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12 - Fungos de Interesse Veterinário

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19/10/2014
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Fungos de Interesse 
Veterinário
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Veterinário
Profª Juliana de Andrade Cintra
Candida spCandida sp
 A candidíase é, usualmente, causada pela 
levedura parasitária Candida albicans.
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 A doença produzida pelos membros do 
gênero Candida rotineiramente ocorre em 
um hospedeiro imunocomprometido.
FormaForma
 Leveduriforme com brotamento oval
3BLASTOCONÍDIOS
Fonte: www.ambientenet.eng.br
FormaForma
 Determinadas condições de temperatura, 
pH, nutrição e atmosfera, tubos 
germinativos - Clamidoconídios
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Candida spCandida sp
 É eucariota
 Colorações: 
- ácido periódico de Schiff (PAS)
t i d t d G i (GMS)
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- metenamina de prata de Gomori (GMS)
- Wright
- Giemsa
- Gram
Candida albicansCandida albicans
 É aeróbio obrigatório
 25º C – colônias brancas de aspecto 
cremoso e pastoso
6Fonte: www.yuleidy-sanchez.blogspot.com
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Candida albicansCandida albicans
 As espécies de Candida são destruídas por:
 aquecimento acima de 50ºC
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 luz ultravioleta 
 cloro e 
 desinfetantes como amônio quaternário
ReservatórioReservatório
 Áreas mucocutâneas
T di i i f i d íf
8
 Trato digestivo inferior de mamíferos e aves
 Ambiente
TransmissãoTransmissão
 Fonte endógena, isto é, cepa comensal
E l
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Exemplo:
Infecção do 
úbere
PatologiasPatologias
 Trato digestório anterior desde a boca ao 
estômago.
 Trato genital, pele e unhas
 Infecções respiratórias intestinais e
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 Infecções respiratórias, intestinais e 
septicêmias.
 Superfícies epiteliais – a candidíase forma 
placas esbranquiçadas a amareladas ou 
cinza, com áreas de ulceração demarcadas 
por inflamação. 
PatologiasPatologias
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Fonte: www.mdsaude.com
Forma da doençaForma da doença
 Semelhante ao “sapinho”.
 Galinhas, perus, pombos e outras aves 
(Trato digestório anterior).
 Trato digestório de potros e suínos: lesões
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 Trato digestório de potros e suínos: lesões 
ulcerativas.
 Infecções genitais em equinos.
 Bezerros em terapia intensiva com 
antibióticos: Candidíase pneumônica.
 Mastite em vacas é autolimitante.
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Forma da doençaForma da doença
 Carnívoros de pequeno porte: lesões 
ulcerativas nos tratos genital e disgestório.
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 Cães: raramente septicemia, com lesões em 
pele e trato urinário (diabéticos).
EpidemiologiaEpidemiologia
 Vivem em comensalismo com a maioria das
espécies. A doença está vinculada a
desequilíbrios imunes e hormonais a
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desequilíbrios imunes e hormonais, a
diminuição da resistência, a colonização ou
exposição de hospedeiros debilitados ou
tecidos vulneráveis.
Diagnóstico laboratorialDiagnóstico laboratorial
 Ágar sangue
 Ágar Sabouraud
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 Ágar fubá tween 80
 Teste do tubo 
germinativo
TratamentoTratamento
 Avicultura: - sulfato de cobre na água
- nistatina
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 Uso tópico: Anfotericina B e Miconazol
 Trato urinário inferior: fluconazol oral ou 
flucitosina
Malassezia pachydermatisMalassezia pachydermatis
 Otites e lesões cutâneas;
 Fungo oportunista;
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 Leveduras em brotamento
BLASTOCONÍDIO
DiagnósticoDiagnóstico
Cultura e microcultivo.Cultura e microcultivo.
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ManifestaçõesManifestações
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DERMATÓFITOSDERMATÓFITOS
 São fungos capazes de parasitar apenas
estruturas epidérmicas ceratinizadas:
superfícies de pele, pêlos, penas, chifres,
20
p p , p , p , ,
cascos, garras e unhas. Infeccões
dermatofíticas são conhecidas como
tinhas (tinea).
