Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Relatório da disciplina LEQ1 Curso de Engenharia Química 2014 MEDIÇÃO DE TEMPERATURA MOURA JUNIOR1, C. F. 1Aluno do ENQ/UFAL Curso de Engenharia Química - Centro de Tecnologia - Universidade Federal de Maceió - Av. Lourival de Melo Mota, s/n Tabuleiro 57072-970 Maceió–AL e-mail: celsojr_al@hotmail.com RESUMO– As medidas de temperatura são muito importantes na indústria, visto que para uma melhor qualidade dos produtos é necessário o controle de temperatura em várias etapas do processo de produção. Alguns equipamentos são capazes de fazer essa medição de temperatura, tais como: termômetro, pirômetro e termopar. Entretanto, cada equipamento tem um princípio de funcionamento. Logo, a partir do experimento, foi possível ser introduzido o conhecimento a respeito de suas precisões e das comparações de suas medidas de temperatura tanto para o aquecimento quanto para o resfriamento. Palavras-Chaves: termômetro, pirômetro, termopar. (um espaço) INTRODUÇÃO A temperatura revela a noção comum do que é quente ou frio. Medir a temperatura corretamente é muito importante em todos os ramos da ciência. Muitas propriedades físicas dos materiais dependem da sua temperatura [1]. O estudo dos processos de medição de temperatura dos corpos é feito pela termometria. Este estudo é importante principalmente na área industrial, visto que para uma melhor qualidade do produto é necessário, muitas vezes, o monitoramento da temperatura nas etapas do processo de produção. As medições de temperatura podem ser feitas através de diversos equipamentos de temperatura, como: termômetro de mercúrio ou de álcool, pirômetros, termômetros digitais, termopares, entre outros. Termômetro é todo instrumento capaz de medir a temperatura dos sistemas físicos [2]. O termômetro é formado por um tubo capilar de vidro ligado a um reservatório que contém líquido, que pode ser mercúrio ou álcool. Este conjunto encontra-se envolvido por um segundo tubo de vidro, onde se encontra representado uma escala graduada [3]. Termômetros de álcool (figura 1) geralmente são os mais utilizados, pois o álcool é relativamente mais barato que o mercúrio, porém se faz necessário a adição de um corante para melhor visualização [4]. Figura 1: Termômetro Fonte: [5] O termômetro digital é um instrumento amplamente utilizado em empresas, destinados a medir a temperatura em processos e produtos diversos, que não necessitam de uma medição constante, apenas esporádico [6]. A Figura 4 mostra o termômetro digital. Figura 2: Termômetro Digital Fonte: [7] Os termopares são constituídos de dois metais unidos por suas extremidades, formando assim um sistema fechado. Um termopar é criado sempre que dois metais diferentes forem colocados em contato por uma das extremidades; a medição de suas extremidades opostas mostrará uma pequena tensão de circuito aberto, que é função da diferença de temperatura entre o ponto de contato e o ponto de medição dos metais [8]. Os termopares possuem custo relativamente baixo, tem alta exatidão e amplas faixas de temperatura de operação. O Pirômetro é um termômetro infravermelho, também denominado de pirômetro óptico, é um dispositivo que mede a temperatura sem contato com o corpo/meio do qual se pretende conhecer a temperatura. Geralmente este termo aplicado a instrumentos que medem temperaturas superiores à 600 ºC. Uma utilização típica é a medição da temperatura de metais incandescentes em fundições [9]. A Figura 3 representa um pirômetro infravermelho. Figura 3: Pirômetro Infravermelho. Fonte: [10] É importante salientar que estes equipamentos precisam ficar na posição vertical, evitando, assim, a quebra do líquido e, consequentemente, imprecisão do instrumento. OBJETIVOS DO EXPERIMENTO Ter