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Aula 06 - Direito Constitucional

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CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES 
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ
1
Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br 
Aula 6 - Organização do Estado:
Olá Pessoal, tudo certo?! A aula de hoje é bem abrangente, iremos 
estuda-la em 4 partes: 
1 - Organização político-administrativa: É a forma pela qual o 
Estado Brasileiro se organiza, a distribuição territorial do poder e 
organização do território de cada ente. 
2- Bens públicos: São aquelas disposições constitucionais que 
elencam as propriedades da União, Estados, DF e Municípios. 
3 - Competências administrativas e legislativas de cada ente. 
4 - Disposições constitucionais relativas aos Estados, Distrito 
Federal, Municípios e Territórios. 
Desses 4 temas os de maior relevância para fins de concurso são as 
competências e a organização político administrativa. Hoje não 
podemos perder tempo! Vamos nessa... 
Mas primeiro... Nossa revisãozinha da aula passada: 
Direitos Sociais: 
Direitos Sociais na Constituição = EMAP e seus decorrentes: 
A Educação é que te leva ao trabalho; 
A Moradia boa tem que ter lazer e segurança; 
A Alimentação te dá saúde; e 
A Previdência protege a maternidade, infância e desamparados. 
Proteção à relação de emprego = Único direito dos trabalhadores 
nos termos de Lei Complementar; 
Salário Mínimo: 
ƒ Fixado em lei; 
ƒ nacionalmente unificado; 
ƒ Reajustado periodicamente; 
ƒ Vedada vinculação para qualquer fim; 
Ação de créditos trabalhistas - prazo prescricional de: 
ƒ 5 anos → se o contrato de trabalho estiver em vigor; 
ƒ 2 anos → após a extinção do contrato. 
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PROFESSOR: VÍTOR CRUZ
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Idades mínimas para o trabalho: 
ƒ regra: 16 anos; 
ƒ exceção 1: 18 anos se o trabalho for noturno, perigoso ou 
insalubre; 
ƒ exceção 2: 14 anos se estiver na condição de aprendiz. 
Assistência gratuita em pré-escolas e creches - aos filhos e 
dependentes até os 5 anos; 
Seguro-acidente - será a cargo do EMPREGADOR; 
Seguro-desemprego - só se o desemprego for INVOLUNTÁRIO; 
Trabalhador avulso - tem igualdade de direitos com o de vínculo 
empregatício permanente. 
Jornada de trabalho: 
• 8h/dia 
• 44h/semana 
• máximo de 6h de turno ininterrupto, salvo Neg. Col. 
STF – Súmula nº 675 → Os intervalos fixados para descanso e 
alimentação durante a jornada de 6h não descaracterizam o sistema 
de turnos ininterruptos de revezamento para o efeito do art. 7º, XIV, 
da CF. 
Empresa com MAIS DE 200 empregados - haverá um 
representante que possuirá finalidade exclusiva de tratar 
diretamente com os empregadores. 
Imunidade do empregado que candidatar-se a mandato 
classista: 
ƒ A partir do registro da candidatura; e 
ƒ Se eleito, ainda que como suplente, até UM ANO após o FIM do 
mandato. 
O poder público não pode interferir na organização sindical, 
mas, PODE exigir o registro no órgão competente; 
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Apenas UM sindicato da mesma categoria por base territorial, 
e o tamanho desta deve ser no mínimo referente à área de um 
Município (Segundo o STF, no caso de terem dois sindicatos, 
prevalecerá o que foi criado primeiro) 
A assembléia geral fixará contribuição confederativa (QUE 
NÃO É TRIBUTO) tratando de categoria profissional: 
♦ Será descontada em folha; 
♦ Custeará o sistema confederativo da respectiva representação 
sindical. 
Direito de greve dos trabalhadores: 
ƒ Independe de lei. 
ƒ Cabe a lei somente dispor sobre: 
o Serviços e atividades essenciais; 
o Atendimento de necessidades inadiáveis da comunidade; 
o Punição a quem cometer abusos. 
Nacionalidade originária: 
• ius soli - É a regra: 
ƒ Nasceu no Brasil é brasileiro - salvo se os pais forem 
estrangeiros a serviço de seu país. 
• ius sanguini - É a exceção: 
ƒ Nem precisa ter nascido no Brasil, mas o pai e/ou mãe 
são brasileiros à serviço da Rep. Fed. do Brasil. 
ƒ Nasceu fora do Brasil, e os pais não estão à serviço da 
Rep. Fed. do Brasil, porém: 
o foram registrados em repartição brasileira 
competente; ou 
o vieram a residir na República Federativa do Brasil e 
optou, em qualquer tempo, depois de atingida a 
maioridade, pela nacionalidade brasileira; 
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Nacionalidade derivada: 
1- Ordinária - vale para os estrangeiros oriundos de países de língua 
portuguesa. Requisitos: 
• residir no Brasil por 1 ano ininterrupto; e 
• ter idoneidade moral. 
2 - extraordinária ou quinzenária - vale para estrangeiros 
oriundos de qualquer outro país. Requisitos: 
• residir no Brasil por 15 anos ininterruptos; e 
• não ter condenação penal; e 
• requerer a nacionalidade brasileira. 
Português + Residência permanente no Brasil = mesmos 
direitos dos brasileiros. 
cargo privativo de brasileiro nato: Deverão ser natos os cargos de: 
a) "Presidente da República, ou alguém que possa algum dia vir a 
exercer tal função" (Vice-Presidente, Presidente da Câmara, 
Presidente do Senado, Ministro do STF); 
b) "Oficiais das forças armadas e Ministro da Defesa"; e 
c) "Carreira Diplomática". 
Perda da nacionalidade 
• Se naturalizado Æ perde por sentença judicial caso pratique 
atividade nociva ao interesse nacional; 
• Se nato ou naturalizado Æ perde ao adquirir outra 
nacionalidade, salvo se de forma originária ou por condição 
para permanecer no país ou exercer direitos civis; 
Alistamento Eleitoral: 
 
 Facultativo Obrigatório Facultativo
16 anos 18 anos 70 anos
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1. Também é facultativo para os analfabetos; 
2. São inalistáveis: 
ƒ Estrangeiros; 
ƒ Conscritos (aqueles que forem alistados ou 
recrutados) enquanto estiverem no serviço 
militar obrigatório; 
ƒ 
Idades mínimas para os cargos! 
• 18 anos = só vereador; 
• 30 anos = É a exigência somente para Governadores e Vice-
Governadores. 
• 35 anos = É necesário aos cargos que demandam experiência, 
sabedoria... Senador, Presidente e Vice-Presidente da 
República. 
• O que sobrou? 21 anos, aplicável aos cargos de Deputado 
Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e 
juiz de paz. 
Inelegibilidade reflexa 
• Só ocorre para parentes de "Chefes do Executivo" 
(Presidente, Governador e Prefeito); 
• o parentesco tem que ser até o segundo grau; 
• Só ocorre dentro do território de jurisdição do Chefe do 
Executivo. 
Eleição do militar 
• Se < 10 anos de serviço Æ deverá afastar-se da atividade; 
• Se > 10 anos de serviço Æ será agregado pela autoridade 
superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da 
diplomação, para a inatividade. 
Tanto os analfabetos quanto os inalistáveis, são também 
inelegíveis. E os outros casos de inelegibilidade serão 
estabelecidos em uma lei complementar que trará 
também os prazos da cessação deste impedimento. 
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Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade 
e os prazos de sua cessação 
Ação de impugnação de mandato eletivo (AIME) 
• 15 dias contados da diplomação 
• provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude. 
• Segredo de justiça. 
Perda ou suspensão de direitos políticos 
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado 
- Perda.II - incapacidade civil absoluta - Suspensão. 
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem 
seus efeitos - Suspensão. 
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação 
alternativa, nos termos do art. 5º, VIII - Perda ou Suspensão (sem 
pacificação doutrinária) 
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. - 
Suspensão. 
Lei que altera o Processo Eleitoral:
ƒ entrada em vigor → Na data de sua publicação; 
ƒ aplicação → Somente nas eleições que ocorram após 1 ano 
do início da sua vigência. 
Partidos Políticos: 
Direitos dos partidos políticos: 
• livre criação, fusão, incorporação e extinção; 
• autonomia para definir sua estrutura interna, organização e 
para adotar critérios de escolha e o regime de suas 
coligações eleitorais, não precisando vincular as candidaturas 
em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal; 
• receber recursos do fundo partidário; 
• acesso gratuito ao rádio e televisão, na forma da lei. 
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Obrigações 
• resguardar a soberania nacional, o regime democrático, o 
pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa 
humana; 
• possuir caráter nacional; 
• prestar contas à Justiça Eleitoral; 
• funcionamento parlamentar de acordo com a lei; 
• estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária em 
seus estatutos; 
• registrar seus estatutos no TSE após adquirirem 
personalidade jurídica conforme a lei civil; 
Vedações 
• Não podem receber recursos financeiros de entidades ou 
governos estrangeiros ou subordinarem-se a estes; 
• Não podem utilizar organização paramilitar. 
