Buscar

AULA+DE+FLUORETOS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 47 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 47 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 47 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Profª Eliene Assis
Cronograma
Líder de turma
Palestra: “Perigos Invisíveis”
Jornada Acadêmica 28 e 29 de setembro
HISTÓRICO
 Início séc. XX (1901 – Itália; 1916 – EUA) pessoas dentes manchados de
marrom em cidade abastecidas por uma mesma fonte de água.
 Essas pessoas tinham menos cáries que outras sem dentes manchados.
 1931: análise da água detectou alta concentração de F
 Muitos estudos foram feitos para encontrar a concentração ideal de F na água
(reduzisse as cáries e não manchasse os dentes)
 Utilização dos fluoretos como prevenção e terapêutico da cárie dentária:1945 e
1946, nos EUA e Canadá, com a fluoretação das águas de abastecimento público
HISTÓRICO
Método recomendado pela OMS
 EUA : considerado uma das 10 medidas de saúde pública mais importantes do
século XX
 Brasil: a agregação de F às águas de abastecimento público iniciou-se em 1953 no 
município capixaba de Baixo Guandú, tornou-se lei federal em 1974 e expandiu-se 
intensamente nos anos 1980
- 1960: dentifrícios fluoretados começaram a ser utilizados nos países desenvolvidos.
- No Brasil: passaram a ser comercializados em escala populacional, a partir de 1989. 
- Atualmente, o Brasil é o terceiro país em consumo per capita de dentifrícios, atrás 
apenas dos Estados Unidos e Japão
(CURY et al., 2004)
HISTÓRICO
 Brasil: - 2º maior sistema de fluoretação de águas de abastecimento público de todo 
o mundo;
- um dos maiores contingentes populacionais de consumidores de 
dentifrícios fluoretados;
- boa parte da população está exposta a múltiplas formulações de produtos 
fluorados
Flúor (F)
Flúor (F)
Pode ter tanto efeitos benéficos como deletérios na dentição
Benéficos
Prevenção cárie
Atua na sensibilidade dentinária
Deletérios
Fluorose
X
 99% fluoretos(forma iônica do F) ingeridos vão para os ossos e dentes
 Na odontologia: controle e prevenção de cárie e sensibilidade dentinária
 Ação sobre a apatita que compõem o esmalte, interferindo no processo de 
desmineralização x remineralização
Flúor (F)
Açúcar Ácidos  pH 
Desmineralização X Remineralização
Bactérias  6,7 dentina
 5,5 esmalte
Desmineralização estrutura 
mineral dentes
(perda Ca e Fosfato)
pHSaliva repõe minerais 
perdidos
 Inibem aparecimento cárie por 2 mecanismos:
- entram em contato com esmalte e incrustam na hidroxiapatita  Fluorapatita (FA) 
(cristais menos solúveis que hidroxiapatita)
- no esmalte funcionam como catalisadores, aumentando deposição Ca e fosfato, 
reconstituindo cristais esmalte dissolvidos por ação bactérias
Mecanismo de ação do Flúor (F)
Ca10(PO4)6(OH)2 Ca10(PO4)6 F2
Mecanismo de ação do Flúor (F)
- A FA é menos solúvel que a HA, logo ela tem maior tendência a se precipitar no 
esmalte e dentina durante os fenômenos de Des x Re
 Queda pH favorece dissolução HA havendo F na cavidade bucal
FA ainda terá tendência a se precipitar contrabalanceando a perda
mineral da estrutura dental e retardando o desenvolvimento da cárie 
Mecanismo de ação do Flúor (F)
 Na presença F, pH crítico cai de 5,5 para 4,5
 F ativa capacidade remineralizante da saliva (potencializa)
 Coletivos (água e sal de cozinha)
 Individuais (aplicação tópica (gel, bochechos e vernizes))
 Uso de dentifrícios fluoretados
 Consumo de alimentos que “tenham” F em sua composição
Meios de aplicação do F
 Varia em função da temperatura do local
 Valor máximo permitido (VMP) é 1,5 ppm (1,5mg por litro água)
 Maior parte do território brasileiro fica em torno de 0,7 ppm
 Na região Sul é em torno de 0,8 ppm
Quantidade ideal F na água 
Interrupção da fluoretação faz cessar os benefícios
 0,70 ppm quantidade ideal para prevenir cárie
 Águas podem ser hipofluoradas (teor inferior a 0,55 ppm)
 Águas isofluoradas ou hiperfluoradas (teor superior a 0,84 ppm)
 Teores  não protegem contra cárie,  expõe população até 8-9 anos à fluorose
Quantidade ideal F na água 
 Alia remoção biofilme à exposição constante de F
 Responsável pela diminuição índices cárie mesmo em países sem água fluoretada
