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Polímeros: Conceitos e Propriedades

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Ministério de Educação 
Universidade Federal do Paraná 
Campus Politécnico 
Departamento de Engenharia Mecânica - DEMEC 
 
 
 
Curso: Engenharia Mecânica - Noturno 
Disciplina: Tecnologia Química 
Professora: Cláudia Eliana B. Marino 
 
 
 
 
Polímeros 
 
 
 
 
Realizado por: 
Dayane Rosa Buss 
JoselyneBanegas 
Lucas Izael Kogut 
 
Turma: 
N- 2014/1 
Curitiba, 05 de Dezembro de 2014 
Tecnologia Química Polímeros 
2 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 4 
1.1. Histórico do Polímero ....................................................................................................... 4 
1.2. Polímeros no Brasil ........................................................................................................... 5 
2. CONCEITUAÇÃO ........................................................................................................................ 7 
2.1. O que é um Polímero? ...................................................................................................... 7 
2.2. Origem do Polímero .......................................................................................................... 9 
2.2.1. Produtos Naturais ......................................................................................................... 9 
2.2.2. Hulha ou Carvão Mineral .......................................................................................... 10 
2.2.3. Petróleo ........................................................................................................................ 10 
2.3. Tipos de Polímeros .......................................................................................................... 11 
2.4. Reações de Formação de Polímeros .......................................................................... 13 
2.4.1. Polímeros de Condensação ..................................................................................... 13 
2.4.2. Polímeros de Adição .................................................................................................. 14 
2.4.3. Vulcanização ............................................................................................................... 16 
2.5. Nomenclatura Usual x IUPAC ....................................................................................... 16 
2.6. Especificação de Polímeros Cotidianos .................................................................... 18 
2.6.1. Polietileno .................................................................................................................... 18 
2.6.2. Polímeros ABS ........................................................................................................... 20 
3. POLÍMERO x METAL ............................................................................................................... 24 
3.1. Diferenças Estruturais .................................................................................................... 24 
3.1.1. Estrutura Polimérica ................................................................................................... 24 
3.1.2. Estrutura Metálica ...................................................................................................... 27 
3.2. Corrosão x Degradação.................................................................................................. 29 
3.2.1. Inchamento e Dissolução .......................................................................................... 30 
3.2.2. Ruptura de Ligações .................................................................................................. 30 
3.2.3. Intemperismo .............................................................................................................. 32 
3.3. Propriedades Elétricas ................................................................................................... 32 
3.4. Propriedades Mecânicas ................................................................................................ 34 
3.4.1. Deformação Elástica .................................................................................................. 34 
3.4.2. Limite de Escoamento ............................................................................................... 35 
3.4.3. Limite de Resistência a Tração ................................................................................ 35 
3.4.4. Ductilidade ................................................................................................................... 36 
Tecnologia Química Polímeros 
3 
 
3.5. Vantagens e Desvantagens ........................................................................................... 37 
3.5.1. Vantagens Relativas .................................................................................................. 37 
3.5.2. Desvantagens Relativas............................................................................................ 38 
3.6. Valor Comercial ................................................................................................................ 39 
3.6.1. Produção Mundial de Plástico e Aço....................................................................... 39 
3.6.2. Parceiros Comerciais ................................................................................................. 43 
3.7. Indústria Petroquímica no Brasil ................................................................................. 46 
4. INTERFERÊNCIA DO POLÍMERO NA SOCIEDADE ......................................................... 47 
4.1. Polímeros Naturais .......................................................................................................... 47 
4.2. Polímeros na Medicina ................................................................................................... 48 
4.2.1. Policarbonato (PC) ..................................................................................................... 48 
4.3. Polímeros na Engenharia ............................................................................................... 50 
4.3.1. Injeção Plástica ........................................................................................................... 50 
4.3.2. Rotomoldagem ........................................................................................................... 51 
4.3.3. Moldagem por Sopro ................................................................................................. 52 
4.4. Conseqüências dos Polímeros .................................................................................... 53 
4.4.1. Poluição ....................................................................................................................... 53 
4.4.2. Reciclagem .................................................................................................................. 53 
5. NOVIDADES ............................................................................................................................... 57 
5.1. Kevlar .................................................................................................................................. 57 
5.2. Próteses de Competição ................................................................................................ 58 
5.3. Polímeros Condutores .................................................................................................... 58 
6. CONCLUSÃO ............................................................................................................................. 59 
7. REFERÊNCIAS ..........................................................................................................................60 
 
 
Tecnologia Química Polímeros 
4 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
1.1. Histórico do Polímero 
Até o século XIX somente era utilizado polímero produzidos naturalmente, pois a 
tecnologia daquela época não permitia fazer as reações entres os compostos de 
carbono. 
Em 1839 Charles Goodyear descobre a vulcanização de borracha natural, dando 
assim ao início da moldagem industrial de plásticos naturais. 
Alguns anos depois Leo Baekeland criou a baquelite, que foi o primeiro polímero 
realmente sintético e produzido em escala comercial. No mesmo ano, 1909, iniciou-
se a fabricação de copos descartáveis. 
Em 1910 iniciou a fabricação de meias femininas de rayon. Em 1936 o PVA já 
era usado em vidros laminados de segurança e, dez anos mais tarde, as lentes de 
acrílico já estavam sendo usadas nas lanternas de veículos. 
Em 1962 as embalagens de vidro usadas para armazenar leite já eram 
substituídas por embalagens de PEAD. Entre os anos 70-80 já eram feitas lentes de 
contatos flexíveis em resinas plásticas. 
Nos anos 90 surgem os primeiros biopolímeros, começa o processo de 
reciclagem em grandes escalas de garrafas de PE e PET e são criadas novas 
técnicas de polimerização. A partir de 2000, a obtenção de resinas a partir do zero é 
considerado algo antiquado, o objetivo maior é a otimização dos materiais já 
existentes. 
Nota-se que o período de ascensão do polímero se deu principalmente no 
período entre guerras, bem como o desenvolvimento de inúmeras tecnologias 
presentes hoje. 
 
Tecnologia Química Polímeros 
5 
 
1.2. Polímeros no Brasil 
Na década de 50 foi registrada a primeira produção de polímeros no território 
nacional, onde se usou matéria prima (estireno), importada por duas empresas: a 
Kopers e Bakol. No final da década, devido a construção da Refinaria Presidente 
Bernardes (Cubatão/SP) e a criação da Petrobras, já havia mais quatro empresas 
do ramo produzindo estireno, PELD e metanol. Com a criação do primeiro 
Pólo Petroquímico, havia duas empresas responsáveis pela produção de PVC e o 
PELD, sendo a BRASIVIL e a Poliolefinas respectivamente. A UNIPAR produzia 
produtos intermediários para a fabricação de nylon e outras fibras sintéticas. Com a 
criação do segundo Pólo Petroquímico (Camaçari), a FISIBA já produzia fibras 
acrílicas. Lembrando que para o desenvolvimento dessas áreas, foi necessário em 
1964 um decreto que ajudou o desenvolvimento da indústria petroquímica. 
O governou viu a necessidade de aumentar a competitividade das indústrias 
nacionais em 1997 e, com isso, criou as ETS (Entidade Tecnológica Setorial), que 
tinha por fim aumentar a produtividade industrial. Em 2000 a Braskem já produzia 
PEAD e construiu uma fábrica em Triunfo (RS) para que a produção pudesse ser 
industrial. 
A terceira geração de indústria petroquímica no Brasil foi desenvolvida 
majoritariamente através de capital privado, que inicialmente produziam objetos de 
baixo valor agregado. A área de pesquisa de polímeros se encontra dentro de 
universidades, mas são bem poucos os vínculos com a indústria produtiva, que usa 
licenciamento de tecnologia de fornecedores estrangeiros. 
O Brasil produziu cerca de 6 milhões de toneladas de plástico no ano de 2013, 
que equivale a cerca de 2% da produção mundial. O consumo de plástico per 
capita da população brasileira, que é de 33,9 Kg/habitante, é relativamente baixa se 
comparada à média mundial, que é de 40 Kg/habitante. 
Atualmente existem cerca de 11 mil micro e pequenas empresas e 700 
empresas de médio e grande porte que estão diretamente ligadas a polímeros, 
sendo que mais de 40% delas se concentram apenas no estado de São Paulo. 
Devido às suas propriedades físicas, os setores de construção civil, alimentos, 
Tecnologia Química Polímeros 
6 
 
bebidas, automóveis e autopeças são os que mais consomem plástico 
transformado. 
O Brasil importou em 2013 mais de 8 milhões em transformados de plásticos, 
enquanto as exportações foram um pouco mais de 3 milhões, sendo Argentina e a 
Holanda os principais destinos de exportação. 
 
