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ANÁLISE TEXTUAL REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL

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ANÁLISE TEXTUAL – REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL
O que significa estudar ‘regência’?
A relação de regência, seja nominal, seja verbal, envolve uma relação de dependência entre dois termos: um termo que exige a presença de outro, chamam-se regentes ou subordinantes; os que completam a significação dos anteriores chamam–se regidos ou subordinados. A palavra ‘regência’ vem do verbo reger, do latim Regere = dirigir, guiar, conduzir, governar. Assim, regente é o termo que DIRIGE, CONDUZ, GOVERNA, e regido é aquele que é DIRIGIDO, CONDUZIDO, GOVERNADO.
Temos dois tipos de regência em Português: 
a) Quando o termo regente é um verbo temos a regência verbal.
Exemplo: As crianças confiam em seus pais.
b) Quando o termo regente é um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio), ocorre a regência nominal.
Exemplo: As crianças têm confiança em seus pais 
Na regência verbal, o termo regido pode ser ou não preposicionado, já que objetos diretos também são termos regidos pelo verbo; na regência nominal, o termo regido é obrigatoriamente preposicionado.
REGÊNCIA VERBAL
A regência verbal é o estudo da relação entre os verbos e os objetos diretos e indiretos, termos que os complementam, e os adjuntos adverbiais, termos que os caracterizam. Estudar a regência verbal melhora a capacidade de expressão, já que nos permite conhecer os diferentes significados que um verbo assume, simplesmente porque lhe acrescentamos ou suprimimos uma preposição. 
Exemplos: 
O presidente agrada o povo. -> agradar significa acariciar, contentar.
O presidente agrada ao povo. -> agradar significa "causar agrado ou prazer", satisfazer.
Assim: "agradar alguém" é diferente de "agradar a alguém”.
 	O termo que completa o sentido de um verbo é chamado OBJETO. O objeto (termo regido) pode estar ligado (ao termo regente) por meio da preposição ou não. Se completar o verbo sem preposição obrigatória, recebe o nome de objeto direto, e pode ocorrer em período simples ou composto por subordinação.�
Em nossa aula 2, apresentamos parte do quadro abaixo, com algumas construções comuns na oralidade, mas não condizentes com a norma culta. Vamos relembrá-lo:
	 Uso comum na fala
	 Norma culta
	 Assisti o filme.
	 Assisti ao filme.
	 Atenda o chamado.
	 Atenda ao chamado.
	 Dei o livro para ela.
	 Dei o livro à ela.
	 Ensina para os alunos.
	 Ensina aos alunos.
	 Evite de fazer compras inúteis.
	 Evite fazer compras inúteis.
	 A reforma implicou em gastos não previstos.
	 A reforma implicou gastos não previstos.
	 Maria namora com João.
	 Maria namora João.
	 Obedeça o regulamento.
	 Obedeça ao regulamento.
	 Já paguei o marceneiro.
	 Já paguei ao marceneiro.
	 Perguntou para o professor.
	 Perguntou ao professor.
	 Prefiro mais abacaxi do que manga.
	 Prefiro abacaxi à manga.
	 Responda o questionário.
	 Responda ao questionário.
Em nossa biblioteca, há um arquivo chamado Verbos, nomes e a transitividade. Nele, há uma lista de verbos, suas transitividades e os diferentes significados que alguns verbos assumem.
Os pronomes como complementos verbais
Embora muitas pessoas utilizem o pronome ‘ele’ e suas variantes (ela, eles, elas) como complemento verbal, esse pronome é um pronome pessoal do caso reto que somente deve funcionar como sujeito ou como complemento verbal somente quando aparecer acompanhado de preposição.
Exemplos:
Ele saiu cedo.
Nós demos a elas os livros de presente.
De acordo com a prescrição, os pronomes oblíquos é que devem ser usados como complementos verbais.
a) Os pronomes o, a, os, as são complemento de verbos transitivos diretos, logo funcionam como objeto direto.
b) Os pronomes lhe, lhes são complementos de verbos transitivos indiretos, logo funcionam como objeto indireto.
Exemplos:
Eu quero uma blusa.
—> Quero-a.
Eu quero a meus pais.
—> Quero-lhes.
Ele pagou o empréstimo.
—> Pagou-o.
Ele pagou ao gerente.
—> Pagou-lhe.
Ele convidou meus pais.
—> Ele convidou-os.
Eu obedeço a meu pai.
—> Eu obedeço-lhe. 
Importante. No exemplo acima, há duas formas possíveis para a redação, ambas em acordo com a prescrição:
Ele convidou-os.
Ele os convidou.
No entanto, por uma questão de escrita, opta-se pela próclise sempre que o sujeito aparece antes do verbo. Se houvesse uma palavra de sentido negativo, a próclise seria obrigatória.
Ele não os convidou.
Prezados alunos,
Há na biblioteca um arquivo chamado Aspectos gerais sobre a colocação pronominal, importante para que você faça nossos exercícios. 
Frequentemente, esquece-se da relação entre o pronome oblíquo e o complemento verbal e eles acabam sendo usados de forma incorreta. 
Exemplos:
a) Ana deve ajudá-LO. 
‘Ajudar’ é um verbo transitivo direto.
b) Ele deve obedecer-LHE.
‘Obedecer’ é um verbo transitivo indireto: quem obedece, obedece a alguém.
Ele deve informá-LO dos acontecimentos.
‘Informar’ é um verbo bitransitivo e pede, portanto, um complemento sem preposição (-LO) e um complemento preposicionado (‘dos acontecimentos’). Há duas possibilidades: informar alguém de algo ou informar algo a alguém. 
Exemplos:
d) Ele deve informá-LO (= objeto direto) dos acontecimentos (=objeto indireto). 
e) Ele deve informar-LHE (=objeto indireto) os acontecimentos (=objeto direto).
REGÊNCIA NOMINAL 
Os nomes – substantivos, adjetivos e advérbios – também podem exigir complemento para completar-lhes o sentido. Geralmente, essa relação entre o nome e seus complementos é estabelecida pela presença de preposição. 
 
