Elasticidade de Preço e Demanda

Prévia do material em texto

Elasticidade
Thomás de Souza Leão Silva
Universidade Salgado de Oliveira (Universo), Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento (IPD)
Resumo – Cada produto tem sua própria sensibilidade com relação as variações de preço e renda. Essa reação pode ser medida através da elasticidade. Genericamente, a elasticidade mede o grau em que a quantidade demandada de um bem de uma empresa, responde às variações de preço do mercado e permite a análise para saber se, ao reduzir ou aumentar o preço em uma determinada porcentagem, o resultado total irá aumentar, diminuir ou irá permanecer, isto é, sem alterações. Ao aplicar a fórmula que define a elasticidade, obtemos a seguinte tipologia: A demanda elástica, a demanda que tem elasticidade unitária e a demanda inelástica.
Palavras-chaves: Elasticidade; Demanda; Preço; Renda; Oferta. 
Introdução 
Um problema comum em economia é a determinação da resposta da procura às alterações no preço. Uma maneira de estudar o efeito da mudança do preço sobre a quantidade procurada é simplesmente por elasticidade. Tais informações sobre este efeito é de fundamental importância, pois para as empresas a previsão de vendas é indispensável, já que a estimativa da reação dos consumidores em face das alterações nos preços influencia em sua renda. Para o planejamento macroeconômico é de igual importância, pois pode-se, prever por exemplo, qual o impacto de uma desvalorização cambial sobre o saldo da balança comercial, ou qual a sensibilidade dos investimentos a alterações na tributação ou na taxa de juros.
Metodologia
	Com pesquisas feitas em livros, de vários autores, o presente artigo tem a finalidade de mostrar estudos sobre elasticidade. Tema este, que aborda o funcionamento das alterações dos preços no mercado. Além disto, o mesmo apresenta fórmulas e gráficos para a melhor compreensão.
Elasticidade-preço da demanda
	É a resposta relativa da quantidade demandada de um bem, às variações de seu preço, ou, de outra forma, é a variação percentual na quantidade procurada do bem, em relação a uma variação percentual em seu preço. 
Para calcular a elasticidade da demanda (Ep), pode-se utilizar a seguinte expressão:
	
Como a correlação entre as variações de P e Q são no sentido contrário, isto é, uma alteração positiva corresponderá uma variação negativa da quantidade demandada, o valor encontrado da elasticidade-preço da demanda é sempre negativo. Por isso, o valor de elasticidade geralmente é multiplicado por -1 para que se possa trabalhar com valores positivos.
Tipologia das elasticidades da demanda
	Ao falar em elasticidade, a forma que pode-se definir é estabelecendo a seguinte tipologia:
A demanda é elástica se o valor numérico da elasticidade é maior que a unidade, isto é, se a variação na quantidade é percentualmente maior no preço.
A demanda tem elasticidade unitária se uma variação percentual do preço produz uma variação percentual da quantidade igual àquela.
A demanda é inelástica se o valor numérico da elasticidade é menor que a unidade, isto é, se a variação na quantidade é percentualmente menor que a variação do preço.
A elasticidade da demanda: casos extremos
Os dois casos extremos que vamos considerar são: quando a demanda é perfeitamente inelástica e quando a demanda é perfeitamente elástica.
A demanda é perfeitamente inelástica – isto é, sua elasticidade é zero – quando ao variar o preço, a demanda não mostra nenhuma resposta na quantidade demandada.
	A demanda é perfeitamente elástica, ou infinita, quando os compradores não estão dispostos a pagar mais que determinado preço, qualquer que seja a quantidade do bem.
	Dentro dessa tipologia da elasticidade da demanda, os dois casos extremos são: a) quando a demanda é vertical (perfeitamente inelástica); b) quando a demanda é horizontal (perfeitamente elástica).
Elasticidade-preço da oferta
	O mesmo raciocínio utilizado para a sensibilidade da quantidade oferecida diante de variações de preço, também se aplica para a oferta.
	A elasticidade da oferta é a variação percentual que sofre a quantidade oferecida de um bem quando varia seu preço em 1%, permanecendo constantes os demais fatores.
No entanto, o resultado da elasticidade será positivo, pois a correlação entre preço e quantidade ofertada é direta. Quanto maior preço, maior a quantidade que o empresário estará disposto a ofertar.
Cálculo da elasticidade da oferta: 
	
Elasticidade-renda da demanda
	O coeficiente de elasticidade-renda da demanda (ER) mede a variação percentual da quantidade da mercadoria comprada resultante de uma variação percentual na renda do consumidor.
	Se a elasticidade da renda da demanda (ER) é negativa, o bem é inferior, ou seja aumentos de renda levam a quedas no consumo desse bem.
Se a elasticidade-renda da demanda (ER) é positiva mas menor que 1, o bem é normal, isto é, aumentos de renda levam a aumentos no consumo.
Se a elasticidade-renda da demanda (ER) é positiva e maior que 1, o bem é superior ou de luxo, ou seja, aumentos na renda dos consumidores levam a um aumento mais que proporcional no consumo do bem.
Esse conceito é muito utilizado para ilustrar a questão da chamada deterioração dos termos de troca no comércio internacional. Estudos empíricos mostram que os países desenvolvidos tendem a exportar bens manufaturados, de elasticidades-renda elevada, enquanto os países em vias de desenvolvimento tendem a exportar produtos básicos (alimentos, matérias-primas, etc.), de elasticidade-renda relativamente mais baixa, e importar bens manufaturados. Havendo um incremento da renda mundial, deve ocorrer um aumento relativamente maior no comércio de manufaturados, o que tenderia a gerar déficits constantes na balança comercial dos países em vias de desenvolvimento.
Conclusão 
	Conclui-se que existe uma tipologia na elasticidade, onde a demanda pode ser elástica, inelástica ou elástica unitária. A elasticidade-preço da demanda refere-se à quantidade de um bem, diferente da elasticidade-renda que mede a variação percentual da quantidade da mercadoria comprada resultante de uma variação percentual na renda do consumidor. 
Entretanto, os vários outros exemplos de elasticidade citados, abordam diferentes assuntos, que podem ser utilizados em várias áreas do mercado. Também com influência na renda do consumidor.
Referências 
Fundamentos da Economiaº
Marco Antônio S. Vascocellos Manuel E Garcia
Editora: Saraiva
Introdução à Economia
Roberto Luis Troster
Editora: MAKBON
Métodos quantitativos aplicados a Economia – Introdução a Economia
James Throsby
Editora: Atlas
Informações do autor
Thomás de Souza Leão Silva, 600468577, Direito 3º (Economia), thomas.souza.leao@hotmail.com .