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Trabalho penal Pronto - Tipicidade e Princípio da Bagatela - ATPS

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ANHANGUERA EDUCACIONAL DE VALINHOS
CURSO DE DIREITO
DIRETO PENAL I
 
ATPS ETAPA nº 2- Fato Típico; Tipicidade – Princípio da insignificância ou da bagatela.
Prof. 
Local e Data
ETAPA 2 ATPS –DIREITO PENAL
Fato típico, tipicidade – Princípio da insignificância ou da bagatela.
Passo 1: A equipe deve pesquisar dois acórdãos sobre tipicidade, e dois sobre o princípio da bagatela:
Os acórdãos estão anexos no fim da ATPS.
Passo 2: A equipe deve discutir em grupo as doutrinas nos temas supracitados:
O grupo discutiu o tema supramencionado.
Passo 3: O grupo deve fazer uma análise crítica sobre os temas mencionados, contendo, no mínimo: 1) descrição do caso; 2) decisão de 1º grau; 3) órgão julgador; 4) razões de reforma ou manutenção da decisão; 5) opinião do grupo sobre o caso, com fundamentos doutrinários.
No primeiro caso com o acórdão abordando a Tipicidade, do processo Apelação Criminal 20080210016405APR o réu foi condenado a 2 (dois) anos e 2 (dois) meses, mais 20 (vinte) dias-multas, no valor unitário mínimo, além de 1 (um) ano e 2 (dois) meses de suspensão da habilitação para conduzir veículos, em regime inicial aberto, pelos crimes do art. 306, caput, e 303, caput, ambos do Código de Trânsito Brasileiro (fls. 183/194 e 200/201). Tratando-se de alcoolemia a qual foi denunciada ao réu em 14/06/2006, isto é, antes da vigência da lei 11.705 de 19 de junho de 2008. Com a nova lei, o novo tipo penal fica mais benéfico ao réu, que foi denunciado pela conduta supramencionada, o que não se enquadra a nova lei, pois pela anterioridade não era considerado fato típico.
O caso foi julgado pela 1ª Turma Criminal do 	Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios e devido a tipicidade reformou a decisão julgando favorável a absolvição do réu com base no art. 386, inciso VII, do Código de Processo Penal.
Em discussão pela decisão mencionada no acórdão citado o grupo acompanha a decisão do Senhor Relator Desembargador Romão C. Oliveira e da Sra. Relatora Desembargadora Sandra de Santis, pois, de acordo com o Art. 1º  “Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.” Amparado pelo Princípio da Anterioridade da Lei.
No segundo caso com o acórdão abordando a Tipicidade, do processo Apelação Criminal 20090810005564APR o réu foi condenado a de 6(seis) meses de detenção, no regime aberto, mais 10 (dez) dias-multa, no valor unitário mínimo, substituída a pena privativa de liberdade por uma restritiva de direitos, determinando-se ainda a suspensão do direito de conduzir veículo automotor pelo período de 6(seis) meses, por infração ao art. 306, da Lei 9.503/97 (embriaguez ao volante). Julgado pela 1ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios 
Em seu recurso pleiteia sua absolvição com argumento de que dirigir veículo na contramão e acometido de embriaguez não caracteriza o perigo de dano concreto que o tipo requer, inexistir prova idônea a demonstrar esta elementar do crime, ou, alternativamente, que seja a pena diminuída aquém do mínimo, por conta da atenuante da confissão espontânea, e que a suspensão do direito de conduzir veículo automotor seja fixada em 2(dois) meses.
Recurso esse, que não teve provimento, julgando improcedente o pedido do réu, visto que O tipo penal exige apenas a constatação do estado de alcoolemia superior ao previsto em lei para a configuração da exposição ao dano potencial à incolumidade física de um número indeterminado de pessoas. Trata-se de mera presunção de perigo (perigo abstrato), sendo assim, desnecessário que pessoa determinada seja atingida.
