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CURSO ON-LINE - D. CONST. NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 1 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Aula 2 - Princípios Fundamentais: Olá Pessoal tudo certo? Como vão os estudos? Hoje veremos os “princípios fundamentais” da República Federativa do Brasil. Os princípios básicos onde se apoiam todas as normas da Constituição, já que definem a estrutura política do Estado. Mas, antes de iniciarmos a aula, vamos àquela nossa revisãozinha da aula passada. Você sabe, essas são as coisas que você tem que decorar melhor do que a senha do banco: Poder Constituinte: Originário (PCO) – Seu titular é o povo, o seu exercente é a assembleia constituinte. É um poder inicial, político (pré-jurídico), autônomo, soberano, irrestrito, permanente. Lembrando que: • Inicial – pois dá início a um novo ordenamento jurídico; • Ilimitado, irrestrito, ou soberano - Não reconhece nenhuma limitação material; • Incondicionado – Não existe nenhuma limitação ou procedimento formal pré-estabelecido; Derivado (PCD) - Deriva do originário, sendo jurídico, derivado, condicionado e limitado. Lembrando que: • Condicionado – Possui limitações formais; • Limitado - Deve respeitar limites materiais (cláusulas pétreas – CF, art. 60 §4º). O PCD se divide em: 1- Reformador - Poder de fazer a reforma constitucional (emendas constitucionais de reforma) para alterar formalmente o texto da Constituição (CF, art. 60). Manifesta-se da seguinte forma: 2- Revisor – Mesmo poder e mesmas limitações da reforma, porém através de um procedimento bem mais simples: bastava maioria simples em turno único. Foi instituído para se manifestar 5 anos após a promulgação da Constituição e depois se extinguir. 3- Decorrente - Poder para os Estados elaborarem as suas Constituições Estaduais. 4- Difuso - É o poder de se promover a mutação constitucional (alteração informal da Constituição). CURSO ON-LINE - D. CONST. NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 2 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Classificação das Constituições: Critério Classificação Conceito No Brasil (CF/88) Origem Outorgada Imposta pelo governante. Promulgada Promulgada Legitimada pelo povo através de uma Assembléia Constituinte. Cesarista Imposta pelo governante, mas posteriormente levada à aprovação popular (não deixa de ser outorgada). Forma Escrita Documento Escrito (se único = codificada/se vários = legal). Escrita e Codificada. Não-Escrita Consuetudinária (costumeira). O que importa é o conteúdo e não como ele é tratado. Extensão Sintética Dispõe apenas sobre matérias essenciais (organização do Estado e limitação do poder). Analítica Analítica É extensa tratando de vários assuntos, ainda que não sejam essenciais. Conteúdo Formal Independe do conteúdo tratado. Se estiver no corpo da Constituição será um assunto constitucional, já que o importante é tão somente a forma. Formal Material O importante é apenas o conteúdo. Não precisa estar formalizado em uma constituição para ser um assunto constitucional. Elaboração Dogmática Necessariamente escrita. Reflete a realidade presente na sociedade em um determinado momento. Dogmática Histórica Consolidada ao longo do tempo. CURSO ON-LINE - D. CONST. NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 3 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Alterabilida de ou estabilidade Flexível Pode ser alterada por leis de status ordinário. Prescinde de procedimento especial para ser alterada. Rígida (ou super- rígida já que possui cláusulas pétreas). Em 1824 era semi-rígida. Rígida Somente pode ser alterada por um procedimento especial. Semi-rígida ou semi- flexível Possui uma parte rígida e outra flexível. Imutável Não podem ser alteradas Ontológica ou conexão com a realidade Nominalista É ignorada. Normativa ou nominalista (sem consenso) Normativa Efetivamente aplicada. Semântica Criada apenas para justificar o poder de um governante. Finalidade Dirigente Possui normas programáticas traçando um plano para o governo. Dirigente Garantia Constituição negativa, sintética. Não traça planos, apenas limita o poder e organiza o Estado. Balanço Utilizada para ser aplicada em um determinado estágio político de um país. Ideologia Ortodoxa Única ideologia Eclética Eclética Várias ideologias Elementos da Constituição: 1- Orgânicos: Regulam a estrutura do Estado e do Poder. Ex. Título III – Da Organização do Estado; Título IV – Da organização do poderes e do Sistema de Governo; Forças Armadas; Segurança pública; Tributação, Orçamento; 2- Limitativos: Limitam a atuação do poder do Estado. São os direitos e gatantias fundamentais, exceto os direitos sociais, pois eles são sócio- ideológicos; 3- Sócio-ideológicos: Tratam do compromisso entre o Estado individualista com o Estado Social. Ex. Direitos Sociais, Título VII – Da ordem econômica e financeira; Título VIII – Da Ordem Social; CURSO ON-LINE - D. CONST. NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 4 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 4-De Estabilização Constitucional: Tratam da solução de conflitos constitucionais, defesa do Estado, Constituição e instituições democrátitcas. Ex. Controle de Constitucionalidade, os procedimentos de reforma, o estado de sítio, estado de defesa e a intervenção federal; 5- Formais de aplicabilidade: Regras de aplicação da Constituição. Ex. ADCT, Preâmbulo e norma do art. 5º §1º da Constituição. Normas, Regras e Princípios Constitucionais: • Todas as normas constitucionais (exceto o preâmbulo - segundo a jurisprudência do STF) possuem eficácia jurídica, pois mesmo que não consigam alcançar seu destinatário, conseguem, ao menos, impor a sua observância às demais de hierarquia inferior. • Regras são mais concretas, definidores de condutas. • Princípios são mais abstratos, são "mandados de otimização". • Regras não admitem o cumprimento parcial, já os princípios admitem. • Se duas regras entram em conflito, o aplicador deve cumprir uma ou outra. • Se dois princípios entram em conflito, eles devem ser harmonizados, podendo ambos poderão ser cumpridos embora em graus diferentes de cumprimento. • Os princípios sensíveis – (CF, art. 34, VII) - se não respeitados poderão ensejar a intervenção federal. • Os princípios federais extensíveis – São os princípios federais aplicáveis pela simetria federativa aos demais entes políticos, como por exemplo, as diretrizes do processo legislativo, dos orçamentos e das investiduras nos cargos eletivos. • Os princípios estabelecidos - Estão dispostos expressamente ou implicitamente no texto da Constituição Federal limitando o poder constituinte do Estado-membro. • Normas de Reprodução Obrigatória - São aquelas normas da Constituição da República que são de observância obrigatória pelas Constituições Estaduais. • Normas de Imitação - São as normas que podem, facultativamente, estar presentes na Constituição Estadual. • Normas formalmente e materialmente constitucionais - São as normas da Constituição que, além de formais, tratam de assuntos essenciais a uma Constituição. • Normas apenas formalmente constitucionais - São as normas da Constituição que não tratam de assuntos essenciais a uma Constituição, porém, não deixam de ser formais já que possuem a roupagem de Constituição, apenas não são materiais. CURSO ON-LINE - D. CONST. NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 5 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Eficácia e aplicabilidade das normas Segundo a José Affonso da Silva: Eficácia Plena – São de aplicação direta e imediata e independemde uma lei que venha mediar os seus efeitos. As normas de eficácia plena também não admitem que uma lei posterior venha a restringir o seu alcance. Eficácia Contida – Assim como a plena é de aplicação direta e imediata não precisando de lei para mediar os seus efeitos, porém, poderá ver o seu alcance limitado pela superveniência de uma lei infraconstitucional, por outras normas da própria constituição estabelece ou ainda por meio de preceitos ético-jurídicos como a moral e os bons costumes. Eficácia Limitada – São de aplicação indireta ou mediata, pois há a necessidade da existência de uma lei para “mediar” a sua aplicação. Caso não haja regulamentação por meio de lei, não são capazes de gerar os efeitos finalísticos (apenas os efeitos jurídicos que toda norma constitucional possui). Pode ser: a) Normas de princípio programático (normas-fim)- Direcionam a atuação do Estado instituindo programas de governo. b) Normas de princípio institutivo - Ordenam ao legislador a organização ou instituição de órgãos, instituições ou regulamentos. Segundo a Maria Helena Diniz: Eficácia absoluta ou supereficazes: seriam as clásulas pétreas (CF, art. 60 §4º); Eficácia plena = Eficácia plena de J.A. Silva; Eficácia relativa restringível = Eficácia contida de J.A. Silva; Eficácia relativa complementável = Eficácia limitada de J.A. Silva. Uffa... Vamos começar a aula de hoje! PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS: Primeiro, vamos entender um pouco melhor o que seriam esses "Princípios Fundamentais": • Conceito: São os princípios básicos da estruturação e organização do Estado e do seu Poder Político. • Na Constituição: Vão do art. 1º ao 4º. • Sinônimos: Princípios político-constitucionais (pois organizam o Estado - os que decorrem deles são os jurídico-constitucionais), - Tudo