande variabilidade dessa anomalia no que se refere ao grau de deformidade, resistência ao 
tratamento clínico, presença de outras malformações associadas, acúmulo familiar e 
consanguinidade entre os pais nos conduzem a aceitar uma etiologia multifatorial 
(BRUSCHINI, 1998). 
Uhthoff (2001), mostraram que, entre a oitava e a 10a semanas após a concepção, o pé passa 
por um estágio fisiológico que lembra o PTC, sugerindo, então, que, provavelmente, existe 
uma parada no desenvolvimento, que impediria o curso normal de correção espontânea da 
deformidade. 
Bruschini (1998) afirma que várias teorias surgiram com relação a etiologia, tais como: 
- Teoria esquelética: é um defeito primário que estaria na deformidade dos ossos do retropé, 
principalmente o tálus; 
- Teoria muscular: várias pesquisas com microscópia eletrônica mostram que 
alterações importantes nas fibras musculares dos pacientes portadores de pé torto congênito; 
- Teoria neurológica: as alterações primárias nos nervos periféricos seriam responsáveis pela 
ocorrência das deformidades; 
- Teoria vascular: importantes anomalias arteriais em fetos e embriões seriam responsáveis 
por uma "crise" vascular. 
- Teoria da "parada do desenvolvimento”: o pé pararia em seu estado embrionário desde o 
terceiro mês de gestação. 
Todas essas teorias tentaram explicar o aparecimento do PTC, entretanto nenhuma delas 
conseguiu explicar todos os casos (BRUSCHINI, 1998). 
 
2.2.4 Fisiopatologia 
Segundo Herbert e Xavier (2003), pode-se evidenciar que o desvio e as alterações do tálus e a 
luxação talonavicular e calcaneocubóidea são os pontos iniciais da deformidade em 
equinovaro supinado, juntamente com o equinismo do calcâneo. 
Este complexo articular e composto pela articulação subtalar,pela mediotársica excluindo o 
calcâneo-cúboide, e pelo ligamento calcâneo-navicular plantar e embora o calcâneo e o 
navicular não se articulem diretamente eles se movem como uma unidade devido aos fortes 
ligamentos que o ligam (SANTINI, 2004). 
Smith (1997), mostra que existem pesquisas que confirmam que o tálus seria a sede da 
deformidade principal. Afirma que a lesão fundamental devia ser a luxação da articulação 
talocalcâneo-navicular. Os movimentos que o calcâneo realiza sobre o tálus são muito 
complicadas, o conhecimento das relações normais entre esses dois ossos, assim como das 
modificações anatômicas e mecânicas que acompanham o pé eqüino varo é indispensável para 
o tratamento eficaz e para prevenção de novas deformidades. 
 
7 
 
2.2.5 Classificação 
Bruschini (1988), afirma que o pé torto congênito pode surgir como deformidade isolada ou 
acompanhada de outras malformações. Podendo dividi-las em quatro grupos: 
1. Idiopático: constitui-se na grande maioria dos casos do PTC e caracteriza-se por ser rígido, 
com deformidade bem-estruturadas, e não reduz com manipulações. Seu tratamento 
conservador é bem menor. As estatísticas variam muito em relação aos resultados de 
tratamento conservador do PTC, devido principalmente a uma falta de critérios bem-
estabelecidos e universalmente adotados para diagnóstico, tratamento, avaliação inicial, etc. 
Por isso, é muito difícil comparar resultados nesses pacientes (HERBERT e XAVIER, 2003). 
2.Teratológico: principalmente mielomeningocele e a artrogripose múltipla congênita. Nesses 
pacientes geralmente não há resposta ao tratamento conservador. São pés muito rígidos, com 
pele lisa e sem pregas ou dobrascutâneas. Apresentam um índice muito alto de recindivas, 
mesmo com tratamento cirúrgico bem-estabelecido (HERBERT e XAVIER, 2003). 
3.Postural: é o "falso pé torto", ou seja, o pé apresenta-se na posição de eqüinovaro, porém é 
redutível e não apresenta as deformidades estruturais clássicas. Pode ser uni ou bilateral 
(BRUSCHINI, 1998). 
4.Sindrômico: quando faz parte de uma síndrome bem definida. Geralmente bilateral 
(BRUSCHINI, 1998). 
 