O grupo acompanha a decisão do Senhor Relator Desembargador GEORGE LOPES LEITE e da Senhora Relatora Desembargadora LEILA ARLAN pois pela nova lei fixada, o condutor ofereceu risco subjetivamente a população o que caracteriza a tipicidade da lei.
No terceiro caso com o acórdão abordando princípio da insignificância, no HC 84412 MC/SP*, o réu foi condenado a 8 meses de detenção pelo furto uma fita de videogame, com valor estimado em R$ 25 (Processo-crime nº 238/2000 (1ª Vara Criminal da comarca de Barretos/SP).
Apesar de uma rápida discussão sobre o que é considerado valor insignificante, fato que determinaria o desfecho do recurso, ficou unânime de que um bem avaliado em R$25 não seria motivo suficiente para justificar 8 meses de reclusão
Além disso, houve tentativa de retirada de queixa por parte da vítima, uma vez que o réu expressou interesse em devolver o bem furtado.
O Caso foi julgado pelo STF, com o Ministro Celso de Mello como relator, e aplicando o principio da insignificância, bem como entendendo “Periculum in mora” para com o réu, foi concedido “Habeas Corpus”, suspendendo integralmente a eficácia da condenação penal imposta ao réu.
Em discussão pela decisão mencionada no acórdão citado o grupo acompanha a decisão do Senhor Relator Ministro Celso de Mello, entendendo como justo e coerente a sentença supracitada, bem como acrescentando o fato de que, devolvendo o bem à vítima, pode-se considerar descaracterizado o crime de furto, uma vez que o entendimento de furto passar por subtrair bem móvel e mantê-lo em posse.
No quarto caso com o acórdão abordando o Princípio da Insignificância, do Habeas Corpus Nº 135.451 - RS (2009/0084711-5) o réu menor de idade infrator foi condenado a medida socioeducativa de prestação de serviços à comunidade, pela prática de ato infracional análogo ao crime de furto, contra acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, o qual pleiteia o Princípio da Insignificância por ter subtraído para si uma bicicleta com valor em R$120,00, objeto de baixo valor. Julgado pela 5ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.
O Tribunal julgou improcedente o recurso, visto que em crime de furto, não deve se confundir com o principio da bagatela o objeto de pequeno valor com valor insignificante, completa ainda em seu fundamento "se cuida aqui da reeducação e ressocialização de crianças e adolescentes, devendo ser avaliado não o pequeno valor da coisa, mas a gravidade da conduta por eles desenvolvida".
O grupo em tese acompanha a decisão da Relatora Exma. Sra. Ministra Laurita Vaz, do Presidente da Sessão Exmo. Sr. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO e da Subprocuradora-Geral da República Exma. Sra. Dra. MARIA ELIANE MENEZES DE FARIA, pois, conforme argumentado, não pode levar-se como insignificante, visto que, o que observa-se no ato infracional não é o valor do objeto da lide, mas sim, a conduta do menor em questão e o dano causado a sociedade, com isso, a medida socioeducativa visa reintegrar o menor a sociedade.
Passo 4: Relatório sobre a Tipicidade e princípio da insignificância.
Dentro do Direito Penal, tipicidade é o Fato típico. 
Para o entendimento de qualquer esboço dentro do tema “Tipicidade”, é necessário que se entenda a definição de Crime, mesmo que o código penal não defina, de forma sistemática o que é crime.
O entendimento de crime, passa pelo aspecto formal, material e analítico. Os quais o descrevem como: Conduta (Ação ou omissão) contrária ao direito, ao qual a lei atribui pena (Formal), Violação de um bem penalmente protegido (Material), além de uma análise individual dos requisitos do fato punível dentro de um conjunto inseparável (Analítico).
Para definição de Crime, em seu conceito, concentra-se dois elementos essenciais para sua caracterização: o fato típico e antijurídico, isso é, necessariamente precisa ser previsto em lei e o ato deve ser contrário à esta. Caso seja carente de um dos requisitos, não haverá crime no ato mencionado. 
Logo, um fato típico é todo ato que seja previsto em norma, exemplo: Matar alguém.