Organização Político-administrativa: 
Sabemos que o Brasil adota como forma de Estado a federação, ou 
seja, o modo de distribuição geográfica do poder político se dá com a 
formação de entidades autônomas que segundo o art. 18 da 
Constituilção são 4: União, Estados, Distrito Federal e Municípios. 
Não confunda Distrito Federal com território federal, não tem 
nada haver uma coisa com outra. O Distrito Federal é uma 
entidade autônoma da federação, O território federal náo é 
autônomo, pois integra à União. 
Art. 18, § 2º - Os Territórios Federais integram a União, e 
sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao 
Estado de origem serão reguladas em lei complementar. 
Veja que estamos falando de autonomia, não de soberania. A 
soberania, que a Constituição adota em seu art. 1º, I, como um 
fundamento da República Federativa do Brasil (definida como o 
poder supremo que o Estado Brasileiro possui nos limites do 
seu território, não se sujeitando a nenhum outro poder de 
igual ou superior magnitude e tornando-se um país 
independente de qualquer outro no âmbito internacional) irá se 
manifestar apenas na pessoa da República Federativa do Brasil, 
entendida como a união de todos os entes internos, representando 
todo o povo brasileiro, povo este que é o verdadeiro titular da 
soberania. O ente federativo "União" não possui soberania, 
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apenas autonomia tal como os Estados, Distrito Federal e 
Municípios. A República Federativa do Brasil é a única soberana e 
que se manifesta internacionalmente como pessoa jurídica de direito 
internacional. 
Assim, embora a União (e somente a União) possa representar o 
Brasil externamente, lá fora ninguém sabe que está "tratando com a 
União" e sim com a República Federativa do Brasil. Somente esta 
(República Federativa do Brasil) é que é pessoa jurídica de direito 
público externo. Assim, temos 2 visões de nosso país: a visão interna 
e a externa. Veja: 
1. Visão interna do Brasil: Federação formada por Estados, 
Municípios e Distrito Federal. Todos sendo harmonizados pelo 
poder central (União), sendo assim, 4 espécies de pessoas 
jurídicas de direito público interno. 
2. Visão externa do Brasil: República Federativa do Brasil, como 
única pessoa jurídica de direito público externo. 
Vítor, por que dizemos então que eles são autônomos? 
Pais X
República Federativa
do Brasil
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Dizemos isso porque eles possuem relativa independência entre si, 
esta independência, que chamaremos de autonomia se manifesta 
através de três ou quatro facetas (dependendo do doutrinador): 
1- Autogoverno: capacidade de os entes escolherem seus 
governantes sem interferência de outros entes; 
2- Auto-organização: capacidade de instituírem suas próprias 
constituições (no caso dos estados) ou leis orgânicas (no caso dos 
municípios e do DF); 
3- Autolegislação: capacidade de elaborarem suas próprias leis 
através de um processo legislativo próprio, embora devam seguir as 
diretrizes do processo em âmbito federal. 
4- Auto-administração: capacidade de se administrarem de forma 
independente, tomando suas próprias decisões executivas e 
legislativas. 
(Para alguns doutrinadores a auto-organização englobaria a 
autolegislação). 
• Princípios da organização do Estado. 
Temos que relembrar aqui uma coisa que, em concursos, costuma-se 
cobrar, com bastante frequência: os princípios constitucionais que se 
referem aos direcionamentos aplicáveis aos diversos entes (Estados, 
Municípios e DF) que formam a nossa federação. São eles: 
Os princípios sensíveis - são aqueles presentes no art. 34, VII da 
Constituição Federal, que se não respeitados poderão ensejar a 
intervenção federal. 
Os princípios federais extensíveis - são aqueles princípios federais 
que são aplicáveis pela simetria federativa aos demais entes políticos, 
como por exemplo, as diretrizes do processo legislativo, dos 
orçamentos e das investiduras nos cargos eletivos. 
Os princípios estabelecidos - são aqueles que estão 
expressamente ou implicitamente no texto da Constituição Federal 
limitando o poder constituinte do Estado-membro. 
• Brasília: 
CF, Art. 18, § 1º - Brasília é a Capital Federal. 
Até a Constituição de 1969, tínhamos a disposição "O Distrito Federal 
é a Capital da União". Com a Constituição de 1988 mudou-se o texto 
para "Brasília é a Capital Federal". Essa mudança feita há mais de 20 
anos ainda gera muitas discussões nos concursos. Veremos que o 
Distrito Federal não pode ser dividido em municípios, por este motivo, 
a banca ESAF considera que Brasília e Distrito Federal são a mesma 
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coisa. Por outro lado, o CESPE considera que são coisas distintas, 
justificando a mudança do texto. 
Solução: vamos usar a literalidade da Constituição - Brasília é a 
Capital Federal - com exceção da ESAF, onde consideraremos que a 
capital federal pode ser Brasília ou o Distrito Federal (já que para ela 
são a mesma coisa). 
• Questões da FCC: 
1. (FCC/Téc.-MPE-SE/2009) São unidades federadas 
autônomas, conforme a organização político-administrativa do Brasil, 
a) Estados-Membros e Regiões Metropolitanas. 
b) União e Territórios. 
c) Estados-Membros e Municípios. 
d) União e Regiões Metropolitanas. 
e) Territórios e Distrito Federal. 
Comentários: 
A federação brasileira é formada, segundo o art. 18 da CF, por 4 
entidades autônomas: União, Estados, DF e Municípios. 
Todas estas entidades são autônomas, nenhuma delas é soberana. 
Territórios Federais não são entidades autônomas, eles pertencem à 
União. Atualmente, não existe no Brasil nenhum território federal, 
mas nada impede que eles venham a existir. Para isso, deve-se editar 
uma lei complementar,nos termos do art. 18 §2º da Constituição. 
Regiões metropolitanas também não são entes autônomos, são 
subdivisões que os Estados, por foça do art. 25 §3º, possuem a 
faculdade de criar - através de uma lei complementar estadual - para 
que possam organizar melhor a sua atividade administrativa ao longo 
do seu território. Assim, essa criação não forma entidades, mas 
meras divisões administrativas. 
Gabarito: Letra C. 
2. (FCC/AJAJ-TRF4º/2010 - Adaptada) A organização político-
administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, 
os Estados, os Municípios e o Distrito Federal, sendo que somente o 
último não possui autonomia. 
Comentários: 
O DF é autônomo, ele possui todas as facetas da autonomia 
(autogoverno, auto-organização, autolegislação e auto-
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administração). Os territórios federais é que não são autônomos, não 
confunda isso. 
Gabarito: Errado. 
3. (FCC/AJAJ - TRT-3ª/2009) Tendo em vista a organização do 
Estado, é certo que: 
a) A União é pessoa jurídica de direito público interno e externo 
sendo o único ente formador do Estado Federal, uma vez que os 
demais entes são divisões administrativo-territoriais. 
b) a República Federativa do Brasil representa o Estado Federal nos 
atos de Direito Internacional, porque quem pratica os atos desse 
Direito é a União Federal e os Estados federados. 
c) à União cabe exercer as prerrogativas de soberania do Estado 
brasileiro, quando representa a República Federativa do Brasil nas 
relações internacionais. 
d) a União, por ser soberana em todos os aspectos, pode ser 
considerada entidade federativa em relação aos Estados membros e 
Municípios. 
e) os entes integrantes da Federação, em determinadas situações, à 
exceção dos Territórios, têm competência para representar o Estado 
federal frente a outros Estados soberanos. 
Comentários: 
Letra A - Errada. A União é pessoa jurídica de direito público apenas 
interno, não é pessoa de direito público externo. 
Letra B - Errado. Não é isso não... O representante é a União, a 
União, e somente ela, é que representa a República Federativa do 
Brasil. 
Letra C - Perfeito!!! Agora sim. A União não é soberana, mas "pega 
emprestado" as prerrogativas da soberania com a República 
Federativa do Brasil para poder representá-la. 
Letra D - Muito errado. Nem precisa comentar essa não é mesmo? 
Letra E - Errada. Somente a União pode representar a Federação, por 
força da exclusividade conferida pelo art. 21, I da Constituição 
Federal. 
Gabarito: Letra C. 
4. (FCC/EPP-SP/2009) O Município, na federação brasileira, 
a) tem a sua autonomia política configurada pela Constituição 
Federal, bem como pela Constituição Estadual pertinente, que pode 
reduzi-la ou ampliá-la. 
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b) é dotado de personalidade jurídica de direito público, 
consubstanciando modalidade de descentralização administrativa. 
c) embora criado por lei estadual, não pode ter a sua autonomia 
política restringida pelo Estado respectivo. 
d) dispõe de ampla autonomia política, sendo-lhe facultado regular a 
duração do mandato dos respectivos Prefeitos e Vereadores. 
e) pode se projetar, territorialmente, em relação a mais de um 
Estado, desde que lei complementar federal assim o permita. 
Comentários: 
Letra A - Errado. O Estado não pode reduzir ou ampliar a autonomia 
do Município, estes limites estão definidos na Constituição Federal. 