MorfologiaMorfologia
 Hifas ramificadas: micélio
 Unidades reprodutivas assexuadas: 
macroconídeos e microconídeos –
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 formato, tamanho, estrutura e abundância
CRITÉRIOS DE DIAGNÓSTICOCRITÉRIOS DE DIAGNÓSTICO
Características dos gêneros dos Características dos gêneros dos 
dermatófitosdermatófitos
Microsporum Trichophyton Epidermophyton
Macroconídio Normalmente 
presente
Variável; frequete/e 
presente
Presente
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Paredes Espessa Fina Espessa
Superfície Rugosa Lisa Lisa
Formato Em forma de fuso ou 
de charuto
Em forma de clava 
(estreita)
Em forma de clava (larga)
Microconídio Variável; frequete/e 
ausente
Comum Ausentes
Forma sexual Nannizzia Arthroderma Desconhecida
Microsporum canisMicrosporum canis
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Microsporum gypseumMicrosporum gypseum
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Trichophyton Trichophyton spsp
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Epidermophyton Epidermophyton spsp
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RESISTÊNCIA e RESERVATÓRIORESISTÊNCIA e RESERVATÓRIO
 Os dermatófitos são sensíveis aos
desinfetantes comuns, cresol, iodo ou
cloro. Eles sobrevivem por anos em
27
p
ambientes inanimados.
 Dermatófitos geofílicos, zoofílicos e
antropofílicos.
TRANSMISSÃOTRANSMISSÃO
 Contato direto e indireto: fomites e no
ambiente.
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PatogeniaPatogenia
 Hifas crescem dentro do córtex piloso,
formando artroconídias nas superfícies
externas e se acumulam na superfície do
pêlo: ectothrix
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pêlo: ectothrix
 Acúmulo de artroconídias dentro do pêlo:
endothrix
PatogeniaPatogenia
 Hipertrofia do extrato córneo com
ceratinização acelerada e descamações,
produzindo aparência crostosa e perda de
pêlos.
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pêlos.
 Em gatos adultos pode não haver sinais.
 Inflamação à margem da área parasitada.
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PatologiaPatologia
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PatologiaPatologia
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EPIDEMIOLOGIAEPIDEMIOLOGIA
 Afetam animais jovens
 Bovinos: remoção de locais úmidos, 
escuros
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escuros
 Suínos: M. nanum – geofílico
Aspectos imunológicosAspectos imunológicos
 Antígeno: ceratinases e glicoproteínas –
Respostas Celulares.
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 Vacinação: Europa: vacinas miceliais 
T. verrucosum, inativados e 
vivas atenuadas.
Diagnóstico laboratorialDiagnóstico laboratorial
 50 a 70% dos casos: pêlos e raspados de
pele infectadas com M.canis ou M.
audouinii – brilhante fluorescência
amarelo-esverdeada.
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amarelo esverdeada.
Diagnóstico laboratorialDiagnóstico laboratorial
 Exame microscópico: presença de hifas e
artroconídios nos pêlos.
margem da lesão: porção do pêlo
i t f li l
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intrafolicular
 KOH 20%: clarificação
 Cultura: Ágar Mycosel e Ágar Sabouraud
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TratamentoTratamento
 Griseofulvina e cetoconazol: via oral
 Teratogênico em gatas prenhes.
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 Teratogênico em gatas prenhes.
MICOSES SUBCUTÂNEASMICOSES SUBCUTÂNEAS
Sporothrix schenckii
 Saprófita dimórfico – Linfagites ulcerativas
crônicas de pele e subcutânea
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p
 T.A – Coloração creme a negra,
posteriormente tornam-se enrugadas e
aveludadas.
 37ºC – Colônias leveduriformes 
esbranquiçadas
MICOSES SUBCUTÂNEASMICOSES SUBCUTÂNEAS
Sporothrix schenckii
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MICOSES SUBCUTÂNEASMICOSES SUBCUTÂNEAS
Sporothrix schenckii
 Reservatório – vegetais e solos
40
g
MICOSES SUBCUTÂNEASMICOSES SUBCUTÂNEAS
Sporothrix schenckii
 Transmissão - contato cutâneo
- inalação ou ingestão
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PatogeniaPatogenia
 Nódulo cutâneo ulcerativo
 Cães e gatos é comum disseminação para 
vísceras, articulações, ossos e SNC.
