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Relatório da disciplina LEQ1 Curso de Engenharia Química 2014 MEDIÇÃO DE PRESSÃO E DE VAZÃO MOURA JUNIOR1,C. F. 1Aluno do ENQ/UFAL Curso de Engenharia Química - Centro de Tecnologia - Universidade Federal de Alagoas - Av.Lourival de Melo Mota, s/n Tabuleiro 57072-970 Maceió - AL e-mail:celsojr_al@hotmail.com RESUMO–A medição e controle de pressão é a variável de processo mais usada na indústria de controle de processos nos seus mais diversos segmentos. A medição visa à otimização e eficiência dos mais variados instrumentos industriais. Entendemos por pressão a força que é aplicada sobre uma determinada, e pode ser determinada por diferentes equipamentos como tubo em U, manômetros de Bourdon, entre outros. Assim como para pressão também existe instrumentos espefícios para medir a vazão como o hidrômetro. Foi possível, por meio de medidas realizadas em manômetros de Bourdon e do tubo em “U”, analisar a pressão, assim como a partir da medida do volume de água escoando pelo equipamento em um intervalo de tempo, foi possível analisar a vazão. Palavras-Chaves: manômetro, hidrômetro, medições. (um espaço) INTRODUÇÃO A medição e controle de pressão é a variável de processo mais usada na indústria de controle de processos nos seus mais diversos segmentos. Além disso, através da pressão é facilmente possível inferir uma série de outrasvariáveis de processo, tais como nível, volume, vazão e densidade [1]. Entendemos por pressão uma força compressiva normal, infinitesimal, dividida pela área infinitesimal sobre a qual ela age [2]. Para um fluido em repouso, define-se o escalar pressãop como sendo: (1) Existem vários tipos de equipamentos utilizados para medir a pressão, como por exemplo, o manômetro. Manômetros são instrumentos que usam colunas de líquido para medir pressão [3]. O valor da pressão é medida pela leitura da altura da coluna do líquido deslocado em função da intensidade da pressão aplicada, ou seja, quando há pressões iguais em ambos os lados, os níveis do líquido corresponderão ao zero da escala [4]. Por meio do teorema de Stevin, e lembrando que, segundo Pascal, a pressão se transmite integralmente a todos os pontos do fluido [5], logo, a pressão será dada pela equação abaixo: (2) O manômetro de Bourdon, um manômetro do tipo elástico no qual baseia-se na lei de Hooke, ou seja, o módulo da força aplicada em função do corpo é proporcional a deformação. Uma ligação mecânica fixada a um mostrador fornecerá uma leitura direta da pressão interna. A Figura 1 mostra o esquema de um manômetro de Bourdon. Figura 1: Esquema de um manômetro do tipo Bourdon. Fonte: [6] Figura 2: Manômetro de Bourdon Fonte: [7] Outra forma de medir a pressão é através do tubo em “U”, que é um dos medidores de pressão mais simples entre os medidores para baixa pressão. É constituído em forma de U e fixado sobre uma escala graduada. A Figura 3 mostra esse instrumento. Figura 3: Tubo em U. Fonte: [8] Seu principio de funcionamento consiste na aplicação de pressão num de deus ramos o que provocará o líquido descer por este ramo e subir no outro [9]. O tubo de Pitot é um instrumento simples para medir a velocidade de escoamento. Seu uso depende da habilidade de medir as pressões de estagnação e estática do escoamento.É necessário tomar certos cuidados para obter estes valores [3]. A Figura 4 representa um tubo de Pitot. Figura 4: Esquema de funcionamento do tubo de Pitot. Fonte: [10] É sempre difícil alinhar o tubo de Pitot com a direção do escoamento. Qualquer desalinhamento produzirá um escoamento não simétrico em todo do tubo de Pitot e isto provocará erros. Outra medida importante é a vazão, a medida de vazão é uma das medidas mais comuns feita em escoamento de fluidos, e pode ser definida como a quantidade de matéria que passa por uma determinada seção durante um determinado intervalo de tempo [5], como mostra a equação 3: (3) Assim como para pressão também existe instrumentos específicos para medir a vazão. Um deles é o hidrômetro, que é um instrumento de medição volumétrica e ajuda a estimar as perdas entre a produção e a distribuição de água. No caso de líquidos, mede-se o tempo necessário para encher um volume conhecido ou volume acumulado em um dado tempo. Variando-se o volume e o tempo, podem-se atingir