Tecnologia Química Polímeros 
7 
 
2. CONCEITUAÇÃO 
 
2.1. O que é um Polímero? 
Os materiais sólidos têm sido convenientemente agrupados em três 
classificações básicas: metais, cerâmicos e polímeros. Esse esquema está baseado 
principalmente na composição química e na estrutura atômica, e a maioria dos 
materiais se encaixa em um ou outro grupamento distinto, embora existam alguns 
materiais intermediários. 
Os polímeros, por sua vez, podem ser inorgânicos ou orgânicos, naturais ou 
sintéticos. Os polímeros que ocorrem naturalmente, aqueles que são derivados de 
plantas e animais, têm sido usados por muitos séculos; esses materiais incluem a 
madeira, a borracha, o algodão, a lã, o couro e a seda. Outros polímeros naturais, 
como as proteínas, as enzimas, os amidos e a celulose, são importantes em 
processos biológicos e fisiológicos, nas plantas e nos animais. 
É interessante notar que essa classe de compostos exerceu e exerce profunda 
influência em nossa civilização desde seus primórdios, uma vez que os compostos 
que regulam nosso metabolismo e código genético são na maioria macromoléculas, 
e os polímeros estão entre os mais antigos materiais trabalhados pelo homem, 
como madeira (celulose) para fabricação de armas e moradias, cereais (amido) para 
alimentação, algodão (celulose) para vestimentas e mais recentemente a borracha. 
Ferramentas modernas de pesquisa científica tornaram possível a determinação 
das estruturas moleculares deste grupo de materiais, bem como o desenvolvimento 
de numerosos polímeros, os quais são sintetizados a partir de moléculas orgânicas 
pequenas. 
 A palavra polímero origina-se do grego poli (muitos) e mero (unidade de 
repetição ou partes). Dessa forma, os polímeros são formados por macromoléculas 
- moléculas orgânicas de elevada massa molecular - composta por muitas (dezenas 
de milhares) unidades de repetição, denominadas meros, ligadas por ligação 
covalente. 
Tecnologia Química Polímeros 
8 
 
A matéria-prima para a produção do polímero é o monômero, isto é, uma 
molécula simples com uma (mono) unidade de repetição. 
Dependendo do tipo do monômero (estrutura química), do número médio de 
meros por cadeia e do tipo de ligação covalente, poderemos dividir os polímeros em 
três grandes classes: Plásticos, Borrachas e Fibras. 
Muitas propriedades físicas são dependentes do comprimento da molécula, 
isto é, sua massa molar. Como polímeros normalmente envolvem uma larga faixa 
de valores de massa molar, é de se esperar grande variação em suas propriedades. 
Os polímeros são formados através de sucessivas reações entre os 
monômeros correspondentes (não necessariamente da mesma espécie química– 
copolímeros), ou através da policondensação (reação entre dois monômeros 
diferentes cujos produtos são o polímero desejado e outro composto – água ou 
amônia, em geral). 
Os sintéticos podem ser obtidos por meio de uma reação química chamada 
polimerização e a substância que lhes dá origem são denominadas monômero. 
Tomemos como exemplo o PVC: o polímero chama-se poli (cloreto de vinila), o 
monômero é o cloreto de vinila e sua fórmula estrutural, como a de todos os 
polímeros, é representada pelo mero entre colchetes. 
Basicamente, os polímeros podem ser classificados de várias maneiras: 
quanto à obtenção, quanto à função química, quanto à resistência mecânica e 
quanto à aplicação tecnológica. 
Primeiramente, quanto à obtenção, os polímeros podem ser naturais ou 
sintéticos. Entre os naturais encontram-se materiais orgânicos, como o amido e a 
borracha, e inorgânicos, como a sílica,o grafite e o abesto. Entre os sintéticos, que 
hoje são em maior número pode ser citado, por exemplo, os polímeros orgânicos, 
como o polietileno, o acrílico e o PVC, e inorgânicos , com aplicações mais restritas 
e específicas, como o poli(oxi-fosfazeno) e o poli(cloreto de fosfonitrila). 
Em seguida, a função química à qual pertence o polímero é praticamente 
igual ao número de funções químicas encontradas na literatura; assim, temos os 
poli-hidrocarbonetos, policarbonatos, poliésteres, etc. 
Tecnologia Química Polímeros 
9 
 
No que se refere à resistência mecânica, os materiais poliméricos, pode ser 
enquadrados como plásticos, fibras, borrachas e resinas. Um mesmo polímero pode 
pertencer a mais de uma classificação, dependendo de como é obtido quimicamente 
ou de como é processado industrialmente. 
2.2. Origem do Polímero 
 
A utilização comercial de um novo produto depende de suas propriedades e 
principalmente de seu custo. O custo de um polímero resulta basicamente de seu 
processo de polimerização e disponibilidade do monômero. Assim, os principais 
fornecedores de matérias-primas para a produção de monômeros (e depois 
polímeros) podem ser divididos em três grupos: 
 
2.2.1. Produtos Naturais 
Este grupo, o primeiro a fornecer ao homem materiais-primas, encontra na 
natureza macromoléculas que, com algumas modificações, se prestam à produção 
de polímeros comerciais. 
A celulose, um carboidrato que está presente em quase todos os vegetais, 
apresenta uma estrutura química constituída por unidades de glicose ligadas por 
átomos de oxigênio, formando uma longa cadeia. 
 
Os três grupos de hidroxilas (OH) formam fortes ligações secundárias entre 
as cadeias, impedindo a fusão da celulose. Para se obter capacidade de fluxo, estes 
grupos devem ser eliminados, ou reduzidos em número, por meio do ataque por 
diversos reagentes, produzindo diferentes derivados da celulose. A reação da 
celulose com o ácido nítrico retira as hidroxilas, substituindo-as por grupos −𝑂 −
𝑁𝑂2, formando o nitrato de celulose. Da mesma forma, obtêm-se acetato de 
celulose e acetato butirato de celulose. O celulóide é um composto de nitrato de 
celulose plastificado com cânfora (por ser muito inflamável, não é mais usado 
comercialmente). 
A borracha natural, encontrada no látex da seringueira (Havea Brasiliensis), 
como uma emulsão de borracha em água. No período entre a metade do século XIX 
até o início do século XX, o Brasil foi o maior produtor e exportador de borracha 
natural, gerando o chamado Ciclo da Borracha na Amazônia (de 1827 a 1915). 
Tecnologia Química Polímeros 
10 
 
Hoje, a produção deixou de ser extrativista e passou a ser encarada e manejada 
como mais um produto do agronegócio, formando novos centros produtores. 
 
2.2.2. Hulha ou Carvão Mineral 
A hulha, ou carvão mineral, quando submetida a uma destilação seca, pode 
produzir: gases de hulha, amônio, alcatrão da hulha e coque (resíduo), nesta ordem 
de saída; Do gás de hulha é possível se separar etileno (para a produção de 
polietileno) e metano (que, por oxidação, produz formaldeído, matéria-prima básica 
para a formação das resinas fenol-formaldeído, uréia-formaldeído e melamina-
formaldeído). A amônia (NH3) é utilizada para a produção de uréia e aminas, como 
agentes de cura para resinas epóxi. O alcatrão da hulha é uma mistura complexa, 
que, por destilação, produz benzeno ( para a produção de fenol, isocianatos e 
estireno). Do coque obtém-se acetileno (via reação com CaO e a seguir com a 
água), que, por hidrogenação, produz etileno ou, por reação com ácido clorídrico, 
produz cloreto de vinila (para a produção do policloreto de vinila, PVC). 
 