Exemplos: 
 
Esse comportamento é impróprio para menores.
 
Ficamos contentes por você. 
                   
Os alunos votaram favoravelmente ao projeto. 
                     
USO DAS PREPOSIÇÕES – CASOS ESPECIAIS
No livro O português do dia-a-dia: como falar e escrever melhor do Professor Sérgio Nogueira, há diversos casos interessantes acerca do uso das preposições. Escolhemos apenas alguns para discutir nesta aula. 
A expressão correta é EM NÍVEL.
Exemplo: O problema só será resolvido em nível federal.
Lembramos que a expressão "A NÍVEL DE" é um modismo a ser evitado.
DELE ou DE ELE?
DELE corresponde a um pronome possessivo:
Exemplo: O dinheiro dele acabou antes do esperado.
DELE também pode ser a combinação da preposição de com o pronome pessoal oblíquo tônico ele, na função de objeto indireto:
Exemplo: Nós gostamos muito dele.
DE ELE é a preposição de e o pronome pessoal reto ele. Só pode ser usado quando ele for sujeito de uma oração reduzida de infinitivo:
Exemplo: Saímos antes de ele chegar. (= de que ele chegasse)
Apesar de ele ter viajado sozinho, prefiro não telefonar.
O segredo é o verbo no INFINITIVO. Só podemos usar DE ELE quando houver o verbo no infinitivo:
Saímos antes de ele chegar.�
 
 Essa regra também se aplica em outros casos:
preposição + artigo: 
 Exemplo: As demissões ocorreram depois de o banco ter decretado falência.
 b) preposição + pronome demonstrativo:
Exemplo: O empresário assinou o contrato, apesar de essas cláusulas não garantirem uma margem de segurança.
A forma prescrita é TEM DE. Embora o uso da forma TEM QUE esteja consagrado e muitos autores considerem as duas formas aceitáveis, deve-se utilizar, preferencialmente, a forma ‘tem de’. 
Exemplo: Nós temos de pagar nossas dívidas. 
PARA MIM ou PARA EU? Devemos observar que:
a) ‘eu’ é um pronome pessoal do caso reto e exerce a função de sujeito;
b) mim’ é um pronome pessoal oblíquo tônico, nunca exerce a função de sujeito e, obrigatoriamente, deve ser usado com preposição: a mim, de mim, entre mim, para mim, por mim...
Exemplos:
Eu comprei o livro. (= sujeito)
Eu comprei o livro para MIM. (= não é sujeito)
Entretanto, observe o exemplo abaixo:
Eu comprei o livro PARA EU ler.
 Nesse caso, são duas orações. “Eu comprei o livro” é a oração principal e “para EU ler” é oração reduzida de infinitivo (= para que eu lesse). Devemos usar o pronome pessoal reto (= EU), porque exerce a função de sujeito do verbo infinitivo (= ler). Resumindo:a diferença entre PARA MIM e PARA EU está na presença ou não de um verbo (= sempre no infinitivo) após o pronome:
Este livro é PARA MIM.
Este livro é PARA EU ler.
 Portanto, sempre que houver um verbo no infinitivo, devemos usar os pronomes pessoais retos. Isso ocorrerá com qualquer preposição:
Exemplos:
Eles compraram o carro antes DE MIM.
Ela almoçou antes DE EU chegar.
Meus pais fizeram isso POR MIM.
Ele fez isso POR EU estar com dúvidas.
Observe, no entanto, a mudança no significado trazida pelo uso da vírgula:
“PARA EU comprar este carro, foi preciso que meus pais ajudassem.”
“PARA MIM, comprar este carro foi uma grande conquista.”
Na primeira frase, o pronome pessoal reto (= EU) é o sujeito do infinitivo (= comprar); na segunda frase, a vírgula indica que o PARA MIM está deslocado. Devemos usar o pronome oblíquo (= MIM), pois não é o sujeito do verbo comprar.
 Não há nada ENTRE EU E VOCÊ ou ENTRE MIM E VOCÊ?
Como explicamos acima, ‘eu’ é pronome pessoal reto e só pode ser usado na função de sujeito. Assim:
a) com verbo no infinitivo: “Não há nada ENTRE EU sair e você ficar em casa...”;
b) sem verbo no infinitivo: “Não há nada ENTRE MIM E VOCÊ.” 
 
