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Análise de Decisões 1 Tomando Decisões Financeiras 1 Objetivo da Empresa • Qual o objetivo de uma empresa? ! • Lucro? ! • Será? 2 Potencial de Lucro Tecnologia absorvida Qualidade de seus produtos Estratégias Financeiras Preço Imagem Participação no Mercado Pessoal Objetivo da Empresa Isso tudo resulta em quê? 3 Objetivo da Empresa • Maximizar lucro??? ! ! ! • Maximizar riqueza!!! 4 • Qual critério foi levantado como preponderante em decisões organizacionais? ! • Muitas vezes pode envolver monocritério... ! • Importância de se conhecer técnicas para análises financeiras Decisão Multicritério 5 • Permeia toda a empresa • Destaque para: • Gestão Financeira • Gestão de Projetos Decisões Financeiras: Importância 6 Funções Planejamento Financeiro Controle Financeiro Administração de Ativos Administração de Passivos Dinâmica das Decisões Financeiras 7 DECISÃO DE INVESTIMENTO (aplicações de recursos) DECISÃO DE FINANCIAMENTO (captações de recursos) Dinâmica das Decisões Financeiras 8 • Identificação, avaliação e seleção das alternativas de aplicações de recursos na expectativa de benefícios econômicos futuros • Devem ser avaliadas pela relação risco-retorno • São atraentes quando o retorno esperado da alternativa supera o retorno exigido pelos proprietários de capital Decisões de Investimento 9 • Escolha das melhores ofertas de recursos • Descrevem as taxas de retorno exigidas pelos detentores de capital • Devem adequar o passivo às características de rentabilidade e liquidez das aplicações de recursos Decisões de Financiamento 10 Decisões Financeiras: 2 Fatores a serem considerados TOMADA DE DECISÃO ECONÔMICO: Relação entre o retorno do Investimento e o custo de Captação FINANCEIRO: Sincronia entre a capacidade de geração de caixa e o fluxo de desembolsos 11 RISCO ECONÔMICO (operacional) Inerente a própria atividade da empresa e às características do mercado que opera. Reflete as decisões de investimento. Fatores de risco Sazonalidade do mercado Tecnologia Concorrência Estrutura de Custos Qualidade dos produtos Variação na taxa de juros Riscos Associados: Econômico e Financeiro 12 RISCO FINANCEIRO Reflete o risco associado às decisões de financiamento. Capacidade para liquidar seus compromissos financeiros. Fatores de risco Descompasso de fluxo de caixa Má administração do capital de giro Uso inadequado das fontes de financiamento Dependência de recursos de terceiros Riscos Associados: Econômico e Financeiro 13 • Demonstrativos financeiros – Balanço – Resultados – Fluxo de Caixa • Indicadores financeiros – VPL – TIR – LAJIR (EBIT) Como avaliar questões financeiras? 14 Notas: 1. Neste Balanço o Passivo é definido como composto pelo Passivo Circulante, pelo Exigível a Longo Prazo e pelo Patrimônio Líquido; 2. A Depreciação Acumulada aumenta negativamente, a cada exercício, de um valor igual à Despesa de Depreciação no período; 3. Os Lucros Acumulados correspondem aos Lucros Líquidos de cada exercício não distribuídos ou não transformados em Reservas. Demonstrativo de Balanço Financeiro Simplificado 15 Receita de Vendas - CPV (ou CMV ou CSV) Lucro Bruto - Despesas com Vendas, Gerais e Administrativas - Despesa de Depreciação (D) Lucro antes de Juros e Imposto de Renda (LAJIR) - Juros - Imposto de Renda (IR) Resultado Líquido do Exercício (*) O Demonstrativo de Resultados é como que um “baile exclusivo e obrigatório” para as receitas e despesas. Nele somente podem entrar receitas e despesas, e nenhuma pode faltar caso tenha sido realizada. A Despesa de Depreciação pode ser pensada como “a avaliação (em $) do ‘consumo’ dos ativos depreciáveis durante o processo produtivo”. Demonstrativo de Resultados* do Exercício Simplificado 16 Fluxo de Caixa 17 • LAJIR indica o quanto a atividade econômica da empresa (ou do empreendimento, ou do projeto) retornou em termos de rendimento • O LAJIR é, portanto, o lucro total, ou rendimento total, obtido pelo investimento total (os ativos empenhados na atividade fim da empresa); • Quando se chega ao valor do LAJIR todas as despesas