2.6 Diagnóstico 
O diagnóstico do PTC é fácil, pois o aspecto externo do pé é bem característico. As alterações 
básicas que definem o PTC são: eqüinismo de retropé; varismo acentuado do calcâneo; 
varismo e supinação do antepé; cavo plantar acentuado (HEBERT e XAVIER, 2003). 
2.2.7 Exame radiológico 
A padronização do exame radiográfico é essencial para a avaliação do pé torto congênito. 
Uma radiografia realizada de maneira incorreta pode nos levar a erros na avaliação e, 
conseqüentemente, a condutas inadequadas. (BRUSHINI, 1998). 
No recém- nascido observamos os seguintes núcleos de ossificação: calcâneo, talo, cubóide, 
metatarsianos e falanges. O terceiro cuneiforme às vezes esta presente. O navicular só aparece 
a partir dos três anos de idade. Devemos recordar que nas primeiras fases só e visível um 
pequeno núcleo de ossificação que na realidade esta circundado por grande massa 
cartilaginosa. Desse modo a tomada das radiografias deve seguir sempre um padrão 
determinado, para que as sucessivas tomadas possam ser comparadas. As posições 
importantes para as avaliações radiográficas são duas, sendo elas ântero-posterior e em perfil 
(SANTINI, 2004). 
Para Herbert e Xavier (2003), existe, na literatura, muita disparidade de técnica. Na 
eventualidade de haver falhas no tratamento, deve ser utilizado uma radiografia com mais 
freqüência. Nos pacientes não-tratados e em pacientes com deformidades recidivadas, a 
avaliação radiográfica e muito eficaz, pois facilita o estudo e a programação do plano de 
tratamento cirúrgico, permitindo uma correção adequada. Nesses pacientes, principalmente 
após a adolescência, surgirão alterações degenerativas e artrósicas nas articulações luxadas e 
subluxadas. As formas anatômicas desses ossos serão completamente diferentes do normal, 
inclusive no antepé, em que não existem grandes alterações no recém-nascido. 
 
8 
 
 
FIGURA 3 - Pé torto em um bebê com três dias de idade. O navicular esta medialmente deslocado, e articula-se 
apenas com o aspecto medial da cabeça do talo. Os cuneiformes são observados à direita do navicular, e o 
cuboide esta por baixo desse osso. Os tendões do tibial anterior, extensor longo do hálux, e extensor longo dos 
dedos estão deslocados medialmente. 
Fonte: WEINSTEIN, (2000). 
 
Para Herbert e Xavier (2003), existe, na literatura, muita disparidade de técnica. Na 
eventualidade de haver falhas no tratamento, deve ser utilizado uma radiografia com mais 
freqüência. Nos pacientes não-tratados e em pacientes com deformidades recidivadas, a 
avaliação radiográfica e muito eficaz, pois facilita o estudo e a programação do plano de 
tratamento cirúrgico, permitindo uma correção adequada. Nesses pacientes, principalmente 
após a adolescência, surgirão alterações degenerativas e artrósicas nas articulações luxadas e 
subluxadas. As formas anatômicas desses ossos serão completamente diferentes do normal, 
inclusive no antepé, em que não existem grandes alterações no recém-nascido. 
 