que for relacionado ao termo "político" estará dando idéia de "organização"- são também chamados de normas-síntese, normas- matriz (pois sintetizam e servem de origem para diversos desdobramentos ao longo da Constituição). CURSO ON-LINE - D. CONST. NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 6 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR • Princípios Fundamentais X Princípios Gerais do Direito: Não se pode confundir os princípios fundamentais com os princípios gerais do direito constitucional. Enquanto aqueles estão positivados na Constituição, estes formam um estudo teórico, são aplicáveis a vários ordenamentos. Cobrança do tema: A cobrança dos princípios fundamentais pode se dar de duas formas: literalidade ou cobrança de doutrina/jurisprudência. Cobrança de literalidade: Todas as bancas cobram a literalidade dos art. 1ª ao 4º da Constituição e não raramente tentam confundir o candidato com os nomes que ali aparecem. Assim, existem 4 coisa que devem estar completamente decoradas: (POR FAVOR!!! Esqueça seu telefone, seu endereço, mas não esqueça da literalidade destes artigos) FUNDAMENTOS (art. 1º): (So-Ci-Di-Val-Plu) soberania; cidadania; dignidade da pessoa humana; valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; pluralismo político. OBJETIVOS FUNDAMENTAIS (art. 3º): Construir uma sociedade livre, justa e SOLIDÁRIA; Garantir o desenvolvimento nacional; ERRADICAR a pobreza e a marginalização e REDUZIR as desigualdades sociais e regionais; e Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. CURSO ON-LINE - D. CONST. NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 7 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR PRINCÍPIOS QUE REGEM AS RELAÇÕES INTER- NACIONAIS (art. 4º): (in-pre-auto-não-igual- defe-so-re-co-co) independência nacional; prevalência dos direitos humanos; autodeterminação dos povos; não intervenção; igualdade entre os Estados; defesa da paz; solução pacífica dos conflitos; repúdio ao terrorismo e ao racismo; cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; concessão de asilo político. OBJETIVO DO BRASIL NO PLANO INTERNACIONAL(art. 4º, §único): Buscar a integração política, econômica, social e cultural entre os povos da AMERICA LATINA, visando formar uma sociedade LATINO-AMERICANA de nações. Não esqueçam também a literalidade do caput do art. 1º e seu parágrafo único e do art. 2º: Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito (...). Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Mais tarde, veremos os desdobramentos dessas coisas, ok? Agora, trate de ficar repetindo isso tudo para você mesmo, até decorar cada palavrinha. Para te ajudar nessa tarefa árdua, vamos ver questões que deixarão essa decoreba mais agradável: • Questões da FCC: CURSO ON-LINE - D. CONST. NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 8 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 1. (FCC/Ass. Legislativo - ALESP/2010) Constitui um dos fundamentos da República Federativa do Brasil, de acordo com a Constituição Federal de 1988, a) a garantia do desenvolvimento nacional. b) a não intervenção. c) a defesa da paz. d) a igualdade entre os Estados. e) o pluralismo político. Comentários: A letra A traz um dos "objetivos fundamentais" da República Federativa do Brasil (art. 3º). As letras b, c e d trazem princípios que regem as relações internacionais (art. 4º) e não objetivos fundamentais. A letra E é a única que traz corretamente um fundamento (art. 1º). Gabarito: Letra E. 2. (FCC/Ag. Técnico Legislativo - ALESP/2010) Ao tratar dos princípios fundamentais do Estado brasileiro, a Constituição Federal estabelece que: a) são Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo, o Judiciário e o Ministério Público. b) constitui objetivo fundamental da República Federativa do Brasil erradicar as desigualdades econômicas, sociais e culturais. c) a República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política e cultural dos povos da América Latina, da Europa e da África, visando à formação de uma comunidade de nações. d) todo o poder emana do povo, que o exerce diretamente conforme determina a legislação eleitoral. e) a República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelo princípio da não intervenção. Comentários: A letra A erra, pois o Ministério Público, embora seja considerado "na prática" um quarto poder, não é formalmente um dos Poderes do Estado. A Constituição adota à clássica teoria de Montesquieu que divide as funções do poder político em 3: Legislativa, Executiva e Jurisdicional. CURSO ON-LINE - D. CONST. NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 9 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Letra B - Pegadinha clássica - O que se quer erradicar é a pobreza e a marginalização. Se quer apenas "reduzir" as desigualdades. Não se pode vislumbrar um país sem desigualdades, isso é mais que utopia. O que se busca é que as desigualdades sejam "mínimas", "reduzidas". Letra C - Europa e África??? Viajou! O correto seria apenas "América Latina", nos termos do parágrafo único do art. 4º. Letra D - O correto seria "que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição". Letra E - Aí sim... a FCC foi colocando um monte de casca de banana, e deixou a resposta certa lá na última! Gabarito: Letra E. 3. (FCC/Técnico do TRT 7º/2009) Segundo a ConstituiçãoFederal, a República Federativa do Brasil é formada: a) pelos cidadãos dos quais emana o poder exercido por meio de representantes eleitos. b) pelo conjunto de cidadãos aos quais são garantidos os direitos fundamentais. c) pela união dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. d) pela integração econômica, política e social de todos os Estados. e) pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal. Comentários: Essa questão explora a simples literalidade do art. 1º da Constituição. Gabarito: letra E! 4. (FCC/Técnico-TCE-GO/2009) Considere as seguintes afirmações sobre os princípios fundamentais da Constituição da República: I. A República Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel dos Estados, Municípios e Distrito Federal. II. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes ou diretamente, nos termos da Constituição. III. Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, dentre outros, a construção de uma sociedade livre, justa e solidária e a garantia do desenvolvimento nacional. Está correto o que se afirma em CURSO ON-LINE - D. CONST. NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 10 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR a) I, apenas. b) II, apenas. c) III, apenas. d) I e II, apenas. e) I, II e III. Comentários: A questão pediu "princípios fundamentais", então, estará correta qualquer coisa que estiver do art. 1º ao 4º da Constituição, vamos ver: I- Correto. Literalidade do Caput do art. 1º. II- Correto. Literalidade do parágrafo único do art. 1º III- Correto. Literalidade do art. 3º, I e II. Gabarito: Letra E. 5. (FCC/Técnico-TRT 15ª/2009) Sobre os princípios fundamentais da República Federativa do Brasil, é correto afirmar que a) foi acolhido, além de outros, o princípio da intervenção para os conscritos. b) dentre seus objetivos está o de reduzir as desigualdades regionais. c) um dos seus fundamentos é a vedação ao pluralismo político. d) o Brasil rege-se nas suas relações internacionais, pela dependência nacional. e) a política internacional brasileira veda a integração política que vise à formação de uma comunidade latino-americana de nações. Comentários: Mais uma vez, buscaremos qualquer coisa que esteja do art. 1º ao 4º da Constituição: Letra A - Não existe isso... conscrito é aquela pessoa que está no serviço militar obrigatório, não há lógica alguma na afirmação. Letra B - Correto. Art. 3º, III. Letra C - Errado. O pluralismo não é vedado, ele é garantido! Letra D - O correto seria "independência". Letra E - Errado. O Brasil deve buscar esta integração (CF, art. 4 parágrafo único) Gabarito: Letra B CURSO ON-LINE - D. CONST. NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 11 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 6. (FCC/TRT 18ª/2009) Quanto aos Princípios Fundamentais, considere: I. A República Federativa do Brasil, formada pela união dissolúvel dos Estados e dos Municípios, constitui-se em Estado Democrático de Direito. II. São Poderes da União, dependentes entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. III. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos da Constituição da República Federativa do Brasil. IV. A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelo princípio da concessão de asilo político. Está INCORRETO o que consta APENAS em a) I e IV. b) I e II. c) III e IV. d) II e III. e) II e IV. Comentários: I - Errado. A união é indissolúvel. II- Errado. Eles são independentes. III- Correto. CF, art. 2º. IV- Correto. CF, art. 4º, XI. Gabarito: Letra B. 7. (FCC/AJAA-TRT 18ª/2008) Quanto aos Princípios Fundamentais, é correto afirmar que a República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais, dentre outros, pelo princípio da a) exclusiva proteção dos bens jurídicos. b) não cumulatividade. c) prevalência dos direitos humanos. d) uniformidade geográfica. e) reserva legal. Comentários: Agora, a questão pede exclusivamente os princípios do art. 4º. CURSO ON-LINE - D. CONST. NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 12 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR O único correto é a letra C, segundo o art. 4º, II. Gabarito: Letra C. 8. (FCC/Prociurador-Recife/2008) NÃO figuram entre os princípios pelos quais estabelece a Constituição que a República Federativa do Brasil se rege, em suas relações internacionais, a) a independência nacional e a autodeterminação dos povos. b) a não-intervenção e a defesa da paz. c) a igualdade entre os Estados e a solução pacífica dos conflitos. d) o repúdio ao terrorismo e ao racismo. e) os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa. Comentários: Mais uma vez, só valem os do art. 4º. A letra A, B, C, e D estão corretas, porém a letra E trouxe um fundamento (art. 1º) e não um princípio que rege as relações internacionais. Gabarito: Letra E. 9. (FCC/TRE-SE/2008) A República Federativa do Brasil constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos, entre outros, a) a livre manifestação do pensamento, o combate à tortura e o repúdio ao terrorismo. b) o desenvolvimento nacional, a defesa da paz e a solução pacífica dos conflitos. c) a soberania, a cidadania e a dignidade da pessoa humana. d) a liberdade de expressão, a liberdade de crença e a igualdade perante a Lei. e) a propriedade, a economia e a tributação. Comentários: Agora só valem os do art. 1º. O famoso "So-Ci-Di-Val-Plu". A questão, na letra C, trouxe o "So", o "Ci" e o "Di". Por isso, essa é a alternativa correta. Gabarito: Letra C. 10. (FCC/AJAA-TRF 5/2008) Nas suas relações internacionais, a República Federativa do Brasil rege-se, dentre outros, pelo princípio CURSO ON-LINE - D. CONST. NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 13 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR da a) dependência nacional e do pluralismo político. b) intervenção e da cidadania. c) autodeterminação dos povos. d) solução bélica dos conflitos e da soberania. e) vedação de asilo político. Comentários: A única correta é a letra C. Não é mesmo? vejamos: Letra A - seria independência. E o pluralismo político é um fundamento. Letra B - O certo seria "não-intervenção", e a cidadania é um fundamento. Letra C - Correto. Letra D - O certo seria solução pacífica e não bélica. Letra E - Errado. O correto seria "concessão" de asilo político. Gabarito: Letra C. 11. (FCC/TRE-SE/2007) Analise as afirmativas abaixo. I. Construção de uma sociedade livre, justa e solidária. II. Garantia do desenvolvimento nacional. III. Garantia dos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa. IV. Erradicação a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais. V. Promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. De acordo com a Constituição Federal do Brasil de 1988 são considerados objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil os indicados APENAS em: a) I, II, III e IV. b) I, II, IV e V. c) I, III, IV e V. d) II, III, IV e V. e) I, III, IV e V. Comentários: CURSO ON-LINE - D. CONST. NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 14 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Os objetivos fundamentais são os do art. 3º, temos que analisar a questão pensando somente naquilo que está no art. 3º. Então vejamos: I - Correto. CF, art. 3º, I. II - Correto. CF, art. 3º, II. III- Errado. Esses são fundamentos,presentes no art. 1º, então, não vale! IV- Correto. CF, art. 3º, III. V - Correto. CF, art. 3º, IV. Gabarito: Letra B. 12. (FCC/TRE-PB/2007) Quanto aos princípios que regem a República Federativa do Brasil é INCORRETO afirmar que: a) são Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. b) nas suas relações internacionais o Brasil rege-se, dentre outros, pelos princípios da intervenção e determinação dos povos. c) todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos da Constituição Federal. d) o Brasil é formado pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constituindo-se em Estado Democrático. e) constituem objetivos fundamentais, dentre outros, garantir o desenvolvimento nacional. Comentários: Letra A - Correto. CF, art. 2º. Letra B - Errado. O correto seria "não-intervenção" e "autodeterminação dos povos". Letra C - Correto. CF, art. 1º, p. único. Letra D - Correto. CF. art. 1º. Letra E - Correto. CF, art. 3º, II. Gabarito: Letra B. • Questões do CESPE: CURSO ON-LINE - D. CONST. NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 15 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 13. (CESPE/TRT-17ª/2009) A República Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel dos estados, dos municípios, do Distrito Federal e dos territórios. Comentários: Não se pode incluir os territórios, apenas os estados, municípios e DF (CF, art. 1º). Gabarito: Errado. 14. (CESPE/TRT-17ª/2009) De acordo com a Constituição Federal de 1988 (CF), todo o poder emana do povo, que o exerce exclusivamente por meio de representantes eleitos diretamente. Comentários: Está disposto no parágrafo único do art. 1º: Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos "ou" diretamente, nos termos da Constituição, traduzindo a chamada democracia mista ou semi-direta. Gabarito: Errado. 15. (CESPE/Técnico Administrativo - ANEEL/2010) Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, a construção de uma sociedade livre justa e solidária e a garantia do desenvolvimento nacional constituem fundamentos da República Federativa do Brasil. Comentários: Falou em "fundamentos" deve falar apenas dos que estão no art.1º. Ali no art. 1º, no famoso so-ci-di-val-plu, encontramos os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, porém não se pode encontrar a construção de uma sociedade livre justa e solidária e a garantia do desenvolvimento nacional, já que estes são objetivos fundamentais e não fundamentos. Gabarito: Errado. 16. (CESPE/Agente Administrativo - AGU/2010) Entre os princípios fundamentais do Estado brasileiro, incluem-se a dignidade da pessoa humana, a construção de uma sociedade livre, justa e solidária e a concessão de asilo político. Além disso, a República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações. Comentários: CURSO ON-LINE - D. CONST. NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 16 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Agora a questão não fala em fundamentos, objetivos ou princípios de plano internacional. A questão se limita a dizer "princípios fundamentais", então, vale tudo que esteja do art. 1º ao 4º. Vejamos: 1- a dignidade da pessoa humana- Ok! É um fundamento do art. 1º. 2- a construção de uma sociedade livre, justa e solidária -Ok. É um objetivo fundamental do art. 3º. 3- a concessão de asilo político - Ok. É um princípio das relações internacionais. 4- a República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino- americana de nações - Perfeito, é o objetivo no plano internacional do art. 4º p. único. Gabarito: Correto. 17. (CESPE/TRT-17ª/2009) Constitui princípio que rege a República Federativa do Brasil em suas relações internacionais a concessão de asilo político, vedada a extradição. Comentários: Não é vedada a extradição, embora a concessão de asilo político realmente seja um princípio que rege a República Federativa do Brasil em suas relações internacionais. Gabarito: Errado 18. (CESPE/ABIN/2008) Constitui objetivo fundamental da República Federativa do Brasil a promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade ou quaisquer outras formas de discriminação. Dessa forma, contraria a CF a exigência, contida em editais de concursos públicos, sem o devido amparo legal, de limite de idade mínima ou máxima para inscrição. Comentários: É uma meta encontrada no art. 3º, IV da Constituição Federal. Gabarito: Correto. 19. (CESPE/Assessor-TCE-RN/2009) De acordo com a CF, são fundamentos da República Federativa do Brasil a soberania, a dignidade da pessoa humana e a promoção do bem de todos, sem CURSO ON-LINE - D. CONST. NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 17 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Comentários: Os fundamentos estão no art. 1º, e a promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação, está no art. 3º, como sendo um objetivo fundamental. Gabarito: Errado. 20. (CESPE/Assessor-TCE-RN/2009) Entre os objetivos da República Federativa do Brasil, destaca-se a valorização social do trabalho e da livre iniciativa, pois, por meio do trabalho, o homem garante sua subsistência e o consequente crescimento do país. Comentários: A questão faz um floreio só pra confundir o candidato... isso é muito comum!!! Ahhh, se houver uma valorização social do trabalho e da livre iniciativa o homem garante sua subsistência e o consequentemente o crescimento do país. Tudo baboseira... O que importa é que a valorização social do trabalho e da livre iniciativa é um FUNDAMENTO (So-Ci-Di-VAL-PLU), e não um objetivo. Gabarito: Errado. 