Letra B - Errado. O Município realmente é uma pessoa jurídica de 
direito público interno, porém, é criado por descentralização 
POLÍTICA. Descentralização administrativa é aquela que cria 
autarquias, empresas públicas e etc. 
Letra C - Correto. É verdade que os Municípios são criados por lei 
estadual (CF, art. 18 §4º), porém, são dotados de ampla autonomia 
(conforme vimos na questão anterior), não podendo esta ser 
restringida pelo Estado-membro. 
Letra D - Errado. Embora dotados de autonomia, os entes devem 
respeitar os limites impostos pela Constituição. Ou seja, sempre que 
a Constituição Federal estabelecer algo, não poderá o ente dispor em 
contrário. A própria Constituição Federal já fixa o mandato de todos 
os chefes do Executivo (Presidente, Governador e Prefeito) como 
sendo de 4 anos. 
Letra E - Errado. Os limites territoriais do Município devem estar 
contidos dentro de um único Estado. 
Gabarito: Letra C. 
• Questões do CESPE 
5. (CESPE/AJAA-STF/2008) A organização político-
administrativa da República Federativa do Brasil restringe-se aos 
estados, aos municípios e ao DF, todos autônomos, nos termos da 
CF. 
Comentários: 
O enunciado deixou fora da relação a União, que também é ente 
autônomo integrante da organização político-administrativa da 
República Federativa do Brasil, nos termos do art. 18. 
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES 
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ
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Gabarito: Errado. 
6. (CESPE/TRE-MA/2009) A União, os estados-membros, os 
municípios e o Distrito Federal são entidades estatais soberanas, pois 
possuem autonomia política, administrativa e financeira. 
Comentários: 
Os entes no Brasil são todos autônomos, segundo o art. 18 da 
Constituição. A soberania está nas mãos apenas da pessoa da 
República Federativa do Brasil. 
Gabarito: Errado. 
7. (CESPE/TRE-GO/2009) Os municípios não são considerados 
entes federativos autônomos, visto que não são dotados de 
capacidade de auto-organização e de autonomia financeira. 
Comentários: 
Os municípios assim como os Estados e o Distrito Federal, possuem 
ampla autonomia, ou seja, são dotados de auto-organização, auto-
governo, auto-legislação e auto-administração. 
Gabarito: Errado. 
8. (CESPE/Técnico-TJ-RJ/2008) Os municípios não integram 
a estrutura federativa brasileira em razão da limitação de sua 
autonomia pela CF. 
Comentários: 
Eles são entes da federação e gozam de total autonomia, nos termos 
do art. 18 da Constituição. 
Gabarito: Errado. 
9. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) Os territórios federais são 
considerados entes federativos. 
Comentários: 
No Brasil só possuímos 4 entes federativos: União, Estados, DF e 
Municípios (CF, art. 18). 
Gabarito: Errado. 
10. (CESPE/Técnico-TJ-RJ/2008) Os territórios federais 
integram a União e sua criação será regulada em lei complementar. 
Comentários: 
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Os territórios federais não são entes da federação, mas sim partes 
integrantes da União despidas de autonomia e que são criadas de 
acordo com a lei complementar (CF, art. 18, § 2º). 
Gabarito: Correto. 
11. (CESPE/AJAJ-STM/2011) No exercício de sua autonomia 
política, os estados podem adotar o regime parlamentar de governo. 
Comentários: 
Sabemos que os entes da federação devem observar os princípios 
federais extensíveis, que são aqueles princípios básicos de 
organização federal que, por simetria federativa, devem ser 
respeitados também pelos demais entes em seu exercício de 
organização. Desta forma, como a Constituição estabeleceu o 
Presidencialismo na esfera federal, o Estado-membro deve seguir um 
sistema simétrico, sendo vedado a instituição de um regime 
parlamentar. 
Gabarito: Errado. 
12. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) O DF não dispõe da 
capacidade de auto-organização, já que não possui competência para 
legislar sobre organização judiciária, organização do MP e da 
Defensoria Pública do DF e dos Territórios. 
Comentários: 
Todos os 4 entes brasileiros(União, Estados, DF e Municípios) são 
autônomos (CF, art. 18) e esta autonomia se manifesta através de 
todas as facetas: auto-organização, autogoverno e 
autoadministração. 
Gabarito: Errado. 
13. (CESPE/SEFAZ–ES/2009) A União é entidade federativa 
autônoma em relação aos Estados-membros e Municípios, e cabe a 
ela exercer as prerrogativas da soberania do Estado brasileiro ao 
representar a República Federativa do Brasil nas relações inter-
nacionais. 
Comentários: 
O ente federativo "União" não possui soberania, apenas autonomia tal 
como os Estados, Distrito Federal e Municípios. A República Federa-
tiva do Brasil é a única soberana e que se manifesta 
internacionalmente como pessoa jurídica de direito internacional. 
Porém a Constituição Federal admite que a União (e somente a 
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União) possa representar o Brasil externamente e assim, exercer as 
prerrogativas da soberania pertencente ao Estado Brasileiro. 
Gabarito: Correto. 
14. (CESPE/TRE-GO/2009) O Distrito Federal é a capital do 
país. 
Comentários: 
Segundo a Constituição, a capital do Brasil é Brasília, o Distrito 
Federal é uma unidade autônoma da federação, com governo próprio, 
que não se confundiria com Brasília, esta, sendo capital do pais, seria 
onde estariam concentrados os núcleos de cúpula da esfera federal. 
Gabarito: Errado. 
15. (CESPE/Analista Processual - MPU/2010) As capacidades 
de auto-organização, autogoverno, autoadministração e 
autolegislação reconhecidas aos estados federados exemplificam a 
autonomia que lhes é conferida pela Carta Constitucional. 
Comentários: 
Trata-se das facetas da autonomia que o CESPE aqui expôs de forma 
"quádrupla" , o que também é correto dependendo do doutrinador. 
Alguns doutrinadores consideram apenas 3 facetas, englobando a 
autolegislação dentro da auto-organização. Isso não deixa a questão 
de forma alguma errada. 
Gabarito: Correto. 
Reorganização do espaço territorial: 
A doutrina costuma relacionar as hipóteses de reorganização do 
espaço territorial da seguinte forma: 
ƒ Cisão ou Subdivisão - Um ente subdivide o seu território 
dando origem a outros entes. O ente inicial deixa de existir. 
ƒ Desmembramento-formação - Uma parte de um ente se 
desmembra formando um novo ente. O ente inicial continua 
existindo e agora temos um ente completamente novo. 
ƒ Desmembramento-anexação - Uma parte de um ente se 
desmembra, porém, ao invés de formar um novo ente, ela é 
anexada por outro existente. O ente inicial continua existindo 
e não temos a formação de um ente novo, mas um aumento 
territorial de outro. 
ƒ Fusão - Dois ou mais entes se agregam e assim formam um 
ente novo. Os entes iniciais deixam de existir. 
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16. (FCC/Analista - TRT-SP/2008) No que concerne à 
Organização do Estado, se um Estado for dividido em vários novos 
Estados-membros, todos com personalidades diferentes, 
desaparecendo por completo o Estado-originário, ocorrerá a 
hipótese de alteração divisional interna denominada fusão. 
Comentários: 
Isso será caso de cisão e não de fusão, que é quando dois ou mais 
entes se agregam para formar um ente novo. 
Gabarito: Errado. 
17. (CESPE/AGU/2009) No tocante às hipóteses de alteração 
da divisão interna do território brasileiro, é correto afirmar que, na 
subdivisão, há a manutenção da identidade do ente federativo 
primitivo, enquanto, no desmembramento, tem-se o 
desaparecimento da personalidade jurídica do estado originário. 
Comentários: 
O termo "cisão" ou "subdivisão" é usado quando um ente subdivide 
o seu território dando origem a outros entes. Desta forma, o ente 
inicial deixa de existir. 
Gabarito: Errado. 
Reorganização territorial de Estados e territórios federais: 
CF, art. 18, § 3º - Os Estados podem incorporar-se entre si, 
subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, 
ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, 
mediante aprovação da população diretamente interessada, 
através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei 
complementar. 
Atenção a essas duas disposições: 
• Aprovação da população diretamente interessada, através de 
plebiscito; e 
• Elaboração de uma lei complementar pelo Congresso 
Nacional. 
Jurisprudência:
Recentemente, o STF decidiu que na reorganização territorial de 
Estados, o termo “população diretamente interessada” deve ser entendido 
como “toda a população do Estado”. 
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Procedimento: 
O procedimento de plebiscitos e referendos está estabelecido pela lei 
9709/98. 
Para que ocorra a reorganização do território do Estado, o Congresso 
Nacional irá convocar o plebiscito. Se a consulta for desfavorável, não 
há prosseguimento dos procedimentos, não se passando para fase 
seguinte. Porém, se a consulta for favorável à reorganização, o 
processo será enviado às respectivas assembléias para que estas 
opinem pela sua aprovação ou rejeição. 
Essa manifestação da assembleia legislativa, no entanto, é 
meramente opinativa, não se constituindo em uma manifestação 
vinculativa (Lei 9709/98, art. 4º, §3º), nem mesmo essencial, 
podendo as mesmas inclusive, se abster da manifestação. 