Gás de hulha: Etileno Polietileno 
 Metano Formaldeído Resinas Fenólicas 
Amônio: Uréia e aminas Agente de Cura 
Alcatrão: Benzeno Fenol Poliuretano e PS 
Coque: Acetileno Etileno Polietileno 
 Cloreto de Vinila PVC 
 
2.2.3. Petróleo 
De todos os produtos naturais, o petróleo é a fonte mais importante. Por meo da 
destilação fracionada de óleo cru, várias frações podem ser obtidas (GLP, nafta, 
gasolina, querosene, óleo Diesel, graxas, parafinas, óleos lubrificantes e, por fim, 
piche), sendo que a fração de interesse para polímeros é o nafta. Este, após um 
craqueamento térmico apropriado (pirólise a aproximadamente 800ºC e catálise), 
Tecnologia Química Polímeros 
11 
 
gera várias frações gasosas contendo moléculas saturadas e insaturadas. As 
moléculas insaturadas (etileno, propileno, butadieno, buteno, isobutileno, etc.) são 
separadas e aproveitadas para a síntese de polímeros. 
2.3. Tipos de Polímeros 
Os polímeros estão presentes na vida de qualquer pessoa por serem de grande 
utilidade (doméstica ou industrial). Assim, pode-se apontar algumas das suas 
variadas aplicações: 
 Produção de plásticos (poliestireno, PVC, Teflon); 
 Produção de fibras sintéticas (Nylon, Poliéster, Dacron); 
 Restauração de pneus; 
 Isolantes elétricos (borrachas); 
 Termoplásticos (fabricação de CD’s, garrafas PET, brinquedos, peças de 
automóveis); 
Há inúmeras designações de polímeros, por exemplo: 
 
 ABS – Copolímero acrilonitrila/ butadieno/ estireno 
 AES – Copolímero acrilonitrila/ etileno/ estireno 
 ASA – Copolímero acrilonitrila/ etileno/ estireno 
 CPE – Polietileno clorado 
 CR – Policloropreno 
 EAA – Copolímero etileno/ ácido acrílico 
 EPDM – Copolímero etileno/ propileno/ dieno 
 EVA – Copolímero etileno/ acetato de vinila 
 EVOH – Copolímero etileno/ álcool vinílico 
 GRUP – Políéster insaturado reforçado com fibra de vidro 
 HDPE – Polietileno de alta densidade 
 HIS – Polietileno de alta densidade 
 HIPS – Poliestireno de alto impacto 
 PA – Poliamida (náilon) 
 PAN – Poliacrilonitrila 
 PB – Polibutadieno 
Tecnologia Química Polímeros 
12 
 
 PBT – Poli(tereftalato de butila) 
 PC – Policarbonato 
 PDMS – Polidimetilsiloxano 
 PE – Polietileno 
 PEEK – Poli(éter-éter´cetona) 
 PEI – Poli(éter-imina) 
 PEN – Poli(naftalato de etileno) 
 PEO – Poli(óxido de etileno) 
 PET – Poli(tereftalato de etileno) 
 PHB – Poli(hidroxibutirato) 
 PI – Poliimida 
 PMMA – Poli(metacrilato de metila) 
 POM – Poli(óxido de metileno) 
 PP – Polipropileno 
 PPO – Poli(óxido de propileno) 
 PPS – Poli(sulfeto de fenileno) 
 PS – Poliestireno 
 PTFE – Poli(tetrafluoroetileno) 
 PU – Poliuretano 
 PVAc – Poli(acetato de vinila) 
 PVC – Poli(cloreto de vinila) 
 PVDC – Poli(dicloreto de vinildeno) 
 PVF – Poli(fluoreto de vinila) 
 SAN – Copolímero estireno/acrilonitrila 
 SBR – Borracha sintética de estireno/ butadieno 
 sPP – Polipropileno sindotático 
 sPS – Poliestireno sindiotático 
 TPU – Poliuretano termoplástico 
 
 
 
Tecnologia Química Polímeros 
13 
 
2.4. Reações de Formação de Polímeros 
A síntese dos polímeros com grandes pesos moleculares é chamada de 
polimerização; este é simplesmente o processo segundo o qual as unidades 
monoméricas se unem umas às outras para gerar cada uma das moléculas 
gigantes constituintes. Polimerização é a reação ou o conjunto de reações nos 
quais moléculas simples reagem entre si formando uma macromolécula de alta 
massa molar. Durante esse processo, algumas variáveis são mais ou menos 
importantes, dependendo da influênciana qualidade do polímero formado. Assim, 
temperatura de reação, pressão, tempo, presença e tipo de iniciador e agitação 
são considerados variáveis primárias, e a presença, o tipo de inibidor, de 
retardador, catalisador, controlador de massa molar, da quantidade de reagentes 
e demais agentes específicos, são considerados variáveis secundárias. 
Durante a reação para obter compostos de baixa massa molar, mudanças nas 
variáveis primárias não afetam o tipo de produto final, apenas alteram o 
rendimento da reação. Em contraste, mudanças nestas mesmas variáveis 
primárias durante a polimerização não só afetam o rendimento da reação como 
também podem produzir alterações de massa molar média, distribuição de massa 
molar e estrutura química. 
Estas reações podem ser classificadas como reações de polimerização de 
condensação ou de adição. 
 
2.4.1. Polímeros de Condensação 
 
Polímeros de condensação são aqueles formados pela eliminação de uma 
molécula menor, normalmente de água. 
Dentre os principais copolímeros existentes atualmente, destacam-se o 
Poli(tereftalato de etileno) – PET, utilizado para garrafas de bebida, óleos 
vegetais, produtos de limpeza e o Policarbonato – PC, que é utilizado para 
fabricação dos CD’s, garrafas retornáveis, entre outros. 
Tecnologia Química Polímeros 
14 
 
 
Figura 1 - Reação de Formação de Nylon 6,6 a partir de Hexametilenodamina e Ácido Adípico 
2.4.2. Polímeros de Adição 
 
A polimerização por adição (algumas vezes chamada de polimerização por 
reação em cadeia) é um processo segundo o qual unidades monoméricas 
bifuncionais são fixadas, uma de cada vez, conforme uma cadeia, para formar 
uma macromolécula linear; a composição da molécula resultante é um múltiplo 
exato do monômero reagente original. 
Três estágios distintos – iniciação, propagação e terminação – estão 
envolvidos na polimerização por adição. Durante a etapa de iniciação, um centro 
ativo capaz de propagação é formado através de uma reação entre uma espécie 
iniciadora (ou catalisadora) e uma unidade monomérica produzidos pela junção 
simples de pequenas moléculas que possuem ligação dupla. Estas ligações 
duplas quebram-se, possibilitando uma arrumação que possibilita a união destas 
unidades. 
A principal matéria-prima utilizada para produção destes polímeros são os 
alcenos, devido a sua insaturação (ligações do tipo 𝜋). Neste processo, ocorre a 
quebra destas ligações para união dos monômeros, que pode ser superior a 
100.000, formando, com isso, moléculas enormes. 
 
Figura 2 - Reação de Adição 
Tecnologia Química Polímeros 
15 
 
 
 
Figura 3 - Reações de Polimerização e seus Produtos 
 
Tecnologia Química Polímeros 
16 
 
2.4.3. Vulcanização 
 O processo de formações de ligações cruzadas em elastômeros se denomina 
vulcanização. Tal processo consiste em uma reação química irreversível, conduzida 
normalmente em temperaturas elevadas. Na grande maioria dos casos, a reação de 
vulcanização conta com o a união de compostos a base de enxofre que são 
adicionados ao elastômero aquecido. Cadeias de átomos de enxofre se ligam a 
cadeia polimérica adjacente, formando ligações cruzadas entre elas. 
 
Figura 4 - Reação de Vulcanização 
 
2.5. Nomenclatura Usual x IUPAC 
Segundo a IUPAC (União Internacional de Química Pura e Aplicada), os polímeros 
devem ser nomeados utilizando o prefixo “poli”, seguido da unidade estrutural que define ao 
polímero, escrita entre parênteses. Por exemplo: Poli(1,4-fenil etileno). 
As normas da IPUC são geralmente usadas para nomear os polímeros de estruturas 
complexas, uma vez que permite identificá-los sem produzir ambiguidades nas bases de 
dados de artigos científicos. Porém, não costumam ser usadas para polímeros de estrutura 
mais simples e de uso comum, isso porque esses polímeros foram inventados antes que se 
publicassem as primeiras normas da IUPAC, em 1952, e por isso seus nomes tradicionais já 
haviam sido popularizados. 
Na prática, os polímeros de uso comum costumam ser denominados das seguintes 
maneiras: 
 Prefixo poli- seguindo do monômero de onde se obtém o polímero. Exemplo: 
Polietileno em vez de “poli(metileno)”. 
Tecnologia Química Polímeros 
17 
 
 Para copolímeros, costumam-se listar simplesmente os monômeros que os formam, 
precedidos da palavra “goma”, se é um elastômero, ou “resina”, se é um plástico. 
Exemplos: acrilonitrilobutadieno estireno; goma estireno-butadieno; resina fenol-
formaldeìdo. 
 É frequente também o uso indevido de marcas comerciais como sinônimos de 
polímeros.Exemplos: Nylon para poliamida, Teflon para politetrafluoeretileno, 
Neopreno para policloropreno, Isopor para poliestireno. 
 