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Diagnóstico laboratorialDiagnóstico laboratorial
 Cultura
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TratamentoTratamento
 Iodetos inorgânicos: via oral
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MICOSES SUBCUTÂNEASMICOSES SUBCUTÂNEAS
Histoplasma capsulatum
 Linfógite epizoótica (pseudomormo) é uma
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g p (p )
doença piogranulomatosa crônica da pele e de
vasos linfáticos de equinos.
 É um fungo dimórfico que produz leveduras
gemelantes em tecidos e hifas esteréis e sua
forma micelial.
MICOSES SUBCUTÂNEASMICOSES SUBCUTÂNEAS
Histoplasma capsulatum
 Crescem em Ágar Sabouraud, caldos e meios 
l t d i l h i id
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suplementados com sangue e cicloheximida.
 T.A – várias semanas – micélio 37 ºC – levedura
 Reservatório desconhecido
MICOSES SUBCUTÂNEASMICOSES SUBCUTÂNEAS
Histoplasma capsulatum
 Transmissão - feridas cutâneas
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- Artropódes
 Nódulo cutâneo local que se torna
abscedado e ulcerado.
Diagnóstico laboratorialDiagnóstico laboratorial
 Material de biópsia 
 Cultura
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MICOSES SUBCUTÂNEASMICOSES SUBCUTÂNEAS
Cromoblastomicose e Feioifomicose
 Infecções causadas por fungos com 
pigmentação negra.
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MICOSES SUBCUTÂNEASMICOSES SUBCUTÂNEAS
Cromoblastomicose e Feioifomicose
 70 espécies pertencem aos gêneros:
 Alternaria
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 Alternaria 
 Cladosporium
 Cladophialophora
 Curvularia
 Exserohilum
 Fonsecala
 Exophiala
MICOSES SUBCUTÂNEASMICOSES SUBCUTÂNEAS
Cromoblastomicose e FeioifomicoseCromoblastomicose e Feioifomicose
 A cromoblastomicose é rara em mamíferos 
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exceto humanos, mas ocorre em rã e sapos.
 A Feioifomicose esporadicamente é vista em 
gatos, cães, equinos, bovinos e caprinos
MICOSES SUBCUTÂNEASMICOSES SUBCUTÂNEAS
Cromoblastomicose e Feioifomicose
 Estão associados a plantas e solos, penetram
52
p p
através da pele e multiplicam no tecido
subcutâneo causando reações
piogranulomatosas.
Diagnóstico laboratorialDiagnóstico laboratorial
 Material de biópsia 
 Cultura
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TratamentoTratamento
 Não testado em animais
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MICOSES SUBCUTÂNEASMICOSES SUBCUTÂNEAS
Micetomas
 Micetoma ou “tumor fúngico” é caracterizado
por tumefação e formação de grânulos. Podem
estar associados a bactérias (Actinomiceto) ou
f (E i óti ) t l t d
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a fungos (Eumicótico) e raramente relatado em
bovinos, equinos, cães e gatos.
MICOSES SUBCUTÂNEASMICOSES SUBCUTÂNEAS
Micetomas
 Os fungos implicados incluem:
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g p
Pseudollescheria boydii
Cochliobolus spicifer
Curvularia geniculata
TratamentoTratamento
 Excisão
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MICOSES SUBCUTÂNEASMICOSES SUBCUTÂNEAS
Pitiose cutânea
 Câncer dos Pântanos
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 Sanguessuga Equina da Flórida
 O Pythuim insidiasum (“Hyphomyces detruens”)
causa infecções cutâneas piogranulomatosas
ou fibrogranulomatosas ulcerativas em equinos,
bovinos e cães.
MICOSES SUBCUTÂNEASMICOSES SUBCUTÂNEAS
Pitiose cutânea
 O agente é um fungo aquático
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 As lesões em equinos consistem em tumefações
secretoras grandes (45 cm), localizadas
normalmente em extremidades, no tronco ventral
ou cabeça – hifas são demonstravéis dentro dos
coágulos granulomatosos (“sanguessugas”) que
consistem em macrófagos necróticos, células
epitelioídes e células gigantes, com infiltrado
eosinofílico.