21. (CESPE/Assessor-TCE-RN/2009) Constituem princípios que regem a República Federativa do Brasil em suas relações internacionais, entre outros, a prevalência dos direitos humanos, da garantia do desenvolvimento nacional e da autodeterminação dos povos. Comentários: Realmente a prevalência dos direitos humanos e da autodeterminação dos povos estão no art. 4º, elencados como princípios das relações internacionais. Porém, a garantia do desenvolvimento nacional é um objetivo fundamental do art. 3º Gabarito: Errado. Cobrança Doutrinária e Jurisprudencial: Agora vamos ir um pouco mais fundo nesse buraco. ´ CURSO ON-LINE - D. CONST. NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 18 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Já falamos que os princípios fundamentais são as normas-síntese, ou seja, aquele pontinho de onde deriva quase tudo que está por vir no ordenamento jurídico. Imagine você o quanto de coisa implícita não está presente nestes 4 artigos? É muita coisa... mas, vamos devagarzinho que tudo será resolvido, não é nenhuma loucura não! Primeiro, vamos analisar o que diz o art. 1º da CF: A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito (...). Veja que ela traz palavras que nos remetem à "República", "Federação", "Democracia"... Então, temos os seguintes institutos da organização do Estado: Forma de Governo: República Forma de Estado: Federação Regime de Governo ou Político: Democracia (mista ou semi- direta) Sistemade Governo: Presidencialismo (art. 84 da CF) Pulo do Gato: A forma está no nome "República Federativa" ou seja, forma de governo = República / forma de Estado = Federação. E o que quer dizer uma "Forma de governo", uma "Forma de Estado" ou um "Sistema de governo"??? CURSO ON-LINE - D. CONST. NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 19 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Vamos lá: Basicamente são as repúblicas (todos exercem o poder) e as monarquias (só um exerce o poder). Características da Monarquia: 1- Vitaliciedade - O governante terá o governo em suas mãos por toda a sua vida. Não há temporariedade. 2- Hereditariedade - Não há eletividade. O governo é passado de pai para filho, como herança. Características da República: A coisa é do povo. Embora, o povo escolha representantes para a gestão de "sua coisa", estes representantes não se apoderam da coisa pública. Assim, é essencial que tenhamos em uma república: 1- Temporariedade dos mandados: Pois assim, nenhum representante tomará para si a feição do poder, permanecendo ilimitadamente no cargo. Haverá uma rotatividade dos cargos públicos para que diversas pessoas, com pluralidade de opiniões e idéias possam representar a sociedade. 2- Eletividade dos cargos políticos: Os cargos políticos só serão legítimos se providos pro eleições, de acordo com a vontade do povo. 3 - Transparência na gestão pública, através de prestação de contas, levando a uma responsabilidade dos governantes: Os representantes não podem se apoderar do patrimônio que é de todos, nem geri-los como bem entenderem. Devem promover uma gestão que esteja alinhada com a finalidade do bem comum. Observações: 1- O art. 2º dos ADCT dispõe: "no dia 7 de setembro de 1993 o eleitorado definirá, através de plebiscito, a forma (república ou monarquia constitucional) e o sistema de governo (parlamentarismo a) Forma de Governo É maneira como se dá a instituição do poder na sociedade e como se dá a relação entre governantes e governados. Quem deve exercer o poder e como este se exerce. CURSO ON-LINE - D. CONST. NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 20 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR ou presidencialismo) que devem vigorar no País". O plebiscito aconteceu e definiu através do voto popular que o Brasil seria uma república presidencialista. 2- A forma de governo republicana não está presente entre as chamadas "cláusulas pétreas" (vide CF, art. 60, §4º), ou seja, não está presente naquela relação das disposições que não podem ser abolidas (ou reduzidas) de nossa Constituição. 3- Embora não seja uma cláusula pétrea, a forma republicana é um princípio constitucional sensível (CF, art. 34, VII), ou seja, um princípio que se não for observado poderá ensejar em uma intervenção federal. 22. (FCC/DPE-SP/2009) O princípio republicano, que traduz a maneira como se dá a instituição do poder na sociedade e a relação entre governantes e governados, mantém-se na ordem constitucional mas hoje não mais protegido formalmente contra emenda constitucional. Comentários: Está correta, pois definiu-se corretamente o que seria a "forma de governo" - no Brasil, a "república" - e corretamente asseverou que esta forma de governo não é mais uma cláusula pétrea, ou seja, é algo que não está protegido contra emendas constitucionais (vide CF, art. 60 §4º). Lembrando que, no entanto, a república continua sendo um princípio constitucional sensível (CF, art. 34, VII) ou seja, um princípio que se não observado pelos entes da Federação, poderá ensejar uma "intervenção federal" da União no Estado ou Distrito Federal que esteja ofendendo tal princípio. Gabarito: Correto. 23. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) A República é uma forma de Estado. Comentários: Doutrinariamente, classifica-se como "forma de governo". Gabarito: Errado. 24. (FGV/Fiscal-SEFAZ-RJ/2008) O Brasil é uma república, a indicar o governo como: a) sistema. b) forma. c) regime. CURSO ON-LINE - D. CONST. NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 21 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR d) paradigma. e) modelo. Comentários: Mais uma vez o pulo do gato, vamos fixar: falou em forma, lembrou- se de "república federativa". Se o Brasil é um Estado Federal, é porque sua forma de Estado é a federação. Sobrou a forma de governo republicana. Gabarito: Letra B. O Brasil adota como forma de Estado a federação, ou seja, o modo de distribuição geográfica do poder político se dá com a formação de entidades autônomas (vide art. 18). Essa autonomia se manifesta através de três ou quatro facetas (dependendo do doutrinador): Autogoverno: capacidade de os entes escolherem seus governantes sem interferência de outros entes; Auto-organização: capacidade de instituírem suas próprias constituições (no caso dos estados) ou leis orgânicas (no caso dos municípios e do DF); Autolegislação: capacidade de elaborarem suas próprias leis através de um processo legislativo próprio, embora devam seguir as diretrizes do processo em âmbito federal; Autoadministração: capacidade de se administrarem de forma independente, tomando suas próprias decisões executivas e legislativas. Observações: 1- Para alguns doutrinadores não haveria a separação entre auto- organização e autolegislação. 2- Estamos falando de autonomia, não de soberania. A soberania, que a Constituição adota em seu art. 1º, I, como um fundamento da b) Forma de Estado O modo de exercício do poder político em função do território CURSO ON-LINE - D. CONST. NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 22 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR República Federativa do Brasil (definida como o poder supremo que o Estado brasileiro possui nos limites do seu território, não se su- jeitando a nenhum outro poder de igual ou superior magnitude e tornando-se um país independente de qualquer outro no âmbito internacional) irá se manifestar apenas na pessoa da República Federativa do Brasil, entendida como a união de todos os entes internos, representando todo o povo brasileiro, povo este que é o verdadeiro titular da soberania. 3- Nem mesmo o ente federativo "União" possui soberania, a União possui apenas autonomia tal como os Estados, Distrito Federal e Municípios. A República Federativa do Brasil é única soberana e que se manifesta internacionalmente como pessoa jurídica de direito internacional. Estados simples X Estados complexos: Um Estado pode se desenhar territorialmente como o reconhecimento ou não de autonomias regionais. Quando houver repartições regionais dotadas de autonomia, estaremos diante de um Estado complexo ou composto. Quando não houver autonomias regionais com poder de se auto-organizarem, estaremos diante de um estado simples ou unitário. Os estados complexos são basicamente as federações e as confederações (embora existam outros tipos menos comuns como a União real ou União Pessoal). Estados simples centralizados, desconcentrados e descentralizados: Os estados, ainda que sejam simples, podem ser divididos em: o Centralizados ou puros – é aquele Estado onde todo o Poder Executivo, Legislativo e Judiciário encontra-se centralizado em uma única esfera, e não há qualquer delegação de funções ou atribuições às autoridades regionais. o Desconcentrados – Embora seja formado também por uma única esfera de Poder, centralizada, existe a presença de autoridades locais, que exercem poderes em nome do governo central, facilitando a resolução de conflitos e aproximando o poder central da população. o Descentralizados – Existe uma maior autonomia das regiões que serão inclusive dotadas de personalidade jurídica, não havendo, no entanto, a autonomia para legislar.CURSO ON-LINE - D. CONST. NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 23 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Federação x Confederação: Em uma federação temos um Estado fracionado em unidades autônomas. Nas confederações as unidades não são simplesmente autônomas, elas são soberanas. Assim, a federação é uma união indissolúvel, ou seja, os entes não têm o direito de secessão. Já nas confederações, os Estados podem se separar do bloco. Características da nossa federação: 1. Indissolubilidade: Pelo fato de os entes não possuírem o direito de secessão. 