Buscar

CARL ROGERS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

CARL ROGERS (1902-1987)
- Nasceu nos Estados Unidos
- Quarto de seis filhos: família grande e unida 
- Família: cristã protestante extremamente conservadora (não dançavam, não fumavam, não jogavam baralho, não mostravam interesse sexual)
- Ensinamento de crenças religiosas e de moral conservadora levou-o a ver o mundo de acordo com uma visão que não era a sua – isso gerou revolta
- acreditava que o filho preferido era o irmão mais velho: competia com o irmão
- Lia tudo o que encontrava
- solidão: sempre presente em sua vida (reconheceu que seu interesse em em entrevistar e fazer terapia em pessoas se originou da sua solidão interior)
- 12 anos: família mudou-se para área rural e interesse por ciência (agricultura científica)
- 1924: Formou-se em Winscosin, casou-se com uma amiga de infância e queria tornar-se pastor;
- Estudou psicologia clínica e educacional/ Mestrado (1928) e doutorado (1931) pela Universidade de Columbia
- Trabalhou em psicologia clínica
- Incompatibilidade com teoria freudiana
- Inicialmente foi influenciado por Otto Rank (psicanalista dissidente de Freud)
- 1940: Professor de Psicologia na Universidade de Ohio;
- 1945: Universidade de Ohio – ali desenvolveu seu método de terapia centrada no cliente
- 1945-1957: lecionou na Universidade de Chicago
- 1957-1963: lecionou na Universidade de Wisconsin
- Recebeu muitos prêmios
Psicologia Humanista
Esperança em relação ao ser humano.
Qualquer indivíduo tem potencial para o desenvolvimento sadio e criativo. 
Os fracassos são decorrentes de distorções na educação (familiar e social) e de pressões sociais. Mas esses efeitos podem ser revertidos se houver aceitação e responsabilidade do indivíduo por sua própria vida.
Psicologia Existencial
Ênfase nas experiências pessoais, sentimentos e valores (vida interior)
Influência da visão de motivação de George Kelly (1905-1967) 
Motivação é um construto inútil para compreensão da personalidade:
 
teorias de motivação para explicar por que as pessoas são ativas – para Kelly as pessoas são ativas por definição, simplesmente porque estão vivas;
teorias de motivação para por que as pessoas agem de uma maneira e não de outra (forças internas ou externas) – para Kelly as pessoas agem devido às alternativas que percebem em função da sua interpretação da realidade.
Para Rogers: nenhum aspecto da personalidade é predeterminado.
Tendência inata e única - tendência humana à atualização: tendência à atividade, ao constante desenvolvimento das suas potencialidades (self)
Influência da visão de natureza humana de Maslow (1908-1970) 
P. 356-357 
- Em todos os seres humanos existe um desejo ativo de saúde, um impulso inato para o crescimento ou para a realização das potencialidades humanas;
- Pessoas têm uma natureza inata essencialmente boa ou pelo menos neutra (não é inerentemente má)
- Destrutividade e violência não são inatas ao ser humano
- Ser humano saudável: desenvolvimento em um ambiente benigno e pelo esforço da pessoa para realizar sua natureza, ou seja, tornar-se um ser humano completo (auto-realização) 
- O desenvolvimento em um ambiente não sadio pode impedir o desenvolvimento das potencialidades humanas
- Ser humano destrutivo: quando sua natureza interior é distorcida, negada ou frustrada. 
- Violência patologia ( agressão sadia (luta contra injustiças, preconceitos, etc)
- Neurose é um “fracasso no desenvolvimento pessoal”, ou seja, a pessoa não conseguiu ser o que poderia ter sido... o que deveria ter sido biologicamente falando...crescido e desenvolvido sem nenhum impedimento” (Maslow, 1971, p.33 apud Hall, Lindzey e Campbell, 2000, p.357) 
- Doença do indivíduo vem da doença da sociedade: doente é o indivíduo frustrado ou impedido – frustração básica é externa. Sociedade boa é aquela que satisfaz as necessidades básicas e, com isso, oferece condições de satisfazer as necessidades superiores.