Outros exemplos: 
 
Policaprolactama (IUPAC) X Nylon 6 (Usual) 
 
Figura 5 - Fórmula de Policaprolactama 
 
Poli-hexametileno tereftalamida (IUPAC) X Poliftalamida (Usual) 
 
Figura 6 - Fórmula do Poli-hexametileno tereftalamida 
 
 
 
 
Tecnologia Química Polímeros 
18 
 
2.6. Especificação de Polímeros Cotidianos 
2.6.1. Polietileno 
O polietileno (ou polieteno, de acordo com a denominação oficial da IUPAC) é o 
conjunto de polímeros (plásticos) termoplásticos, cuja principal característica é 
poder ser fundido várias vezes. É quimicamente o polímero mais simples, sendo um 
dos plásticos mais utilizados e vendidos no mundo ao longo de várias indústrias, 
segmentos e aplicações. Isso ocorre principalmente pela grande versatilidade desse 
material que pode ser quase transparente ou translúcido, rígido ou flexível, natural 
ou pigmentado. É facilmente processado, não-tóxico, não-higroscópio, etc. Outro 
fator fundamental para o seu elevado consumo é o seu preço bastante reduzido. 
Devido à sua alta produção mundial, é também o mais barato, sendo um dos tipos 
de plástico mais comum. 
É quimicamente inerte. Obtém-se pela polimerização do etileno (de fórmula 
química 𝐶𝐻2 = 𝐶𝐻2 e chamado de eteno pela IUPAC), de que deriva seu nome. O 
polietileno é uma longa cadeia repetida por etenos, ou seja, sua fórmula é ( 𝐶𝐻2 =
𝐶𝐻2 )𝑛 , onde n normalmente é superior a 10.000. Ou seja, uma molécula de 
polietileno é constituída da repetição de 10.000 ou mais unidades de etileno. 
O polietileno foi sintetizado pela primeira vez pelo químico alemão Hans Von 
Pechmann, que, acidentalmente, o preparou em 1898 enquanto aquecia 
diazometano. Quando seus colegas EugenBamberger e Friedrich Tschirner 
caracterizaram a substância gasosa e branca criada, descobriram grandes cadeias 
compostas por − 𝐶𝐻2 − e o denominaram "polietileno". E apenas em 1933 o 
polietileno foi sintetizado da maneira a qual se conhece atualmente. Essa 
experiência só foi possível devido à pressão de cerca de 1400 bar e uma 
temperatura de 170 °C, onde foi obtido o material de alta viscosidade e cor 
esbranquiçada que caracterizara-se por uma substância gasosa e branca criada; 
descobriram grandes cadeias compostas por − 𝐶𝐻2 − e o denominaram 
"polietileno". 
2.6.1.1. Principais propriedades: 
Baixo custo; Elevada resistência química e a solventes, exemplo, ótima resistência à 
corrosão; Baixo coeficiente de atrito; Macio e flexível; Fácil processamento; 
Tecnologia Química Polímeros 
19 
 
Excelentes propriedades isolantes; Baixa permeabilidade à água; Atóxico; Inodoro; 
Alta ductilidade e durabilidade. 
2.6.1.2. Classificação dos Polietilenos 
A classificação dos polietilenos pode ser feita, basicamente, em Polietileno de 
Baixa Densidade, Polietileno de Baixa Densidade Linear; Polietileno de Alta 
densidade; Polietileno de Ultra Alto Peso Molecular. 
Polietileno de Baixa Densidade (PEBD): 0,910-0,925 g/cm3.Apresenta 
moléculas com alto grau de ramificação. É a versão mais leve e flexível do PE. É 
utilizado basicamente em filmes, laminados, recipientes, embalagens, brinquedos, 
isolamento de fios elétricos, etc. As principais características são: Atóxico; Flexível; 
Leve; Transparente; Inerte (ao conteúdo); Impermeável; Pouca estabilidade 
dimensional, mas com processamento fácil; Baixo custo. 
Polietileno de Baixa Densidade Linear (PEBDL): 0,918-0,940 g/cm3. Apresenta 
menor incidência de ramificações, as quais se apresentam de forma mais regular e 
são mais curtas que no PEBD. Suas propriedades mecânicas são ligeiramente 
superiores ao PEBD em termos de resistência mecânica. Seu custo de fabricação é 
menor. Sua flexibilidade e resistência ao impacto recomenda sua aplicação para 
embalagens de alimentos, bolsas de gelo, utensílios domésticos, canos e tubos. 
Polietileno de Alta Densidade (PEAD): 0,935 - 0,960 g/cm3. Apresenta estrutura 
praticamente isenta de ramificações. É um plástico rígido, resistente à tração, com 
moderada resistência ao impacto. Utilizado em recipientes, garrafas, filmes, 
brinquedos, materiais hospitalares, tubos para distribuição de água e gás, tanques 
de combustível automotivos, etc. Principais propriedades: Resistente a altas 
temperaturas; Alta resistência à tensão; compressão; tração; Baixa densidade em 
comparação com metais e outros materiais; Impermeável; Inerte (ao conteúdo), 
baixa reatividade; Atóxico Pouca estabilidade dimensional. 
Polietileno de Ultra Alto Peso Molecular (PEUAPM): G.P. da ordem de 3.000.000 
a 6.000.000. Alta inércia química, alta resistência à abrasão e ao impacto, baixo 
coeficiente de atrito, alta maciez. Praticamente infusível, processado com grande 
dificuldade, geralmente através de sinterização. Aplicações: engrenagens, 
Tecnologia Química Polímeros 
20 
 
componentes para bombas de líquidos corrosivos, implantes de ossos artificiais, 
isolamento de fios e cabos, mancais, revestimentos de pistas, trilhos-guias, etc. O 
Brasil ainda não produz este tipo de plástico. 
2.6.1.3. Processamento do Polietileno 
O polietileno é usado para diferentes tipos de produtos finais, e para cada um 
deles são utilizados processos diferentes. Entre os mais comuns, estão: 
 Extrusão: Película, cabos, fios, tubulações; 
 Moldagem por injeção: Partes em terceira dimensão com formas 
complexas; 
 Injeção e sopro: Garrafas de tamanhos diferentes; 
 Extrusão e sopro: Bolsas ou tubos de calibre fino; 
 Extrusão e sopro de corpos ocos: Garrafas de tamanhos diferentes; 
 Rotomoldagem: Depósitos e formas ocas de grandes dimensões. 
 
2.6.1.4. Aplicações típicas de Polietileno 
Algumas das aplicações do uso do Polietileno são: 
 Sacos; 
 Mangas retráteis; 
 Filmes industriais; 
 Embalagem; 
 Tampas; 
 Caixotes; 
 Tubagem para aquecimento de pavimentos; 
 Tanques de combustível; 
 Tubos para cosméticos. 
 
