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ALIMENTOS E ALIMENTAÇÃO

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ALIMENTOS E ALIMENTAÇÃO
Profa. Andréa Pereira Pinto
UFC – CCA – DZO
� 1747 – Lind (físico inglês) – cura do escorbuto
� 1760 – Lavoisier (pai da nutrição e da química) – Lei
da conservação da massa, experimentos referentes a
respiração
“Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se 
transforma.”
� 1803 – John Young – publicou tese sobre digestão
dos alimentos. Morreu antes da conclusão dos
trabalhos
Evolução da nutrição e do uso 
de alimentos e nutrientes
� 1824 – Wohler – sintetizou uréia a partir de material
inorgânico
� 1830 – Magendic - descobriu as PT, CHO e gorduras
� 1887 – Takaki – descreveu os sintomas da Beribéri e a
cura pela alimentação (vitamina B1 – Tiamina)
� 1900 – Eijkman – 1o nutricionista avícola. Promoveu o
aparecimento de Beribéri em aves (concluiu
erradamente que havia uma toxina no arroz polido e
uma antitoxina no arroz integral)
Evolução da nutrição e do uso 
de alimentos e nutrientes
� 1906 – Hopkins – fatores acessórios dos alimentos
� 1912 – Funk – mudou o nome dos fatores acessórios
para vitaminas
� 1914 – Osborne e Mendel – demonstraram que as
diferenças entre as qldds das PTS eram causadas pela
presença dos aa
� 1913-1915 – McCollum – descobriu a vitamina A
(dividiu as vitaminas em 2 grupos – Lipo e
Hidrossolúvel)
Evolução da nutrição e do uso 
de alimentos e nutrientes
� 1930-1940 – Descobrimento de várias vitaminas
� 1948 – Descobrimento da vitamina B12 (chamada
naquele tempo erroneamente de fator protéico animal)
� 1953 – Gordura animal introduzida nas rações como
fonte de energia
� 1954 – Antioxidantes em rações
Evolução da nutrição e do uso 
de alimentos e nutrientes
 Ano 
Espécie animal 1900 1930 1960 1987 
Bovino de corte Pasto Pasto +uréia 
+melaço 
+ração balanceada 
+minerais 
+ADE 
Bovino de leite Pasto 
Milho 
+ Silagem +melaço 
+F. algodão 
+sal 
+uréia 
+F.trigo 
+ração balanceada 
+minerais 
+ADE 
Suinos Pasto 
Milho 
Abóbora 
Inhame 
+F. ossos 
+Alfafa 
+ração balanceada +minerais 
+vitaminas 
+aditivos 
Aves Pasto 
Milho 
+F. ossos 
+Aveia 
+ração balanceada +minerais 
+vitaminas 
+aditivos 
 