Após isso, a matéria segue para o CN, onde então deverá ser votada 
como lei complementar para que se desfeche o processo. 
18. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009 - Adaptada) É vedada a 
subdivisão de Estados (Certo/Errado). 
Comentários: 
Do art. 18 §3º da Constituição depreende-se claramente que os 
Estados podem não só subdividir-se, como também incorporar-se 
entre si ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem 
novos Estados ou Territórios Federais. Para que isso seja feito, deve 
ser mediante aprovação da população diretamente interessada, 
através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. 
Gabarito: Errado. 
19. (FCC/Procurador-TCE-AP/2010) Em dezembro de 2009, foi 
aprovado pelo Senado Federal projeto de Decreto Legislativo que 
autoriza a realização de plebiscito sobre a criação do chamado Estado 
de Carajás. O novo Estado seria formado por 38 Municípios do sul e 
sudeste do atual Estado do Pará, com extensão total de 285.000 km² 
e 1.300.000 habitantes. O plebiscito seria realizado nesses 
Municípios, seis meses após a publicação do Decreto Legislativo. A 
referida proposta de criação do Estado de Carajás 
a) é inconstitucional, uma vez que a união estabelecida entre os 
entes da Federação é indissolúvel. 
b) seria possível somente durante os trabalhos de Assembleia 
Nacional Constituinte, a exemplo do que ocorreu com a criação do 
Estado de Tocantins. 
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c) deveria ser precedida da criação do Território de Carajás, o qual, 
somente após demonstrar sua viabilidade, seria então transformado 
em Estado. 
d) é compatível com a Constituição desde que, ademais da consulta à 
população interessada, mediante plebiscito, seja aprovada pelo 
Congresso Nacional, por lei complementar. 
e) deveria ser precedida de Estudos de Viabilidade, apresentados e 
publicados na forma da lei, e ser aprovada por lei do Estado do Pará, 
dentro do período determinado por lei complementar federal. 
Comentários: 
Pode haver reorganização dos Estados na vigência da atual 
constituição. Logo, é incorreta a letra A e B da questão. Porém, para 
que ocorra, precisamos de: 
• Aprovação da população diretamente interessada, atravésde 
plebiscito; e 
• Elaboração de uma lei complementar pelo Congresso Nacional. 
Assim, a letra D é a alternativa correta. Já a letra E se refere a 
criação de Municípios e não de Estados. e a letra C é absurda. 
Gabarito: Letra D. 
20. (CESPE/AJAJ - STM/2011) O processo de formação dos 
estados-membros exige a participação da população interessada por 
meio de plebiscito, medida que configura condição prévia, essencial e 
prejudicial à fase seguinte. Assim, desfavorável o resultado da 
consulta prévia feita ao povo, não se passará à fase seguinte do 
processo. 
Comentários: 
Isso aí, o plebiscito favorável é essencial para que se consiga 
reorganizar o território do Estado. Caso o plebiscito seja 
desfavorável, desde já deve ser paralisado o procedimento, pois não 
ser poderá cumprir as exigências constitucionais para tal. 
Gabarito: Correto. 
21. (CESPE/Técnico - MPU/2010) Considere que determinado 
estado da Federação tenha obtido aprovação tanto de sua população 
diretamente interessada, por meio de plebiscito, como do Congresso 
Nacional, por meio de lei complementar, para se desmembrar em 
dois estados distintos. Nesse caso, foi cumprida a exigência imposta 
pela Constituição para incorporação, subdivisão, desmembramento ou 
formação de novos estados ou territórios federais. 
Comentários: 
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É exatamente o disposto no art. 18 § 3º da Constituição, o qual 
permite que os Estados possam incorporar-se entre si, subdividir-se 
ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos 
Estados ou Territórios Federais, desde que observe os requisitos de: 
ƒ Aprovação da população diretamente interessada, através de 
plebiscito; e 
ƒ A Elaboração de uma lei complementar pelo Congresso Nacional. 
Gabarito: Correto. 
22. (CESPE/MPS/2010) Para a criação de um novo estado na 
Federação brasileira, é necessária a realização de plebiscito nacional, 
de forma a garantir o equilíbrio federativo. 
Comentários: 
Nos termos do art. 18 §3º da Constituição Federal, o plebiscito 
deverá ser realizado apenas com participação da população 
diretamente interessada. 
Gabarito: Errado. 
23. (CESPE/Advogado - IBRAM-DF/2009) Caso uma parte de 
um estado pretendesse desmembrar-se e anexar seu território a um 
estado vizinho, essa mudança dependeria de plebiscito da população 
diretamente interessada e de leis complementares a serem 
elaboradas pelas respectivas assembleias legislativas dos estados 
membros. 
Comentários: 
Um dos requisitos seria a elaboração de lei complementar do 
Congresso Nacional, tal como dispõe o art. 18 § 3º da Constituição, e 
não das assembléias legislativas. 
Gabarito: Errado. 
24. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) No 
processo de criação de estados-membros, a manifestação das 
assembleias legislativas constitui condição essencial e vinculativa, já 
que o parecer desfavorável das casas representativas do povo 
impede a continuidade do processo de formação de novos estados. 
Comentários: 
A manifestação da assembleia legislativa é meramente opinativa, não 
se constituindo em uma manifestação vinculativa (Lei 9709/98, art. 
4º, §3º), nem mesmo essencial, podendo as mesmas inclusive, se 
abster da manifestação. 
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Gabarito: Errado. 
25. (CESPE/Analista - TCE-TO/2008) Os estados podem 
incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se, para se 
anexarem a outros ou formarem novos estados ou territórios 
federais, mediante aprovação da população brasileira, através de 
plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. 
Comentários: 
A aprovação não será da população brasileira mas, tão somente da 
população diretamente interessada, nos termos do art. 18 §3º da 
Constituição. 
Gabarito: Errado. 
Reorganização territorial de Municípios: 
CF, art. 18 §4º A criação, a incorporação, a fusão e o 
desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, 
dentro do período determinado por Lei Complementar 
Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante 
plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após 
divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, 
apresentados e publicados na forma da lei. 
Atenção a essas três disposições: 
• far-se-á por lei estadual no período de lei complementar 
federal; 
• Aprovação, por plebiscito, da população envolvida; 
• Deve-se apresentar e publicar, na forma da lei, Estudos de 
Viabilidade Municipal. 
Lembrem-se: estudo de viabilidade é só no caso de 
Municípios! 
Segundo o posicionamento do TSE (TSE – MS 2.812 – 
Bahia), essa previsão da dependência de lei complementar 
federal faz com que a norma se torne de eficácia limitada, e como 
tal norma ainda não existe, isto inviabiliza a criação de novos 
Municípios. Mas, houve criações de Municípios sem observância 
desta disposição, e estas criações foram declaradas 
inconstitucionais pelo STF, porém, tal discussão ensejou a edição 
da EC nº 57/08 que acrescentou o artigo abaixo: 
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CF, ADCT, art. 96 → Ficam convalidados (confirmados, com 
a validade ratificada...) os atos de criação, fusão, 
incorporação e desmembramento de Municípios, cuja lei tenha sido 
publicada até 31 de dezembro de 2006, atendidos os requisitos 
estabelecidos na legislação do respectivo Estado à época de sua 
criação. 
Observação: Quem convoca o plebiscito para redefinição 
de Estados é o Congresso Nacional, pois o tema é de 
abrangência nacional. Quem convoca o plebiscito para redefinição 
de Municípios é a Assembleia Legislativa, pois é tema estadual. 
26. (FCC/TJAA-TRT 8ª/2010) Com relação a Organização 
Político Administrativa, 
a) o desmembramento de Município far-se-à por lei municipal, dentro 
do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerá 
de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios 
envolvidos, sem necessidade de divulgação prévia dos Estudos de 
Viabilidade Municipal na imprensa oficial. 
b) a fusão de Municípios far-se-à por lei municipal, dentro do período 
determinado por Lei Ordinária Federal, e dependerá de consulta 
prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, 
após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e 
publicados na forma da lei. 
c) os Estados podem desmembrar-se para se anexarem a outros 
Estados, mediante aprovação da população diretamente interessada, 
através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. 
d) os Estados podem incorporar-se entre si para formarem novos 
Estados, mediante emenda constitucional, dependente de plebiscito 
nacional e da aprovação do Senado Federal. 
e) os Estados podem incorporar-se entre si para formarem novos 
Estados, mediante emenda constitucional, dependente de plebiscito 
nacional e da aprovação da Câmara dos Deputados. 
Comentários: 
Letra A - Errado. Precisa divulgar os estudos de viabilidade. 
Letra B - Errado. Ela se faz por lei ESTADUAL. 
Letra C - Correto. É a disposição do art. 18 §3º. 
Letra D - Errado. Não precisa de emenda constitucional, nem de 
plebiscito nacional, e nem de aprovação do Senado. 
Letra E - Errado. Não precisa de emenda constitucional, nem de 
plebiscito nacional, e nem de aprovação da Câmara. 
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Gabarito: Letra C. 
27. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) Quanto à organização do 
Estado brasileiro, é correto que 
a)é vedada a subdivisão de Estados. 
b) a fusão de Municípios far-se-á por emenda constitucional. 
c) a criação de Territórios Federais será regulada em lei 
complementar. 
d) aos Estados é permitida, na forma da lei, a subvenção a cultos 
religiosos ou igrejas. 
e) a anexação de municípios para formarem Estados ou Territórios 
Federais, autorizada por resolução do Congresso Nacional, dependerá 
de referendo popular. 
Comentários: 
Letra A - Obviamente errada. 
Letra B - Está errada também. Será por lei estadual e dentro de 
período estabalecido por lei complementar federal. 
Letra C - Correto. Como vimos, os Territórios Federais não são entes 
autônomos, eles integram a União. A sua criação, transformação em 
Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei 
complementar (CF, art. 18 §2º). 
Letra D - Vimos que isto está errado. 
Letra E - Esta assertiva está completamente errada. O primeiro erro é 
que a Constituição não prevê anexação de Municípios para formarem 
Estados. Outro erro é o fato de que, ainda que encarando isso como 
"desmenbramento de Estado", não será por resolução do CN, mas por 
lei complementar do Congresso, e o útimo erro é que se fará um 
plebiscito à população e não um referendo. 
Gabarito: Letra C. 
28. (CESPE/TRE-GO/2009) A criação, a incorporação, a fusão e 
o desmembramento de municípios, far-se-ão por lei federal e serão 
submetidos pela população diretamente interessada a referendo 
popular. 
Comentários: 
Segundo o art. 18 §4º da Constituição, se fará por lei estadual no 
prazo estabelecido por lei complementar federal. E a aprovação é por 
plebiscito e não referendo. 
Gabarito: Errado. 
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29. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) A criação 
de municípios demanda, além de outros requisitos constitucionais, a 
edição de lei estadual que, mesmo após a respectiva aprovação por 
parte da assembleia legislativa, pode ser vetada pelo governador do 
estado. 
Comentários: 
A Constituição estabelece em seu art. 18 §4º que a criação, a 
incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão 
por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Com-
plementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante 
plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação 
dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na 
forma da lei. Como se trata de lei (ordinária) fica pendente ainda da 
sanção/veto do governador, já que este é o rito legislativo de uma 
lei. 
Gabarito: Correto. 
30. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) Foram convalidados, no 
âmbito da CF, os atos de criação, fusão, incorporação e 
desmembramento de municípios, cuja lei tenha sido publicada até 
31/12/2006, de acordo com os requisitos estabelecidos na legislação 
do respectivo estado à época da criação. 
Comentários: 
Trata-se de disposição encontrada nos ADCT, art. 96, inserido pela 
EC 57/08, onde ficam convalidados (confirmados, com a validade 
ratificada...) os atos de criação, fusão, incorporação e 
desmembramento de Municípios, cuja lei tenha sido publicada até 31 
de dezembro de 2006, atendidos os requisitos estabelecidos na 
legislação do respectivo Estado à época de sua criação. Já que 
inúmeros municípios haviam sido criados sem que fosse 
regulamentada a matéria do art. 18 §4º, a qual, segundo o STF, é 
uma norma de eficácia limitada. 
Gabarito: Correto. 
31. (CESPE/Técnico-TJ-RJ/2008) Lei federal disporá sobre a 
criação e o desmembramento de municípios. Essa normatização não 
poderá ser feita pelos estados. 
Comentários: 
Nos termos da Constituição, art. 18 §4º, a criação, a incorporação, a 
fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei 
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estadual (no período de lei complementar federal) e não por lei 
federal. 
Gabarito: Errado. 
Vedações aos entes federativos: 
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e 
aos Municípios: 
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, 
embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou 
seus representantes relações de dependência ou aliança, 
ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse 
público; 
II - recusar fé aos documentos públicos; 
III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre 
si. 
32. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009 - Adaptada) Aos Estados é 
permitida, na forma da lei, a subvenção a cultos religiosos ou igrejas 
(Certo/Errado). 
Comentários: 
Não só aos Estados, mas a todos os entes políticos é vedada esta 
subvenção, ressalvada somente, como vimos, a colaboração de 
interesse público nos termos da Constituição, art. 19, I. 
Gabarito: Errado. 
33. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) É vedado à União, aos 
estados, ao DF e aos municípios estabelecer cultos religiosos ou 
igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter 
com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança. 
Comentários: 
Trata-se de uma limitação imposta pelo constituinte a todos os entes, 
insculpida no art. 19, I. 
Gabarito: Correto. 
Bens Públicos: 
Existem bens exclusivos da União e outros que dependendo da 
situação poderão pertencer tanto a União, quanto aos Estados, ou 
aos Municípios e até mesmo a terceiros. 
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Para responder as questões deste tema, colocarei abaixo um resumo 
sobre os Bens Públicos que foi retirado do livro "Constituição Federal 
Anotada para Concursos": 
União e Estados: 
♦ Terras Devolutas: 
Regra Æ Estados; 
Exceção Æ União, se indispensáveis: 
ƒ À defesa das fronteiras, fortificações e construções 
militares ou vias federais; ou 
ƒ À preservação ambiental. 
Terras Devolutas são aquelas que nunca tiveram proprietários ou 
foram devolvidas, ficando sem dono, passam então a integrar o 
patrimônio público. 
♦ Ilhas FLUVIAIS e LACUSTRES: 
Regra Æ Estados; 
Exceção Æ União, se fizer limite com outros países. 
♦ Águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e 
em depósito: 
Regra Æ Estados; 
Exceção Æ União, se na forma da lei, decorrerem de obras da 
União. 
♦ Lagos, rios e demais águas correntes: 
Regra Æ Estados; 
Exceção Æ União: 
ƒ Se banhar mais de um Estado; 
ƒ Se fizerem limite com países ou se deles provierem 
ou se estenderem; 
ƒ Também o são os terrenos marginais destes e as 
praias fluviais. 
União, Estados e Municípios:
♦ Ilhas COSTEIRAS e OCEÂNICAS: 
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Municípios Æ Quando for sede do Município, salvo se for afetada 
por serviço público ou unidade ambiental federal 
(nestes casos será da União); 
Estados Æ Quando estiverem em seu domínio; 
União Æ As demais, inclusive o caso acima. 
Elas podem ainda ser de terceiros. 
Somente à União: 
ƒ Todos que atualmente lhe pertencem ou os que lhe vierem a 
ser atribuídos; 
ƒ Praias marítimas, os terrenos de marinha e seus acrescidos; 
ƒ O mar territorial; 
ƒ Os recursos naturais da plataforma continental e da zona 
econômica exclusiva; 
ƒ Os recursos minerais, inclusive do subsolo; 
ƒ Os potenciais de energia hidráulica; 
ƒ As cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e 
pré-históricos; 
ƒ As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. 
Observe que todos os recursos minerais são propriedade da União 
e, em se tratando da plataforma continental e da zona econômica 
exclusiva, também o serãotodos os demais recursos naturais além 
dos minerais. 
• É assegurado aos entes federativos bem como a órgãos da 
administração direta da União, participação no resultado da 
exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para 
fins de geração de energia elétrica e de outros recursos 
minerais no respectivo território, plataforma continental, mar 
territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação 
financeira por essa exploração. 
• A faixa de fronteira é considerada fundamental para defesa 
do território nacional, e sua ocupação e utilização serão 
reguladas em lei. 
Faixa de fronteira faixa até 150km de largura ao 
longo das fronteiras terrestres 
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Bens públicos quanto à finalidade: 
O código civil divide esses bens públicos em 3 espécies, que se 
referem à destinação do bem: 
1 - Bens de uso comum: São os destinados ao uso de toda a 
população, indistintamente. Ex: rios, mares, estradas, ruas e praças. 
2 - Bens de uso especial: Estão destinados a uma finalidade 
específica, são os edifícios ou terrenos destinados a serviço ou 
estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou 
municipal, e suas autarquias. Ex. Repartições públicas, bibliotecas, 
quartéis. 
3- Bens dominicais: Não estão destinados nem a uma finalidade 
especial, nem são de uso comum. São aqueles bens dos quais o 
Estado pode se desfazer. 
• Questões da FCC: 
34. (FCC/TJAA-TRT 3ª/2009) No que diz respeito à organização 
político-administrativa da União é correto afirmar que 
a) a faixa de fronteira deve observar a medida de até cento e oitenta 
quilômetros de largura. 
b) são bens da União, dentre outros, os potenciais de energia 
hidráulica e os sítios arqueológicos. 
c) o desmembramento de Municípios far-se-á por lei municipal da 
respectiva localidade e das limítrofes. 
d) é permitida à União manter, com representantes de igrejas, e em 
quaisquer hipóteses, relações de aliança. 
e) a formação de Estados ou Territórios Federais será feita por meio 
de referendo e por ato normativo do Senado Federal. 
Comentários: 
Letra A - Errada. A faixa é de 150 e não 180 Km e lembramos que é 
só em relação às fronteiras terrestres. 
Letra B - Correto. 