 É considerado um meio coletivo por que a possibilidade de aquisição depende de 
decisões governamentais
Dentifrícios Fluoretados
 concentração F na saliva por até 40 minutos após a escovação
 Concentração mínima de F (1000-1100 ppmF)
 No Brasil, o F foi incorporado aos dentifrícios a partir de 1989
 2 tipos de compostos são usados: fluoreto de sódio (NaF) ou 
monofluorfosfato de sódio (MFP, Na2FPO3)
 Ação na cavidade bucal é a mesma – liberam fluoreto na boca
 NaF por ionização quando em contato com água
 MPF por ação de enzimas fosfatases presentes na cavidade bucal
 O composto fluoretado não interfere na eficácia do dentifrício, mas os demais 
componentes sim 
Dentifrícios Fluoretados
 NaF não deve ser agregado a dentifrícios contendo carbonato de cálcio (CaCO3), 
pois ocorre a ligação do F com o cálcio do abrasivo, formando-se fluoreto de cálcio 
(CaF2) dentro do tubo e não no dente. Quando for utilizado para escovação, o CaF2 
formado no dentifrício não libera o fluoreto, impedindo assim sua ação preventiva
Dentifrícios Fluoretados
 MFP pode ser agregado a dentifrícios contendo carbonato de cálcio como abrasivo, 
pois só liberam o F na boca , não permitindo reação com o cálcio do abrasivo dentro do 
tubo
 92% dos dentifrícios brasileiros é formulado com MFP/CaCO3
 Solução concentrada de fluoreto de sódio NaF para ser bochechada 
diariamente (NaF a 0,05%)
Flúor Líquido
 Indicações: indivíduos com alto risco de cárie
 Solução concentrada de fluoreto de sódio NaF para ser bochechada semanal ou 
quinzenalmente (NaF a 0,2%) 2g de fluoreto em 1L água
 Indicações: - exposição à água sem F
- exposição à água com teores de F abaixo do indicado
- CPOD médio maior que 3 aos 12 anos de idade
- menos de 30% indivíduos livres de cárie aos 12 anos
- populações com baixo acesso aos dentifrícios fluoretados
Flúor Líquido
 Usados no Brasil desde 1980, para aplicações profissionais, restrito aos consultórios
Géis
 Gel de flúor-fosfato acidulado (FFA), com concentração de 1,23% de fluoretos em 
ácido ortofosfórico, aplicado durante 4minutos, 2 a 3 vezes por ano
 Não há risco de fluorose porque a frequência é baixa
Géis
 Indicações: - principalmente para a população onde métodos de alta frequência são 
difíceis (populações isoladas)
- e as mesmas do bochecho
 Materiais aderentes à superfície dentária com o objetivo de reagir com a superfície 
dental e manter uma liberação de F para o ambiente bucal por um período maior de 
tempo
Vernizes
 Recomenda-se de 2 a 4 aplicações anuais em pacientes com alto histórico de cárie
 Dentes devem ser escovados e secos (isolamento relativo) para aplicação
 Indicações: - mesmas do gel
 Resultado da ingestão crônica de flúor durante o desenvolvimento dental que se 
manifesta como mudanças visíveis de opacidade do esmalte devido a alterações no 
processo de mineralização
(MOSELEY et al., 2003) 
 O grau dessas alterações é função direta da dose de F à que a criança está sujeita 
(mg F/kg/dia) e do tempo de duração da dose
Fluorose
 Principal proteína no início da formação dos dentes são amelogeninas (regulam 
formação cristais de hidroxiapatita)
 Quando se forma uma matriz de cristal, amelogeninas decompõem-se e são 
removidas durante maturação esmalte
 Quando altas doses fluoreto é consumida, os sinais bioquímicos falham e as 
amelogeninas permanecem dentro do dente por um período maior que o normal, 
criando falhasna estrutura do esmalte
Fluorose
 Vão desde linhas opacas brancas finas cruzando transversalmente o longo eixo da 
coroa do dente até quadros onde áreas do esmalte gravemente hipomineralizadas
se rompem e, o esmalte restante fica pigmentado
Fluorose
 A fluorose dentária leve: causa apenas alterações estéticas, caracterizadas por 
pigmentação branca no esmalte dentário
 A fluorose moderada e severa: caracterizada por manchas amarelas ou marrons, 
além de defeitos estruturais no esmalte, apresenta repercussões estéticas, 
morfológicas e funcionais
Fluorose
 A dose limite de ingestão de fluoretos capaz de produzir uma fluorose clinicamente 
aceitável do ponto de vista estético foi sugerido por Burt (1992) como uma dose 
entre 0,05 e 0,07 mg F/dia/kg de peso corporal