Evolução do uso de alimentos para Bovinos, Suínos e Aves
� Importância dos nutrientes decresce na seguinte
ordem: proteínas, energia, minerais e vitaminas
� Pontos fundamentais no progresso:
� Identificação e determinação dos requerimentos de
minerais, vitaminas e aa essenciais;
� Reconhecimento da importância do equilíbrio entre o
nível de energia e os demais nutrientes da dieta;
� Relacionamento do custo da alimentação para
produção de 1 kg de carne
Evolução da nutrição e do uso 
de alimentos e nutrientes
INTRODUÇÃO
� Exploração dos animais domésticos – interesse
econômico
�melhor produção animal – manejo mais adequado
possível
Bom manejo sanitário e reprodutivo 
sem bom manejo nutricional
?
INTRODUÇÃO
� Cuidado com a criação (forma de exploração e controle
das enfermidades) + alimentação – desempenho
desejado (objetivo econômico)
Custo da alimentação ?
� Alimentação racional – capaz de manter a vida e
assegurar, nas melhores condições de rendimento, a
elaboração das produções
INTRODUÇÃO
� Alimentação ou arraçoamento – conhecer as
necessidades nutritivas do organismo
espécie, idade, sexo, produções
INTRODUÇÃO
� Nutriente – quantidade x proporção correta
�máximo de aproveitamento no organismo
� Equilibrar regimes alimentares – nutrientes x
alimentos
INTRODUÇÃO
� Outros aspectos a considerar na alimentação animal:
� alimentos – substs nocivas;
� adaptados às particularidades anatômicas e funcionais
dos animais;
� alimentação de acordo com a capacidade de utilização
de cada indivíduo;
� escolha dos alimentos
� ordem econômica;
� reabastecimento
INTRODUÇÃO
O animal doméstico é um transformador de 
produtos não utilizáveis ou dificilmente 
utilizáveis pelo homem
� Problema da alimentação � condicionado pela
produção agrícola
�animais domésticos – subprodutos da preparação
dos alimentos (homem) e resíduos da alimentação
humana
�questões múltiplas: produção, colheita,
conservação, transporte, complementação e
distribuição
TERMOS, DEFINIÇÕES E 
CONCEITOS MAIS UTILIZADOS NA 
ALIMENTAÇÃO ANIMAL
� Alimentos – definições equivocadas que levam a
concluir a existência de substs que, tomadas
individualmente são capazes de manter a vida (não
existem alimentos naturais completos)
� Alimentação exige associação de diversos alimentos
em uma ração
�leite e ovos – complementam as necessidades de
um estágio da vida (1a infância dos mamíferos e
embriões das aves)
TERMOS, DEFINIÇÕES E 
CONCEITOS
� Definição mais adequada:
“Alimento é uma subst que, consumida por um 
indivíduo, é capaz de contribuir para assegurar o ciclo 
regular de sua vida e a sobrevivência da sp à qual 
pertence” Jacquot
“Valor nutritivo de um alimento não é uma caract
imutável – forma como foi produzido, adubações, 
processamento, etc.”
� Nutrição: cjto de processos – desde a ingestão de
alimentos até o metabolismo dos nutrientes.
� Alimentação: é a ingestão ou administração dos
alimentos (estuda os alimentos e a maneira de
alimentar os animais)
�escolha, preparação e fornecimento dos alimentos
� Alimento: qq produto ou subproduto natural ou
artificial que possa fazer parte de uma dieta devido a
alguma propriedade nutritiva
TERMOS, DEFINIÇÕES E 
CONCEITOS
� Ingrediente: próprio alimento que fornece os vários
nutrientes – ex?
� Dieta: componentes ou ingredientes de uma ração,
ou seja, é o ingrediente alimentício ou mistura de
ingredientes, incluindo água, a qual é ingerida pelos
animais
� Ração: qtdd total de alimento fornecido e consumido
pelo animal em um período de 24 h
� Ração balanceada: mistura de alimentos
convenientemente equilibrada
TERMOS, DEFINIÇÕES E 
CONCEITOS
� Nutriente: constituinte ou grupo de constituintes dos
alimentos que entra no metabolismo celular e
concorre para a vida do organismo ex?
�componentes ativos dos ingredientes que
participam no processo bioquímico de formação dos
tecidos animais
� Alimento concentrado: até 18% FB ou 25% FDN e
é rico em energia e/ou proteína
� Alimento volumoso: alimento que contém ↓
nutrientes, FB (acima de 18%), FDN (acima de 25%),
ou ↑ teor de água
TERMOS, DEFINIÇÕES E 
CONCEITOS
� Aditivos: sbst não nutritiva adicionada ao alimento –
melhorar suas propriedades ou seu aproveitamento
�corante � estimular consumo; estabilizantes �
conservar (evitar rancificação)
� CA: qtdd alimento necessário para produzir uma
unidade de produto animal
CA = consumo de alimento