2.6.2. Polímeros ABS 
O ABS é um copolímero derivado dos três monômeros: acrilonitrila, butadieno 
e estireno. 
Tecnologia Química Polímeros 
21 
 
Acrilonitrila: resistência térmica e química 
Butadieno: Resistência ao impacto e alongamento 
Estireno: Brilho, moldabilidade e rigidez 
Estes materiais foram desenvolvidos primeiramente nos Estados Unidos em 
1948. As primeiras formulações se fabricavam através da mescla mecânica dos 
ingredientes secos, depois se misturava com um látex de um caucho baseado em 
butadieno e a resina de um copolímero acrilonitrilo – estireno (SAN), por este 
processo porém havia deficiência como baixa capacidade de processamento e falta 
de homogeneidade . 
 Para melhorar suas propriedades o processo foi sendo modificado, o melhor 
processo constituiu em polimerizar acrilonitrilo – estireno em presença de caucho 
2.6.2.1. Propriedades Físicas 
 
 Ponto de fusão de 105°C, 
 Alta resistência à abrasão, 
 Em geral são impermeáveis em água e permeáveis em vapor; 
 Possui estabilidade dimensional e a sua resistência a fluidos frios Melhora 
sua estabilidade dimensional; 
 Possui características mecânicas similares aos dos metais não ferrosos 
 Tem facilidade de serem serrados, torneados, furados, fresados e 
estampados; 
 Podem ser metalizados e eletros – depositados; 
 Resiste a carga cíclica de até 0,7Kg/mm²; 
 
 
Tecnologia Química Polímeros 
22 
 
2.6.2.2. Propriedades químicas 
 
 Insolúvel em água; 
 Insolúvel em etanol e óleos minerais; 
 A maioria dos plásticos ABS não é tóxica; 
 Apesar de não inflamáveis mantém a combustão; 
 Baixa capacidade de absorção de resina; 
 Unem-se facilmente entre si e com outros materiais plásticos de outros 
grupos através de adesivos; 
 Em exposição prolongada ao sol, produz uma película superficial 
quebradiça causando uma mudança de cor do material e reduzindo o 
brilho da superfície e reduzindo a resistência a flexão; 
 Podem ser submetidos a processo de galvanoplastia; 
 
Figura 7 - Fórmula Química dos Monômeros de ABS 
 
2.6.2.3. Produção 
 Os materiais ABS são geralmente fornecidos na forma de grânulos e numa 
grande variedade de cores opacas 
 As proporções desta composição podem variar de 15% a 35% de acrilonitrila 
e 40% a 60% de estireno, com 5% a 30% de butadieno. 
 O resultado é uma longa cadeia de polibutadieno interligada por cadeias 
curtas de acrilonitrila com estireno, poli(estireno-co-acrinolitrila). 
 Os grupos de nitrilas das cadeias vizinhas, por serem polares, atraem-se uns 
aos outros ligando as cadeias 
Tecnologia Química Polímeros 
23 
 
 As resinas ABS podem ser encontradas em tipos adequados para moldagens 
por injeção, extrusão, por sopro, expansível e para conformações a quente 
 As resinas ABS podem ser conformadas a frio, em prensas de estampagem 
de alta velocidade 
 Podem ser extrudados , moldados, soprados e prensados 
 São produzidos em diversas cores através de pigmentos obtendo-se partes 
lustrosas de acabamento fino 
 
2.6.2.4. Custos de produção 
A produção de 1 kg de ABS requer o equivalente a cerca de 2 kg 
de petróleo para as matérias-primas e energia gasta na produção do plástico; Uma 
das vantagens deste plástico é que se permite à reciclagem. 
2.6.2.5. Aplicações típicas do ABS 
 Gerais: brinquedos, bens de consumo, telefones, capacetes de segurança. 
 Automóvel: painéis interiores, pilares, assentos, painéis de instrumentos, 
carcaças para espelhos. 
 Aparelhos: carcaças para aparelhos de cozinha, aspiradores. 
 Extrusão: lâminas, bases de duche, coberturas para tratores, orlas para 
mobiliário, interiores para frigoríficos, bagagens. 
 
Tecnologia Química Polímeros 
24 
 
3. POLÍMERO x METAL 
Os polímeros dividem espaço com os materiais metálicos em diversas esferas 
industriais, funcionalidades cotidianas, áreas de inovações científicas, etc. No 
entanto, ambos não podem ser diretamente equiparados devidos as suas diferenças 
estruturais, propriedades e funcionalidades. 
3.1. Diferenças Estruturais 
A organização espacial entre os dois materiais podem apresentar pequenas 
semelhanças quando se trata de cristalinidade, mas na maioria das vezes haverá 
divergência. Enquanto para o metal há uma grande homogeneidade estrutural, para 
o polímero há grande distorção na sua estrutura devido a suas forças 
intermoleculares. 
3.1.1. Estrutura Polimérica 
As moléculas nos polímeros apresentam uma dimensão muito superior às 
moléculas dos hidrocarbonetos estudados até então. Devido a isso, as moléculas 
poliméricas também são referenciadas como macromoléculas. Na região 
intermolecular os átomos ligam-se uns aos outros por meiode ligações covalentes, 
sendo que, quando tais ligações são efetuadas apenas por carbonos saturados, 
pode-se ter a seguinte representação: 
 
Figura 8 - Estrutura Padrão de um Homopolímero Linear 
As macromoléculas poliméricas apresentam uma repetitividade sucessiva ao 
longo da cadeia. No entanto elas derivam de uma unidade básica nomeada 
Monômero, a partir da qual o restante da cadeia é sintetizada. 
Pode-se afirmar que macromoléculas polímeros estão diretamente associadas 
às suas respectivas massas molares. Isso se deve ao fato de que no processo de 
Tecnologia Química Polímeros 
25 
 
síntese polimérica as cadeias não atingem o mesmo comprimento. Logo, a 
mensuração da massa molar também se dá por meio das propriedades específicas 
do material em questão. 
A massa molar pode interferir em diversos aspectos comportamentais do 
polímero, tais qual a temperatura de fusão, módulo de elasticidade, resistência, etc. 
No entanto, esta não é a única variável que pode implicar nas modificações de suas 
propriedades, mas também a sua estrutura molecular. 
3.1.1.1. Polímeros Lineares 
Como a própria designação já determina, os polímeros lineares são compostos 
basicamente de um alinhamento entre suas estruturas monoméricas, as quais se 
ligam linearmente entre uma extremidade a outra. Como conseqüência, a 
flexibilidade desta estrutura pode ser comparada analogamente a massa de um 
espaguete. 
Há nesta organização um predomínio das ligações de Van der Waals e Pontes 
de Hidrogênio e, como representante desta categoria estrutural, tem-se o polietileno, 
o náilon, o poliestireno e os fluorcarbonos. 
 
Figura 9 - Estrutura Linear 
3.1.1.2. Polímeros Ramificados 
As ramificações existentes neste tipo de estrutura situam-se nas laterais das 
cadeias principais. As ramificações, consideradas partes integrantes da molécula da 
cadeia principal, podem resultar de reações paralelas que ocorrem durante a 
Tecnologia Química Polímeros 
26 
 
polimerização e acarretam, conseqüentemente, na diminuição da massa específica 
do polímero. No entanto, os próprios polímeros até então lineares, estão sujeitos a 
tornarem-se ramificados. O polietileno, por exemplo, pode ser de alta densidade 
enquanto estrutura linear, bem como de baixa densidade na qualidade de estrutura 
ramificada. 
 
Figura 10 - Polímero Ramificado 
3.1.1.3. Polímeros com Ligações Cruzadas 
Diferentemente das demais estruturas, os polímeros com ligações cruzadas se 
estabelecem a partir da união de suas cadeias lineares adjacentes por meio de 
ligações covalentes. Este processo é originado a partir de uma polimerização ou 
reação química irreversível. Tal estrutura deve-se a ligação covalente estabelecida 
entre alguns átomos ou moléculas adicionais na cadeia. Os principais 
representantes desse grupo são as borrachas. 
 
Figura 11 - Polímero Ramificado 
Tecnologia Química Polímeros 
27 
 
3.1.1.4. Polímeros em Rede 
Os monômeros multifuncionais cuja estrutura é espacial, ou seja, contém mais 
de três ligações covalentes ativas na tridimensionalidade do espaço, são 
denominados polímeros em rede. Este caso também pode ser expandido para os 
polímeros que realizam inúmeras ligações cruzadas. Esta estrutura confere ao 
polímero propriedades mecânicas e térmicas distintas, tais como os epóxis, 
poliuretanos e fenol-formaldeído. 
No entanto, os polímeros não apresentam unicamente um tipo de estrutura, eles 
podem conter uma predominância de determinado arranjo molecular e uma 
quantidade limitada de outras estruturas. 
 