Letra C - É feito por Lei Estadual, no período de lei complementar 
federal. 
Letra D - Errado. Isso é vedado a todos os entes pelo art. 19. 
Letra E - Errado. Será por plebiscito e por lei complementar no 
Congresso. 
Gabarito: Letra B. 
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35. (FCC/AJAJ-TRE-AL/2010) É INCORRETO afirmar que entre 
os bens dos Estados incluem-se 
a) as terras devolutas não compreendidas entre as da União. 
b) as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em 
depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de 
obras da União. 
c) as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu 
domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou 
terceiros. 
d) as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União. 
e) o mar territorial e os potenciais de energia hidráulica. 
Comentários: 
Letra A - Correto. As terras devolutas são bens dos ESTADOS. A não 
ser que sejam indispensáveis: 
ƒ À defesa das fronteiras, fortificações e construções militares ou 
vias federais; ou 
ƒ À preservação ambiental. 
Neste caso serão da União! Desta forma, é correto falar que "se não 
for da União, será dos Estados". 
Letra B - Correto. As águas são bens dos Estados, mas se elas foram 
decorrentes de obras da União, irá pertencer a ela já que, em se 
tratando de águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes 
e em depósito, temos: 
Regra Æ Estados; 
Exceção Æ União, se na forma da lei, decorrerem de obras da União. 
Letra C - Também está correto. Como vimos as ilhas COSTEIRAS e 
OCEÂNICAS, podem pertencer a terceiros, ou: 
aos Municípios Æ Quando for sede do Município, salvo se for 
afetada por serviço público ou unidade ambiental 
federal (nestes casos será da União); 
aos Estados Æ Quando estiverem em seu domínio; 
à União Æ As demais, inclusive o caso acima (afetação da ilha 
municipal). 
Letra D - Correta. Em se tratando de ilhas FLUVIAIS e LACUSTRES, 
temos: 
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Regra Æ Estados; 
Exceção Æ União, se fizer limite com outros países. 
Letra E - Está errada e é o gabarito!!! Essa foi muito fácil, não foi? 
Nem precisava resolver as outras... mar territorial é obviamente da 
União, mais óbvio ainda são os potencias de energia hidráulica, pois 
tudo que é recurso energético, mineral e etc. está sob o cuidado da 
União. 
Gabarito: Letra E. 
36. (FCC/Técnico-TRE-AL/2010) Incluem-se entre os bens dos 
Estados as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes 
e em depósito, incluídas, em regra, as decorrentes de obras da 
União. emergentes e em depósito, incluídas, em regra, as 
decorrentes de obras da União (C/E). 
Comentários: 
As águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em 
depósito, são: 
Regra Æ Estados; 
Exceção Æ União, se na forma da lei, decorrerem de obras da União. 
Desta forma, erra a questão, pois deve-se "excluir" as que 
decorrerem de obras da União. 
Gabarito: Errado. 
37. (FCC/Técnico-TRT-MG/2010 - Adaptada) A faixa de 
fronteira deve observar a medida de até cento e oitenta quilômetros 
de largura. 
Comentários: 
O correto seria faixa até 150km de largura, e lembrando que isso é 
somente ao longo das fronteiras terrestres. Muitas questões tentam 
dizer "aéreas", "marítimas" e assim se tornam incorretas. 
Gabarito: Errado. 
38. (FCC/Técnico-TRT-MG/2010 - Adaptada) São bens da 
União, dentre outros, os potenciais de energia hidráulica e os sítios 
arqueológicos. 
Comentários: 
Perfeito, exatamente como vimos no resumo. 
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Gabarito: Correto. 
39. (FCC/TJ-DF/2008 - Adaptada) As terras devolutas 
pertencem aos estados, com exceção das terras devolutas 
indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções 
militares, das vias federais de comunicação e à preservação 
ambiental, definidas em lei. 
Comentários: 
Perfeito, como vimos: 
♦ Terras Devolutas: 
Regra Æ Estados; 
Exceção Æ União, se indispensáveis: 
ƒ À defesa das fronteiras, fortificações e construções militares ou 
vias federais; ou 
ƒ À preservação ambiental. 
Gabarito: Correto. 
• Questões do CESPE: 
40. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) São bens 
da União as terras devolutas. 
Comentários: 
As terras devolutas são bens que em regra são dos Estados, embora 
possam ser da União se indispensáveis: 
ƒ À defesa das fronteiras, fortificações e construções militares ou 
vias federais; ou 
ƒ À preservação ambiental. 
Não se pode então fazer esta afirmação: "São bens da União as 
terras devolutas". 
Gabarito: Errado. 
41. (CESPE/AGU/2009) As terras devolutas são espécies de 
terras públicas que, por serem bens de uso comum do povo, não 
estão incorporadas ao domínio privado. São indisponíveis as terras 
devolutas ou arrecadadas pelos estados-membros, por ações 
discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais. 
Constituem bens da União as terras devolutas indispensáveis à defesa 
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das fronteiras, das fortificações e construçõesmilitares, das vias 
federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei. 
Comentários: 
As terras devolutas não são bens de uso comum, são bens 
dominicais, ou seja, bens que não possuem nenhuma destinação 
estatal específica, nem são de uso indistinto da população. 
Gabarito: Errado. 
42. (CESPE/ACE-TCU/2009) Caso o estado do Amazonas 
conceda título de propriedade de uma pequena área localizada em 
terras devolutas dentro da zona de fronteira com a Colômbia, o 
referido título será nulo, visto que essa área pertence à União. 
Comentários: 
Questão muito maldosa. Em regra as terras devolutas pertencem aos 
Estados, porém pertencerão à União caso sejam "indispensáveis" à 
defesa das fronteiras ou à preservação ambiental. O fato da terra 
encontrar-se na zona de fronteira, por si, não a faz ser um bem da 
União, assim seria se fosse considerada "indispensável à defesa da 
fronteira". 
Gabarito: Errado. 
43. (CESPE/Procurador Municipal - Natal/2008) Os potenciais 
de energia hidráulica são bens comuns da União e dos estados onde 
se encontrem. 
Comentários: 
Os potenciais de energia hidráulica são bens que pertencem somente 
à União (CF, art. 20, VIII). 
Gabarito: Errado. 
44. (CESPE/ABIN/2008) As terras tradicionalmente ocupadas 
pelos índios são de domínio das comunidades indígenas. 
Comentários: 
São bens da União, nos termos do art. 20, XI da Constituição. 
Gabarito: Errado. 
45. (CESPE/Agente-Polícia Federal/2009) A Constituição 
Federal de 1988 (CF) não reconhece aos índios a propriedade sobre 
as terras por eles tradicionalmente ocupadas. 
Comentários: 
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Segundo a Constituição, em seu art. 20, XI a propriedade das terras 
tradicionalmente ocupadas pelos índios pertence à União. 
Gabarito: Correto. 
46. (CESPE/Promotor - MPE-ES/2010) A faixa de até 50 km de 
largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada como faixa de 
fronteira é considerada fundamental para a defesa do território 
nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei. 
Comentários: 
Embora a faixa de fronteira seja realmente considerada fundamental 
para defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização devam 
ser reguladas em lei. Tal faixa é de até 150km de largura ao longo 
das fronteiras terrestres. 
Gabarito: Errado. 
47. (CESPE/AGU/2009) Os rios públicos são bens da União 
quando situados em terrenos de seu domínio, ou ainda quando 
banharem mais de um estado da Federação, ou servirem de limites 
com outros países, ou se estenderem a território estrangeiro ou dele 
provierem. Os demais rios públicos bem como os respectivos 
potenciais de energia hidráulica pertencem aos Estados-membros da 
Federação. 
Comentários: 
A questão traz muita informação verdadeira, porém, está falha já que 
os potenciais de energia hidráulica serão sempre bens da União, vide 
art. 20, VIII CF. 
Gabarito: Errado. 
48. (CESPE/ACE-TCU/2008) As riquezas minerais, como o 
petróleo, são bens da União. 
Comentários: 
Conforme vimos, todos os recursos minerais, inclusive do subsolo, 
pertencem somente à União (CF, art. 20, IX). Lembrando que no caso 
da plataforma continental e da ZEE, pertencerá à União não só os 
minerais, como todos os recursos naturais (minérios, vegetais, 
animais...) ali existentes. 
Gabarito: Correto. 
Competências Administrativas e Legislativas: 
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Teoria e noções gerais sobre o tema: 
Trata-se de um tema muito explorado em concursos e, geralmente, 
os candidatos têm aversão ao seu estudo pela aparente 
complexidade e extensão. Estes problemas são facilmente 
dissipados, se, antes de iniciarmos o estudo, atentarmos para 
algumas lógicas usadas pelos Constituintes ao estabelecer as 
competências. 
Existem 2 tipos de competência elencadas na Constituição: 
competência material (administrativa) e competência legislativa. 
A competência material (realizar as coisas) pode ser: 
• Exclusiva da União (art. 21) - quando só a União 
poderá realizar tais atos, sem poder delegar a nenhum 
outro ente, ou 
• Comum - ou paralela - (art. 23) - quando todos os 
entes da federação puderem, em pé de igualdade, agir 
para concretizar aquilo que está exposto. 