3.Metodologia 
O presente estudo foi realizado através de uma revisão de literatura tendo como fonte um 
material voltado a área de fisioterapia, foram pesquisados em 23 livros de 1990 a 2011. Estes 
mostram diversos assuntos sobre anatomia, definições, fisiopatologia, etiologia, diagnostico e 
tratamento. 
3. Resultados e Discussão 
De acordo com Cipriano (2005), é preciso que o fisioterapeuta tenha a compreensão exata dos 
princípios anatômicos e biomecânicos, estes procedimentos são indispensáveis para que se 
tenha uma avaliação das condições ortopédicas e neurológicas relacionadas. O fisioterapeuta 
deve registrar os detalhes da história familiar e os antecedentes relativos ao parto. Verifica-se 
às vezes que outros membros da família apresentam deformidades semelhantes, quer PTC, 
quer encurtamento do tendão de Aquiles (SHEPHERD, 1995). Os pés devem ser examinados, 
anotando-se a sua configuração, a extensão da deformidade o grau de mobilidade, assim como 
o possível grau de correção passiva e ativa. É necessário usar um goniômetro contendo um 
dinamômetro para o registro da força conhecida. No lactente de tenra idade deve-se examinar 
a eficácia dos músculos responsáveis pela eversão e pela flexão dorsal, passando a mão sobre 
a borda externa do pé. No lactente normal, a reação é imediata e vigorosa. Na presença de 
deformidade grave, a reação é indicativa das deficiências dos músculos peroneais e do 
músculo tibial anterior, ou do grau em que estes músculos são inibidos pela ação dos seus 
antagonistas (SHEPHERD, 1995). 
Os pés da criança devem ser fotografados antes de iniciar o tratamento, e depois a intervalos 
freqüentes, até à alta do paciente. As radiografias, tiradas periodicamente durante o período de 
9 
 
crescimento, revelam-se úteis porque mostram a posição exata das articulações (LLOYD, 
1990). 
Um método de avaliação muito utilizado é a goniômetria, ou seja, o uso do goniômetro para 
medir os ângulos articulares do corpo. As medidas goniômétricas são usadas pelo 
fisioterapeuta para quantificar a limitação dos ângulos articulares, decidir a intervenção 
terapêutica mais apropriada e, ainda, documentar a eficácia desta intervenção. É 
provavelmente o procedimento mais utilizado para se fazer avaliação e pode ser considerado 
como parte essencial da ciência da Fisioterapia (MARQUES, 2003). 
Para que se tenha uma avaliação das condições ortopédicas e neurológicas é preciso que o 
fisioterapeuta tenha a compreensão exata dos princípios anatômicos e biomecânicos, estes 
procedimentos são indispensáveis (CIPRIANO,2005)Para Shepherd,1995 devem ser registrados os detalhes da história familiar e os antecedentes 
relativos ao parto. 
Os pés devem ser examinados, anotando-se a extensão da deformidade, o grau da mobilidade, 
assim como possível grau de correção passiva e ativa. É necessário usar um goniômetro 
contendo um dinamômetro para o registro de força conhecida. No lactente de tenra idade 
deve-se examinar a eficácia dos músculos responsáveis pela eversão e pela flexão dorsal, 
passando a mão sobre a borda externa do pé. No lactente normal, a reação é imediata e 
vigorosa. Na presença de deformidade grave, a reação é indicativa das deficiências dos 
músculos peroneais e do musculo tibial anterior, ou do grau em que estes músculos são 
inibidos pela ação dos seus antagonistas (SHEPHERD, 1995) 
Os pés devem ser fotografados antes e depois de iniciar o tratamento, com intervalos 
frequentes, até à alta do paciente. As radiografias, tiradas periodicamente durante o período de 
crescimento, revelam-se úteis porque mostram a posição exata das articulações (LLOYD, 
1990). 
Para Apley (2002), o principal objetivo do tratamento do pé torto congênito é manter a 
posição correta do pé até que o seu crescimento pare e também corrigir as deformidades o 
mais precocemente. 
O tratamento fisioterapêutico pode ser usado para a reabilitação de criança com um só pé 
torto ou quando o pé torto faz parte de uma deficiência maior. O alongamento, o uso de talas, 
enfaixamento, monitorização do engessamento e ensinar os pais a realizarem atividades de 
desenvolvimento são indicados para promover a experiência sensorial típica, as habilidades 
motoras e experiências de desenvolvimento (RATLIFE,2002). 
Existem duas formas de pé torto, o resistente e o simples, as mobilizações devem ser feitas de 
forma suave, respeitando o limite de flexibilidade do paciente, nos casos mais simples tem 
uma boa resposta ao tratamento com alongamentos, manipulações e imobilização (APLEY, 
2002). 
Segundo Shepherd (1995), é necessário que o tratamento comece o mais precocemente, 
enquanto esteja no período neonatal, com o objetivo de aproveitar a maleabilidade que os 
ligamentos apresentam sob a ação dos hormônios maternos. Se o pé torto não for tratado, a 
estrutura óssea do pé e perna estará sujeita a solicitações anormais e os tecidos moles 
apresentarão novas alterações de caráter adaptativo, de maneira que a deformidade poderá se 
agravar. Quando mais velha a criança for, o resultado final será menos satisfatório. 
A atuação fisioterapêutica no pós-operatório é basicamente o alongamento funcional com 
mobilização do tornozelo e pé, treinamento do equilíbrio e da marcha, para diminuir o risco 
de quedas e melhorar a deambulação, com a realização de atividades funcionais para 
estimular a mobilidade em casa ou na comunidade, onde serão descritas abaixo (ROSE, 
2007). 
Existem duas formas de pé torto, o resistente e o simples, as mobilizações devem ser feitas de 
forma suave, respeitando o limite de flexibilidade do paciente, nos casos mais simples tem 
10 
 