baixos níveis de incerteza experimental no procedimento de calibração. A Figura 5 mostra o esquema de um hidrômetro. Figura 5: Hidrômetro. Fonte: [11] Um detalhe importante que deve ser observado quando estamos trabalhando com a medida de vazão é a cavitação. A cavitação pode ocorrer em qualquer máquina trabalhando com líquido, sempre que a pressão estática local cair abaixo da pressão de vapor do líquido, quando isto ocorre, o líquido pode localmente passar rapidamente de liquido para vapor, formando uma cavidade de vapor e alterando significativamente a condição do escoamento em relação à condição sem cavitação [3]. OBJETIVOS DO EXPERIMENTO Dar conhecimento ao aluno de alguns instrumentos de medida de pressão e vazão, suas características e técnicas de medições. MATERIAIS E MÉTODOS a) Materiais O módulo experimental usado é o mesmo na medição de vazão. Manômetros, hidrômetro, bomba centrífuga, reservatório de água; Cronômetro, torneira, balança, Becker, balde e proveta. b) Métodos: Colocamos o módulo, ilustrado na Figura 6, em operação atentando para a seguinte sequência: Figura 6: Módulo e esquema do sistema de medição de pressão e vazão. Fonte: [12] Com as válvulas V3 e V4 totalmente abertas e as válvulas V1 e V2 fechadas, ligamos a chave liga/desliga no quadro elétrico, gerando pressurização no sistema. Abrimos lentamente a válvula V2, gerando pressurização no sistema. Após totalmente aberta, realizamos a leitura nos manômetros M1 e M2 e no tubo em U, para a medição de pressão. Para a vazão, com auxílio de cronômetro, fizemos a leitura no hidrômetro e a coleta de um volume de água ao longo do tempo. Pesamos o recipiente onde coletamos a água, verificamos o volume em proveta e preenchemos os dados na Tabela 1 (medidas de pressão) e na Tabela 2 (medidas de vazão). Para a determinação dos outros pontos, fomos fechando a válvula V2. A última medida foi realizada com a válvula V1 e V2 parcialmente abertas, observando a possibilidade de cavitação no sistema. Fechamos totalmente a válvula V2 e, em seguida, desligamos a chave liga/desliga. Com os dados das leituras, serão construídas tabela e curva de calibração do manômetro de Bourdon (M1) em relação ao manômetro de mercúrio. Um número mínimo de 5 pontos foi utilizado para a construção da curva de calibração de pressão. Paralelamente, também foi feita uma comparação entre o diferencial de pressão encontrado entre os manômetros (M1-M2) e comparamos os valores de medição de vazão em hidrômetro, volumétrica e mássica. RESULTADOS E DISCUSSÕES A partir dos dados obtidos experimentalmente, construímos a Tabela 1 (medidas de pressão) e aTabela 2 (medidas de vazão). E com um número mínimo de 5 pontos, as medidas foram utilizadas para a construção das curvas de calibração de cada instrumento para fazer as comparações. Tabela 1: Dados experimentais dos medidores de pressão. ∆H mercúrio (cm) Bourdon (Kgf/cm²) M1 M2 14,8 0,12 0,1 14,3 0,10 0,1 12,4 0,08 0,1 9,6 0,05 0,1 1,4 0,00 0,1 Tabela 2: Dados experimentais dos medidores de vazão. Hidrômetro (L) Tempo (s) Massa (g) Volume (L) Vaso Total 1,00 3,23 102,26 900,15 0,92 1,00 4,16 102,26 978,8 1,01 1,00 4,28 102,26 1020,79 1,05 1,00 5,05 102,26 1031,16 1,06 1,00 29,95 102,26 955,24 0,99 A pressão indicada no tubo em “U” foi dada pela equação 4, utilizando a massa específica do mercúrio (13595,1 Kg/m³). A partir dos valores calculados das pressões do tubo em “U” e do manômetro de Bourdon, construímos a Tabela 3, convertendo as pressões para KPa. (4) Tabela 3: Pressões medidas experimentalmente. Manômetro de mercúrio (∆P kPa) Manômetro Bourdon ( M1 kPa) Erro relativo ao manômetro de mercúrio(%) 19,731656 11,7 40,70441934 19,065046 9,81 48,54457734 16,531928 7,85 52,51612516 12,798912 4,9 61,71549582 1,866508 0 #DIV/0! Construímos uma curva de calibração com o auxílio do Excel, como mostra o gráfico 1, onde comparamos a relação entre o manômetro de Bourdon (M1) e o manômetro de mercúrio. Gráfico 1: Curva de calibração. Devido ao fato do manômetro d Bourdon está com defeito, a análise diferencial da pressão encontrada entre os manômetros (M1-M2) será sempre o mesmo, visto que M2 não variou durante todo o experimento, mantendo-se constante em 0,10 Kgf/cm². Foi possível observar através da analise da tabela 3 e do gráfico 1, que a medida que a pressão no manômetro de mercúrio aumentava, a pressão indicada no manômetro de Bourdon também aumentava, assim como o contrário. Para a medição da vazão, utilizamos a equação 3 para calcular o valor da vazão volumétrica, e para o calculo da vazão mássica utilizamos a equação 5 e os valores obtidos foram reunidos na Tabela 4. (5) Tabela 4: Valores de vazão volumétrica e mássica reais. Vazão volumétrica real (L/s) Vazão mássica real (g/s) 0,286377709 247,0247678 0,242788462 198,6875 0,245327103 214,4953271 0,347540984 304,557377 0,033055092 28,48013356 Em seguida, foram feitos os cálculos das vazões do hidrômetro e reunimos na tabela 5. 