A competência legislativa (regulamentar como as coisas serão 
feitas) pode ser: 
• privativa da União (art. 22) - quando couber somente 
a União legislar sobre o tema - embora neste caso, 
através de uma lei complementar, ela permita que os 
Estados façam a regulamentação de questões específicas 
-; ou 
• Concorrente (art. 24) - quando a União não irá fazer 
nada além das normas gerais (normas genéricas que se 
aplicam a todos os entes) e com base nessas normas 
gerais - sem precisar receber a delegação da União - os 
Estados irão elaborar as normas específicas. O nome é 
concorrente pois são 2 legislações que concorrem para um 
certo ponto (a regulamentação do tema): 
Observação 1 - Embora tenhamos a classificação doutrinária 
de chamar "competência exclusiva" a competência material 
Normas Gerais 
Norma Específica 
Suplementar 
Regulamentação 
do tema 
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executável somente pela União, e de "competência privativa" a 
competência legislativa, as bancas de concurso não são tão inflexíveis 
com isso. Diversas vezes colocam no enunciado: "competência 
exclusiva para legislar" ou "competência privativa para executar". Ou 
seja, fique atento, mas não marque incorreta uma questão de prova 
somente pr este fato (principalmente se a questão for do CESPE). 
Critério para repartição de competências: 
As competências são instituídas de acordo com o critério da 
"predominância do interesse", ou seja, a União faz as coisas de 
âmbito nacional (e relações internacionais), os Estados fazem as 
coisas de âmbito regional, e os Municípios fazem no âmbito local. 
Técnica utilizada para a repartição de competências: 
A técnica utilizada pela Constituição para repartir as competências foi 
a seguinte: 
1- Enumerar as competências da União e dos Municípios -
Assim, ela estabeleceu de forma expressa e taxativamente quais 
seriam as competências federais (CF, art. 21 ao 24) e municipais (CF, 
art. 30). 
2- Estabelecer a competência residual (ou remanescente) para 
os Estados - Assim, a competência estadual não foi taxativa, 
cabendo aos Estados fazer "tudo aquilo que não lhe forem 
vedados". 
Observação - Existe uma exceção: A União possui 
competência residual quando se trata de "matéria tributária", 
podendo instituir novos impostos e contribuições que não 
foram previstos no texto constitucional. 
3- Atribuiu competência legislativa hibrida ao DF - Assim o DF 
possui as competências legislativas taxativas dos Municípios e as 
remanescentes dos Estados. 
Atenção!!! Em que pese a competência remanescente ou 
residual dos Estados/DF, existem para estes entes duas 
competências expressas no art. 25. 
• Art. 25 §2º - Cabe aos Estados explorar diretamente, ou 
mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, 
na forma da lei, vedada a edição de medida provisória 
para a sua regulamentação. 
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• Art. 25 §3º - Os Estados poderão, mediante lei 
complementar, instituir regiões metropolitanas, 
aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agru-
pamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, 
o planejamento e a execução de funções públicasde interesse 
comum. 
A vedação da medida provisória para regulamentar o art. 25 §2º foi 
inserida pela EC 05/95 e é importante observar que o art. 246 dispõe 
que “é vedado se regulamentar por MP qualquer artigo da CF 
modificado por EC entre 1º de janeiro de 95 (o que inclui a EC 05/95) 
até a EC 32/01”, o que tornaria desnecessário esse texto. 
DICA FINAL SOBRE AS NOÇÕES GERAIS: 
As únicas coisas que precisam estar completamente decoradas são: 
1- Os parágrafos únicos do art. 22 e 23, e os parágrafos do art. 24, 
já que eles são cobrados literalmente, constantemente, em 
concursos. 
2- As duas competências expressas dos Estados (CF, art. 25 §§2º e 
3º). Os Estados só tem essas duas competências expressas, então 
caem muito em prova, e não pode errar de jeito algum!!! 
Literalidade dos art. 21 ao 24 (União), 25 (Estados) e 30 
(Municípios) - Dicas para entender a literalidade e resolver as 
questões: 
1- Como as competências são instituídas de acordo com o critério 
da "predominância do interesse", sempre que se usar o termo 
nacional ou internacional, já sabemos que é competência da 
União. 
2- Como a União é o poder central da federação, responsável por 
uniformizar as medidas e evitar os conflitos entre os entes, será ela 
que irá estabelecer as "diretrizes", "critérios", "bases", 
"normas gerais"... (tente imaginar o Rio de Janeiro 
estabelecendo uma norma geral para ser cumprida por SP, MG, 
RS... isto é inimaginável) 
3- Se a questão tocar em temas "sensíveis" como atividade 
nuclear, guerra, índios, energia, telecomunicações mais uma vez 
estaremos diante de competência da União. 
4- Como vimos, as competências federativas encontram-se 
basicamente em 4 artigos da Constituição: 21,22,23 e 24. Destes, 
o Município só participa de 1 rol de competências: Competência 
"administrativa" comum. Logo, sempre que se deparar com uma 
questão que traga "compete à União, aos Estados, ao Distrito 
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Federal e aos Municípios", essa competência nunca poderá ser 
legislativa, apenas administrativa, pois, competência legislativa 
para Município só ocorre na Constituição quando ele atua sozinho 
(CF, art. 30, I e II). 
(OBS. Isso não se aplica para questões da banca "CESPE", pois 
esta entende que os Municípios legislam concorrentemente, 
agregando o art. 30, II ao art. 24, a FCC de vez em quando 
também aparece com uma dessa) 
5- A competência comum refere-se a temas coletivos, difusos... 
assim, caberá a todos os entes políticos unir forças para preservar 
florestas, fauna, combater a pobreza, zelar pela guarda da 
Constituição e o patrimônio público. 
6- Geralmente as coisas que são de competência comum entre os 
entes, estarão atreladas a legislações concorrentes, veja o exemplo 
abaixo: 
Competência Comum: 
Legislação concorrente - 
legislar sobre: 
proteger os documentos, as 
obras e outros bens de valor 
histórico, artístico e cultural; 
proteção ao patrimônio 
histórico, cultural, artístico, 
turístico e paisagístico; 
proporcionar os meios de 
acesso à cultura, à educação e 
à ciência; 
educação, cultura, ensino e 
desporto; 
proteger o meio ambiente e 
combater a poluição em 
qualquer de suas formas; 
responsabilidade por dano ao 
meio ambiente, ao 
consumidor, a bens e direitos 
de valor artístico, estético, 
histórico, turístico e 
paisagístico; 
preservar as florestas, a fauna 
e a flora; 
florestas, caça, pesca, fauna, 
conservação da natureza, 
defesa do solo e dos recursos 
naturais, proteção do meio 
ambiente e controle da 
poluição. 
7- A Constituição dispôs expressamente sobre alguns serviços que 
podem ser executados pelos entes de forma direta ou sob regime 
de delegação (concessão, permissão ou autorização). Porém, pela 
literalidade da Constituição, os serviços ali expressos foram 
previstos da seguinte forma: 
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• União → diretamente ou por autorização, permissão e concessão; 
• Municípios → diretamente ou por permissão e concessão; 
• Estados → diretamente ou apenas por concessão. 
Assim, se a questão cobrar "Municípios" e falar em "autorização" já 
está errada, pois pela literalidade Municípios = permissão ou 
concessão. Da mesma forma, se falar em "Estados", tem que falar 
em "concessão", senão já está errado. 
Pegadinhas que sempre caem nos concursos, logo NÃO PODE 
ERRAR: 
Essas coisas já são muiiiiito manjadas! Se você errar vai ficar 
pra trás, pois todo mundo vai acertar: 
1- Direitos: Existem 5 que são de legislação concorrente, e 10 que 
são de legislação privativa da União - gravem somente os 5 
concorrentes. Assim temos: 
Concorrentes- Tributário, Financeiro, Penitenciário, Econômico 
e Urbanístico - (Mnemônico: Tri - Fi - Penit - EC - Ur); 
Privativos da União - O que sobrou! 
2- Legislar sobre desapropriação = É privativo da União; 
 X 
Decretar a desapropriação = Poder Público (executivo) em geral, 
em especial o Municipal, que é o responsável pelo ordenamento 
urbano. 
3- Direito Processual - Competência legislativa privativa da União 
(CF, art. 22, I), já que não está no Tri-Fi-Penit-Ec-Ur; 
 X 
Procedimentos em matéria processual - Competência legislativa 
concorrente (CF, art. 24, XI) - ou seja, observada as normas gerais 
da União, cada ente poderá estabelecer no seu âmbito, como serão 
os procedimentos a serem usados no andamentos dos seus 
processos. 
4- Seguridade social = é o conjunto de Saúde + Previdência Social 
+ Assistência Social = Esse conjunto, como um todo, é de 
competência legislativa privativa da União (CF, art. 22, XXIII). 
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 X 
Previdência Social, bem como a proteção e defesa da saúde = 
A legislação é concorrente, pois cada ente possui o seu regime 
próprio de previdência (CF, art. 24, XII) e proteger e defender a 
saúde é algo que merece união de forças dos entes públicos. 