uma boa resposta ao tratamento com alongamentos, manipulações e imobilização (APLEY, 
2002). 
Nos tempos atuais estão sendo usados vários métodos de ortetização. Alguns deles prevêem a 
correção ativa pela própria criança, enquanto ela esperneia; outras talas são mais rígidas, 
imobilizando o pé em posição parcialmente corrigida. Vários cirurgiões preferem corrigir o pé 
usando uma tala adaptável ou removível ou tiras de esparadrapo, de modo que as articulações 
podem ser mobilizadas com regularidade. Entretanto, um aparelho de gesso completo precisa 
ser usado pelo prazo de algumas semanas após a cirurgia (SHEPHERD, 1995). 
O tratamento inicial é a manipulação, para que se tenha melhora da adução do pé. Durante a 
mobilização vários fatores são levados em consideração tais como, os possíveis danos nos 
ossos em desenvolvimento nas regiões epifisárias de tíbia e fíbula durante a realização da 
mobilização e nos músculos quando manipulado com força (SHEPHERD, 1995). 
Quando o tratamento do pé torto fundamenta-se somente na manipulação e na órtese, deverá 
ser ensinado aos pais da criança os movimentos para que sejam realizados a cada troca de 
fraudas (SERRA, 2001). 
Para Hebert e Xavier (2003), a manipulação consiste na abdução do pé abaixo da cabeça do 
tálus estabilizada. Todas as deformidades do pé são corrigidas simultaneamente. 
A figura à seguir, mostra a técnica de manipulação mais adequada para esta deformidade. 
 
 
FIGURA 4 - A mobilização deve ser realizada diariamente, manobra que devem ser realizadas suavemente para 
evitar danos articulares e também uma força exagerada em dorsiflexão do pé pode levar ao pé mataborrão 
Fonte: HEBERT E XAVIER(2003). 
 
O alongamento deve ser realizado lentamente e mantida, para amenizar o encurtamento 
muscular, e melhorar e manter a amplitude do movimento (ADM) do tornozelo 
(THOMPSON, 2002). 
O alongamento deve ser realizado com a criança em decúbito dorsal (D.D), com o objetivo de 
alongar o tendão de aquiles e dos flexores plantares, realizando assim a dorsiflexão e eversão 
do pé (SHEPHERD, 1995). A figura à seguir mostra uma técnica de alongamento. 
A criança com PTC, deve ser estimulada a realiza a dorsiflexão e eversão ativa do pé, para 
ganhar ADM, força e melhora na função, com aplicação de gelo e escovação com um pincel 
nos dorsiflexores, podendo ser realizada também a percussão no calcanhar (SOUSA, 2007). 
Umphred (2004), mostra que o tratamento fisioterapêutico tem participação em todo 
desenvolvimento sensório motor da criança, especificamente em quatro estágios, onde a 
criança tem seu desenvolvimento motor interrompido, pelo uso do gesso por muito tempo, a 
um atraso no seu desenvolvimento, posteriormente perda do equilíbrio. No primeiro estágio, 
11 
 