ganho de peso
TERMOS, DEFINIÇÕES E 
CONCEITOS
� EA: qtdd produto animal obtido por uma qtdd
unitária de alimento
EA = ganho de peso o
consumo de alimento
� Fórmula (de uma ração ou suplemento):
seleção quantitativa dos componentes de uma
ração ou de um suplemento. É recomendado
que seja em %
TERMOS, DEFINIÇÕES E 
CONCEITOS
� Deficiência nutricional x Carência
Conceitos em nutrição animal
� inexistência ou insuficiência de um nutriente
essencial
� quadro sintomático em decorrência de
deficiência nutricional
� Exigência nutricional: qtdd de cada nutriente
requerido por determinada espécie e categoria animal
(manutenção, reprodução e produção)
�NRC (sistema americano)
�AFRC e ARC (Reino Unido)
�CSIRO (Austrália)
�INRA (França)
�Brasil – suínos e aves (não possui tabelas próprias
de exigências nutricionais para ruminantes –
pesquisas)
TERMOS, DEFINIÇÕES E 
CONCEITOS
� Digestibilidade: aptidão de um alimento para ser
digerido por uma dada espécie de animal
� CNF: CHOS que mesmo pertencentes a PCV não se
enquadram na definição formal de fibra pararuminantes (sbts pécticas, galactanos, β-glicanos –
solúveis em SDN)
� Fibra: fração indigestível do alimento + fração
lentamente digestível, ou incompletamente disponível
– repleção no trato gastrintestinal dos animais
TERMOS, DEFINIÇÕES E 
CONCEITOS
� Processo de digestão dos alimentos – aparelho
digestivo
�alimentos são decompostos em tamanhos
reduzidos � tornados solúveis a fim de
possibilitar a absorção (processos mecânicos e
enzimáticos)
� Órgãos de digestão dos mamíferos: boca,
esôfago, estômago, intestino delgado e intestino
grosso
O ANIMAL E SUA 
ALIMENTAÇÃO
O ANIMAL E SUA 
ALIMENTAÇÃO
� Funções gerais do aparelho digestivo:
� Armazenamento de alimentos por um período de tempo;
� Preparação do alimento para a absorção (digestão);
� Absorção de nutrientes;
� Rejeição da porção não digerida.
� Absorção – principalmente no ID
�certos nutrientes – diretamente no estômago ou ceco
�ácidos graxos – no local de sua formação
�açúcares, aa, minerais e vitaminas – vilosidades
intestinais
�água – qq segmento do ID ou IG
O ANIMAL E SUA 
ALIMENTAÇÃO
Tabela 2. Capacidade relativa do trato digestivo de alguns animais. 
Capacidade relativa (%) Animal Estômago I. Delgado Ceco I Grosso 
Vaca 71 18 3 8 
Cavalo 9 30 16 45 
Porco 29 34 5 32 
Carneiro 68 20 2 10 
Gato 70 15 - 15 
Conhecimento limite físico
O ANIMAL E SUA 
ALIMENTAÇÃO
Tabela 3. Capacidade alimentar do aparelho digestivo de alguns animais. 
Capacidade alimentar (L) Animal Estômago I. Delgado I. Grosso 
Boi 252,5 66,0 37,9 
Cavalo 18,0 63,8 129,6 
Suíno 8,0 9,2 10,2 
� Animais herbívoros – processos digestivos ou pré-
digestivos ocorrem no rúmen, retículo e omaso e no
ceco
�bovinos – sistema digestivo poligástrico
�carneiro – possui estômago múltiplo e ceco
funcional
�cavalo – ceco funcional (monogástrico)
�microflora – ataca a celulose e hemicelulose �
acetato, butirato e propionato
O ANIMAL E SUA 
ALIMENTAÇÃO
�bactérias – digerem a celulose e libertam o
conteúdo nutritivo – nutrientes podem sofrer
digestão pelos processos normais ao longo do
trato intestinal
�microflora – sintetiza todas as vits do complexo
B e todos os aa essenciais (uréia ou alimentos
protéicos)
�herbívoros podem não receber tais nutrientes
na sua alimentação – aves e suínos (↓ em
celulose)
Animais herbívoros
Local de absorção de nutrientes no sistema digestivo dos animais
MEDIDAS DO VALOR 
NUTRITIVO DOS ALIMENTOS
� Alimentação atual – alimentos naturais,
resíduos ou subprodutos das indústrias –
conhecer valor nutritivo
� Análise dos alimentos – composição química,
propriedades gerais (aspecto, aroma, sabor,
alterações, estrutura microscópica) e
digestibilidade
Tabela 4. Principais Nutrientes 
MACRONUTRIENTES AMINOÁCIDOS VITAMINAS MINERAIS 
Proteína bruta Alanina A Cálcio 
Extrato etéreo Arginina D Fósforo 
Carboidratos Asparagina E Potássio 
Água Acido aspartico K Sódio 
 Cistina Tiamina B1 Enxofre 
 Glutamina Riboflavina B2 Cloro 
 Acido glutâmico Piridoxina B6 Magnésio 
 Glicina Cianocobalamina B12 Ferro 
 Histidina Ac Nicotínico Cobre 
 Isoleucina Ac Pantotênico Zinco 
 Leucina Ac fólico Manganês 
 Lisina Ac lipóico Cobalto 
 Metionina Ac Ascórbico C Iodo 
 Fenilalanina Biotina Selênio 
 Prolina Mioinositol Fluor 
 Serina Colina Molibdênio 
 Treonina Cromo 
 Triptofano 
 Tirosina 
 Valina 
 