2. Cláusula Pétrea Expressa: A Constituição expressamente protegeu a forma federativa de estado como uma cláusula pétrea (CF, art. 60§4º), impedindo assim que uma emenda constitucional possa vir a dissolver a federação ou ofender o pacto federativo (autonomia dos entes federados); 3. Federação por segregação, ou movimento centrífugo: diferentemente do EUA, onde haviam vários Estados que se "agregaram" (movimento centrípeto) para formar o país, no Brasil tinha-se apenas um Estado que se desmembrou em outros. 4. Federalismo de 3º grau: até a promulgação da Constituição Brasileira de 1988, os Municípios não possuíam autonomia, tínhamos, então, um federalismo de 2º grau, formado apenas pelas esferas federal e estadual. Após a promulgação da Constituição vigente, o país passou a ter um federalismo de 3º grau, reconhecendo os Municípios como autônomos e, assim, adotando uma espécie bem peculiar de federação. 5. Federalismo cooperativo: existe uma repartição de competências de forma que cada ente federativo irá contribuir para a finalidade do Estado, havendo a previsão de competências que são comuns a todos, além de colaborações técnicas e financeiras para a prestação de alguns serviços públicos, e repartição das receitas tributárias. 25. (FCC/TCE-CE/2006) Confederação é a união permanente de dois ou mais Estados-membros, os quais, conservando sua autonomia político-administrativa, abrem mão de sua soberania, em favor do Estado Federal. Comentários: Os Estados que formam uma confederação, diferentemente dos que formam uma federação, são soberanos. Eles possuem o direito de secessão, ou seja, de se separar do bloco. A união deles acontece para que se aumente a força representativa internacional. CURSO ON-LINE - D. CONST. NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 24 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Gabarito: Errado. 26. (FCC/TCE-CE/2006) Estado simples é aquele formado por mais de um Estado com alguns ou vários poderes públicos internos funcionando ao mesmo tempo. Comentários: O Estado simples é aquele unitário, onde não existe descentralizções do poder político. Assim, erra o enunciado ao falar em "formado por mais de um Estado" e "vários poderes públicos internos". Essas característica seria na verdade referentes a Estados complexos (federações e confederações) e não a Estados Unitários. Gabarito: Errado. 27. (CESPE/MPS/2010) O Estado federado nos moldes do brasileiro é caracterizado pelo modelo de descentralização política, a partir da repartição constitucional de competências entre entidades federadas autônomas que o integram, em um vínculo indissolúvel, formando uma unidade. Comentários: O Estado federal brasileiro realmente possui uma descentralização política o que forma 4 espécies de entidades (União, Estados, Municípios e DF) todas autônomas. Cada um delas tem a sua competência constitucionalmente atribuída e se reúnem para criar um vínculo que não pode ser dissolvido, como é típico das federações. Gabarito: Correto. 28. (CESPE/Analista-SERPRO/2008) A federação é uma forma de governo na qual há uma nítida separação de competências entre as esferas estaduais, dotadas de autonomia, e o poder público central, denominado União. Comentários: Segundo a doutrina, trata-se de forma de Estado e não forma de governo. Gabarito: Errado. 29. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) A federação é o sistema de governo cujo objetivo é manter reunidas autonomias regionais. Comentários: CURSO ON-LINE - D. CONST. NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 25 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Trata-se do conceito de "forma de estado" e não de "sistema de governo". Sistema de governo é "presidencialismo" ou "parlamentarismo". Gabarito: Errado. 30. (CESPE/MMA/2009) O modelo de federalismo brasileiro é do tipo segregador. Comentários: Em países como os Estados Unidos tivemos o que se chama de federalismo de agregação, ou seja, os entes, antes fracionados, se uniram para formar um único país. Já no Brasil foi o contrário, tinha- se somente um único ente que se descentralizou formando outros, daí ser chamado de federalismo por segregação. Gabarito: Correto. 31. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) O federalismo brasileiro, quanto à sua origem, é um federalismo por agregação. Comentários: Como vimos, diferentemente dos EUA, onde vários estados se agregaram e formaram um país, no Brasil, foi um só território que foi desmembrado. Assim, o federalismo brasileiro é por segregação. Gabarito: Errado. 32. (CESPE/PGE-AL/2008) Doutrinariamente, entende-se que a formação da Federação brasileira se deu por meio de movimento centrípeto (por agregação), ou seja, os estados soberanos cederam parcela de sua soberania para a formação de um poder central. Isso explica o grande plexo de competências conferidas aos estados- membros brasileiros pela CF se comparados à pequena parcela de competências da União. Comentários: Como vimos, no Brasil, temos uma federação por segregação, ou movimento centrífugo. Diferentemente do EUA, onde haviam vários Estados que se "agregaram" (movimento centrípeto) para formar o país, no Brasil tinha-se apenas um Estado que se desmembrou em outros. Gabarito: Errado. CURSO ON-LINE - D. CONST. NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 26 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 33. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) Existia no Brasil um federalismo de segundo grau até a promulgação da CF, após a qual o país passou a ter um federalismo de terceiro grau. Comentários: Era de segundo grau pois previa a autonomia apenas da União e de Estados. Agora, temos um de 3º grau prevendo a autonomia dos Municípios. Gabarito: Correto. 34. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) Uma das características comuns à federação e à confederação é o fato de ambas serem indissolúveis. Comentários: Diferentemente do que ocorre nas federações, nas confederações, os Estados se agregam para aumentar a sua força política internacional, mas não abdicam de sua soberania, podendo se separar do bloco no momento em que julgarem necessário. Gabarito: Errado. 35. (CESPE/ABIN/2008) O direito de secessão somente pode ocorrer por meio de emenda à CF, discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, sendo ela considerada aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros. Comentários: É proibido o direito de secessão, já que a Constituição estabelece no art. 1º que a República Federativa do Brasil é uma união indissolúvel. Gabarito: Errado. A democracia mista ou semi-direta foi eleita como o regime político brasileiro (vide preâmbulo e art. 1º), assim, quem é c) Regime Político Sem conceito pacífico na doutrina. Dizemos que é a forma pela qual se dá a "regência" das decisões políticas do Estado. CURSO ON-LINE - D. CONST. NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 27 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR responsável por reger a política brasileira é o povo, o detentor do poder, que direciona as ações do governo de duas formas: 1- Diretamente, através do uso do plebiscito, referendo e da iniciativa popular, ou 2- Indiretamente,através dos representantes eleitos pelo próprio povo. 36. (FCC/TCE-CE/2006) Democracia semidireta é aquela que se caracteriza pela eleição de representantes do povo, por meio do voto, dotada de mecanismos de participação popular direta, como o plebiscito, o referendo e a iniciativa popular. Comentários: A democracia mista ou semi-direta é o regime político adotado pelo Brasil e caracteriza-se justamente pelo fato de os governantes serem eleitos para representar o povo, e em nome dele exercerem o Poder. Porém, o povo resguarda uma parcela do exercício que se dará através de: • Plebiscito (Consulta popular antes de se fazer algo); • Referendo (Consulta popular para ratificar ou não algo que já foi feito); e • Iniciativa Popular (Propositura de leis ordinárias e complementares através da iniciativa dos próprios cidadãos que subscrevem o projeto de lei). Gabarito: Correto. 37. (CESPE/Oficial de Inteligência- ABIN/2010) A soberania popular é exercida, em regra, por meio da democracia representativa. A Constituição Federal brasileira consagra, também, a democracia participativa ao prever instrumentos de participação intensa e efetiva do cidadão nas decisões governamentais. Comentários: A soberania popular no Brasil é exercida pela democracia mista ou semi-direta, ou seja, em regra temos a representação (governantes legitimamente eleitos pelo povo para tomarem as decisões políticas), porém, essa democracia representativa se funde com instrumentos da democracia direta como o referendo, o plebiscito e a iniciativa popular, onde o povo poderá diretamente tomar decisões de ordem política. CURSO ON-LINE - D. CONST. NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 28 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Gabarito: Correto. Existem basicamente dois sistemas de governo: o presidencialismo e o parlamentarismo. No Presidencialismo, o Poder Executivo tem uma grande independência em relação ao Legislativo. No parlamentarismo ocorre uma maior dependência entre estes poderes já que eles atuam em colaboração. Chefe de Estado É o membro do Poder Executivo que exerce o papel de representante do Estado, principalmente no âmbito externo, mas também como representante moral perante o povo, no âmbito interno. Chefe de Governo É o membro do Poder Executivo responsável por chefiar o governo, ou seja, a direção das políticas públicas em âmbito interno. No presidencialismo, temos a unicidade da chefia. O Presidente tem em suas mãos tanto a chefia de Estado quanto a chefia de governo. No parlamentarismo, temos uma dualidade de chefia. Existe uma pessoa como o chefe de Estado e outra como chefe de governo Sistema diretorial de governo (governo de assembléia): Deixando de lado o Presidencialismo e o Parlamentarismo, é importante ainda citarmos o chamado sistema de governo diretorial. No sistema diretorial, ou “governo de Assembléia”, existe um diretório (órgão colegiado) formado por membros do parlamento, e é este diretório que irá exercer o poder. Desta forma, praticamente inexiste o Poder Executivo, já que ele está completamente d) Sistema de Governo modo através do qual se relacionam os órgãos dos Poderes do Estado (especialmente Executivo e Legislativo). CURSO ON-LINE - D. CONST. NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 29 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR subordinado ao Parlamento que inclusive é responsável por eleger os membros daquele Poder. 