MICOSES SUBCUTÂNEASMICOSES SUBCUTÂNEAS
Pitiose cutânea
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MICOSES SUBCUTÂNEASMICOSES SUBCUTÂNEAS
Pitiose cutânea
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TratamentoTratamento
 Cirurgia 
 Terapia antifúngica – Anfotericina B
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 Terapia antifúngica Anfotericina B
 Imunoterapia
MICOSES SISTÊMICASMICOSES SISTÊMICAS
Os agentes da maioria das micoses sistêmicas 
(“ou profundas”) são saprofíticos.
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Coccidioides Immitis
 Dimórfico
 Solo
TRANSMISSÃOTRANSMISSÃO
 Inalação de poeira
 Cão é mais comum
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 Cão é mais comum
PatogeniaPatogenia
 Apatia
 Anorexia
 Perda do vigor físico
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 Tosse
 Febre
 Bovinos, suínos, ovinos é assintomático.
TratamentoTratamento
 Terapia antifúngica – Cetoconazol e 
Iticonazol
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Diagnóstico laboratorialDiagnóstico laboratorial
 Líquidos e tecidos - esférulas
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MICOSES SISTÊMICASMICOSES SISTÊMICAS
Histoplasma capsulatum
 A histoplasmose compartilha características
68
p p
patogênicas e imunológicas com a
coccidioidomicose. Ela difere em sua ocorrência
geográfica. As espécies acometidas incluem
seres humanos, cães e gatos.
 A infecção em outros hospedeiros (bovinos,
equinos, suínos e animais silvestres) é
raramene, clínica
MICOSES SISTÊMICASMICOSES SISTÊMICAS
Blastomyces dermatidis
 Hospedeiro – Seres humanos, cães e 
69
p
raramente equinos, gatos e espécies silvestres.
 Dimórfico
 Solo
PatogeniaPatogenia
 Lesões de pele
 Dificuldade respiratória
 Febre
70
 Febre
 Depressão
 Anorexia
 Perda peso
Diagnóstico laboratorialDiagnóstico laboratorial
 Líquidos e tecidos – Cultura
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TratamentoTratamento
 Terapia antifúngica:
- Anfotericina B
- Cetoconazol
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Cetoconazol
- Fluconazol
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MICOSES SISTÊMICASMICOSES SISTÊMICAS
Cryptococcus neoformans
 A criptococose acomete animais e o homem
t d d O i l d é ti i
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em todo o mundo. O animal doméstico mais
frequentemente acometido é o gato. Em todas
as espécies, há tendência em ocorrer
envolvimento do SNC.
 Dimórfico
 Superfícies polidas e sujas, no solo e
excremento secos de pombos – sobrevive por
mais de 1 ano
MICOSES SISTÊMICASMICOSES SISTÊMICAS
Cryptococcus neoformans
 A via de infecção é a respiratória
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 As infecções frequentemente se localizam no
SNC após disseminação dos pulmões
 Em gatos e cães, comum lesões ulcerativas de
mucosas, nariz, boca, faringe em seios ou
pólipos nasais.
 Bovinos – causa mastite
MICOSES SISTÊMICASMICOSES SISTÊMICAS
Cryptococcus neoformans
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Diagnóstico laboratorialDiagnóstico laboratorial
 Exame direto 
 Cultura
 Imunodiagnóstico (IFI e aglutinação em 
lâ i ( tí l d l t tid
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lâmina (partículas de latex revestidas com 
polossacarídeo capsular).
ReservatóriosReservatórios
 Superfícies contaminadas (lajes e sótãos 
com pombos) – Solução de cal.
454 d l hid t d + 4 4 L d á
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 454g de cal hidratado + 4,4 L de água
TratamentoTratamento
 Terapia antifúngica:
- Fluconazol
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Fluconazol
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MICOSES SISTÊMICASMICOSES SISTÊMICAS
Aspergillus spp
 São fungos saprófitas com características
t ê i t i t d d d d
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patogênicas oportunistas, dependendo do
microrganismo comprometedor.
 Das cerca de 900 espécies, A. fumigatus é a
mais frequente em infecções de seres humanos
e animais.
MICOSES SISTÊMICASMICOSES SISTÊMICAS
Aspergillus fumigatus
80
MICOSES SISTÊMICASMICOSES SISTÊMICAS
Aspergillus niger
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