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DOS 
ALIMENTOS
� Método de Weende � estação experimental
de Weende na Alemanha (1864)
� análise aproximativa dos alimentos
�técnicas analíticas – poucas modificações,
exceto do N – método Kjeldahl
�umidade, PB, EE, FB, ENN e cinzas ou MM –
grupos de compostos químicos (ex.: EE inclui
não apenas triglicerídeos, mas outros
compostos solúveis em éter)
 Umidade 
 
Alimento Matéria orgânica 
 
 Matéria seca 
 
 Matéria mineral 
- MS – 5 a 95% (nutrientes)
- valor nutritivo de um alimento � teor MS
� MO – 4 grupos de substs diferenciadas
glicídios ou carboidratos, lipídios, proteínas e vitaminas
�macroelementos minerais (P, Ca, Mg, K, Na, Cl, S)
�microelementos minerais (Co, Cu, Sn, Fe, F, I, Mn,
Mo, Ni, Se, silício, vanádio e Zn)
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DOS 
ALIMENTOS
� MM – elementos minerais em quantidade e formas
variáveis
� Método de Weende – insatisfatório para CHO e ENN
� Método de Van Soest – Van Soest e colaboradores
(1967) – laboratórios do United States Department of
Agriculture, em Beltsville
�principalmente para análise de forragens
�maior precisão
�FDA � celulose, lignina, cinza e sílica
�detergentes � tecidos vegetais em conteúdo
celular e parede celular
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DOS 
ALIMENTOS
� FDN: cel, hemicel, lign e proteína lignificada
(fração da forragem insolúvel em detergente
neutro)
� FDA: lign e cel, apresentando também sílica
(cinza insolúvel)
� ENN: não tem nada a ver com N e não é extrato
– componente da Análise Proximal (calculado por
diferença)
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DOS 
ALIMENTOS
% ENN = 100 - (% EE + % PB + % CN + % FB)
�acumula todos os erros (FB = > erro)
�FB – cel e somente a lign insolúvel em álcali
�lign solúvel em álcali e hemicel = ENN (junto
com amido, pectina e CHO solúveis)
�supostamente representa a parte solúvel no
alimento (amido e açúcares), e a FB representa o
CHO insolúvel
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DOS 
ALIMENTOS
� Para minimizar o erro proveniente
da análise da FB, calcula-se o teor
de carboidrato não fibroso
(CNF) da seguinte forma:
CNF = 100 – (FDNcp + PB + MM + EE)
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DOS 
ALIMENTOS
� Análise de minerais
� Macros e micros – absorção atômica (grande precisão)
� macrominerais – expressos em %
� microminerais em mg/kg de alimento ou ppm
� mais comuns = Ca e P
� Análise de vitaminas
� Espectrofotometria e cromatografia (A, D e E
expressas em U.I., as demais em mg)
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DOS 
ALIMENTOS
� Outras análises:
� aa;
� identificar presença de decomposição em produtos de
origem animal (Teste de Eber);
� rancidez hidrolítica das gorduras (Reação de Kreis);
� tostamento adequado FS (Índice de urease);
� teor de gossipol no FA (Teste de gossipol)
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DOS 
ALIMENTOS
� Testes biológicos
� determinar valor biológico das proteínas;
� determinar valor energético dos alimentos
� Testes físicos e bacteriológicos
� cor, odor, granulometria, densidade, secagem,
torrefação, presença de escamas; excesso de ossos,
cascos, chifres e pêlos; presença de cartilagem,
sangue, salmonelas, coliformes, fungos, etc.
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DOS 
ALIMENTOS
AS PROTEÍNAS NA 
ALIMENTAÇÃO ANIMAL
� Nutrientes orgânicos nitrogenados – presente em
todas as células vivas (essenciais à vida)
� Homem, suínos, aves, cães x bovinos (qtdd e qldd)
� Principal constituinte do organismo animal –
indispensável para crescimento, reprodução e
produção
� Proteínas de origem vegetal diferem entre si e
diferem das de origem animal
AS PROTEÍNAS
� Cada sp animal – proteínas específicas e seus
órgãos, tecidos e fluidos encerram proteínas
diferentes
� Não há duas proteínas que sejam iguais em sua ação
fisiológica
� PT – formados fundamentalmente por C, H, O e N
�muitas contêm S, P e Fe
�podem apresentar tb Cu, Ca e Mg
AS PROTEÍNAS
Tabela 5. Composição elementar de proteínas mais comuns. 
Elemento % 
Carbono 51,0 a 55,0 
Hidrogênio 6,5 a 7,3 
Oxigênio 21,5 a 23,5 
Nitrogênio 15,5 a 18,0 
Enxofre 0,5 a 2,0 
Fósforo 0,0 a 1,5 
� Substs complexas, de natureza coloidal e de ↑ PM
� Unidades polimerizadas de aa – produtos finais da
hidrólise
�fervidas durante muitas horas com ácidos fortes
�enzimas próprias;
� digestão – absorção de aa
AS PROTEÍNAS
� Funções das proteínas:
� Formaçãodos tecidos – órgãos e maioria dos tecidos,
além de pele, pêlos, unhas, chifres e músculos
� Manutenção e reparo – necessidades variam com
estágio de desenvolvimento e categoria animal
� Fonte de energia – quando em excesso ou quando
faltam os CHO’s e gorduras
AS PROTEÍNAS
� Funções das proteínas:
� Secreções glandulares – muitos hormônios e enzs são
material protéico ou contém resíduos de aa na
estrutura
�insulina – possui pelo menos 9 aa
�tiroxina – é um aa iodado
�adrenalina – substância fundamental é a tirosina
� Participação da pt na formação de Ac e na
manutenção do equilíbrio ácido-base
AS PROTEÍNAS
� Qldd – dpd composição em aa – org animal é incapaz
de sintetizar muitos dos aa (importante conhecer a
qldd pt dos alimentos)
� Valor protéico bruto – pt estimada pelo conteúdo de N
x 6,25 (duas suposições)
�todas as proteínas contêm 16% N;
�todo o N contido no alimento está na forma
protéica
�suposições não inteiramente corretas – seria
necessário usar fatores diferentes
AS PROTEÍNAS
AS PROTEÍNAS
� Teor de N varia de 13 a 18%
 Tabela 6. Valores médios de nitrogênio em proteínas segundo Crampton e Harris (1969). 
Categoria de alimentos %N na proteína Fator de conversão 
Semente de algodão 18,87 5,30 
Semente de soja 17,51 5,71 
Milho (grão) 16,00 6,25 
Sementes oleaginosas 18,50 5,40 
Grãos de cereais 17,00 5,90 
Folhas 15,00 6,60 
Tecidos animais 16,00 6,25 
 
