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APARELHO RESPIRATÓRIO Funções: Trocas gasosas Olfato Detecção de estro (sistema olfativo acessório) Reconhecimento de indivíduos (*tegumento) Equilíbrio ácido-base Componentes: Nariz faringe laringe traquéia e pulmões Nariz (Gr. Rhin, Lat. Nasus) Divisão: 3 – raiz 2 – dorso 5 - ápice Nariz (Gr. Rhin, Lat. Nasus) Parte da face rostral à região frontal e dorsal à infraorbital e bucal. A pele modificada do ápice é denominada: Plano nasolabial (bov) Plano nasal (car, peq ru) Plano rostral (su) Epiderme espessa (todas as camadas) é muito queratinizada Pele glabra (planos nasal e nasolabial), ou com poucos pelos táteis (su) Hipoderme rica em glândulas (exceto cães) – superfície úmida No eqüino a pele não é diferenciada Nariz Características: Estruturas do ápice Philtrum (filtro) Asa do nariz Sulco alar Narinas Nariz BASE ÓSSEA DO NARIZ Dorsalmente Nasais Lateralmente Maxilares Ventralmente Processos palatinos dos ossos maxilares e incisivos e palatinos Caudalmente Lamina crivosa do osso etmóide CARTILAGENS NASAIS EXTERNAS Sustentam o ápice e os vestíbulos nasais Determinam a forma das narinas Cartilagem alar dos eqüinos Septo nasal Separa as cavidades nasais direita da esquerda. Parte cartilagínea (cartilagem do septo nasal) – (7) Parte membranácea (9) Parte óssea (10) – osso vômer, parte perpendicular do etmóide e o osso rostral (suíno). Cavidade nasal Desde as narina até a coana ( ) Três regiões: a) Vestíbulo nasal Epitélio estratificado Vibrissas (pelos) Óstio nasal do ducto nasolacrimal b) Região respiratória Maior parte Epit. pseudoestratificado a) Região olfatória Caudodorsal (conchas etmoidais) Neurônios bipolares Cavidade nasal Conchas nasais – são elevações na cavidade nasal. Constituição: Finos rolos ósseos (endoturbinados) derivados do osso maxilar e do etmóide Revestimento por mucosa nasal Cavidade nasal Concha nasal dorsal (amarelo) Concha nasal ventral (preto) Concha nasal média (lilás) Conchas nasais etmoidais (azul) Meato nasal dorsal (a) Meato nasal médio (b) Meato nasal ventral (c) Meatos etmoidais Meato nasal comum a b c Cavidade nasal Órgão Vomeronasal (Ou órgão de Jacobson) – envolvido com a percepção de feromônios. Constituição: cilindro incompleto de cartilagem hialina revestido internamente por mucosa olfatória especial. É cego caudalmente. Abre-se rostralmente junto ao ducto incisivo. Flehmen •O meato nasal dorsal conduz ar à area olfatória. •O meato nasal médio ao sistema de seios paranasais; •O meato nasal ventral é a principal via que chega à nasofaringe. Trajetória do ar na cavidade nasal As conchas nasais promovem turbilhonamento do ar- umidificação (90%) e purificação – contato com o muco pegajoso. Ducto nasolacrimal – conduz o excesso de lágrima para a cavidade nasal ou vestíbulo da cav nasal Óstio nasal do ducto nasolacrimal (cão) São escavações nos ossos da face e do crânio que se abrem e drenam na cavidade nasal. São revestidas por mucosa respiratória. Comunicação com a cavidade nasal por meatos nasais Funções dos seios: - aumenta a superfície p/ inserção muscular do crânio sem aumentar o peso - ressonância vocal, - proteção térmica para a cavidade craniana, órbita e cav. nasal. Seios paranasais 4. Seio palatino 5. Seio frontal 6. Seio esfenoidal (bov, su, eq) Seios paranasais dos animais: 1. Seios das conchas nasais 2. Seio maxilar – (recesso maxilar no cão) 3. Seio lacrimal (su, ru) É uma câmara que conecta a cav nasal com a laringe e a cav oral com o esôfago. Faringe TRAQUÉIATraquéia FARINGE É o local do cruzamento das vias destes dois aparelhos. Faringe FARINGE TRAQUÉIA Divisões: O músculo palatino divide a poção cranial da faringe em: A) Nasofaringe (ou parte nasal da faringe)– dorsalmente, passagem de ar B) Orofaringe (ou parte oral da faringe) _ ventralmente passagem