38. (FCC/TCE-CE/2006) Parlamentarismo é a forma de governo em que há profunda independência entre os Poderes Legislativo e Executivo, que são exercidos por pessoas diferentes, podendo o Primeiro-Ministro indicado pelo Chefe do Executivo, ser destituído por decisão da maioria do Legislativo, através da aprovação de moção de desconfiança. Comentários: Parlamentarismo é sistema de governo e não forma de governo, esta seria Monarquia ou República. Gabarito: Errado. 39. (FCC/TCE-CE/2006) Sistema diretorial de governo, é aquele no qual existe total subordinação do Poder Legislativo ao Executivo, que concentra, em sua totalidade, o poder político estatal, sendo que o colegiado de governantes é indicado pelo Chefe do Executivo, para exercício do mandato com prazo indeterminado. Comentários: No sistema diretorial, ou “governo de Assembléia”, existe um diretório (órgão colegiado) formado por membros do parlamento, e é este diretório que irá exercer o poder. Desta forma, praticamente inexiste o Poder Executivo, já que ele está completamente subordinado ao Parlamento que inclusive é responsável por eleger os membros daquele Poder. Assim, a questão encontrasse completamente às avessas. Gabarito: Errado. 40. (CESPE/SEJUS-ES/2009) A CF adota o presidencialismo como forma de Estado, já que reconhece a junção das funções de chefe de Estado e chefe de governo na figura do presidente da República. Comentários: A forma de Estado é a federação. o Presidencialismo seria o sistema de governo brasileiro. Gabarito: Errado. CURSO ON-LINE - D. CONST. NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 30 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Estado Democrático de Direito: O Estado democrático de direito é a fase atual da evolução dos Estados. Primeiramente, com a Revolução Francesa instala-se o que chamamos de "Estado de Direito" ou "Estado Liberal de Direito". O Estado é de direito pois se submete aos comandos da lei. O Estado Liberal de Direito era um Estado "individualista", ou seja, preocupava-se com as liberdades individuais. O conceito de liberdade e igualdade, neste tipo de Estado, porém, era deturpado, pois o indivíduo era visto como um ser abstrato, "ideal", ignoravam-se as disparidades reais e diferenças econômicas, sociais e culturais entre eles. Desta forma, o Estado Liberal de Direito cometeu diversas injustiças, pois preocupava-se apenas com a formalidade das liberdades, as declarações eram generalistas e abstratas. Surge então um Estado Social de Direito, ou Estado Material de Direito. Agora, preocupa-se não somente com a formalidade das liberdades, mas também em dotar os indivíduos de reais condições para exercê-las e realizar uma justiça social. Este Estado tentava compatibilizar o sistema capitalista com o Estado do bem-estar social (Welfare State). Acontece que tanto o Estado Liberal de Direito quanto o Estado Social de Direito nem sempre eram caracterizados com um "Estado Democrático", ou seja, aquele Estado fundado na Soberania Popular e que teria o povo como regente dos rumos do país. Inclusive, o Estado Social de Direito recebia críticas de que se estaria usando a política do bem-estar social para encobrir uma exploração capitalista ainda mais cruel. Assim temos o surgimento do Estado Democrático de Direito. O Estado de Direito se funda no princípio basilar da "legalidade". O Estado Democrático de Direto continua a ter a "legalidade" como base, mas esta legalidade não serve apenas para limitar o poder do Estado, mas serve de instrumento de transformação da sociedade devendo estar apoiada na soberania popular, no pluralismo de idéias, no respeito aos direitos fundamentais e na realização da justiça social (democracia social, econômica, cultural e política). J. Afonso da Silva, então, nos ensina que o termo "Estado Democrático de Direito" é mais que a mera junção formal do "Estado de Direito" com "Estado Democrático". Podemos inferir que estamos diante de um Estado pautado na justiça social, e cujas leis refletem a finalidade de alcançar o bem comum. De acordo com o referido autor, teríamos os seguintes "princípios" do Estado Democrático de Direito e a sua tarefas fundamental: CURSO ON-LINE - D. CONST. NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 31 Prof. VítorCruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR a) Princípio da Constitucionalidade - A Constituição rígida é a norma superior e legitimada pela vontade popular, devendo ser respeitada. b) Princípio democrático - A democracia deve ser representativa e participativa (democracia mista), além de pluralista com respeito as minorias. c) Sistema de direitos fundamentais. d) Princípio da Justiça Social. e) Princípio da igualdade - que deve ser a busca pela igualdade material (tratar de forma desigual os desiguais na medida de suas desigualdades) e não apenas uma igualdade formal. f) Princípio da divisão dos poderes. g) Princípio da legalidade h) Princípio da Segurança Jurídica. Tarefa fundamental = Superar as desigualdades sociais e regionais e instaurar um regime democrático que realize a justiça social. Alexandre de Moraes ainda adverte que não se consegue conceituar um verdadeiro Estado democrático de direito sem a existência de um Poder Judiciário autônomo e independente, para que exerça sua função de guardião das leis e garantidor da ordem na estrutura governamental republicana. Lembrem-se ainda que a Constituição adotou expressamente como os fundamentos do Estado Democrático de Direito no qual se constitui a República Federativa do Brasil: a soberania; a cidadania; a dignidade da pessoa humana; os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; o pluralismo político. Vamos resolver as questões: CURSO ON-LINE - D. CONST. NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 32 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 41. (CESPE/Analista Judiciário - TJRJ/2008) A expressão "Estado Democrático de Direito", contida no art. 1.º da CF, representa a necessidade de se providenciar mecanismos de apuração e de efetivação da vontade do povo nas decisões políticas fundamentais do Estado, conciliando uma democracia representativa, pluralista e livre, com uma democracia participativa efetiva. Comentários: Exatamente... Gabarito: Correto. 42. (ESAF/AFT/2006) A concretização do Estado Democrático de Direito como um Estado de Justiça material contempla a efetiva implementação de um processo de incorporação de todo o povo brasileiro nos mecanismos de controle das decisões. Comentários: Estado de justiça material é aquela superação do generalismo e formalismo do Estado de Direito a qual se une a efetiva democracia com todo o povo participando da regência política. Gabarito: Correto. 43. (ESAF/Técnico da Receita Federal/2006) Segundo a doutrina, não se constitui em um princípio do Estado Democrático de Direito o princípio da constitucionalidade, o qual estaria ligado apenas à noção de rigidez constitucional. Comentários: Nós vimos que o princípio da Constitucionalidade é um princípio do Estado Democrático de Direito. Gabarito: Errado. 44. (ESAF/Auditor da Receita Federal/2006) Segundo a doutrina, o princípio do Estado Democrático de Direito resulta da reunião formal dos elementos que integram o princípio do Estado Democrático e o princípio do Estado de Direito. Comentários: Vimos que de acordo com José Afonso da Silva o termo "Estado Democrático de Direito" é mais que a mera junção formal do "Estado de Direito" com "Estado Democrático", o que nos leva a um Estado pautado na justiça social, e cujas leis refletem a finalidade de alcançar o bem comum. CURSO ON-LINE - D. CONST. NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 33 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Gabarito: Errado. 45. (FESAG/Analista do TRE-ES/2005) Um dos pilares do Estado Democrático de Direito é a divisão das funções estatais, consagrada pela doutrina constitucional sob a denominação "Princípio da Separação dos Poderes". Nesse sentido, a Independência dos Poderes importa que, entre outras características, a investidura e a permanência das pessoas num dos órgãos do governo não dependam da confiança e nem da vontade dos outros. Comentários: Exatamente! Lembramos que a questão está falando da "regra", já que existem exceções sobre a questão da nomeação de membros dos poderes, como a nomeação dos ministros do STF serem feitas pelo Presidente da República após aprovação do Senado Federal. Gabarito: Correto. 