Hierarquia das necessidades de Maslow 
Quanto mais baixo o nível de hierarquia, mais preponderante é a necessidade;
À medida que são satisfeitas as necessidades inferiores, emergem necessidades novas e superiores;
Necessidades inferiores: motivação de deficiência (acionadas pela falta)
Necessidades superiores: motivação de crescimento (leva o indivíduo a buscar metas e crescer).
�
Teoria a partir da experiência clínica.
Terapia centrada na pessoa ou cliente (não diretiva) – baseada no relacionamento pessoal e subjetivo do terapeuta com o cliente.
A possibilidade de mudança está no interior da pessoa: é a pessoa quem determina a sua mudança e não o terapeuta. O terapeuta é um facilitador do processo. Daí o termo cliente ao invés de paciente.
Ênfase na consciência e no presente: 
- Não deu importância às forças inconscientes rejeitou a importância do passado no presente (Freud)
- Reconhece que as experiências da infância afetam o modo como o indivíduo percebe a realidade e a si mesmo, porém acredita que as emoções presentes têm maior impacto sobre a personalidade.
A personalidade do indivíduo deve ser compreendida do ponto de vista pessoal (experiências subjetivas). E a maneira pela qual o indivíduo percebe a realidade nem sempre corresponde à realidade objetiva
Originou-se na Psicologia (não na medicina): teoria muito utilizada aconselhamento psicológico.
Processo de mudança na terapia: inicia quando o cliente percebe que o terapeuta tem uma consideração positiva incondicional e um entendimento empático de sua estrutura interior
Terapia: consciência de seus verdadeiros sentimentos e autoconceito mais congruente com as experiências totais do organismo
Processo terapêutico: processo de comunicação e de relação interpessoais.
Se houver:
disposição mínima de ambas as pessoas para entrarem em contato;
capacidade mínima de ambas para receber a comunicação da outra
continuidade do contato por um período de tempo,
Haverá:
Comunicação recíproca com qualidade crescente de congruência, tendência ao entendimento mútuo e satisfação recíproca no relacionamento
Pressuposta básico: as pessoas usam sua experiência para se definir
Campo da Experiência ou campo fenomenal
“tudo o que se passa com o organismo em qualquer momento e que está disponível à consciência” (Rogers, 1959, p. 161 Fadman & Frager, 1979, p. 226).
É o mundo subjetivo, pessoal e que pode ou corresponder à realidade objetiva
Inclui: fatos, percepções, sensações e impactos que a pessoa não toma consciência.
No início, a atenção é direcionada para aquilo que o indivíduo experimenta como seu mundo (mundo interno) e não na realidade externa. O campo da experiência é limitado portanto por limitações psicológicas e biológicas. Ao invés de aceitarmos todos os estímulos que nos rodeia, há uma tendência à dirigirmos a atenção para perigos imediatos e também para experiências seguras ou agradáveis.
Self ou autoconceito
Autoconhecimento, a visão que pessoa tem de si mesma, baseada em experiências passadas, vivências presentes e expectativas futuras
Self: é uma totalidade organizada, uma estrutura móvel e em contínuo processo de redefinição e de reconhecimento
Self ou autoconceito: pode ser uma visão equivocada, distorcida da autêntica natureza da pessoa 
Quando a imagem do self se diferencia de modo claro do comportamento e dos valores reais da pessoa: obstáculo ao crescimento psicológico.
Diferença entre self e self ideal: fonte de desconforto, insatisfação e dificuldades neuróticas.
Aceitar-se não é conformar-se, é o indivíduo se aceitar como realmente é: significa estar mais perto da realidade.
Pessoa em funcionamento integral: pessoa em que está mais consciente de seu self contínuo.
Self ideal
- Conjunto de características que o indivíduo gostaria de ter
Tendência à auto-atualização: 
- Processo presente em todos os seres vivos (não somente humanos)
- tendênciaque leva a pessoa em direção à maior congruência e funcionamento realista. 