Figura 12 - Polímero em Rede 
3.1.2. Estrutura Metálica 
Ao analisar a estrutura dos materiais metálicos e poliméricos é possível notar, na 
maioria das vezes, muita diferença. Uma análise inicial pode ser realizada a respeito 
da cristalinidade do material. 
Configura-se um material cristalino como aquele cujas organizações atômicas se 
repetem sucessivamente ao longo da estrutura. A repetitividade da estrutura está 
presente, inclusive, na tridimensionalidade do espaço. Enquanto há a solidificação 
de um determinado material cristalino, é possível notar que os átomos vão se 
arranjando em um padrão repetitivo no espaço. Isso, no entanto, não é uma 
Tecnologia Química Polímeros 
28 
 
exclusividade dos metais, pois há determinados materiais cerâmicos que 
apresentam essa característica e, inclusive, alguns materiais poliméricos. 
Nos materiais metálicos é possível notar uma cristalinidade bem definida sendo 
que há, inclusive, um padrão pré-estabelecido para os sete principais sistemas 
cristalinos. 
 
Figura 13 - Principais Sistemas Cristalinos 
Tecnologia Química Polímeros 
29 
 
O conceito de cristalinidade para os polímeros difere dos metálicos, pois não se 
trata mais de uma análise organizacional sobre átomos ou íons, mas sim moléculas. 
Logo, há uma maior complexidade para o estudo do arranjo molecular dos 
polímeros. 
 Cristalinidade do polímero é definida a partir do empacotamento das cadeias 
moleculares para produzir um arranjo ordenado. Logo, é possível descrevê-las com 
base em células unitárias cuja complexidade é mais elevada se comparada aos 
metais. 
Diante a complexidade estrutural de um polímero, a cristalinidade não se 
estende ao longo de toda a cadeia, apresentando uma continuidade parcial que fica 
dispersa na região amorfa. O caráter amorfo de uma estrutura polimérica pode ser 
desencadeada devido a complexidade de sua estrutura, haja vista que há torções, 
contorções e enovelamentos de sua cadeias, impedindo a ordenação das estruturas 
formadoras do polímero. 
A cristalinidade de um polímero pode variar desde completamente amorfo até 
95% cristalino. O grau de cristalinidade varia de acordo com a química das 
moléculas, bem como o a configuração da cadeia. As estruturas lineares 
conseguem atingir um maior grau de cristalinidade que as demais estruturas, haja 
vista que, por apresentarem uma linearidade estrutural, é mais fácil garantir o 
alinhamento da cadeia após a cristalização. Quaisquer ramificações podem 
comprometer a cristalinidade. Logo, polímeros com ligações cruzadas e de rede são 
majoritariamente amorfos, pois as ligações cruzadas impedem que haja um arranjo 
molecular uniforme. 
 
3.2. Corrosão x Degradação 
 
O processo de corrosão que ocorre nos metais envolve conceitos 
eletroquímicos, haja vista que a reação química representante deste fenômeno é a 
oxidação, na qual há alteração no NOX do átomo em questão. A perda de massa é 
uma conseqüência do processo corrosivo. 
De forma análoga aos metais, é possível afirmar que o polímero também 
interage com o meio no qual está situado. No entanto, a melhor designação para 
Tecnologia Química Polímeros 
30 
 
esse processo é degradação, pois o polímero sofre reações físico-químicas, tais 
quais inchamentos e dissoluções, rupturas de ligação, efeitos térmicos e sofrem 
intemperismo. 
 
3.2.1. Inchamento e Dissolução 
 
O inchamento é um processo que decorre da difusão de um líquido ou soluto 
no interior do polímero; logo, há espaçamento intermolecular criando uma expansão 
do polímero. Como conseqüência deste distanciamento, há o enfraquecimento das 
ligações intermoleculares, haja vista que força e distância são inversamente 
proporcionais. Quanto às propriedades mecânicas, é possível afirmar que o 
inchamento pode ocasionar na diminuição de sua resistência e aumento de sua 
ductilidade. 
 
3.2.2. Ruptura de Ligações 
 
Os polímeros podem sofrer degradação mediante o processo de cisão, no 
qual há quebra das ligações moleculares. Isso causa uma separação da cadeia 
exatamente no ponto de cisão,ocasionando diminuição da massa molar e, como 
conseqüência, alteração nas propriedades físicas, químicas e mecânicas dos 
polímeros. 
 
3.2.2.1. Efeitos da Radiação 
 
Determinados tipos de radiações, como os feixes de elétrons, raios X, raios β, 
raios γ e radiação ultravioleta (UV) podem reagir com os átomos formadores dos 
polímeros, assim como com seus íons. A ionização é um exemplo deste processo, 
pois há a incidência de um raio responsável pela remoção de um elétron de um 
átomo em específico. Como conseqüência, há rearranjo da estrutura polimérica, 
sendo tal uma cisão ou a criação de uma ligação cruzada no local. A exposição 
prolongada de radiação sobre o polímero pode fazê-lo perder suas propriedades 
físico-químicas e mecânicas. 
No entanto, há a radiação proposital em determinados polímeros justamente 
para que haja um rearranjo molecular que propicie melhores propriedades 
Tecnologia Química Polímeros 
31 
 
mecânicas e reação contra degradação. Como exemplo, há o polietileno, que sofre 
radiações γ para que haja a formação de ligações cruzadas em sua estrutura para 
aumentar a sua resistência ao amolecimento e ao escoamento em temperaturas 
elevadas. 
 
3.2.2.2. Efeito das Reações Químicas 
 
As reações de cisão, quebra das macromoléculas, podem ser induzidas por 
reações químicas. Elementos causadores dessa ruptura são o O2, O3, entre outros. 
A reação ocorre principalmente em elastômeros que possuem ligações insaturadas 
entre carbonos nas cadeias principais e estão expostas ao ozônio (O3). A reação 
segue conforme a representação abaixo: 
 
 
Figura 14 - Reação de Degradação pelo O3 
 
Nota-se que há a cisão exatamente onde ocorre a insaturação. No caso das 
borrachas, se elas não apresentam regiões de tensões de tração, formar-se-á um 
filme sobre a estrutura que irá proteger o volume do polímero de quaisquer outras 
reações paralelas. Contudo, caso haja tensões sobre esses materiais, há o 
aparecimentos de trincas e frestas que crescem em uma orientação perpendicular à 
aplicação da tensão, o que pode acarretar na ruptura do material. Este motivo que 
justifica o aparecimento de trincas nos pneus de borracha de bicicletas. 
 
Tecnologia Química Polímeros 
32 
 
3.2.2.3. Efeitos Térmicos 
 
A degradação polimérica corresponde à cisão de cadeias moleculares diante a 
elevação de temperatura e, como conseqüência, alguns polímeros sofrem reações 
químicas em que são produzidos gases. Tais reações ocasionam na diminuição da 
massa molar do polímero e conseqüentemente interferirá nas propriedades desses 
materiais. A estabilidade térmica de um polímero é conferida a partir da magnitude 
de suas ligações químicas intermoleculares. Logo, os fluorcarbonos possuem maior 
estabilidade térmica que os hidrocarbonetos, pois há maior diferença de 
eletronegatividade entre os átomos de suas moléculas, o que propicia uma maior 
força de atração. 
 
3.2.3. Intemperismo 
 
O intemperismo abrange as diversas formas de interação do polímero com o 
meio externo que possam vir a provocar a deterioração do material. A resistência ao 
intemperismo entre os polímeros é bastante diversa. Os fluorcarbonos, por exemplo, 
são praticamente inertes sob essas condições, porém alguns materiais como o 
cloreto de polivinila são suscetíveis ao intemperismo. 
 
3.3. Propriedades Elétricas 
 
Ao estudar a forma como os materiais se comportam diante ao campo elétrico, é 
possível notar que há uma grande discrepância entre a forma como metais e 
polímeros interagem com a eletricidade. É praticamente intuitivo acreditar que 
metais conduzem mais corrente elétrica que polímeros, mas há uma justificativa 
para isso: interações químicas. 
Os metais, devido à existência da nuvem de elétrons proveniente das ligações 
metálicas, possuem elétrons de valência com grande liberdade de movimento, o que 
propicia o estado de condução elétrica. De outro lado encontram-se os polímeros, 
cuja ligação covalente intermolecular não propicia a criação de uma nuvem de 
elétrons e, por conseguinte, grande número de elétrons livres capazes de realizar a 
condução eletrônica. 
Tecnologia Química Polímeros 
33 
 
Material Condutividade Elétrica [(Ω-m)-1] 
M
e
ta
is
 
Prata 6,8 x 107 
Cobre 6,0 x 107 
Ouro 4,3 x 107 
Alumínio 3,8 x 107 
Ferro 1,0 x 107 
Platina 0,94 x 107 
P
o
lí
m
e
ro
s
 Fenol-formaldeído 10
-9 – 10-10 
Poli (metil metacrlato) < 10-12 
Náilon 6,6 10 -12 – 10-13 
Poliestireno < 10-14 
Polietileno 10-15 – 10-17 
Politetrafluoretiuleno < 10-17 
Tabela 1 - Tabela comparativa de Condutividades Elétricas Típicas à Temperatura Ambiente entre Metais 
e Polímeros 
Há, no entanto uma classe polimérica intitulada polímeros condutores, que 
chega a apresentar condutividade elétrica próxima de 1,5 x 107 (Ω-m)-1, o que 
corresponde a aproximadamente a um quarto da condutividade do cobre. Mais a 
frente esta categoria polimérica será mais bem abordada. 
 