46. (OAB/OAB-MG/2005) São características essenciais do paradigma "Estado Democrático de Direito", EXCETO: a) vinculação dos atos estatais à Constituição. b) consolidação do Estado Mínimo. c) vinculação do legislador à Constituição. d) afirmação do princípio da soberania popular. Comentários: O erro está somente na letra B, já que Estado Mínimo (Estado que se preocupa em prover somente os serviços essenciais como segurança pública e etc.) não tem nada haver com Estado Democrático de Direito. Gabarito: Letra B. 47. (ESAF/Técnico MPU/2004) Como decorrência da adoção do princípio do Estado Democrático de Direito, temos o princípio da independência do juiz, cujo conteúdo relaciona-se, entre outros aspectos, com a previsão constitucional de garantias relativas ao exercício da magistratura. Comentários: Vimos que não se consegue um verdadeiro Estado democrático de direito sem a existência de um Poder Judiciário autônomo e independente, para que exerça sua função de guardião das leis e garantidor da ordem na estrutura governamental republicana. Assim, CURSO ON-LINE - D. CONST. NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 34 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR as garantias da magistratura se fundam no Estado Democrático de Direito e na Soberania Popular. Gabarito: Correto. 48. (CESPE/Delegado - PF/1997) No Estado democrático de direito, a lei tem não só o papel de limitar a ação estatal como também a função de transformação da sociedade Comentários: Exatamente, é a superação do conceito de legalidade do Estado de Direito. No Estado Democrático de Direto continuamos a ter a "legalidade" como base, mas esta legalidade não serve apenas para limitar o poder do Estado, mas serve de instrumento de transformação da sociedade. Gabarito: Correto. 49. (MPE-RS/MPE-RS/2009) O direito do Estado Democrático de Direito assume uma característica nitidamente transformadora da sociedade. Comentários: Isso aí. Gabarito: Correto. Tripartição funcional do poder: São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. 1- Esta é uma cláusula pétrea, não pode ser abolida (ou reduzida) de nossa Constituição. 2- Este artigo mostra que ao mesmo tempo em que os Poderes são independentes, são também harmônicos entre si, o que forma o chamado “sistema de freios e contrapesos” (check and balances), onde um Poder vai sempre atuar de forma a impedir o exercício arbitrário na atuação do outro. Exemplos de "freios e contrapesos" são vários na Constituição: o poder de veto exercido pelo Presidente aos projetos de lei, a necessidade de aprovação do Senado para que o Presidente possa nomear certas autoridades (elencadas pela Constituição) , o controle que o Judiciário exerce sobre atos públicos que violem os dispositivos da Constituição ou das leis, entre outros. CURSO ON-LINE - D. CONST. NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 35 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 3- Decorrente do sistema de freios e contrapesos, tem-se também a formação, em cada Poder, das funções típicas e atípicas. As típicas seriam aquelas precípuas de cada um; as atípicas seriam as funções que seriam precípuas de outro Poder. Poder Função típica Função Atípica Executivo Administrar Julgar e Legislar Legislativo Legislar e fiscalizar através do controle externo Julgar e Administrar Judiciário Julgar Legislar e Administrar Embora a Constituição tenha elencado 3 Poderes do Estado, seguindo a famosateoria da "separação dos poderes" de Montesquieu, atualmente o uso do termo "separação dos poderes" ou "divisão dos poderes" é alvo de críticas. O Poder do Estado para a doutrina majoritária é apenas um (unicidade do poder político), e assim como a sua soberania, é indelegável (o interesse do povo não pode ser usurpado) e imprescritível (não se acaba com o tempo). Desta forma, o que se separa ou se divide não é o Poder do Estado (Poder Político) e sim as funções deste Poder, daí termos a aplicação da expressão "tripartição funcional do Poder" (ou "distinção das funções do poder") .O Poder a que nos referimos, é o Poder Político, que continua uno, porém, exercido através das funções executiva, legislativa e judiciária. Lembrando que o titular deste Poder é o povo, e os agentes ao exercerem cada uma destas funções devem agir em nome do povo. É oportuno que relembremos agora as características do Poder Político: Unicidade - Ele é apenas um, indivisível. Impede-se, assim, que haja conflitos ou fracionamentos criando interesses diversos daquele que é o real interesse do povo. Titularidade do Povo - "Todo o poder emana do povo" - O povo é o titular da soberania e são os seus interesses que irão prevalecer. Imprescritibilidade - Este poder é permanente, não se acaba com o tempo. Indelegabilidade - O povo não pode abrir mão de seu poder. Embora haja representantes, estes sempre agem em nome do seu povo. CURSO ON-LINE - D. CONST. NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 36 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Peculiaridades das funções do Poder no sistema atual: Embora a Constituição Federal tenha adotado o poder político com suas funções distribuídas por “três Poderes”, a realidade se mostra mais complexa. A existência no Brasil do Ministério Público e dos Tribunais de Contas, por si, já é suficiente para relativizar esta tripartição. Embora, não seja um consenso, nem nos parece viável, a existência de um “quarto poder” 1 , achamos correto, ao menos, aceitar a existência de uma “quarta função do poder político”, assim, tais órgãos (MP e Tribunal de Contas) poderiam estar enquadrados em uma chamada “função fiscalizatória”2. A função legislativa, poderia ainda estar dividida em espécies: legislativa constitucional, legislativa ordinária e a normativa infralegal. Na função executiva, poderíamos ainda distinguir 3 a “função administrativa propiramente dita” que é basicamente a gestão da máquina pública, da “função de governo” que seria a função política, exercendo o direcionamento das políticas públicas e funções co- legislativas (sanção, promulgação e publicação das leis). Jurisprudência: • Segundo o STF, os mecanismos de freios e contrapesos estão previstos na Constituição Federal, sendo vedado à Constituição Estadual inovar criando novas hipóteses de interferências de um poder em outro (ADI 3046). • Também se configura inconstitucional novas exigências de aprovações, como, por exemplo, a não observância do prazo de 15 dias – art. 83, CF – para a necessidade de licença pela Assembléia Legislativa para que o Governador ou Vice venha se ausentar do país (ADI 738). • Ofende o princípio da independência e harmonia entre os poderes, sendo assim, inconstitucional a norma que subordina convênios, acordos, contratos e atos de Secretários de Estado à aprovação da Assembléia Legislativa (ADI 676). 1 Tese que não é majoritariamente aceita. 2 Como também entende José Luiz Quadros Magalhães, em MAGALHÃES, José Luiz Quadros de. A teoria da separação de poderes. Jus Navigandi, Teresina, ano 9, n. 489, 8 nov. 2004. Disponível em: <http://jus.uol.com.br/revista/texto/5896>. Acesso em: 11 abr. 2011. 3 Como também faz José Afonso da Silva – Curso de Direito Constitucional Positivo. 33ª Ed., pg. 645. CURSO ON-LINE - D. CONST. NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 37 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 50. (FCC/TJAA-TRT-SP/2008) A função do Vice-Presidente da República de substituir o Presidente da Republica impedido do exercício do cargo é classificada como a) típica de ordem constitucional. b) atípica de ordem legal. c) objetiva de ordem legal. d) objetiva de ordem mandamental. e) analítica de ordem mandamental. Comentários: As funções podem ser típicas ou atípicas. A função do Vice-presidente de substituir o Presidente da República é uma função básica dele, inclusive é a sua principal função. Logo, trata-se de uma função típica, pois não é excepcional, e isso decorre diretamente de mandamento constitucional. Logo, é uma função típica de ordem constitucional. Gabarito: Letra A. 51. (FCC/Defensor Público/2006) A teoria dos checks and balances prevê que a cada função foi dado o poder para exercer um grau de controle direto sobre as outras, mediante a autorização para o exercício de uma parte, embora limitada, das outras funções (Certo/Errado). Comentários: O art. 2º da Constituição nos mostra que ao mesmo tempo em que os Poderes são independentes, são também harmônicos entre si, o que forma o chamado “sistema de freios e contrapesos” (check and balances), onde um Poder vai sempre atuar de forma a impedir o exercício arbitrário na atuação do outro. Decorrente disso, tem-se também a formação, em cada Poder, das funções típicas e atípicas. As típicas seriam aquelas precípuas de cada um: legislar (e também promover a fiscalização orçamentária), administrar ou julgar. As atípicas seriam as funções que seriam precípuas de outro Poder. Gabarito: Correto. 