facultativa de ar e alimento A laringofaringe (ou parte laríngea da faringe) (C) situa-se caudalmente. É uma porção em comum dos aparelhos respiratório e digestório. Faringe Nasofaringe Estende-se das coanas ao óstio intrafaríngeo. -Óstio intrafaríngeo – comunica a nasofaringe à orofaringe. É delimitado pela borda livre do palato mole e os arcos palatofaríngeos. Faringe Nasofaringe óstio faríngeo da tuba auditiva – abertura da tuba auditiva na nasofaringe. A tuba auditiva comunica a orelha média à nasofaringe para equilibrar a pressão na orelha. Faringe Divertículo da tuba auditiva (bolsa gutural) • Dilatação da tuba auditiva em eqüinos (v = 300 - 500ml). • •Função: resfria o sangue que flui para o cérebro (A. carótida interna na parede) ? Epiema de bolsa gutural é quadro comum Faringe Laringe consiste de várias cartilagens revestidas internamente por mucosa. Funções: •conecta a laringofaringe à traquéia; •Serve de válvula para evitar que o alimento atinja a traquéia; •É o órgão da fonação dos mamíferos •Quatro tipos de cartilagens Cricóide CARTILAGENS DA LARINGE EPIGLÓTICA TIREÓIDE CRICÓIDE Cart Tireóidea (thyreos = escudo, eídos = forma) É a maior das cartilagens Lâminas direita e E Corno rostral – articula-se com o osso tireohiódeo (do osso hióide) Corno caudal – articula-se com a cricóide Incisura tireóidea rostral Incisura tireóidea caudal -Muito profunda no eqüino Proeminência laríngea (vulgo gogó, maçã de Adão) Cart Tireóide equino vista caudal Cart Tireóide eqüino vista ventral Cartilagens da laringe Cart cricóide (krikós = anel, eídos = forma) Articula-se caudalmente com a traquéia. Lâmina Arco Crista mediana – local de inserção muscular Face articular para a aritenóide Face articular para a tireóide Cartilagens da laringe Cart aritenóides – par de cartilagens medialmente à cart tireóide. Vista lateral Vista medial Base Tubérculo corniculado Processo vocal – onde se prende as pregas vocais Prega vocal Processo muscular ápice Endoscopia da laringe com hemiplegia esquerda Processo corniculado Epiglote – é a porção mais rostral da laringe. Fecha a entrada da laringe durante a deglutição, funcionando como uma válvula. Epiglote – face laríngea – 1- pecíolo; 2 – processo cuneiforme (no eqüino) – Base Epiglote Prega ariepiglótica Cavidade da laringe FARINGE E LARINGE DURANTE A RESPIRAÇÃO E DEGLUTIÇÃO laringe Parede da cavidade da laringe Mucosa: locais de maior atrito com o ar, como as pregas vocais; ou com alimento (face ventral da epiglote), são revestidos por epitélio estratificado. Ventrículos da laringe – são cavidades laterais da parede da laringe. (cães, eqüinos e suínos) Vista dorsal da laringe seccionada longitudinalmente Cav da laringe de equino Vestíbulo da laringe- cavidade do ádito (entrada) da laringe até as pregas vocais Parede da cavidade da laringe Prega vocal – contém o ligamento vocal e o músculo vocal. Delimita caudalmente o ventrículo da laringe. Vista dorsal da laringe seccionada longitudinalmente Cav da laringe de equino Prega vocal do bovino Movimento das pregas vocais durante a vocalização Cavidade Infraglótica- entre a glote e a traquéia Eqüino - normal Eqüino - hemiplegia Pregas vocais Tubérculo corniculado (formado pelo processocorniculado) Rima glótica Ventrí- culo da laringe . Prega ariepiglótica – prega entre a margem lateral da epiglote até as aritenóides Recesso mediano da laringe Cavidade da laringe A - VESTÍBULO DA LARINGE – compreende o ádito da laringe (entrada) até a glote. O ádito- delimitado por pregas ariepiglóticas, tubérculos corniculados e epiglote. Fechamento - protege a laringe da penetração de corpos estranhos Vestíbulo da laringe - contém as pregas vestibulares, a rima vestibular (fenda entre as pregas) e os ventrículos da laringe. Bov Equ Cavidade da laringe B - GLOTE – É o aparelho vocal da laringe contém as pregas vocais, a rima glótica (fenda entre as pregas vocais) e as cartilagens aritenóides com os seus processos vocais. Bovino Equino Cavidade da laringe C CAVIDADE INFRAGLÓTICA – estende-se da glote à traquéia. Bovino Equino Músculos da laringe – músculos estriados. Dividem em: 1 – Mm extrínsecos - entre a laringe e outras estruturas. Desloca a laringe como um todo, principalmente durante a deglutição. 