0 4 8 12 16 20 24 0 2 4 6 8 10 12 14 M an ô m e tr o d e B o u rd o n (K P a) Manômetro de Mercúrio (KPa) Tabela 5: Valores de vazão do hidrômetro. Vazão volumétrica Hidrômetro (L/s) Vazão mássica (Hidrômetro) (g/s) 0,309597523 308,3591331 0,240384615 239,4230769 0,23364486 232,7102804 0,327868852 326,557377 0,033388982 33,25542571 Comparamos os valores calculados entre vazão volumétrica real e do hidrômetro, assim como para a vazão mássica. Com os valores encontrados das vazões reais e do hidrômetro foram próximos, seus erros não chegaram a 20% e na vazão volumétrica ficando bem abaixo desse valor, como podemos ver na Tabela 6. Logo, os resultados obtidos para a vazão nesse experimento foram satisfatórios. Tabela 6: Erros percentuais de vazões volumétricas e mássicas. Erro% vazão volumétrica Erro% vazão mássica 7,5% 19,89056225% 1% 17,01405622% 5% 7,827309237% 6% 6,736947791% 1% 14,35943775% CONCLUSÕES A partir dos dados encontrados tanto para as medidas de pressão quanto para as medidas de vazão foi possível entender os princípios fundamentais de medições de ambos os parâmetros. Podemos observar também a variação nos valores encontrados para as medidas de pressão para instrumentos diferentes. Os erros entre as vazões volumétricas e mássicas se mantiveram entre os 20%, ficando abaixo disso para a vazão volumétrica. Lembrando que durante a pratica não ocorreu o processo de cavitação. SUGESTÕES Colocar gravuras explicativas, ou explicar mais claramente o experimento em si. Fazer uma demonstração do manuseio do equipamento utilizado antes dos alunos começarem a prática; Fazer a troca do manômetro de Bourdon (M2) que possivelmente está quebrado e não está fazendo a leitura da pressão de forma correta e que interfere nos resultados obtidos. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICA [1] Disponível em: <http://www.smar.com/newsletter/marketing/inde x23.html>. Acesso em 18 SET. 2014; [2] POTTER, Merle C.; WIGGERT, David C.; Mecânica dos Fluidos, CENGAGE learning; São Paulo; 2004; [3]MUNSON, Bruce R.; YOUNG, Donald F.; Okiishi, Theodore H.; Fundamentos da Mecânica dos Fluidos; Editora Edgard Blucher; São Paulo; 2004; [4] TURNS, S. R.; Fundamentos de Instrumentação Industrial e Controle de Processos Bookman Editora, 2013. [5] BRUNETTI, Franco.; Mecânica dos fluidos; 2. Ed. rev.; Pearson prentice Hall; São Paulo; 2008; [6] Manômetros: informações uteis. Disponível em:<http://www.tecniar.com.br/tecniar- novo/mamometro/manometro-informacoes- uteis/>. Acesso em 18 SET. 2014; [7]Manómetros y transductores de presión. Disponível em: <http://webdelprofesor.ula.ve/ingenieria/mabel/ma terias/balmaten/manometros.html>. Acesso em 18 SET. 2014; [8] Disponível em: <http://www.solucoesindustriais.com.br/empresa/i nstrumentacao/salcas/produtos/instrumentacao/ma nometro-coluna-de-tubo-em-u>. Acesso em 18 SET. 2014; [9] Disponível em:<http://www.temperuniao.com.br/manometro %20coluna%20U,%20inclinados%20e%20v%E1c uo.pdf>. Acesso em 18 SET. 2014 [10] Medição de vazão por tubo de pitot . Disponível em: <http://vazoesemedicoes.blogspot.com.br/2008/10 /medio-de-vazo-por-tubo-pitot.html> Acesso em 18 SET. 2014; [11] Como usar o seu hidrômetro. Disponível em: < http://www.manausambiental.com.br/como- usar-o-seu-hidrometro> Acesso em 18 SET. 2014; [12] BAUER, W.; WESTFALL, G. D.; DIAS, H. Física para universitários – Relatividade, Oscilações, Ondas e Calor. Editora Bookman; [13] CAMPILHO, A. Instrumentação Electrónica. Métodos e técnicas de medição. FEUP Edições; [14] Notas de aula laboratório de engenharia química 1. MEDIÇÃO DE PRESSÃO E DE VAZÃO INTRODUÇÃO OBJETIVOS DO EXPERIMENTO
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