Toda atividade que seja prevista em lei, é um ato típico, porém, isso não indica que esse fato seja crime, pois, como anteriormente visto, para que um ato se caracterize como crime, não basta ser previsto em lei, mas também que tal ato seja contrário ao direito.Para a caracterização de crime, o fato deve ser defeso em lei, caso contrário ele pode ser considerado atípico.
Um bom exemplo é: Matar alguém em legítima defesa. O fato poderia ser enquadrado como crime, se não fosse a alegação (E a devida comprovação) do argumento de legítima defesa.
Sempre que um fato típico, defeso em lei é caracterizado como crime, o autor (ou autores) de tal crime, deve sofrer a sansão prevista no artigo que caracteriza tal fato como crime embora muitos outros fatores possam agravar ou abrandar essa pena, em muitos casos, a insignificância do ato pode fazer com que o autor do mesmo, não sofra a pena prevista, ainda que seja caracterizado o fato típico defeso em lei. Um bom exemplo é o porte de pequena quantidade de maconha, que embora previsto em lei como crime (Art. 280), tem sido entendido como ato insignificantemente pequeno para movimentar todo um sistema penal e jurídico, e com isso, ocupar pessoas que poderiam estar tutelando causas mais significativas, além de fazer o estado dispender importantes recursos para solucionar um problema, que em casos práticos, é entendido por muitos, mais como caso de tratamento do que como crime.
O princípio da tipificação penal, decorre inicialmente da anterioridade, primazia da lei, a qual define que não há crime sem lei anterior que o defina. Isso contribui também para vivermos em uma sociedade democrática mais justa, sem autoritarismo assim como era na Ditadura Militar, tal como o assunto abordado em sala de aula.
A tipicidade é um dos elementos do tipo penal, junto à conduta, ao resultado e ao nexo causal, isso quer dizer que, para se caracterizar o tipo penal não é necessário que haja somente a primazia, mas sim um ato da pessoa, para que seu resultado seja o previsto e de fato seja intencional, com vontade de agir, afim de alcançar o resultado final. Lembrando que, quanto à tipicidade, quando nos referimos a esta, estamos falando sempre de normas penais incriminatórias.
Para Damásio E. de Jesus tipicidade é a correspondência entre o fato praticado pelo agente e a descrição de cada espécie de infração contida na lei penal incriminadora. Um fato para ser adjetivado de típico precisa adequar-se a um modelo descrito na lei penal, isto é, a conduta praticada pelo agente deve subsumir-se na moldura descrita na lei. 
Portanto, a tipicidade funciona como um indício de ilicitude, que pode ou não se confirmar. Ela é o encaixe entre a norma e o fato.
Entre os fatos típicos, podemos classificar os requisitos como genéricos e específicos. Ou seja, os tipos genéricos são tipos básicos descritos na lei, e os tipos específicos são os que atribuem a si o agravante.
Ainda em tipos penais, o qual Zaffaroni define: "o tipo penal é um instrumento legal, logicamente necessário e de natureza predominantemente descritiva, que tem por função a individualização de condutas humanas penalmente relevantes".
Para Wezel, "o tipo penal é a descrição concreta da conduta proibida" e, também, "é a matéria da proibição das prescrições jurídico-penais"
Para os elementos englobados no fato típico, contamos com:
Conduta: ação humana, é um ato de vontade, com sua devida manifestação abrangendo aspecto psíquico e mecânico (pensar e agir)
Ação ou Omissão
Nexo causal: relação de causa e efeito entre a conduta e o resultado
Resultado: objetivo alcançado pela conduta
Tipicidade: adequação entre o fato natural, concreto e a descrição contida na norma penal incriminadora.
Ainda no tipo penal, há os tipos dolosos e culposos. Simplificando para entendimento, os tipos dolosos são quando há a intenção de praticar o ato e atingir o resultado final e os tipos culposos é quando não há o interesse em atingir o objetivo do que aconteceu, quando não se toma os devidos cuidados por exemplo.