1.1- M. esternotireóideo – movimenta caudalmente a laringe. 1.2- M. tireoióideo – (da cart tireóide ao osso hióide) movimenta a laringe rostralmente. Músculos da laringe 2 – Mm intrínsecos - de uma cartilagem da laringe a outra. Movimenta uma em relação às demais. Função: fonação, fechamento e abertura da glote. 2.1- M. cricotireóideo . Inervação: N. laríngeo cranial do vago Ação: adução das pregas vocais 2.2- M. cricoaritenóideo dorsal. Inserção: processo muscular das aritenóides Inervação: N. laríngeo recorrente do vago Ação: abdução das pregas vocais, dilatando a glote Músculos da laringe 2.3- M. aritenóideo transverso. Inervação: N. laríngeo recorrente do vago Ação: adução das pregas vocais, fechando a glote Músculos da laringe 2.4- M. cricoaritenóideo lateral. Inervação: N. laríngeo recorrente do vago Ação: adução das pregas vocais, fechando a glote Músculos da laringe 2.5- M. tireoaritenóide No cão e cavalo, divide-se em: M. ventricular – fica contido na prega ventricular junto ao ligamento ventricular. Ação: constrição da glote e dilatação do ventrículo da laringe Inervação: N. laríngeo recorrente M. vocal - está contido junto ao ligamento vocal na prega vocal. Ação: Relaxa as pregas vocais. Inervação: N. laríngeo recorrente do vago INERVAÇÃO E AÇÕES Todos os músculos intrínsecos da laringe, com exceção do cricotireóideo, são inervados pelo n. laríngeo recorrente (ramo do n. vago). O m. cricotireóideo é inervado pelo ramo laríngeo externo do n. laríngeo cranial do n. vago. As ações principais dos músculos intrínsecos da laringe são as seguintes: •tensionar ou relaxar o ligamento vocal, ou seja, aumentar ou encurtar a distância que separa as cartilagens aritenóides e tireóide. •aduzir ou abduzir os ligamentos vocais, ou seja, afastar ou aproximar do plano mediano os ligamentos vocais. Conseqüentemente, significa aumentar ou reduzir a rima da glote. •ocluir o ádito da laringe, ou seja, fechar a entrada da laringe. Traquéia Tubo não colabável que se estende da cart cricóide até os brônquios principais. Topografia: A) Cervical: Relaciona-se com: -esôfago dorsal ou dorsolateralmente - Nn troncovagossimpáticos, laríngeos recorrentes, Aa. Carótidas comuns, Vv. Jugulares ext e int. e troncos traqueais dorsolateralmente. - M. esternoióideo ventralmente B) Torácica: No mediastino, dorsal à v. cava cranial e ventral ao esôfago. Cruza o arco aórtico pela direita. A- traquéia B- V. cava caudal C- vasos pulmonares D- coração aumentado E- fígado Esôfago Traquéia Mediastino Traquéia Esôfago Estrutura: Cartilagens da traquéia - Anéis incompletos de cartilagem hialina Revestimento: Interno: t. mucosa Ext. Adventícia Adventícia Ligamentos anulares unem as cartilagens (insere no pericôndrio). Fibrosos e elásticos. Laringe Músculo traqueal – musc liso da face dorsal da traquéia. Forma da traquéia: Forma de U em caprinos Comprimida lateralmente em bovinos Comprimida dorsoventralmente em eqüinos Canino Suíno ovino M. Traqueal insere na face externa Carina da traquéia – é uma crista mediana que separa as origens dos brônquios principais direito e esquerdo. Pertence à última cartilagem da traquéia. Endoscopia Brônquio traqueal – ventila o lobo cranial do pulmão direito de suínos e ruminantes. Precede a divisão da traquéia em brônquios principais. X Ovino Suíno Canino Árvore brônquica I) Brônquios principais (direito e esquerdo) – ventila os pulmões D e E. II) Brônquios Lobares – um