52. (FCC/AJAJ-TRT3ª/2005 - Adaptada) O princípio da independência e harmonia entre os Poderes figura entre os princípios constitucionais fundamentais, tendo merecido um tratamento segundo o qual: a) nenhum dos Poderes poderá exercer funções típicas dos demais. CURSO ON-LINE - D. CONST. NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 38 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR b) a separação dos Poderes goza da garantia reforçada de ser uma cláusula pétrea da Constituição. c) não será obrigatório que nenhum Poder preste contas de seus atos a outro dos Poderes. d) a nomeação de membros de um dos Poderes não poderá depender da aprovação de outro Poder. Comentários: O correto seria a letra B, já que: Letra A - Existe essa possibilidade. Letra B - Correto! Letra C - Existe esse controle de um Poder sobre o outro. Letra D - Existem casos onde o Senado deve aprovar a nomeação feita pelo Presidente. Ex. Procurador Geral da República, Presidente do Banco Central, Ministros do STF, etc. Gabarito: Letra B. 53. (CESPE/PGE-AL/2008) O poder soberano é uno e indivisível e emana do povo. A separação dos poderes determina apenas a divisão de tarefas estatais, de atividades entre distintos órgãos autônomos. Essa divisão, contudo, não é estanque, pois há órgãos de determinado poder que executam atividades típicas de outro. Comentários: Vamos analisar a questão: O poder soberano é uno e indivisível e emana do povo. Perfeito! A separação dos poderes determina apenas a divisão de tarefas estatais, de atividades entre distintos órgãos autônomos. Perfeito! A separação é apenas funcional. Essa divisão, contudo, não é estanque, pois há órgãos de determinado poder que executam atividades típicas de outro. Perfeito novamente. Gabarito: Correto. 54. (CESPE/PGE-AL/2008) Para a moderna doutrina constitucional, cada um dos poderes constituídos exerce uma função CURSO ON-LINE - D. CONST. NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 39 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR típica e exclusiva, afastando o exercício por um poder de função típica de outro. Comentários: Como vimos, os órgãos sejam eles do Legislativo, Executivo ou Judiciário,fazem parte de um Poder que nos termos do art. 2º da Constituição é independente, mas, que também é harmônico com os demais, isto implica o exercício de funções atípicas, como a possibilidade de o Executivo legislar, ou do Legislativo julgar, o que impede que se fale em exclusividade do exercício da função. Gabarito: Errado. 55. (CESPE/PGE-AL/2008) A cada um dos poderes foi conferida uma parcela da autoridade soberana do Estado. Para a convivência harmônica entre esses poderes existe o mecanismo de controles recíprocos (checks and balances). Esse mecanismo, contudo, não chega ao ponto de autorizar a instauração de processo administrativo disciplinar por órgão representante de um poder para apurar a responsabilidade de ato praticado por agente público de outro poder. Comentários: Um poder sempre atua controlando o exercício arbitrário de outro. Porém, existem atos chamados "interna corporis" (que dizem respeito a assuntos internos) nos quais é vedada a intromissão de um outro poder. Gabarito: Correto. 56. (ESAF/AFC-STN/2005) A função executiva, uma das funções do poder político, pode ser dividida em função administrativa e função de governo, sendo que esta última comporta atribuições políticas, mas não comporta atribuições co-legislativas. Comentários: Entendemos que a função executiva se divide na “função administrativa” e na “função de governo”. A função administrativa é basicamente a gestão da máquina pública enquanto a função de goveno seria a função política, exercendo o direcionamento das políticas públicas além das funções co-legislativas (sanção, promulgação e publicação das leis). Gabarito: Errado. CURSO ON-LINE - D. CONST. NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 40 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS: O prof. José Afonso da Silva, citando a doutrina do prof. Canotilho, classifica os Princípios Fundamentais como podendo ser relativos: (a) à existência, forma, estrutura e tipo de Estado - São aqueles que estão no art. 1º definindo a República Federativa do Brasil (Estado Federal), com Soberania, e sendo um Estado Democrático de Direito; (b) à forma de governo e à organização dos Poderes – É a definição do Brasil como uma República (art. 1º) e seus poderes sendo independentes e harmônicos entre si (art. 2º); (c) à organização da sociedade – São os princípios do art. 3º I, que estabelece a sociedade com uma organização livre, justa e solidária; (d) ao regime político – Por sermos uma democracia, aqui se enquadram os princípios da cidadania, dignidade da pessoa humana, pluralismo político e, conforme o art. 1º parágrafo único, os princípios da soberania popular, representação política e participação popular direta; (e) à prestação positiva do Estado – Estão no art. 3º, II, III e VI da Constituição, são aqueles princípios que direcionam o Estado a agir ativamente para serem alcançados: independência e desenvolvimento nacional, justiça social (erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais) e não discriminação (promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação); e (f) à comunidade internacional – São todos aqueles que estão no art. 4º da Constituição, orientando a postura do Brasil em suas relações internacionais. 57. (FCC/Executivo Público – Casa Civil/2010) Os princípios da independência e do desenvolvimento nacional, da justiça social e o de não discriminação, dizem respeito aos princípios relativos à a) organização da sociedade. b) comunidade internacional. c) prestação positiva do Estado. d) forma de governo e organização dos poderes. e) existência, forma e estrutura do tipo de Estado. CURSO ON-LINE - D. CONST. NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 41 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Comentários: Primeiramente, gostaria de dizer que em 2004, a FCC cobrou uma questão IDÊNTICA a essa para o cargo de Analista do TRT 9ª região. Obviamente não iremos tratar também de tal questão, pois ela é idêntica. O correto seria marcar a letra C, já que o enunciado trouxe aqueles princípios contidos no art. 3º II, III e VI da Constituição que direcionam o Estado a agir ativamente para serem alcançados. Gabarito: Letra C. 58. (CESGRANRIO/Advogado - Petrobrás/2008) De acordo com a doutrina, os princípios constitucionais fundamentais estabelecidos no Título I da Constituição Federal de 1988 podem ser discriminados em princípios relativos (i) à existência, forma e tipo de Estado; (ii) à forma de governo; (iii) à organização dos Poderes; (iv) à organização da sociedade; (v) à vida política; (vi) ao regime democrático; (vii) à prestação positiva do Estado e (viii) à comunidade internacional. Adotando essa classificação, é exemplo típico de princípio fundamental relativo à forma de governo o princípio: a) federalista. b) republicano. c) de soberania. d) do pluralismo político. e) do Estado Democrático de Direito. Comentários: A banca traz no enunciado da questão uma posição doutrinária de José Afonso da Silva, ele que traz esses tipos de divisões. Para "matar" uma questão como essa não precisa de tanto esforço, bastava lembrar daquele "pulo do gato": falou em forma, lembrou-se de "república federativa". Se o Brasil é um Estado Federal, é porque sua forma de Estado é a federação. Sobrou a forma de governo republicana. Gabarito: Letra B. OUTRAS QUESTÕES SOBRE PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS: 59. (FCC/DPU-SP/2009) Em relação aos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil previstos no artigo 3o da Constituição Federal, considere as seguintes afirmações: CURSO ON-LINE - D. CONST. NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 42 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR I. São reveladores de uma axiologia, uma antevisão de um projeto de sociedade mais justa esposado pelo constituinte. II. Vem enunciados em forma de ação verbal (construir, erradicar, reduzir, promover), que implicam a necessidade de um comportamento ativo pelos que se acham obrigados à sua realização. III. Como possuem enunciado principialista e generalista não possuem valor normativo, daí porque o estado brasileiro descumpre- os sistematicamente. IV. O repúdio ao terrorismo e racismo está dentre os objetivos mais importantes, pois respalda outra normaregra objetiva que é a dignidade da pessoa humana. V. Além de outras normas constitucionais, encontramos vários instrumentos e disposições para efetivação dos objetivos nos títulos que tratam da ordem econômica e da ordem social. Estão corretas SOMENTE a) I, II e IV. b) I, II e V. c) I, IV e V. d) II, III e IV. e) III, IV e V. Comentários: I- Correto. Obeservando o rol de objetivos constantes do art. 3º da Constituição vemos claramente que o constituinte estava preocupado em formar uma sociedade menos desigual, sem preconceitos, enfim, mais justa. Axiologia é tudo o que se refere a princípios, valores e etc... II- Correto. São aquilo que a doutrina chama de "normas programáticas", são normas que direcionam a atuação do Estado. Por si só, não são capazes de produzir efeitos no campo prático, mas traçam diretrizes para balizar a conduta dos poderes públicos. III- Errado. Tudo aquilo que está positivado no corpo da Constituição possui valor normativo, exceção se faz somente ao preâmbulo, que segundo a jurisprudência do STF é despido de força normativa. Assim, embora seus enunciados sejam realmente principialistas e generalistas, não se pode dizer que estão ausentes de força normativa, já que, qualquer ação em sentido contrário ao que ali está, será tida como inconstitucional. IV-
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