- tendência à expansão, ao desenvolvimento, à autonomia, ao amadurecimento, à ativar todas as capacidades do Organismo (ROgers)
- Fonte dominante no indivíduo
- Pode ser distorcido ou reprimido no indivíduo
“Essa força atualizante é o postulado fudamental da nossa teoria... o eu (self) nada faz, representa simplesmente uma expressão da tendência geral do organismo para funcionar de maneira a se preservar e se valorizar” (Rogers, 1959, p.160 apud Fadman & Frager, 1979, p. 229).
Congruência e Incongruência
Congruência: 
grau de correspondência, de exatidão entre a experiência, a comunicação e a tomada de consciência.
Alto grau de congruência: quando comunicação (o que o indivíduo expressa), a experiência (o que ocorre em seu campo) e tomada de consciência (o que foi percebido) são semelhantes.
Consistência entre a observação do indivíduo sobre si e de outro observador externo.
Crianças pequenas: altamente congruentes – expressam seus sentimentos de acordo com sua experiência. Crianças expressam de maneira clara sua raiva, amor
Incongruência: quando há diferenças (discrepância) entre a experiência, a comunicação e a tomada de consciência.
Ex: pessoa está com punhos fechados de raiva e diz que não está com raiva
Incongruência:
- pode ser uma inabilidade para perceber a emoção: discrepância entre a experiência e a tomada de consciência (repressão)
- pode ser uma inabilidade para expressar o que sente: discrepância entre a tomada de consciência e a comunicação: pessoa não consegue expressar em função do medo, de velhos hábitos de encobrimento difíceis de superar ou ainda porque a pessoa não consegue compreender o que os outros esperam dela.
Incongruência geralmente é sentida como ansiedade, tensão ou confusão interna (em casos mais extremos)
Incongruência é observável nesses exemplos:
Não sou capaz de tomar decisões
Não sei o que eu quero
Nunca serei capaz de persistir em algo
O que uma pessoa experiência ou pensa é uma hipótese sobre a realidade: pode ou não corresponder a ela. 
“A pessoa total é aquela que está completamente aberta aos dados da experiência interna e aos dados da experiência do mundo externo” (Rogers, 1977, p.250 apud Hall, Lindzey e Campbell, 2000, p. 368).
- Quando as experiências do self refletem as experiências do organismo: pessoa madura, a justada e completa:
Incongruência entre self e organismo: ameaça e ansiedade
Congruência entre self e self ideal: insatisfação e desajustamento
Maior preocupação de Rogers: como se desenvolve a incongruência e como o organismo e self podem ficar mais congruentes.
Organismo fica mais diferenciado, autônomo, e socializado quando amadurece. Essa é tendência básica de expansão, de realização, de atulização
Rejeitou idéias motivacinais (ler 370)
Estabeleceu relações funcionais entre determinadas condições e melhora terapêutica (ou outro crescimento psicológico)
O terapeuta deve ser:
- genuíno e congruente; 
- ter uma “consideração positiva e incondicional” 
- ter empatia pelo cliente.
Trata-se de uma atitude calorosa de aceitação, terapeuta aceita completamente tudo o que a pessoa fala.
Pessoas precisam conhecer antes de escolher e quando conhecem escolhem crescer (e não regredir)
Para ele, comportamento é uma tentativa de satisfazer necessidades, conforme elas são percebidas (experienciadas). Necessidades: existem várias necessidades, mas todas se submetem à tendência básica de desenvolvimento.
Duas necessidades são destacadas por Rogers: de consideração positiva (desenvolve-se no bebê em conseqüência de ele ser amado e cuidado) e de autoconsideração (se desenvolve em virtude do bebê receber a consideração positiva dos outros). Ambas são aprendidas.
Para Rogers: Todas as pessoas têm “basicamente as mesmas necessidades, incluindo a necessidade de ser aceito pelos outros” (Rogers, 1959, p. 524 apud apud Hall, Lindzey e Campbell, 2000, p. 372).
 Desenvolvimento da personalidade:
Tendência realizadora: influenciada pelo ambiente social.
Rogers não tem uma teoria de desenvolvimento em fases: a maneira pela qual o indivíduo é avaliado pelo outro na infância tende a distanciar as experiências do organismo das experiências do self.