Tecnologia Química Polímeros 
34 
 
3.4. Propriedades Mecânicas 
As propriedades mecânicas dos materiais definem o comportamento 
do material quando sujeito a cargas externas, a capacidade de resistir ou transmitir 
esses esforços sem se fraturar ou deformar de forma incontrolada. 
Por exemplo, na área da Engenharia Mecânica vemos que um cabo de aço está 
sujeito a esforços normais (tração ou compressão) que incidem em sua extensão e 
seus apoios, ou uma barra de aço submetida a uma força vertical que tende a fletir o 
material. Portanto existe a necessidade do conhecimento das propriedades de um 
material, e a seleção correta dos mesmos para os fins industriais ao qual se 
destinam. Todos os materiais, ou estrutura, estão sujeitos a algum tipo de esforço, 
sejam eles: tração, compressão, cisalhamento, flexão e torção. 
3.4.1. Deformação Elástica 
O grau com o qual um determinado material se alonga ou se deforma depende 
da magnitude da tensão que lhe é impressa. A deformação elástica está 
relacionada à Lei de Hook, uma vez que o módulo de elasticidade E corresponde a 
constante de proporcionalidade da fórmula 𝜎 = 𝐸𝜖, que representa a tensão em 
função da deformação. 
Material Módulo de Elasticidade (GPa) 
M
e
ta
is
 
Aço 207 
Titânio 107 
Tungstênio 407 
Alumínio 69 
Magnésio 45 
Cobre 110 
P
o
lí
m
e
ro
s
 
PVC (Cloreto de Polivinila) 2,41 – 4,14 
PMMA - Poli (metil metacrlato) 2,24 – 3,24 
PC (Policarbonato) 2,38 
PS (Poliestireno) 2,28 – 3,28 
HDPE (Polietileno de Alta Densidade) 1,08 
PTFE (Politetrafluoretiuleno) 0,40 – 0,55 
Tabela 2 - Tabela comparativa de Módulo de Elasticidade à Temperatura Ambiente entre Metais e 
Polímeros 
Tecnologia Química Polímeros 
35 
 
Devido à relação de proporcionalidade conferida pela Lei de Hook, pode-se 
inferir que é necessária menor tensão para que haja deformação dos polímeros que 
para os materiais metálicos. 
3.4.2. Limite de Escoamento 
Define-se limite de escoamento, basicamente, como o ponto em que a 
deformação elástica torna-se plástica. A deformação elástica é aquela em que, uma 
vez deformado, o material volta para o seu formato ou estrutura de início; o que 
difere da deformação plástica pois, quando deformado acima do limite de 
escoamento, o material não volta mais para o formato original. 
 Material Limite de Escoamento (MPa) 
M
e
ta
is
 
Titânio 450 
Cobre 69 
Molibdênio 565 
Alumínio 35 
Ferro 130 
Níquel 138 
P
o
lí
m
e
ro
s
 
PVC (Cloreto de Polivinila) 40,7 – 44,8 
PMMA - Poli (metil metacrlato) 53,8 – 73,1 
PC (Policarbonato) 62,1 
PEEK (Poliéter-éter-cetona)91,0 
HDPE (Polietileno de Alta Densidade) 26,2 – 33,1 
PP (Polipropileno) 31,0 – 37,2 
Tabela 3 - Tabela comparativa de Limite de Escoamento à Temperatura Ambiente entre Metais e 
Polímeros 
3.4.3. Limite de Resistência a Tração 
Uma vez ultrapassado o limite de escoamento, a tensão necessária para 
continuar a deformar plasticamente um determinado material chega a um valor 
máximo. Ultrapassado o valor máximo, a tensão diminui até a posterior ruptura do 
material. Uma característica visual deste processo é o “empescoçamento”. 
Até atingir a tensão máxima, a deformação é uniforme. No entanto, quando 
ultrapassado tal tensão, inicia-se um processo de empescoçamento e toda a 
deformação subseqüente fica confinada apenas à esta região até ocorrer a ruptura. 
 
Tecnologia Química Polímeros 
36 
 
Material Limite de Resistência à 
Tração (MPa) 
M
e
ta
is
 
Titânio 520 
Cobre 200 
Molibdênio 655 
Alumínio 90 
Ferro 262 
Níquel 480 
P
o
lí
m
e
ro
s
 
PVC (Cloreto de Polivinila) 40,7 – 51,7 
PMMA - Poli (metil metacrlato) 48,3 – 72,4 
PC (Policarbonato) 62,8 – 72,4 
PEEK (Poliéter-éter-cetona) 70,3 – 103,0 
HDPE (Polietileno de Alta Densidade) 22,1 – 31,0 
PP (Polipropileno) 31,0 – 41,4 
Tabela 4 - Tabela comparativa de Limite de Resistência à Tração à Temperatura Ambiente entre Metais e 
Polímeros 
3.4.4. Ductilidade 
Outra propriedade mecânica importante, a ductilidade mensura o grau da 
deformação plástica até o momento da fratura. Quando a deformação plástica é 
muito pequena ou até inexistente, tem-se um material frágil. A ductilidade pode 
também ser representada pelo aumento percentual de comprimento ou pela 
redução percentual na área. 
Material Ductilidade (% Alongamento) 
M
e
ta
is
 
Titânio 25 
Cobre 45 
Molibdênio 35 
Alumínio 40 
Ferro 45 
Níquel 40 
P
o
lí
m
e
ro
s
 
PVC (Cloreto de Polivinila) 40 - 80 
PMMA - Poli (metil metacrlato) 2,0 – 5,5 
PC (Policarbonato) 110 - 150 
PEEK (Poliéter-éter-cetona) 30 - 150 
HDPE (Polietileno de Alta Densidade) 10 - 1200 
PP (Polipropileno) 100 - 600 
Tabela 5 - Tabela comparativa de Ductilidade à Temperatura Ambiente entre Metais e Polímeros 
 
Tecnologia Química Polímeros 
37 
 
3.5. Vantagens e Desvantagens 
Para peças técnicas em muitos casos, a substituição de metais por plásticos não 
é só possível, como possibilita vantagens devido às suas propriedades e custo. 
Logo, a seleção do material tem que ser feita de forma criteriosa de forma que 
atenda às necessidades de uma determinada aplicação. 
3.5.1. Vantagens Relativas 
Em determinadas situações, o polímero se equipara às características físicas, 
químicas e mecânica de alguns materiais e, inclusive, os superam em algumas 
propriedades específicas. 
 Alta flexibilidade; 
 Baixo peso específico, o que leva à peças mais leves; 
 Possibilidade de consolidação de peças, a qual permite ganhos 
produtivos na fase de montagem; 
 Melhor acabamento, uma vez que a peça pode sair pronta do molde, 
eliminando a necessidade de operações secundárias; 
 Maior usinabilidade, uma vez que, muitas vezes, permite desenhos que 
seriam impossíveis em metal, por exemplo; 
 Melhor resistência química e à corrosão, quando o material é escolhido 
corretamente; 
 A possibilidade de redução de custo final, fator muitas vezes 
determinante para a conversão de uma peça de metal para plástico; 
 Tem-se a opção de produção diretamente em cores, novamente 
eliminando a necessidade de operações secundárias. 
 Isolantes Térmicos; 
 Isolantes Elétricos; 
 Ductilidade dos Termoplásticos; 
 Reciclável; 
 
 
 
 
Tecnologia Química Polímeros 
38 
 
3.5.2. Desvantagens Relativas 
Comparando-se aos metais, fica evidente a diferença no desempenho dos 
polímeros de acordo com determinadas propriedades mecânicas. 
 Baixa resistência mecânica; 
 Deterioração por ação térmica e ambiental; 
 Inflamável; 
 Baixa estabilidade dimensional; 
 Facilidade de manchar permanentemente; 
 Alta deformação plástica; 
 
 
Tecnologia Química Polímeros 
39 
 
3.6. Valor Comercial 
O mercado de plásticos ainda é muito recente, datando menos que um século. 
No entanto, há essa vertente comercial do consumo que indica uma ascensão 
comercial do plástico, o que contribui ainda mais para o seu desenvolvimento tanto 
nas áreas industriais, como nas aplicações mais cotidianas. 
3.6.1. Produção Mundial de Plástico e Aço 
Segundo apontamentos levantados pela Abiplast, Associação Brasileira da 
Indústria do Plástico, a China lidera o ranking mundial de produção de artigos 
plásticos devido as suas políticas industriais e voltadas para o mercado externo. 
Essa liderança representa aproximadamente 23,9% da produção mundial do setor, 
sendo seguido pela União Europeia, 20,4%, e o bloco comercial do NAFTA (EUA, 
Canadá e México) com 19,9%. 
 