conhecimento dos princípios de funcionamento dos medidores de temperatura e suas características. MATERIAIS E MÉTODOS a) Materiais Termômetros, termopares, indicadores de temperatura, recipiente com água, aquecedor. O conjunto de termômetros e termopares, Figura 4, deverá ser instalado pelos alunos de modo que todos os instrumentos possam determinar a temperatura do banho. Figura 4: Módulo de medição de temperatura Fonte: [11] b) Métodos Colocamos o módulo em operação observando a seguinte sequência: água do banho foi aquecida através de uma resistência elétrica. Conforme a temperatura do banho variava, procedemos às medidas pelos instrumentos, construímos tabelas e curvas de calibração. Utilizamos para a construção das curvas de calibração de cada instrumento, o número mínimo de 5 pontos. Anotamos os dados na Tabela 1. Realizamos o procedimento no aquecimento e no resfriamento. Tabela 1: Dados experimentais para temperatura. Fonte: [11] RESULTADOS E DISCUSSÕES Construímos a tabela 2 e 3 para o aquecimento e o resfriamento, respectivamente, a partir das medições de temperatura feita com os diferentes instrumentos e construímos, com o auxílio do programa OriginPro8, os gráficos 1 e 2, referentes as curvas de aquecimento e de resfriamento da água. Tabela 2: Dados obtidos experimentalmente para temperatura do aquecimento. Tabela 3: Dados obtidos experimentalmente para temperatura do resfriamento. Gráfico 1: Medição de temperatura para aquecimento. 2 4 6 8 10 12 14 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 Te m pe ra tu ra (؛ C ) Tempo (s) Indicaçمo do Banho Termômetro Termopar J Pirômetro Linear Fit of Indicaçمo do Banho Linear Fit of Termômetro Linear Fit of Termopar J Linear Fit of Pirômetro Gráfico 2: Medição de temperatura para o resfriamento. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 56 58 60 62 64 66 68 70 72 74 Termopar Indicaçمo do Banho Termômetro Termopar Pirômetro Linear Fit of Indicaçمo do Banho Linear Fit of Termômetro Linear Fit of Termopar (2) Linear Fit of Pirômetro Te m pe ra tu ra (؛ C ) Tempo (s) Foi possível analisar a partir dos gráficos que ao medir a temperatura no mesmo intervalo de tempo, houveram variações de acordo com o equipamento usado no procedimento, principalmente na etapa do resfriamento, como podemos visualizar através do gráfico 2. Isso se deu pelo fato de que cada equipamento possui uma maneira de aferir a temperatura. Os valores do termômetro, para o aquecimento, ficou um pouco diferente dos demais, devido ao fato que o termômetro de álcool mede a temperatura a partir da dilatação térmica do álcool, enquanto que o pirômetro mede por radiação, logo se não posicionado corretamente a leitura não será precisa. Calculamos o erro percentual das temperaturas medidas por cada equipamento com relação à medida padrão do banho com o auxílio da Equação 1, e com esses valores construímos a Tabela 3 e 4. 𝐸𝑟𝑟𝑜% = |𝑇𝑒−𝑇𝑝| 𝑇𝑝 𝑥100% (1) Onde, Te é o valor medido experimentalmente e Tp é a temperatura indicada no banho. Medid a Temp o (min) Ind. Banh o (ºC) Termômetr o (ºC) Termopa r J (ºC) Pirômetro (ºC) 1 2 31,0 37 35 37 2 5 41,7 48 45 48 3 8 53,6 57 57 59,5 4 11 64,0 67 66 67,5 5 14 70,4 77 75 72 Medid a Temp o (min) Ind. Banh o (ºC) Termômetr o (ºC) Termopa r J (ºC) Pirômetr o (ºC) 1 2 72 73 72 66 2 5 68,9 69 68 65,5 3 8 66,6 66 65 63 4 11 64,7 64 63 61,5 5 14 62,8 62 61 59 Tabela 3: Erros dos medidores no aquecimento. Medida Termômetro (ºC) Termopar J (ºC) Pirômetro (ºC) 1 19,35% 12,9% 19,35% 2 15,11% 7,91% 15,11% 3 6,34% 6,34% 11,01% 4 4,69% 3,13% 5,47% 5 8,91% 6,08% 1,84% Tabela 4: Erros dos medidores no resfriamento. Medida Termômetro (ºC) Termopar J (ºC) Pirômetro (ºC) 1 1,39% 0% 8,33% 2 0,14% 1,31% 4,93% 3 0,90% 2,04% 5,41% 4 1,08% 2,63% 4,94% 5 1,27% 