não financeiras para gerá-lo já foram subtraídas; logo, ele é o rendimento total disponível para distribuição com os investidores [credores (proprietários do CT) e acionistas (proprietários do CP)]. A Importância do LAJIR nas Finanças 18 1.Note que a despesa de depreciação Dj, a cada ano, não é uma saída de caixa, mas corresponde à avaliação ($) do quanto foi “consumido” do investimento fixo no processo produtivo de um bem ou de um serviço; 2.Por isso, para estimar o retorno para os investidores em termos de caixa (FCj) a cada ano j, soma-se ao LAJIRj a depreciação e subtrai-se o valor do imposto de renda (IRj) em cada ano; 3.Por tradição, e pela lógica financeira, investimentos (I0) em projetos são considerados saídas de caixa; logo, devem ser comparados com os seus retornos de caixa (os FCj). 4.FCj = Cn A Importância do LAJIR nas Finanças 19 Seja FCj o valor do Retorno de Caixa na data j. FCj = LAJIRj + Dj – IRj ou, FCj = LAJIRj (1-T) + Dj onde T é a taxa do imposto de renda Observação: a segunda fórmula é adotada quando o investimento no projeto é financiado exclusivamente com Capital Próprio (CP). Fluxo de Caixa do Projeto Representação Analítica 20 0 1 2 j n-1 n FC1 FC2 FCj FCn-1 FCn Tempo I Todo projeto de investimentos possui um fluxo de caixa a ele associado, como representado na figura acima. Um problema financeiro é um problema de decisão com múltiplos objetivos temporais. Por exemplo, no caso do projeto de investimentos acima, esses objetivos seriam: 1. minimizar o valor do investimento I na data zero (j = 0); 2. maximizar os retornos de caixa FCj em cada data j (j =1,..., n). Como atribuir valor a um fluxo de caixa constituído de quantias de dinheiro (entradas ou saídas) colocadas em datas diferentes? Fluxo de Caixa do Projeto Representação Gráfica no Tempo 21 • Para compreender este conceito, intuitivamente responda: • Se lhe for oferecida a opção de receber $1.000,00 hoje, ou daqui a um ano, o que você prefere? • Se lhe for oferecida a opção de pagar $1.000,00 hoje, ou daqui a um ano, o que você prefere? O Valor Temporal do Dinheiro 22 • Vários fatores envolvidos • Entradas e saídas do dinheiro ao longo do tempo (no caso 1 ano) • Importância da influência da taxa de juros O Valor Temporal do Dinheiro 23 • Taxa de juros (também denominada de custo do capital). • Ex.: se eu te empresto $1.000,00 à uma taxa de juros de 10% aa., isso significa que você, ao final de um ano, me remunerará com $100,00 de juros: • Juros = taxa de juros x valor do empréstimo • J = i x K => J = 0,10 x 1.000 = 100 • i = J / K => i = 100 / 1.000 = 0,1 • Em termos financeiros, a i corresponde à remuneração da unidade do capital em uma unidade de tempo (no exemplo, um ano). Taxa de Juros 24 • Porque existe a taxa de juros? Ou, porque o capital é remunerado? – Expressa a escassez do capital; ou seja, o custo de uma unidade do capital na unidade de tempo. – Expressa o custo de oportunidade das aplicações alternativas (ou investimentos)que o seu proprietário pode fazer com esse capital; portanto, ela é diretamente proporcional ao risco relativo desse investimento. • A taxa de juros, ao expressar a escassez e o risco do capital (CP ou CT), é a medida do custo do capital. Taxa de Juros 25 • Em termos financeiros, no exemplo, o que ocorreu? • Eu te emprestei $1.000, no prazo de um ano você me remunerou com os juros de $100, e eu continuo sendo proprietário do capital inicial; • Após um ano, o meu capital passou a ser igual $1.100. Ou seja, ao te emprestar, eu troquei o meu capital inicial de $1.000 por um capital maior de $1.100 um ano depois. • Esse cálculo pode ser feito da seguinte maneira: • 1.100 = 1.000 x (1 + 0,10), ou, • K1 = K0 x (1 + i) (Equação Fundamental) As Trocas Intertemporais 26 • i permite fazer a ponte entre quantias de dinheiro separadas por uma unidade de tempo (p.ex., uma semana, um mês, um semestre, um ano, etc.). • Por isso, diz-se que i é a medida do valor temporal do dinheiro porque permite fazer trocas financeiras de quantias de dinheiro (ou capitais) colocadas em duas datas consecutivas. Essas trocas são