� Suposição de que todo N do alimento vem da pt tb
não é correto – podem haver outros compostos
nitrogenados não protéico
�amidas
�aa livres
�sais de amônio
�glucosídeos
�alcalóides
�pigmentos, etc
AS PROTEÍNAS
� aa essenciais – não sintetizados no
organismo animal ou não o são em
quantidade suficiente (necessários ao
crescimento e produção)
AS PROTEÍNAS
� aa não essenciais – podem ser sintetizados
�Ponto de vista fisiológico – todos aa são
essenciais
�Ponto de vista da alimentação – ruminantes
não se cogita fornecer aa essenciais, porém
para suínos e aves é necessário fornecer
AS PROTEÍNAS
� Inter relação entre aa essenciais e não
essenciais – para organismo sintetizar aa
não essenciais retira radicais amínicos dos aa
essenciais da dieta (fornecer os dois).
Exemplos de interação:
� Metionina (essencial) pode se converter em
cistina
� Fenilalanina – tirosina
AS PROTEÍNAS
� Essencialidade de aa – pode variar com
categorias de animais e espécies
� aa essenciais para suínos: arginina, histidina,
isoleucina, leucina, lisina*, metionina*,
fenilalanina, treonina, triptofano* e valina (*
maior qtdd)
� aa essenciais para aves = suínos + glicina
e/ou serina
AS PROTEÍNAS
� Valor biológico das proteínas
� % pt utilizada pelo org animal (síntese de tecido,
etc), relativamente à quantidade absorvida
VB = N ingerido – (N fecal + N urina) x 100
N ingerido – N fecal
� Fezes e urina coletados e analisados
AS PROTEÍNAS
� Valor biológico das proteínas
� Método de Thomas-Mitchell – considera N
exógeno (natureza variável, dpd qtdd de pt
ingerida) e N endógeno (natureza cte,
representando a excreção de N qdo animal
recebe dieta sem N)
AS PROTEÍNAS
VB = Ni – (Nf – NMF) – (Nu – Ne) x 100
Ni – (Nf – NMF)
Ni = nitrogênio ingerido
Nf = nitrogênio das fezes
NMF = nitrogênio metabólico fecal, eliminado nas
fezes em regime isento de N
Nu = nitrogênio da urina
Ne = nitrogênio urinário endógeno, eliminado na
urina em regime isento de N
AS PROTEÍNAS
� Valor biológico das proteínas
� Pt de eficiência perfeita para crescimento e
mantença – VB = 100%
�poucos alimentos apresentam valores próximos
– ovo inteiro (94%); leite (85%)
�VB = 90% ou + (proteína de excepcional
eficiência)
�VB = 75 a 90% (superior a média)
AS PROTEÍNAS
� Valor biológico das proteínas
� Ordem decrescente dos alimentos segundo
VB
ovo – leite – carne – peixe – gérmen de milho –
soja e amendoim – alfafa – grãos de cereais 
– gramíneas 
AS PROTEÍNAS
� Fatores que influenciam no valor
biológico
� VB dpd no e categoria de aa que compõe sua
molécula (+ semelhante à pt orgânica, + alto
seu VB � pt animal maior VB que pt vegetal)
� VB é função qtdd pt absorvida numa relação
inversa – aumenta fração absorvida, diminui
VB (VB máximo = requerimento manutenção –
excesso aa na dieta aumenta N urinário)
AS PROTEÍNAS
� Fatores que influenciam no valor biológico
� VB dpd fç exercida e sp animal – apenas manutenção
é possível comparar VB entre diferentes fontes de
proteínas
�pt do alimento não tem VB fixo (não aparece em
tabelas)
�VB máximo nunca é atingido com rações para
crescimento, gestação ou lactação
AS PROTEÍNAS
� Fatores que influenciam no valor
biológico
� VB dpd qtdd outros nutrientes não
nitrogenados na dieta – org não passe a
utilizar as pts do alimento como fonte de
energia
� Aa limitante – regula a qtdd de pt da ração
AS PROTEÍNAS
� Misturas de alimentos – VB maior que
alimentos isoladamente (diferente da média
dos VB dos componentes)
� Suplementação de proteína – corrige
deficiências das pts empregadas, porém é
válida qdo feita ao mesmo tempo
�feita horas após não produz mesmo efeito
da mistura
AS PROTEÍNAS
� Falta ou excesso de proteína na dieta
� Alimentos ricos em pt � + caros (conhecer mínimo)
� Excesso de pt – sobrecarga do fígado e rins – maior
excreção de N (redução no consumo voluntário de
alimentos)
�aa usado para produzir energia – deaminação a
ácido úrico (aumento no sangue)
�apenas 60% pt disponível para produzir calor (caro)
�pode chegar a toxicidade do animal se nível muito
alto
AS PROTEÍNAS
� Proteína para ruminantes e equinos
� Exigências protéicas + simples que suínos e aves
� Bacts e outros MO no rúmen, ceco e IG dos equinos –
elaboram pts que constituem suas células
�MO morrem, são digeridos – todos aa essenciais
�qldd pts – menor importância
�uréia – substituir parte das pts dos alimentos para
bovinos
�bezerros – necessitam pt boa qldd
AS PROTEÍNAS
GLICÍDIOS OU CARBOIDRATOS
� Subst orgânicas compostas de C, H e O – H e O nas 
mesmas proporções que na formação da molécula de 
água
� Principalmente açúcares, amidos, celuloses, gomas e
substâncias afins
� Açúcares e amido – facilmente digeridos (elevado
valor alimentício – energético)
� Celulose e outros glicídios complexos – maior
dificuldade (dispêndio de energia em sua digestão,
salvo nos ruminantes)
� Quantidade de glicídios no corpo do animal é
pequena, porém continuamente substituída
� Principal fonte de calor para o corpo e de energia
para a realização de vários processos vitais
� Polissacarídeos mais conhecidos (amido, glicogênio e
celulose)
� Amido (reserva glicídica dos vegetais): é o maior
constituinte, proporcionalmente, da maioria das
rações animais
GLICÍDIOS OU CARBOIDRATOS
� Glicogênio (reserva glicídica dos animais): encontrado
somente nos organismos animais, onde é produzido
no fígado, sendo a fonte primária de glicídios para os
animais: sua hidrólise dá a glicose
� Celulose: principal constituinte da parede das plantas.
Junto com as galactanas está presente em todos os
vegetais
�mais abundante nos vegetais fibrosos
�baixa digestibilidade, salvo para os ruminantes –
suínos e aves, além de ser de baixa digestibilidade,
pode reduzir a digestibilidade de outros nutrientes
GLICÍDIOS OU CARBOIDRATOS
� Lignina: pertence ao grupo das matérias pécticas, não
é um glicídio verdadeiro
�contém demasiado carbono para se enquadrar
como carboidrato, também não se encontrando o
hidrogênio e o oxigênio na proporção correta
�principalmente nas palhas, cascas de cereais e de
plantas
� Quitina: presente nos insetos e vegetais inferiores,
pertence como a lignina ao grupo de substâncias
chamadas pécticas
GLICÍDIOSOU CARBOIDRATOS