 O período crítico de exposição a dosagens excessivas de flúor para as duas 
dentições é do nascimento até 8 anos de idade
Fluorose
- Uso de F além da água e dentifrícios, só em pessoas com alto risco de cárie
- Crianças menores de 6 anos devem escovar dentes 2x ao dia e com uma 
quantidade mínima creme dental
Fatores de proteção contra fluorose
- Crianças menores de 2 anos o uso de dentifrício com F deve ser avaliado pelo 
profissional
- Suplementos com F não devem ser indicados como medida de saúde coletiva
- Crianças menores de 6 anos não devem fazer bochechos fluorados
Fatores de proteção contra fluorose
- Educação de profissionais e público sobre o uso correto de F
- Mostrar a dose de F no rótulo da água mineral
- Tomar leite materno até 6 meses pelo menos
- Refere-se à ingestão, de uma única vez, de grande quantidade de flúor provocando 
desde irritação gástrica até a morte
 Toxicidade aguda:
Efeitos adversos do F
- Concentrações iguais ou superiores a 5,0 mgF/kg corporal, que corresponde à Dose 
Provavelmente Tóxica (DPT)
Erosão dental é definida pela perda superfícial de tecido dentário duro como resultado
de um processo químico não causado por bactérias. É o resultado físico da perda
patológica, localizada e crônica de estrutura dentária, a qual é quimicamente atacada
por ácidos, sem envolvimento de bactérias. O agente etiológico é o ácido de natureza
diversa, não bacteriana, o que torna esta patologia complexa
(Ten Cate e Imfeld, 1996)
- Intrínsecos: ácidos gástricos (pH=1 a 1,5) que chegam até a cavidade bucal devido à 
vômitos, regurgitação ou refluxo gastroesofageal
 Contato de ácidos com os dentes:
Etiologia
- Pacientes com esses distúrbios têm capacidade tampão salivar  o que aumenta 
capacidade de erosão do suco gástrico
Erosão Dentária
- Afeta mais as superfícies palatinas de I e C superiores, seguido das oclusais de PM 
e M superiores. Os inferiores raramente são afetados. Os dentes decíduos, tanto os 
superiores quanto os inferiores podem ser afetados.
- Extrínsecos:
 Contato de ácidos com os dentes:
Etiologia
- Dieta: alimentos e bebidas ácidas causam erosão quando ingeridos com frequência 
(refrigerantes, frutas cítricas, vinagre, vinho, iogurte etc,,,)
- Ambientais: exposição à ácidos inorgânicos no ambiente de trabalho (fábricas de 
dinamite, baterias, galvanização etc.) e nadadores profissionais expostos à água de 
piscinas tratadas com cloro (pH)
- Extrínsecos:
 Contato de ácidos com os dentes:
Etiologia
- Medicamentos: uso frequente de aspirina, antiasmáticos, progesterona, vit, C e 
alguns enxaguantes bucais
- Estilo de vida: dietas com alto consumo de frutas cítricas, vegetais, bebidas ácidas 
com baixo teor de açúcar  erosão dentes. Consumo de ecstasy. Escovação 
associada a colutórios diariamente
 Severidade Clínica:
Classificação das Erosões
- Classe I : lesões superficiais, envolve apenas esmalte
- Classe II : lesões localizadas, envolve menos de 1/3 da dentina
- Classe III : lesões generalizadas, envolve mais de 1/3 da dentina
Aguiar et al., 2006
 Atividade Patogênica:
Classificação das Erosões
- Erosão Ativa: em progresso, esmalte fosco e com a espessura delgada
- Erosão Latente: paralisada ou inativa, esmalte brilhante e menos delgado
Aguiar et al., 2006
 Localização:
Classificação das Erosões
- De acordo a superfície que afeta. Importante relacionar o local com a causa, a fim de 
determinar mais facilmente a etiologia, chegando ao tratamento e prevenção mais 
eficaz
Aguiar et al., 2006
Erosão Dentária
Desgaste esmalte expõe dentina sensibilidade à frio e quente
sensibilidade à escovação 
Dentina exposta fica amarelada ou marrom
Erosão Dentária
As características da erosão são aplainamento da superfície, remoção lóbulos e 
arredondamento dos contornos do esmalte. Os incisivos podem mostrar um sulco na 
incisal
Guia de Recomendações do Uso de Fluoretos no Brasil
Ministério da Saúde - 2009
Bibliografia
Aguiar FHB, Giovani EM, Monteiro FHL, Villalba H, Sousa RS, Melo JAJ, Tortamano N. Erosão dental – definição, 
etiologia e classificação. Rev Inst Ciênc Saúde. 2006;24(1):47-51
Cárie Dentária – A Doença e Seu Tratamento Clínico
Ole Fejerskov e Edwina Kidd

Outros materiais