A QUEM. Quando o substantivo que antecede o pronome relativo é pessoa, podemos usar o pronome ‘quem’
Exemplo: Este é o gerente A QUEM encontrei no congresso.
DE QUE ou DE QUEM ou DO QUAL.
São recursos DE QUE (ou DOS QUAIS) a empresa dispõe. 
(= a empresa dispõe DOS RECURSOS)
b) São os analistas DE QUEM ou DOS QUAIS a empresa dispõe.
 (= a empresa dispõe DOS ANALISTAS)
c1) É a secretária do diretor DA QUAL ele gosta muito.
 (= ele gosta muito DA SECRETÁRIA)
C2) É a secretária do diretor DO QUAL ele gosta muito.
 (= ele gosta muito DO DIRETOR).
 Quando houver dois antecedentes (= a secretária do diretor), devemos evitar o pronome QUEM porque gera ambiguidade (= duplo sentido). Em “É a secretária do diretor DE QUEM ele gosta muito”, não saberíamos se ele gosta muito da secretária ou do diretor.
OBSERVAÇÃO:
 Também devemos usar o pronome relativo QUAL sempre que vier antecedido de preposição que não seja monossílaba (= após, contra, desde, entre, para, perante, sobre...):
 “Este é o assunto SOBRE O QUAL conversamos ontem.”
 “Este é o torneio PARA O QUAL eles treinaram tanto.”
CUJO. O pronome relativo ‘cujo’ deve ser usado sempre que houver ideia de posse.� 
Exemplos:
Aqui está o engenheiro DE CUJO relatório ninguém gostou. 
 
 A preposição ‘de’ é exigência do verbo ‘gostar’
Este é o engenheiro A CUJO relatório eu me referi. 
 O verbo ‘referir’ rege a preposição ‘a’.
Este é o gerente COM CUJAS ideias eu não concordo.
O verbo ‘concordar’ rege a preposição ‘com’.
Este é o livro EM CUJAS páginas li aquela teoria.
(= eu li aquela teoria NAS PÁGINAS)
Este é o poeta CUJA obra foi premiada.
(= A OBRA foi premiada – sem preposição).
ATENÇÃO. Não se usa artigo definido entre o pronome ‘cujo’ e o substantivo. 
Exemplo: Esta é a empresa CUJO presidente viajou para Brasília.
Saiba mais:
A dança do verbo regente
http://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=11822
Referências bibliográficas
BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. 37ª ed. Revista e ampliada. Rio de Janeiro: Lucerna, 1999.
CIPRO NETO, Pasquale. Nossa língua em letra e música. São Paulo: EP&A, 2002.
DORNELLES, José Almir Fontella. A gramática do concursando. 13ª ed. Brasília: Vestcon, 2002.
SILVA, Sérgio Nogueira da. O português do dia-a-dia: como falar e escrever melhor. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009.
FARACO, Carlos Alberto e TEZZA, Cristóvão. Oficina de texto. 3ª ed. Petrópolis, RJ:Vozes, 2003.
INFANTE, Ulisses. Curso de gramática aplicada aos textos. 5ª ed. São Paulo: Scipione, 1999.
MOURA, Fernando. Gramática aplicada ao texto. 2ª ed. Brasília: Vestcon, 2002.
PIMENTEL, Ernani Figueiras. Gramática pela prática. 6ª ed. Brasília: Vestcon, 2002.
� Nesta aula, trataremos apenas das relações de regência entre o verbo e seus complementos regidos por preposição.
� Segundo o Professor Sérgio Nogueira, essa regra não é rígida. Muitos autores aceitam a contração da preposição com o pronome como uma variante linguística. Exemplo: “Cheguei antes dele sair.” No entanto, embora essa a maneira como muitas pessoas falam, ela não deve ser utilizada em textos formais.
 
� Todos os exemplos foram retirados de Silva (2009).

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