� Gomas: constituída de pentosanas, são representadas
principalmente pela xilana e arabana, presentes nos
tecidos de sustentação dos vegetais
� Alimentos glicídicos têm principalmente origem vegetal:
�grãos de cereais ricos em amido;
�folhas dos vegetais, as palhas, os talos, ricos em
celulose;
�tubérculos e raízes ricos em fécula e açúcares;
�frutos, ricos em açúcares e ácidos orgânicos.
GLICÍDIOS OU CARBOIDRATOS
� Único alimento glicídico importante de origem animal é
o leite – lactose (glicogênio da carne e fígado são
prontamente transformados em ácido lático)
� Apenas três tem realmente interesse na alimentação
animal:
�glicose que representa o tipo do nutriente glicídico
celular;
�amido que representa a reserva glicídica do mundo
vegetal e ocupa lugar importante na alimentação
humana e animal
�celulose – nutrição dos ruminantes
GLICÍDIOS OU CARBOIDRATOS
� Grupo heterogêneo de substâncias pouco solúveis em
água e solúveis em solventes orgânicos (éter,
clorofórmio, benzeno, etc)
� Também conhecidos como gorduras, podem ser de
origem animal ou vegetal
� Classificados como óleos (líquidos) e gorduras sólidas
� A oxidação completa fornece, em média, 9,45 Kcal/g,
ou 2,25 vezes mais energia do que a média fornecida
por carboidratos e proteínas
LIPÍDIOS
� Contem carbono, hidrogênio e oxigênio, com mais
carbono e hidrogênio em proporção ao oxigênio do
que os glicídios
� Compreendem os glicerídios das gorduras naturais
(lipídios propriamente ditos), seus ésteres e
substâncias com propriedades análogas: fosfatídios,
esteróis, etc.
� Lipídio dietético mais freqüente é o triglicerídeo das
fontes vegetais e colesterol de origem animal
LIPÍDIOS
� As vitaminas lipossolúveis (A, D, E, K) são absorvidas
juntamente com os lipídios dietéticos.
� Lipídios são fundamentais para:
�Fornecer maior qtdd de calorias por grama;
�Transportar as vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K);
�Melhorar a palatabilidade dos alimentos;
�Fornecer ácidos graxos essenciais.
LIPÍDIOS
� Outro aspecto importante a destacar sobre os lipídios
é que determinadas substâncias lipídicas, presentes
em pequenas proporções em diversos alimentos,
estão envolvidas no processo de síntese da vitamina
D, que é de grande importância para qualquer
organismo
� O teor de lipídios nas forragens é de 2 a 4% e nas
sementes oleaginosas, de 18 a 20%
LIPÍDIOS
� Complexo grupo de compostos orgânicos presentes
em pequenas quantidades no alimento
� Essenciais ao metabolismo normal, cuja falta na dieta
pode levar a sintomas de carência (avitaminose)
� Não podem ser sintetizadas no organismo animal
VITAMINAS
� Funções gerais:
�atuar como promotor de crescimento,
�coenzimas (catalisadores metabólicos),
�cura de certas doenças – problemas até o início do
século 20
�pelagra (niacina – vitamina B3),
�escorbuto (ácido ascórbico – vitamina C)
�beribéri (tiamina – vitamina B1)
� As vitaminas não são substituíveis umas pelas outras
VITAMINAS
� Quantidades diárias pequenas – consumidas na dieta
ou, no caso dos ruminantes, sintetizadas em seu
rúmen pelos microrganismos (vit K e B12)
� Classificadas em lipossolúveis e hidrossolúveis –
vitaminas sintéticas podem ter solubilidade diferente
� Lipossolúveis: solúveis em lipídios e extraíveis por
solventes orgânicos – vitaminas A, D, E e K;
� Hidrossolúveis: complexo B e a vitamina C.
VITAMINAS
� D – sintetizada na pele dos animais (radiação
ultravioleta) ou pode ser incluída na dieta
� Ruminantes – microbiota ruminal sintetiza vitaminas
K e do complexo B (exceção de bezerros jovens)
� C – sintetizada nos tecidos
� E – presente na maioria dos alimentos
� Forragens de alta qualidade – gdes qtdds A e
precursores de vitamina E
� Bovinos – armazenam vitaminas lipossolúveis que
lhes são suficientes por meses
VITAMINAS
� Elementos químicos inorgânicos - freqüentemente na
forma de sais associados com elementos inorgânicos
ou orgânicos
� Funções gerais:
�rigidez e resistência dos ossos e dentes;
�atuar como ativadores de sistemas enzimáticos;
�manter a pressão osmótica e excreção;
�atuar no equilíbrio ácido-base;
�exercer efeitos característicos na irritabilidade dos
músculos e nervos;
�atuar na produção de leite, carne, ovos, lã, etc.
MINERAIS
� Água de bebida e os alimentos dos animais contem,
praticamente, todos os elementos minerais
conhecidos, mas em quantidade e sob formas
variáveis
� Presentes apenas como traços ou em qtdds mais ou
menos significativas
� Estado sólido cristalizado e não ionizado – elementos
minerais do esqueleto e dos dentes: fosfato tricálcico,
carbonato de cálcio
MINERAIS
� Uma grande parte dos minerais, isto é, dos sais
minerais está em solução no meio celular ou nos
líquidos intersticiais e circulantes, ora em estado
ionizado, ora não ionizados
� Outros encontram-se combinados à matéria orgânica:
ácido fosfórico dos fosfolipídios e das nucleoproteínas,
enxofre de certos aminoácidos (metionina, cisteína e
cistina), ferro da hemoglobina, etc.
MINERAIS
� Os elementos minerais são divididos em dois grupos:
� macroelementos minerais, requeridos de 100 mg a >
1 g/d – cálcio, fósforo, sódio, cloro, potássio,
magnésio e enxofre;
� microelementos minerais, requeridos de micrograma a
100 mg/d – ferro, iodo, cobre, flúor, manganês,
molibdênio, zinco, cobalto, selênio, cromo, estanho,
níquel, vanádio e silício.
MINERAIS
AVALIAÇÃO DA ENERGIA
� valor energético dos alimentos – dois sistemas
�nutrientes digestíveis totais (NDT)
�energia – bruta (EB), digestível (ED), metabolizável
(EM) e líquida (EL)
� energia resulta da interação dos nutrientes do
alimento
� constituintes orgânicos do alimento � energia
química de constituição potencial a ser utilizada pelo
org. animal
� vits, microelementos e alguns macroelementos
minerais, como o P, representam os meios de
viabilização dessa energia
energia química de constituição de um alimento
transformações no org.
animal
energia mecânica (atividade muscular) ou calorífica 
(regulação tpt corporal) ou síntese de gordura a 
partir de CHO’S
�após atendidas outras necessidades energéticas
– energia gasta nos processos metabólicos, de
atividades, etc.
ENERGIA DOS ALIMENTOS
� Valor energético – base para expressar o valor