para cada lobo do pulmão. III) Brônquios segmentares – ventilam as regiões (segmentos) de um lobo. 3 – brônquios principais; 4 -brônquio traqueal; 5, 6 7 e 8 – brônquios para lobo cranial, médio acessório e caudal, 9 – brônquios segmentares Pulmão de ovino IV) Brônquíolos - (< 1 mm) ramificação não cartilaginosa dos brônquios segmentares. V) Sacos alveolares – Porção fina da árvore respiratória. Função: hematose. Abertura em comum para 1 grupo de alvéolos Sacos alveolares Pulmões Faces: Costal (em contato com as costelas Mediastinal (em contato com os corpos das vértebras torácicas e com o mediastino) Diafragmática (voltada p/ o diafragma) Margens: Dorsal (a) Ventral (b) Basal ( no encontro das faces costal e diafragmática) (c) a b c ápice Pulmões Revestimento: pleura pulmonar Cor: róseo (após sangria) Vermelho escuro (com sangue) Peso: 1 a 1,5% PC. Flutua na água após o nascimento. Pulmões Face Mediastinal: Hilo pulmonar Pedículo pulmonar – conjunto de estruturas que penetram no hilo (Aa pulmonares, Vv pulmonares, brônquios, nervos, linfáticos. Ligamento pulmonar Impressão cardíaca – ventral ao hilo. Aloja o coração e pericárdio. Face medial Pulmão dir cão Pulmões Face Mediastinal: Impressão aórtica (10) Impressão esofágica (Pulmão esquerdo) Pulmão esquerdo canino Pulmões Impressão da V. cava cranial Sulco da V cava caudal (entre o lobo acessório e o caudal) Pulmão direito ovino Lobos pulmonares. Lobo cranialLobo cranial Parte cranial Parte caudal Lobo médio Lobo caudalLobo caudal Lobo acessório Pulmão direito Pulmão esquerdo Fissura interlobar cranial Fissuras interlobares – fendas profundas que dividem os pulmões em lobos. Fissura interlobar caudal Fissura interlobar Pulmão direito Pulmão esquerdo Fissura intralobar (divide um mesmo lobo) Principais diferenças entre as espécies: -Eqüino não tem lobo médio - Todos os animais têm lobo cranial do pulmão esquerdo dividido em partes cranial e caudal, EXCETO EQUINO. L cranial L caudal L. acessório L. cranial L. caudal Eqüino Principais diferenças entre as espécies: Ruminantes: -Possuem brônquio traqueal (também nos suínos) -Possuem o lobo cranial do pulmão direito dividido em partes cranial e caudal Parte cranial L caudal L. acessório L. cranial L. caudal L. médio Parte caudal Lobo cranial DE Parte cranial Parte caudal Comparativo dos pulmões a – lobo cranial b – lobo médio c – lobo caudal d - lobo acessório Cão ovino Suíno Bovino Eqüino Topografia dos pulmões: Limite craniocaudal em expiração: Bovino, canino e eqüino desde a primeira até a penúltimacostela. Limite ventral: Aproximadamente junto às junturas costocondrais. Incisura cardíaca – reentrância da margem ventral dos pulmões. Neste local o coração toca a parede torácica. Local de ausculta cardíaca, punção ou injeção intracardíaca. A incisura cardíaca direita é menos ampla. Aspectos da respiração: Na inspiração, os músculos respiratórios expandem a cavidade torácica e por conseqüência a pleural. A pressão negativa criada suga a superfície pleural pulmonar, que faz com que o ar adentre os pulmões. Na expiração a cav torácica reduz em seu volume e os elementos elásticos do estroma pulmonar retraem e expulsam o ar. O diafragma é o principal responsável por alterar o volume da cavidade torácica. Estática pulmonar 1 – Ligamento pulmonar – prega da pleura 2 – Vasos e brônquios da raiz pulmonar. Vascularização pulmonar A. brônquica – irriga os brônquios e drena p a veia ázigos esquerda. Artérias pulmonares – conduzem sangue do ventrículo direito para os pulmões para a hematose. Veias pulmonares – conduzem o sangue oxigenado para o AE do coração Inervação dos pulmões -Simpática – N. troncossimpático (broncodilatação) -Parassimpática - N. vago (broncoconstricção) Estes nervos se se ramificam na árvore brônquica
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