pode-se evitar deformidades e manter a amplitude de movimento. O fisioterapeuta tem o 
objetivo de evitar ou diminuir as contraturas nas extremidades inferiores, atuando na melhoria 
do posicionamento em prono ou decúbito lateral. 
No segundo estágio o objetivo é evitar contraturas e manter a amplitude de movimento. A 
posição em prono é a melhor, pois evita as contraturas em flexão dos quadris e estimula o 
desenvolvimento da musculatura extensora. Em decúbito lateral, que permite que as mãos da 
criança venham para a linha média e que, geralmente incita postura simétrica, podendo ser 
utilizado para o posicionamento alternativo. Em casa é importante a sua reabilitação, 
guardando os brinquedos locais altos, que o estimule a pegá-los, e também estimulando a 
trajetória visual. O objetivo maior que essa criança tenha um bom controle da cabeça e do 
tronco, enfatizando reações adequadas para ficar de pé, para que o desenvolvimento do 
controle da cabeça e do tronco, possa ser eficaz (UMPHRED, 2004). 
No terceiro estágio deve ser enfatizado o posicionamento em prono durante atividades de 
brincadeiras e ao dormir. O equilíbrio melhorando, as atividades motoras, habilidades finas e 
de coordenação de olhos devem ser introduzidas (RATLIFFE, 2002). 
No quarto estágio marca o final da fase pueril e o começo da infância, é voltado para o 
principal objetivo é ajudar a criança a progredir para uma posição deambulatória. Pode - se 
utilizar a bola suíça ou qualquer outra superfície móvel (gangorra, trampolim) (UMPHRED, 
2004).A figura abaixo mostra a terapeuta realizando um treino de equilíbrio. 
Segundo Umpared (2004), o treinamento de equilíbrio sentado é importante, para que a 
criança obtenha um ganho no equilíbrio, controle de cervical e tronco. Evoluindo assim, para 
fase em que a criança fique de pé, as transferências de peso laterais com o alongamento do 
tronco precedemo alcance direito e esquerdo e o deslocamento sentado. 
Para Rose (2007), o equilíbrio em pé evolui para deambulação, o eixo do movimento ântero – 
posterior gira em torno do maléolo medial. Os deslocamentos de peso atuam no centro de 
gravidade através do espaço para tarefas de alcance e levante assim como na preparação para 
caminhar. 
A criança portadora de PTC, no pré cirúrgico é sucinta à apresentar dificuldades na 
deambulação. Desse modo, deve-se preparar os grupos musculares envolvidos com a marcha, 
através de alongamento dos grupos musculares, principalmente a musculatura da panturrilha 
(KAPANDJI, 2000). 
Santini (2004), diz que no começo da marcha deve-se corrigir o PTC antes do início da 
marcha da criança com o objetivo de melhorar a sua possível marcha. Já no treinamento de 
posicionamento é importante, pois mostra aos pais, o posicionamento da criança durante o dia 
e noite em casa, evitar posições que enfatizam o equinismo, como deitar a criança em 
decúbito ventral, melhorando assim o máximo o desenvolvimento motor (Volpon, 1997). 
Para Volpon (1997), para a criança que já deambula, é necessário que no pós-operatório se 
trabalhe com ela o padrão correto da marcha, com a utilização de barras paralelas, muletas, 
bengalas de quatro apoios, evoluindo para de um apoio e depois sem auxílio. 
As principais complicações são quelóide e retração que podem levar a uma recidiva da 
deformidade, principalmente do eqüinismo e do varismo de antepé; varismo do metatarsais 
que é resultado de uma liberação insuficiente; eqüinismo de retropé geralmente ocorre por 
liberação posterior inadequada ou por uma retração cicatricial. Pode surgir também por um 
período de imobilização muito pequeno ou inadequado (gesso folgado, com muito algodão); 
necrose isquêmica pode ocorrer no tálus ou no navicular por liberações excessivas e 
intempestivas lesando o suprimento sanguíneo e deformidade óssea causada por compressão, 
quando se força de modo muito intenso o antepé em dorsiflexão, o centro do movimento é ao 
redor do tálus e supercorreção é uma conseqüência de liberações exageradas que invertem a 
deformidade. 
 