nutritivo dos alimentos
� Nutrientes exercem funções especiais no org.
(proteínas) – não altera a sua utilidade como fonte
de energia
� Assim, o glicogênio e as gorduras constituem
reservas que são utilizadas à medida das
necessidades, mas, quando elas faltam, as proteínas
podem desintegrar-se para produzir energia
ENERGIA DOS ALIMENTOS
� Unidades energéticas
� Todas as formas de energia podem ser convertidas
em calor
�não é somente o calor em si que é utilizado pelo
corpo, mas a energia química contida nos nutrientes
� Caloria (cal) – corresponde à qtdd calor necessária
para elevar de 14,5oC a 15,5oC um grama de água. 1
cal = 4,186 Joules.
� Quilocaloria (kcal) – 14,5oC a 15,5oC um quilograma
de água (1kcal = 103 cal)
ENERGIA DOS ALIMENTOS
� Unidades energéticas
� Megacaloria (Mcal) – 1.000 kcal (1 Mcal = 1 x 106 cal =
4,18 x 106 J)
� B.T.U. (British Thermal Unit) – qtdd calor necessária
para elevar de 1oF uma libra de água. Um kcal
corresponde aproximadamente a 4 B.T.U. (1 B.T.U. =
0,252 kcal)
� O NDT é expresso em % e a EB, ED, EM e EL são
usualmente expressos em Mcal
ENERGIA DOS ALIMENTOS
� Energia bruta (EB) ou calor de combustão do
alimento: energia dos alimentos, medida através de
bomba calorimétrica (CO2, H2O e outros gases)
�ponto de partida – valor energético dos alimentos
�qto mais energia no alimento, mais energia é
liberada na queima
�calor de combustão dos nutrientes – varia
composição(relação entre o oxigênio e os outros
elementos)
AVALIAÇÃO DA ENERGIA
AVALIAÇÃO DA ENERGIA
� Gorduras – média 2,25 vezes maior que CHO
�(menor proporção de O) – C e H são oxidados (1g H
= 4 vezes mais calor que 1 g C)
� CHOS – somente C é oxidado (O suficiente para
formar água com H)
� Pts – C e H são oxidados (N escapa forma gasosa, não
produz calor)
Tabela 7. Valores médios de combustão de carboidratos, proteínas e gorduras 
Nutrientes Kcal/g de Matéria seca 
Carboidratos 4,15 
Proteínas 5,65 
Gorduras 9,40 
Andrigueto et al., 1984 
ENERGIA BRUTA
� Alimentos de origem vegetal � pequena variação no
conteúdo energético (predominância de CHO)
� Valor de EB dos alimentos mais comuns – ao redor de
4,4 kcal por grama
�muito ricos em gorduras (valores mais altos)
�muito ricos em cinzas (valores mais baixos)
� Duas maneiras para medir a EB de um alimento
�diretamente pela bomba calorimétrica
�por cálculo (composição centesimal do alimento)
ENERGIA BRUTA
� considerando que o EE representa os lipídios totais e que
as frações fibra e ENN representam os glicídios desse
alimento
Tabela 8. Cálculo da EB baseado na composição centesimal de um alimento 
hipotético A. 
Nutrientes % Kcal/g EB (Kcal) 
Água 10 - - 
Proteína bruta 9 X 5,65 50,85 
Extrato etéreo 4 X 9,40 37,60 
Fibra bruta 5 X 4,15 20,75 
Cinzas 5 - - 
Extrato não nitrogenado 67 X 4,15 278,05 
Total 100 387,25 
Andrigueto et al., 1984 
387,25 kcal/100 g ou 3.872,5 kcal/g
Animais não aproveitam 
100% da energia ingerida –
parte é digerida e eliminada 
nas fezes
ENERGIA BRUTA
� Indica alguma informação sobre o alimento –
representa a proporção de EB processada pelo trato
digestório do animal
�perdas energéticas associadas aos processos
digestórios e metabólicos não são consideradas
ED = EBingerida – EBfezes
� ED pode ser calculada da mesma forma que a EB
desde que, seja conhecido ou determinado o CD dos
nutrientes isoladamente
ENERGIA DIGESTÍVEL - ED
ENERGIA DIGESTÍVEL
� Considerando o alimento A – supondo CD de 85% para
PB, 90% para EE, 5% para FB e 92% ENN
Tabela 9. Cálculo da ED de um alimento hipotético A. 
Nutrientes % CD (%) Fração Dig. Kcal/g ED (kcal) 
Água 10 - - - - 
Proteína bruta 9 85 7,65 5,65 43,22 
Extrato etéreo 4 90 3,60 9,40 33,84 
Fibra bruta 5 5 0,25 4,15 1,04 
Cinzas 5 - - - - 
Extrato não nitrogenado 67 92 61,64 4,15 255,81 
Total 100 333,91 
CD = coeficiente de digestibilidade; Andrigueto et al., 1984 
� 333,91 kcal por 100 g ou 3.339,10 kcal/kg de ED
� No caso dos ruminantes a ED pode ser obtida tb pelo
NDT:
ED (Mcal/kg) = (% NDT x 4,409)/100
� ED não é totalmente aproveitada pelo org. – parte é
perdida (urina e gases combustíveis)
�metano – fermentações no rúmen e intestinos
�urina – substs nitrogenadas (uréia) e não
nitrogenadas (ácido cítrico)
� EM � utilizada na formulação de rações
ENERGIA DIGESTÍVEL
� Estimativa da energia disponível ao animal, definida
como a diferença entre a EB e as perdas ocorridas
nas fezes, gases e urina
�decomposta em energia líquida (EL) e de calor
(incremento calórico)
�maior precisão (desconta a energia utilizada na
produção de calor corporal) � energia líquida (org.
utiliza para mantença e produção)
EM = ED – E urina – E gases
ENERGIA METABOLIZÁVEL -
EM
�medida mais segura do valor nutritivo do que a ED
– determinação envolve maiores complicações (coleta
urina e medição perdas de gases combustíveis)
�ruminantes é possível, calcular os valores de EM,
que corresponde a 82% da ED para gado de corte e
de 82 a 87% para gado de leite
EM (Mcal/kg de MS) = - 0,45 + 1,01 ED (NRC,1989)
EMp = [1,01 EDp – 0,45] + [0,0046 (EE – 3)] (NRC,
2001)
ENERGIA METABOLIZÁVEL
� EM menos o incremento calórico
EL = EM – incremento calórico
�incremento calórico = calor produzido pelo
metabolismo dos nutrientes, podendo ser útil
para manter a homeotermia (ambiente de
baixa tpt)
ENERGIA LÍQUIDA - EL
� A EM segue duas vias:
� a) Parte é perdida nos trabalhos de digestão e
absorção dos alimentos
�trabalho mecânico de apreensão, mastigação,
regurgitação e evacuação;
�intensifica-se a atividade glandular e das bacts
(rum.);
�trabalho do coração é acelerado;
�metabolismo se intensifica, através do
desdobramento e síntese de substs (desprendimento
de calor corporal)
ENERGIA LÍQUIDA
� EM segue duas vias:
� b) Parte vai constituir a EL, que é aproveitada pelo
org. para diferentes fins
�mantença – metabolismo basal (animal em
repouso, em jejum e na zona de neutralidade
térmica); gastos ligados a atividade física e gastos da
termorregulação
�crescimento, produção de leite, lã, ovos, gordura
ou trabalho
ENERGIA LÍQUIDA
� ELm = 1,37 EM – 0,138 EM2 + 0,0105 EM3 – 1,12
(NRC 2001)
� ELg = 1,42 EM – 0,174 EM2 + 0,0122 EM3 – 1,65
(NRC 2001)
ENERGIA LÍQUIDA
Energia Bruta (EB) 
 