denominadas de trocas valor-equivalentes. As Trocas Intertemporais 27 • Sabendo, agora, que o dinheiro tem um valor temporal, podemos dar suporte racional à nossa intuição financeira para cada uma das perguntas feitas: • Preferimos receber antes, pois podemos investir os $1.000 recebidos hoje a uma dada taxa de juros, e termos, ao final de um ano, um valor maior do que se recebêssemos apenas os $1.000 nesta data; • Preferimos pagar depois, pois os $1.000 economizados hoje podem ser investidos a uma dada taxa de juros, e termos, ao final de um ano, mais do que os $1.000 que devemos pagar nesta data, e sobraria ainda algum capital. A Intuição Financeira 28 Isto pode ser representado graficamente através da figura abaixo, que representa um diagrama de fluxo de caixa Valor Presente e Valor Futuro 29 Dado um custo de capital i, constante entre os períodos 0 e n, diz-se que a quantia P (VP, PV), na data 0, e a quantia F (VF, FV), na data n, são equivalentes financeiramente, se, e somente se: ! O conceito de equivalência financeira permite calcular as trocas valor-equivalentes entre quantias de dinheiro separadas por mais de um ano, dado o valor temporal do dinheiro i. Equivalência Financeira 30 O problema consiste em trazer todos os capitais futuros para uma mesma data de referência. Neste caso, vamos trazer todos os capitais para a data zero. ! Pela fórmula de Valor Presente vista anteriormente, concluímos que o Valor Presente Líquido (VPL) será: Geralmente é negativo pois representa a saída de caixa do investimento inicial Equivalência Financeira 31 Os objetivos parciais, em cada ano, transformam-se em um único objetivo: o de maximizar o VPL. Em ciência da decisão o VPL é denominado de Função Valor ou Função Objetivo. O VPL é o valor equivalente, na data 0, que o tomador de decisões atribui ao fluxo de caixa; ou, o valor na data zero que ele trocaria (ou pagaria) pelo conjunto dos FCj (j = 0, 1, 2, ..., n). Trocas Valor-Equivalentes de Quantias Colocadas em Datas Diferentes 32 A função VPL = f(i) VP L -2.000,0 -1.000,0 0,0 1.000,0 2.000,0 3.000,0 4.000,0 5.000,0 6.000,0 7.000,0 8.000,0 9.000,0 10.000,0 Custo do Capital (i%) 0 5 10 15 20 25 30 A B As curvas acima representam os valores presentes líquidos de dois projetos A e B para diversos valores de i. A TIR é o valor da taxa i que faz com que o VPL de cada projeto seja igual a zero (raiz da equação), sendo o ponto onde a curva do VPL cruza com o eixo dos “i”. Função Valor Presente Líquido 33 1) Numa loja de veículos usados, são apresentados ao cliente dois planos para pagamento de um carro: ! Plano A: dois pagamentos, um de $ 1.500,00 no final do sexto mês e outro de $ 2.000,00 no final do décimo segundo mês. Plano B: três pagamentos iguais de $ 1.106,00 de dois em dois meses, com início no final do segundo mês. Sabendo-se que a taxa de juros do mercado é de 4% a.m., qual o melhor plano de pagamento? Aplicação: Fluxo de Caixa 34 Inicialmente desenhamos os fluxos de caixa correspondentes: PLANO A PLANO B Qual plano é mais atraente do ponto de vista do consumidor? Fluxo de Caixa 35 2) Um certo equipamento é vendido à vista por $ 50.000,00 ou a prazo, com entrada de $ 17.000,00 mais três prestações mensais iguais a $ 12.000,00 cada uma, vencendo a primeira um mês após a entrada. ! Qual a melhor alternativa para o comprador, se a taxa de juros de 5% a.m.? Fluxo de Caixa 36 Inicialmente desenhamos os fluxos de caixa correspondentes: À VISTA A PRAZO Qual a melhor alternativa do ponto de vista do consumidor? NPV = 50000,00 Fluxo de Caixa 37 • Que alternativa é mais viável? • Qual investimento é melhor? • Qual projeto é mais indicado? Decisão Financeira 38 O problema consiste em trazer todos os capitais futuros para uma mesma data de referência. Neste caso, vamos trazer todos os capitais para a data zero. ! Pela fórmula de Valor Presente vista anteriormente, concluímos que o Valor Presente Líquido (VPL) será: Geralmente é negativo pois representa a saída de caixa do investimento inicial Equivalência Financeira 39
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