12 
 
5. Conclusão 
Na atualidade, existem várias maneiras de se tratar o pé torto congênito, principalmente no 
tratamento fisioterapêutico e o médico, basta que o profissional tenha conhecimento adequado 
sobre a patologia e realize seu trabalho com eficácia e criatividade. 
Ao longo desta pesquisa foi possível concluir que é de grande importância a atuação 
fisioterapêutica no pé torto congênito, logo após o nascimento ou após a intervenção 
cirúrgica, corrigindo assim as deformidades. 
Não há uma causa que explique o surgimento do pé torto congênito idiopático, contudo vários 
autores mostraram várias teorias. 
Muitas teorias foram propostas, como: defeito da modelagem intra-uterina, defeito blastêmico 
da cartilagem tarsiana, lesão nervosa primária com disfunção muscular secundária, 
anormalidades vasculares, interrupção do desenvolvimento embrionário, inserções tendinosas 
anormais, contratura fibrótica primária. 
Acredita que a teoria esquelética, muscular, neurológica, vascular, e da parada de 
desenvolvimento foram as causas da má formação do pé torto congênito. 
Existem duas teorias: fatores intrínsecos e a dos fatores extrínsecos. Os fatores intrínsecos são 
classificados com alterações histológicas, alterações neurológicas, parada do 
desenvolvimento, defeito embrionário, anomalias nas inserções tendinosas. Os fatores 
extrínsecos são classificados em aumento da pressão intra-uterina, oligoidramnios (também 
determinam uma pressão anormal sobre os pés, ocasionando o defeito) e postural. Uma 
criança pode nascer com um tipo de malformação congênita, assim como nascer com vários 
tipos de defeitos congênitos associados entre si. 
A primeira descrição clínica do PTC foi feita por Hipócrates, que propôs como fator causal a 
compressão sofrida pelo pé no ambiente intra-uterino. 
Há um aumento da de PTC quando ocorre perda de líquido amniótico entre a 11a e a 12a 
semanas de gestação. A presença de contraturas é mais frequente quanto mais precoce e 
duradouro for o período de oligodrâmnio, sendo o pé torto a contratura mais encontrada. 
Entre a oitava e a décima semana após a concepção, o pé passa por um estágio fisiológico que 
lembra o PTC, sugerindo, então, que, provavelmente, existe uma parada no desenvolvimento, 
que impediria o curso normal de correção espontânea da deformidade. 
Concluí-se que as patologias ortopédicas congênitas na criança podem ser tratadas 
conservadoramente e funcionalmente com resultados positivos para o paciente, se forem 
diagnosticadas precocemente pelo medico e tratadas pelo fisioterapeuta. 
A responsabilidade da atuação fisioterapêutica nesses defeitos congênitos tem como propósito 
de evitar que a criança venha a possuir complicações e seqüelas futuras. 
A patologia não impede que esta criança tenha um futuro diferente, dependerá do 
acompanhamento dos pais, que é fundamental para o desenvolvimento desta criança e 
também o acompanhamento de um fisioterapeuta, para reabilitação total desse paciente. 
 