Se essas avaliações fossem positivas (consideração positiva incondicional) não haveria incongruência entre organismo e self:
“Se o indivíduo experimentasse apenas uma consideração positiva incondicional, não se desenvolveria nenhum condição de valor, a auto-estima seria incondicional, as necessidades de consideração positiva e auto-estima jamais discordariam da avaliação orgamística e o indivíduo funcionaria de modo completo” (Rogers, 1959, p. 224 apud apud Hall, Lindzey e Campbell, 2000, p. 371).
O autoconceito é distorcido na infância em decorrência da avaliação alheia:
Avaliações da criança (pais, professores, etc): ora são positivas, ora negativas. Criança começa aprender o que é valorizado e desvalorizado pelo outro.
Experiência e sentimentos desaprovados pelos outros tendem a ser excluídas do autoconceito, mesmo que organismo as aceite. A criança aprende a ser o que os outros querem que ela seja e não o que verdadeiramente é.
Ver pág. 371
Valores verdadeiros da pessoa são substituídos pelos valores de outras pessoas e mesmo que o sendo percebidos como da própria pessoa, o self ficará dividido (tensão, desconforto, ansiedade).
A distância entre o self e organismo: resulta em defensividade. 
Essa incongruência afeta também as relações da pessoa com os outros.
Às vezes as pessoas mantêm uma auto-imagem diferente da realidade. 
A pessoa que se sente com pouco valor vai excluir da sua consciência as evidências que contraria essa sua auto-imagem e vai reiterpretar a realidade para torna-las congruentes com a sua desvalia.
Ex: Pessoa que foi promovida e não se acha merecedor (a pessoa pode se sair mal mesmo tendo competência).
Tornar a incongruência consciente gera ansiedade e faz indivíduo se sentir ameaçado 
Mecanismos de defesa – “SUBCEPÇÃO”: níveis de percepção da realidade inconscientes. Esse mecanismo é usado para a pessoa se prevenir contra ameaças. 
Trata-se de uma ameaça da qual não há consciência.
Por que tornar a incongruência consciente gera ansiedade e faz indivíduo se sentir ameaçado? 
Porque põe em risco a consideração positiva do self e dos outros.
Quando sentimentos são negados, podem se manifestar por meio de uma simbolização distorcida (projetar o sentimento sobre outras pessoas, por exemplo). 
Pessoas defensivas: hostilidade em relação a quem representam seus sentimentos negados
Para diminuir essa distância entre self e organismo e entre o self e os outros: 
- Em situações não ameaçadoras (terapia centrada na pessoa – aceitação positiva e incondicional), o cliente é encorajado a explorar sentimentos inconscientes (não simbolizados) e torna-los conscientes. 
- Aos poucos, o terapeuta explora esses sentimentos ameaçadores
- a segurança do relacionamento entre cliente e terapeuta permite que os sentimentos sejam assimilados ao self e com isso pode haver uma drástica reorganização do autoconceito para que ele fique mais próximo da realidade (congruência)
Aceitação e assimilação de experiências cuja simbolização foi negada: melhor aceitação e compreensão do outro (porque o próprio indivíduo compreende e aceita melhor a si mesmo).
Terapia centrada na pessoa: promove melhoras também nas relações sociais, pois indivíduo mais tolerante consigo mesmo é mais tolerante com o outro.
Portanto, na terapia a congruência pode ser percebida e avaliada e a estrutura do self pode ser revista.
AJUSTAMENTO SADIO E INTEGRADO: é necessário avaliar conscientemente nossas experiências para verificar se elas necessitam de mudanças na estrutura de valor (flexibilidade)
Valores fixos dificultam a pessoa a reagir diante de novasexperiências.
LEMBRANDO QUE: Todas as pessoas têm “basicamente as mesmas necessidades, incluindo a necessidade de ser aceito pelos outros” (Rogers, 1959, p. 524 apud apud Hall, Lindzey e Campbell, 2000, p. 372).
VER 372-373
Patologia (perturbação emocional): decorrente de estar exposto a uma consideração positiva condicional.
Obstáculos ao crescimento: surgem na infância. Por isso que o que a criança aprende num primeiro momento deve ser reavaliado posteriormente
Necessidades fisiológicas
Segurança
Pertencimento e amor
Estima
Auto
realização

Outros materiais