 Energia nas Fezes 
 1.Alimento indigerido 
 2.Bactéria indigerida 
 3.Células Epiteliais, Enzimas, etc 
 
Energia Digestível (ED) 
 
 Energia na urina 
 
 Energia nos gases (CH3) 
 
Energia Metabolizável (EM) 
 
 Calor Total 
Produzido no Animal Incremento Calórico (Calor 
do Metabolismo dos Nutrientes
+
 Calor de Fermentação)
 
Energia Liquida (EL) 
 
 Energia liquida Energia Liquida 
 de mantença(ELm) de produção (Elp) 
 1.Metabolismo Basal 1.Crescimento(Elg) 
 2.Atividade Voluntária 2. Engorda (Elg) 
 3.Manutenção da temperatura 3.Trabalho (Elt) 
 corporal 4.Leite (Ell) 
 5.Lã 
 6.Reprodução 
Esquema Diagramático da Utilização de Energia pelos Animais 
Domésticos 
� Outras formas de medir energia:
� NDT (Nutrientes digestíveis totais): descreve o
valor energético dos alimentos tomando por base a
digestibilidade de cada fração da análise proximal
�cinzas não fornecem nenhum tipo de energia
NDT = % PBD + % FBD + % ENND + (EED x 2,25)
AVALIAÇÃO DA ENERGIA
� Desvantagem do método Weende – subestima FB e
superestima ENN para os alimentos volumosos
�superestimação do valor energético
� Hoje – cálculo NDT com FDN
NDT = FDND + PBD + CNFD + (EED x 2,25)
�CNFD – CHO não fibrosos digestível (100 – FDN – PB –
Cinzas – EE)
� NRC (2001)
NDT = 0,93PB + (EE x 2,25) + 0,98 (100 – PB – EE – CN) - 7
NDT
� NDT – desvantagem de não expressar, com exatidão,
o conteúdo energético útil dos alimentos, para
realização dos processos produtivos (EL)
�exigências dos animais e o valor nutricional dos
alimentos são expressos em termos de qtdd de
matéria digerida
�correção para EE, porém, não é uma medida
calorimétrica
1g NDT = 4,4 kcal/g de ED
1g NDT = 3,6 kcal/g de EM
NDT
CONCEITOS PARA 
FORMULAÇÃO DE RAÇÃO
� Conceito de alimento – muito amplo, pois engloba
todas as substs que podem ser incluídas nas dietas
dos animais por conterem nutrientes
�produtos vegetais e animais e seus subprodutos
�substâncias nutritivas puras, quimicamente
sintetizadas ou produzidas por outros processos
(fermentaçõesmicrobianas)
CONCEITOS PARA 
FORMULAÇÃO DE RAÇÃO
� Para utilizar um alimento na alimentação animal,
considerar:
� alimento não pode conter substs tóxicas
�considerar a toxicidade por sp
�possibilidade de inativar o tóxico (viabilidade
econômica)
� apetibilidade ou palatabilidade (grau de aceitação)
�existem hoje substs cuja única fç é tornar o
alimento palatável - ampliar o campo dos alimentos
disponíveis para utilização na alimentação animal
CONCEITOS PARA 
FORMULAÇÃO DE RAÇÃO
� Importante: como os nutrientes se encontram no
alimento, seus fatores de flutuação e quais os de
maior interesse para a nutrição animal
� Alimentos � fontes de nutrientes para as funções
fisiológicas que garantem a vida, saúde e produção
dos animais
�plantar, comprar, armazenar e transformar os
alimentos, de acordo com as necessidades para
produzir as rações
� Objetivo de formular ração animal - combinar os
alimentos de forma a fornecer as qtdds corretas de
nutrientes que o animal necessita para crescer,
manter-se saudável, produzir tecido ou reproduzir-se
� Composição do alimento – peso úmido ou verde, e
peso livre de umidade: peso seco ao ar (60ºC) e base
seca ou MS (105ºC)
� Formas de expressão: % do peso ou volume, gramas
por litro e partes por milhão (ppm)
�vitaminas – microgramas por 100 g ou 100 mL e
em unidades internacionais (UI)
CONCEITOS PARA 
FORMULAÇÃO DE RAÇÃO
CONCEITOS PARA 
FORMULAÇÃO DE RAÇÃO
Comparação entre diferentes 
alimentos – MS total
Cálculos matemáticos que definirão a composição das
dietas fornecidas para os animais – MS
EXIGÊNCIAS 
NUTRICIONAIS
� Organismos vivos necessitam nutrientes para manter
suas funções metabólicas
� Formação de tecido para crescimento e reprodução –
aporte de nutrientes em qtdds determinadas
� Importante relação entre os nutriente
�não adianta fornecer excesso de vitamina se a ração
é pobre em energia – animal necessita de todos os
nutrientes em doses equilibradas, de acordo com as
suas exigências
EXIGÊNCIAS 
NUTRICIONAIS
� Importante: exigências nutricionais variam de acordo
com a sp, idade, estado fisiológico, clima e sexo
� Vaca produzindo leite tem exigência muito diferente
do bezerro ou do touro
� Frangos de corte com crescimento acelerado – ideal
seria modificar a ração para cada dia de vida, pois à
medida que cresce, a exigência dos nutrientes muda
�prática – divisão da ração em fases é mais viável
EXIGÊNCIAS 
NUTRICIONAIS
� Idéia errônea: ´Quanto mais nutriente fornecido,
melhor!`
�mais importante que a quantidade do nutriente, é a
sua relação com os demais
�animais continuam produzindo até um limite –
determinado pela sua condição de saúde, meio-
ambiente e genética
Ex. Vaca
EXIGÊNCIAS 
NUTRICIONAIS
� Fáceis de serem acessadas – disponíveis em tabelas
publicadas por centros de pesquisa ou universidades
que trabalham com produção animal (NRC)
� Brasil – Tabelas Brasileiras para Aves e Suínos (UFV)
quantidade de nutrientes necessários para cada 
fase de vida do animal – calcular a qtdd de 
alimentos necessários para suprir os nutrientes 
nos níveis adequados
EXIGÊNCIAS 
NUTRICIONAIS
� Exigências dos animais e a qtdd de nutrientes dos
alimentos são expressos em números
� Alimentos ou rações prontas podem ser comparados
�produtor normalmente compra a ração baseado no
teor de PB – animais exigem vários nutrientes
�levar em conta outros dados como nível energético,
perfil de aa digestíveis além de vits e minerais
EXIGÊNCIAS 
NUTRICIONAIS
� PB, FB, FDN, FDA, MM, aa e macrominerais –
expressos em % do alimento ingerido
� Animais necessitam de gramas ou miligramas diárias
destes nutrientes
�cálculos – nutricionista estima o consumo diário de
ração e converte a necessidade do animal em g/d em
percentual da dieta
�ex.: ração com 22% de PB para vaca de leite; ração
com 1% de lisina para frangos; ração com 2% de Ca
e 1% de P para cães filhotes
EXIGÊNCIAS 
NUTRICIONAIS
� Proteína e aa – considerar se estão sendo expressos na forma
de nutriente digestível – comum principalmente em rações de
monogástricos (aves e suínos)
�lisina digestível ou metionina digestível
nem toda pt ou aa ingerido será absorvido no intestino
(digestibilidade)
forma mais precisa de estimar as exigências dos animais e 
comparar o valor nutricional dos alimentos
EXIGÊNCIAS 
NUTRICIONAIS
� Ex.: FS com 46% PB e farinha de carne com
50% PB
� farinha de carne tem + EB, + pt, + metionina
e praticamente a mesma qtdd de lisina e
treonina total comparado ao farelo de soja 46
�FS é mais rico nutricionalmente, pois
apresenta + EM e nutrientes digestíveis
EXIGÊNCIAS 
NUTRICIONAIS
� Minerais – especial atenção ao P
�grãos vegetais – baixa disponibilidade do P
devido presença de ácido fítico em gde qtdd
(complexação do P, impedindo sua absorção
a nível intestinal)
�até 60% do P pode estar indisponível
(monogástricos – qtdd de P total e P
disponível nas formulações)
EXIGÊNCIAS 
NUTRICIONAIS
� Demais microminerais e vitaminas – expressos em
partes por milhão (ppm), exceto vitamina A, D e E
(UI)
1 ppm = 1 mg/kg ou 1 g/ton
� Indivíduo adulto não produtivo – considerado como
estando em “manutenção” (nutrientes apenas para
mantença)
� Jovem em crescimento – decompostas em exigências
de manutenção aplicáveis ao seu PV em um dado
momento e em exigências de crescimento aplicáveis
ao GP cotidiano
EXIGÊNCIAS 
NUTRICIONAIS
� Distinção entre as exigências energéticas de
manutenção e de produção – mais de ordem teórica
do que fisiológica
�raro encontrar condições nutricionais que
correspondam ao conceito de manutenção
�animal em estado de equilíbrio, sem ganhos e
nem perdas
�talvez encontre uma situação dessa no caso de
um adulto, mas praticamente nunca no caso de um
jovem
CONSIDERAÇÕES FINAIS
� Para elaborar uma ração, antes de qq coisa é
fundamental conhecer a sp animal, suas caracts,
peculiaridades e exigências nutricionais
�fundamental conhecer os alimentos, suas caracts e
seu valor nutricional
� Comparação entre diferentes alimentos – MS total
� Importante considerar apetibilidade ou palatabilidade
� Todo balanceamento de dieta é finalizado com a
fórmula da ração em termos de %

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