6.Bibliografia 
APLEY, A. Graham; SOLOMON, Louis. O Tornozelo e o Pé. In:____ Ortopedia e 
Fraturas em Medicina e Reabilitação. 6º ed. São Paulo: Atheneu. 2002. 
BARBANTI, Valdir J. Biomecânica Básica do Movimento Humano 1º Ed. – Barueri, SP: 
Manole, 1999. 
BRUSCHINI, Sérgio. Ortopedia Pediátrica, 2º ed. São Paulo: ed.Atheneu, 1998. 
CIPRIANO, Joseph j. Manual Fotográfico de Testes Ortopédicos e Neurológicos: 
introdução. 4º edi. aum. e atual., São Paulo, Manole, 2005. 
13 
 
DÂNGELO, José Geraldo. Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar. 2ºed. São 
Paulo:Ateneu,2002. 
DUTTON, Mark. Fisioterapia Ortopédica, 2º ed. Porto Alegre: Artmed, 2010. 
DRAKE, Richard L. Anatomia Clinica para Estudantes. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. 
GROSS, Jeffrey. Exame Musculoesquelético – Jeffrey Gross, Joseph Fetto e Elaine Rosen; 
trad. Jacques Vissoky. – Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000. 
HALL, Susan J.; TARANTO, Giuseppe. Biomecânica Básica. 3º ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2000. 
HEBERT, Sizínio; XAVIER, Renato. Ortopedia e Traumatologia, princípios e práticas , 
3ºed. Artmed: 2003. 
KAPANDJI: Fisiologia Articular, Membro Inferior, ed. Guanabara Koogan: 2000. 
LLOYD-ROBERTS E FIXSEN, J.A Orthopaedics in Infancy and Childhood, 2nd ed. 
Oxford, 1990. 
MARQUES, Amélia Pasqual – Manual de Goniômetria – SP: Manole, 2003. 
NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 5ed. Rio de Janeiro:Elsevier, 2011. 
RATLIFFE, K. T.. Fisioterapia Clinica e Pediátrica, São Paulo, Brasil, 2002. 
ROSE, Jéssica & GAMBLE, James G. Marcha Teoria e Prática da Locomoção Humana, 
Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2007. 
SANTINI,Roberto Atílio Lima; FILHO,José Soares Hungria. Pé Torto Congênito, Revista 
Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, São Paulo, V.39, Nº. 7, ,2004. 
SERRA, Maria R. Gabriel; PETIT, J.Díaz; CARRIL, Maria. L. de Sande. Fisioterapia em 
Traumatologia Ortopedia e Reumatologia, Rio de Janeiro, 2001. 
SHEPHERD, Roberta B. Malformações Congênitas. In:____Fisioterapia Pediatrica. 3º ed. 
São Paulo: Santos, 1995. 
SNELL, Richard. Anatomia Clínica para Estudantes Médicos – Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan S.A, 1995. 
SMITH, Laura K.; WEISS, Elizabeth Lawrence; LEHMKUHL, L.Don. Cinesiologia Clínica 
de Brunnstrom – 5º ed. – São Paulo, 1997. 
SOUSA, Jaqueline Michelle Menezes. Considerações Gerais e Tratamento 
Fisioterapêutico no Pé Torto Equino-varo Congênito. Maceió-AL, 2007. 
THOMSON, Ann; SKINNER, Alison; PIERCY, Joan. Doenças e Distúrbios dos Ossos e 
Articulações.In:_Fisioterapia de Tidy.12º ed. São Paulo: Santos. 2002. 
TORTORA, Gerard J. Princípios de Anatomia Humana – Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2007. 
UHTHOFF, Mário Kuhn; FIALHO, Henrique Sodré de Almeida; KUWASHIMA, Sérgio 
Satoshi. Protocolo Clínico e Radiográfico para Avaliação de Pacientes Portadores de 
PEV, Pós Tratamento Conservador. Revista Brasileira de Ortopedia. 2001. 
UMPHRED, Darcy. ª . Reabilitação Neurológica, São Paulo, Manole, 2004. 
VOLPON, José B. Avaliação e Princípios do Tratamento Ortopédico do Paciente com 
Sequela de Paralisia Cerebral. Acta Ortopédica Brasileira. vol. 5, 1997. 
WEINSTEIN, Stuart L ; BUCKWALTER, Joseph A. Ortopedia de Turek, princípios e sua 
aplicação. 3. ed.. São Paulo: Manole, 2000. 
 
.

Outros materiais