2,87% 6,05% Analisando as tabelas 3 e 4 percebemos que o Termopar J foi o que apresentou o menor erro percentual tanto para o aquecimento quanto para o resfriamento. Na etapa do resfriamento as temperaturas de todos os equipamentos tiveram erros relativamente baixos em comparação com a temperatura do banho. Em seguida, preenchemos as tabelas 5 e 6 para os valores da voltagem e da temperatura lidas pelo termopar e depois foi construído os gráficos 3 e 4, com o auxílio do programa OriginPro8, para o aquecimento e o resfriamento, respectivamente, da calibração do termopar J (Voltagem x Temperatura). Tabela 5: Valores de voltagem e temperatura para o termopar no aquecimento. Termopar J Voltagem (mV) Temperatura ºC 0,12 35 0,18 45 0,20 57 0,02 66 0,03 75 Tabela 6: Valores de voltagem e temperatura para o termopar no resfriamento Termopar J Voltagem (mV) Temperatura ºC 0,01 35 0,05 45 0,07 57 0,01 66 0,07 75 Gráfico 3: Curva de calibração do termopar J para o aquecimento. 0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 0,10 0,12 0,14 0,16 0,18 0,20 0,22 30 40 50 60 70 80 Te m pe ra tu ra (؛ C ) Voltagem (mV) Temperatura Gráfico 4: Curva de calibração do termopar J para o resfriamento. 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06 0,07 60 62 64 66 68 70 72 Te m pe ra tu ra (° C ) Voltagem (mV) Temperatura As curvas de calibração dos termopares devem ter um perfil linear, portanto os dados do termopar para o experimento não seguiram o padrão esperado. Tal erro encontrado pode ter sido dado pelo fato do termopar usado no experimento não tenha sido calibrado de forma correta. CONCLUSÕES Após a realização do experimento foi possível findar a medição da temperatura feita por equipamentos podem variar de um para o outro devido ao fato de que cada um apresenta um mecanismo de medição diferente. O termômetro de álcool e principalmente o Termopar J foram os equipamentos de medição de temperatura que mais satisfatórios quando comparado com a temperatura indicada no banho. Quanto à curva de calibração do termopar J, não podemos comprovar o fato de ela apresentar uma tendência linear devido, provavelmente, ao fato do termopar não ter sido calibrado da forma correta. SUGESTÕES Apresentar de forma clara, nos objetivos, qual equipamento deverá ser tomando como valor para comparação; Ao longo do procedimento pudemos notar que o termopar apresentou variações em seus valores, então sugestiono fazer uma melhor calibração do aparelho ao logo dos próximos experimentos para não haver o mesmo problema. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICA [1] Temperatura. Disponível em: <www.fem.unicamp.br/-instmed/Temperatura- 1.pdf>. Acesso em 11 SET. 2014; [2]Termômetro. Disponível em: <www.coladaweb.com/fisica/termologia/termom etro>. Acesso em 11 SET. 2014; [3] Termômetro. Disponível em: <www.infopedia.pt/$termometro>. Acesso em 11 SET. 2014; [4] Termopares. Disponível em: <http://www.ecil.com.br/temperatura- industria/pirometria/termopares/>. Acesso em 11 SET. 2014; [5] Termologia. Disponível em: <www.fisicamariaines.com/termologia.html>. Acesso em 11 SET. 2014; [6] Termologia. Disponível em: <http://www.if.ufrgs.br/~leila/termo.htm>. Acesso em 11 SET. 2014; [7] DUNN, W.C. Fundamentos de instrumentação industrial e controle de processos. Editora Bookman, 2013, p. 131; [8] Medições de temperatura com termopares: Guia prático. Disponível em: <www.ni.com/white-paper/7108/pt>. Acesso m 11 SET. 2014; [9] RECCO, I. E. Significado de Pirômetro. Santa Catarina, 2007. Disponível em:<www.dicionarioinformal.com.br/pir/F4/met ro/>. Acesso em 11 SET. 2014; [10] Pirômetro infravermelho. Disponível em:<ww.etec.com.br/pirômetro>. Acesso em 11 SET. 2014; [11] Notas de aula de laboratório de engenharia química
Compartilhar