Para os tipos dolosos, há duas classificações:
Objetiva, o dolo direto, isto é, o que o agente quer efetivamente o resultado.
Subjetiva, dolo indireto, é o que o agente não quer diretamente o seu resultado, porem, aceita a possibilidade de produzi-lo (dolo eventual) ou não se preocupa por produzir o resultado.
Já em caso de Tipo Culposo, podemos citar para esclarecimentos, a negligencia, imprudência e imperícia. Ou seja, o agente não quer o resultado, porem, acaba tendo a conduta delituosa por não ter os devidos cuidados.
Em relação ao Princípio da Insignificância ou Bagatela, foi introduzido ao Direito Penal, por Claus Roxin em 1960, tendo em vista as questões sociais.
Esse princípio significa que, a justiça não deve se comprometer com bens de valores insignificantes, entretanto, não confundindo-se bagatelas com pequenos valores.
Pois, roubar um chiclete, tem ato delituoso, porem o objeto é de valor insignificante. Outrora, roubar uma bicicleta, que vale R$120,00, é um pequeno valor, diferente de bagatela, tem importância no sistema jurídico, envolvendo conduta delituosa e objeto da lide.
Outro exemplo, que calha em ser citado é, em crime de lesão corporal, aplica-se o Principio da Insignificância ou bagatela quando, a lesão provocada na vitima, não é quão grave a ponto de não haver necessidade de punição ao réu, como por exemplo, palmadas, beliscões.
Dentre os doutrinadores que abordam o assunto, Cleber Masson, reza sobre o Princípio da Insignificância da Bagatela que:
“Funciona como causa de exclusão da tipicidade, desempenhando uma interpretação restritiva do tipo penal. Para o Supremo Tribunal Federal, a mínima ofensividade da conduta, a ausência de periculosidade social da ação, o reduzido grau de reprovabilidade do comportamento e a inexpressividade da lesão jurídica constituem os requisitos de ordem objetiva autorizados da aplicação desse principio” (Masson, Cleber – Direito Penal, Parte Geral 1, Editora Método, fls. 25 e 26.)
Já Fernando Capez, cita que:
“Quer dizer que o direito penal não deve preocupar-se com bagatelas, logo, os danos de pouca monta devem ser considerados fatos atípicos. O STJ, por intermédio de sua 5ª Turma, tem reconhecido a tese da exclusão da tipicidade nos chamados delitos de bagatela, aos quais se aplica o principio da insignificância, dado que cabe à lei preocupar-se com infrações de pouca monta, insuscetíveis de causar o mais ínfimo dano à coletividade... Não se pode porém, confundir delito insignificante ou de bagatela com crimes de menor potencial ofensivo.” (Capez, Fernando – Direito Penal Simplificado, Editora Saraiva, fls.39).
Entretanto, é fundamental ressaltar que no Brasil, não há definição no ordenamento jurídico, é meramente um principio de pura doutrina, em que é aplicado somente com jurisprudências que afirmam a sua existência e aplicabilidade visando conceitua-lo.
Além disso, o Princípio da Insignificância visa também, limitar o poder de punir do Estado, visto que, deve haver uma efetiva proporcionalidade entre a gravidade da conduta que se pretende punir e a necessidade de intervenção do Estado.
Concluímos para tanto que, o princípio da insignificância é uma técnica de desconsideração judicial da tipicidade, uma vez que tal princípio surge justamente para evitar situações em que sejam alcançados com a pena criminal os casos mais leves.
Bibliografia:
BITENCOURT, Cezar Roberto. Manual de Direito Penal – Parte Geral. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais.1997;
CAPEZ, Fernando Capez. Direito Penal Simplificado – Parte Geral. Editora Saraiva 14ª Edição.2011;
GRECCO, Rogério Grecco. Curso de Direito Penal – Parte Geral. Editora Impetus 13ª Edição 2011;
MASSON, Direito Penal Esquematizado – Parte Geral. Editora Método 3ª Edição 2010;
Superior Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios;
Superior Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.

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