5- Legislar sobre educação = Competência concorrente. 
 X 
Legislar sobre diretrizes e bases da educação nacional = 
Privativa da União, até porque, tudo que tiver diretrizes, bases e 
nacional, será competência da União. 
Sobre as noções gerais, vamos ver algumas questões: 
• Questões da FCC: 
49. (FCC/TJAA - TRE-AC/2010) Em matéria de competência 
legislativa concorrente relacionada à União, Estados e Distrito 
Federal, é correto afirmar que 
a) a competência da União para legislar sobre normas gerais não 
exclui a competência suplementar dos Estados. 
b) no âmbito da legislação concorrente, a competência da União 
estende-se ao estabelecimento de normas específicas. 
c) a superveniência de lei federal sobre normas gerais não suspende, 
em qualquer hipótese, a eficácia da lei estadual. 
d) a competência da União para legislar sobre normas gerais ou 
específicas exclui a competência suplementar dos Estados. 
e) inexistindo lei federal sobre normas de qualquer natureza, os 
Estados só podem exercer a competência limitada para atender suas 
peculiaridades. 
Comentários: 
Essa questão é quase um resumo de tudo que está nos parágrafos do 
art. 24: 
• §§1º e 2º - Na competência concorrente caberá à União
estabelecer tão somente as normas gerais, e os 
Estados/DF vão suplementar essas normas com as 
peculiaridades de cada ente. 
• §3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os 
Estados exercerão a competência legislativa plena, ou 
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seja, vão legislarde forma completa para que possa atender 
às suas necessidades. 
• §4º Mas, se após o exercício pelo Estado/DF da competência 
plena, for editada lei federal sobre normas gerais, esta irá 
suspender a eficácia da lei estadual, naquilo que lhe for 
contrário. 
Letra A - Correta. 
Letra B - Errado. Ela se limita às normas gerais. 
Letra C - Errado. Ela suspende a lei estadual naquilo que lhe for 
contrário. 
Letra D - Errado. A questão faz uma "dobradinha" de exclusão com a 
letra A. Somente uma das duas poderia estar correta, essa está 
errada já que não exclui a competência suplementar estadual. 
Letra E - Errado. Inexistindo normas gerais, eles legislam de forma 
plena. 
Gabarito: Letra A. 
50. (FCC/Analista - TCE - AM/2008 - Adaptada) Em matéria de 
legislação concorrente, diante da inexistência de lei federal, o Estado 
exercerá a competência legislativa plena (Certo/Errado). 
Comentários: 
Segundo o art. 24 da Constituição, em seu §3º, inexistindo lei federal 
sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa 
plena, legislando de forma completa para atender às suas 
peculiaridades. 
Gabarito: Correto. 
51. (FCC/Procurador - PGE-AM/2010) A propósito do modelo 
de repartição de competências adotado na Constituição Federal, 
pode-se afirmar que 
a) aos Estados foram asseguradas apenas competências residuais. 
b) as competências materiais são sempre de exercício concorrente 
por todos os entes federativos. 
c) todas as competências privativas legislativas da União Federal 
podem ser exercidas pelos Estados naquilo que for necessário para 
atender a suas peculiaridades, mas não pelos Municípios. 
d) entre as competências legislativas dos Municípios se inclui a de 
suplementar a legislação federal e a estadual, no que couber. 
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e) ao Distrito Federal não foi assegurado o exercício de competências 
legislativas em regime de concorrência com a União 
Comentários: 
Letra A - Errado. Embora as competências estaduais sejam em regra 
residuais ou remanescentes, eles possuem 2 competências 
expressas: 
• Art. 25 § 2º - Cabe aos Estados explorar diretamente, ou 
mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, 
na forma da lei, vedada a edição de medida provisória 
para a sua regulamentação. 
• Art. 25§ 3º - Os Estados poderão, mediante lei 
complementar, instituir regiões metropolitanas, 
aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agru-
pamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, 
o planejamento e a execução de funções públicas de interesse 
comum. 
Letra B - Errado. Primeiro que a competência material é exclusiva ou 
comum. A competência legisaltiva é que pode ser chamada de 
privativa ou concorrente. Segundo que mesmo se empregado o termo 
"concorrente" no sentido de "comum" ela estaria errada. 
Letra C - Errado. Questão também com vários erros. As competências 
privativas não são em regra exercíveis pelos Estados. Para que os 
Estados possam exercê-las precisa haver uma lei complementar 
federal autorizado aquela questão específica, o que nem sempre vai 
ocorrer. O outro erro da questão é o fato de que os municípios 
poderão também, em certos casos exercer alguma daquelas 
competências, pois ao Município compete (segundo a CF, art. 30, II) 
suplementar a legislação federal e estadual naquilo que lhe couber, 
ou seja, naquilo que for necessário para adequar a legislação às 
peculiaridades do Município. 
Letra D - Correto. É a competência atribuída pelo art. 30, II da 
Constituição. 
Letra E - Errado. Tanto os Estados quanto o Distrito Federal legislam 
concorrentemente com a União sobre as matérias do art. 24 da 
Constituição. 
Gabarito: Letra D. 
52. (FCC/AJAJ-TRF4º/2010 - Adaptada) Os Estados não 
possuem competência legislativa residual, sendo-lhes vedado atuar 
em áreas que não lhe forem expressamente atribuídas pela 
Constituição Federal. 
Comentários: 
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A Constituição fez justamente o contrário. Atribuiu competência 
residual aos Estados, dando-lhes o poder de legislar sobre tudo aquilo 
que não seja lhes seja vedado, ou seja, aquilo que ficou atribuído 
expressamente à União ou aos Municípios. 
Gabarito: Errado. 
53. (FCC/Procurador - Recife/2008) Cabe aos Estados-
membros exercer somente as competências enumeradas na 
Constituição Federal. 
Comentários: 
Os estados a competência é remanescente, e não taxativa. Assim, 
eles podem exercer as duas competências que lhes foram 
enumeradas pela Constituição (CF, art. 25 §§2º e 3º) e tudo aquilo 
que a Constituição não lhes vedou. 
Gabarito: Errado. 
54. (FCC/AJAJ-TRF4º/2010 - Adaptada) O Distrito Federal 
possui competência legislativa residual, estando subtraídas do seu 
campo de atuação apenas as matérias expressamente atribuídas pela 
Constituição Federal à União. 
Comentários: 
Questão bem interessante. Sabemos que o Distrito Federal tem 
competência híbrida, atua como Estado e como Município. Assim, 
como os Estados possuem a competência residual, o DF também a 
tem. Veja então que o DF pode legislar sobre tudo aquilo que está 
expressamente elencado para os Municípios, sobre as duas 
competências expressas dos Estados e sobre as competências 
remanescentes estaduais, sendo-lhes vedado somente aquilo que é 
expressamente atribuído à União. 
A questão está correta. Lembrando que, se a questão falasse em 
"Estados", em vez de "Distrito Federal", deveria ressalvar tanto as 
competências da União quanto as dos Municípios, porém, ao falar em 
Distrito Federal, não precisou ressalvar a dos Municípios, pois estas 
são exercidas também pelo DF. 
Gabarito: Correto. 
55. (FCC/TJAA-TRE-AC/2010) Aos Estados cabe explorar, 
diretamente ou mediante permissão, os serviços locais de gás 
canalizado, na forma da lei, cuja regulamentação se fará mediante 
medida provisória. 
Comentários: 
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Questão de dois erros, o correto seria "concessão" e é vedada a 
medida provisória para regulamentar esse serviço. 
Gabarito: Correto. 
• Questões do CESPE: 
56. (CESPE/AGU/2009) No âmbito da competência legislativa 
concorrente, caso a União não tenha editado a norma geral, o estado-
membro poderá exercer a competência legislativa ampla. Contudo, 
sobrevindo a norma federal faltante, o diploma estadual terá sua 
eficácia suspensa no que lhe for contrário, operando-se, a partir de 
então, um verdadeiro bloqueio de competência, já que o estado-
membro não mais poderá legislar sobre normas gerais quanto ao 
tema tratado na legislação federal. 
Comentários: 
Os parágrafos do art. 24 devem estar completamente decorados: 
• §§1º e 2º - Na competência concorrente caberá à União
estabelecer tão somente as normas gerais, e os 
Estados/DF vão suplementar essas normas com as 
peculiaridades de cada ente. 
• §3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os 
Estados exercerão a competência legislativa plena, ou 
seja, vão legislar de forma completa para que possa atender 
às suas necessidades. 
• §4º Mas, se após o exercício pelo Estado/DF da competência 
plena, for editada lei federal sobre normas gerais, esta irá 
suspender a eficácia da lei estadual, naquilo que lhe for 
contrário. 
Assim, a questão traz exatamente o entendimento conjunto dos 4 
parágrafos do art. 24 da Constituição Federal, que acabamos de ver. 
Gabarito: Correto. 
57. (CESPE/Técnico - TRT 9ª/2007) No âmbito da legislação 
concorrente e diante da inexistência de normas gerais, a competência

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