 
Gráfico 1 - Produção mundial de plástico (2012) - em milhões de toneladas 
 
Tecnologia Química Polímeros 
40 
 
Comparativamente, nota-se que o Brasil, por mais que já se esteja presente 
na distribuição mundial de produção de plástico, ainda está em processo de 
desenvolvimento neste seguimento industrial. A representação do país conta com 
aproximadamente 2,0% do volume produzido mundialmente e o consumo interno é 
menor que a média mundial; 33,9 Kg/habitante contra 40 Kg/habitante, segundo 
apontamentos estatísticos de 2013. 
 Já para o mercado de processamento do aço, o Brasil ocupa uma melhor 
posição no ranking mundial, assumindo a 8ª colocação. Novamente, quem lidera o 
seguimento industrial é a China, com um acumulado de 2014 de aproximadamente 
685,346 milhões de toneladas, segundo dados apontados pela World Steel 
Association. 
Countries 
Total 
 (Million 
Tons) 
China 685,346 
Japan 92,491 
United States 73,667 
India 69,492 
South Korea 59,458 
Russia 58,995 
Germany 36,096 
Brazil 28,608 
Turkey 28,435 
Ukraine 23,380 
Tabela 6 - Acumulado de 2014 da Produção de Aço 
 
 
 
 
 
 
 
Tecnologia Química Polímeros 
41 
 
Um problema histórico que o Brasil enfrenta é a sua balança comercial para 
diversos setores da economia, dentre eles está o polímero. O desequilíbrio entre 
exportação e importação de transformados plásticos é um dos índices que 
corroboram para o déficit de tal. 
 
Gráfico 2 - Exportações e Importações de Transformados Plásticos (2013) 
Segundo a Sistema AliceWeb, o Brasil obteve, em 2013, um saldo comercial 
de menos 5.281 milhões, representando uma queda de 8,8% em relação ao ano 
anterior. 
O saldo comercial no Brasil é historicamente negativo devido as elevadas 
taxas de crescimento das importações de produtos plásticos e também devido ao 
crescimento do valor médio das importações no Brasil (3,6% em 2013), em 
contraste com a estabilidade do valor médio das exportações (que variou 0,5%). 
 
 
 
Tecnologia Química Polímeros 
42 
 
No entanto, para o mercado do aço, há um superávit na balança comercial, o 
que retrata bem a posição do Brasil no quadro mundial de exportação de minérios 
de ferro. 
 
Gráfico 3 - Exportações e Importações de Aço (2011) 
 Segundo o IABR, Instituto Aço Brasil, devido à crise econômica a importação 
de aço em 2012 foi aproximadamente o mesmo que em 2011: 3,8 milhões de 
toneladas. No entanto, o país exportou 9,7 milhões de toneladas, uma queda de 
10,40% em relação a 2011. O superávit foi de 5,9 milhões de toneladas. 
0,40 0,10
0,90 0,70
5,80
3,80
1,20
8,90 9,50
12,50
8,90
10,80
0,00
2,004,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
1980 1990 2000 2005 2010 2011
Em
 m
ilh
õ
e
s 
d
e
 T
o
n
e
la
d
as
Exportações e Importações de Aço
Importação Exportação
Tecnologia Química Polímeros 
43 
 
3.6.2. Parceiros Comerciais 
Os principais artigos transformados exportados pelo Brasil foram: tubos de 
plástico, chapas, folhas, películas, tiras e lâminas de plástico; e de plásticos não 
alveolares. 
Tabela 7 - Principais Destinos de Exportação de Transformados Plásticos em 2013 
 
 
Tecnologia Química Polímeros 
44 
 
Para o mercado do Aço a receita bruta, em dólares norte-americanos, em 
2011, provenientes das exportações brasileiras de Minério de Ferro, atingiu US$ 
41,8 bilhões, sendo este valor superior ao realizado em 2010, que alcançou US$ 
28,9 bilhões. 
 
Gráfico 4 - Principais Destinos de Exportação de Minério de Ferro em 2012 
 
Tecnologia Química Polímeros 
45 
 
Para a importação de transformados plásticos, os principais produtos foram: 
garrafões, garrafas, frascos e artigos semelhantes; outras chapas, folhas, tiras, fitas 
películas; outras formas planas e autoadesivas; e outras não alveolares de 
polipropileno; e rolhas, tampas e cápsulas. 
Tabela 8 - Principais Origens de Importação de Transformados Plásticos em 2013 
 
Tecnologia Química Polímeros 
46 
 
3.7. Indústria Petroquímica no Brasil 
 A Braskem foi fundada em agosto de 2002, com a integração dos ativos 
petroquímicos dos grupos Odebrecht e Mariani à Copene Petroquímica do Nordeste 
S.A., antiga central de matérias-primas petroquímicas do Pólo de Camaçari, na 
Bahia. A Companhia tornou-se a primeira petroquímica integrada do Brasil, ao 
combinar, em uma única organização, as operações da primeira e da segunda 
gerações da cadeia produtiva do plástico. 
 Em maio de 2009, a Braskem incorporou a Petroquímica Triunfo, no Pólo do 
Rio Grande do Sul, e, no início de 2010, anunciou as aquisições da Quattor e dos 
negócios de polipropileno da Sunoco Chemicals, nos Estados Unidos, criando a 
Braskem America. 
 Hoje, a Braskem detém o domínio do mercado de resinas nas Américas e de 
biopolímeros no mundo. 
 Uma das mais recentes patentes elaboradas pela Braskem foi a criação do 
plástico verde, que consiste em produção de Polietileno a partir do etanol extraído 
da cana de açúcar. 
 
Figura 15 - Fluxo do Plástico Verde 
 
Tecnologia Química Polímeros 
47 
 
4. INTERFERÊNCIA DO POLÍMERO NA SOCIEDADE 
Tem-se hoje a idéia intuitiva de que os plásticos são inerentes a uma geração 
cada vez mais consumista nas quais embalagens, normalmente provenientes de 
materiais poliméricos, são tidas como vilãs. Contudo, há diversas outras aplicações 
destes materiais que passam despercebidas aos olhos da sociedade. Nem todo 
polímero, por exemplo, provém de um processo industrial, muitos deles são de 
origem natural, tal qual o DNA, amido, proteínas, glicogênio, etc. 
4.1. Polímeros Naturais 
A ideia intuitiva de polímero é que estes materiais são basicamente sintéticos. 
No entanto, há diversos polímeros que, em sua grande maioria de origem orgânica, 
fazem parte da estrutura dos seres vivos, quer seja uma planta, bactéria ou animais 
superiores. 
Celulose, fibras e borrachas constituem os principais representantes deste grupo 
que ainda conta com as moléculas chaves para a vida no planeta como proteínas, 
carboidratos e ácidos nucléicos. A origem destas macromoléculas provém do 
próprio metabolismo animal e do complexo conjunto de reações químicas 
envolvidas no processo de criação e perpetuação da vida. As proteínas possuem 
um importante papel constitucional nos tecidos e um de seus segmentos, as 
enzimas, são responsáveis também pelas próprias transformações químicas do 
metabolismo. Os açúcares ou carboidratos também são estruturas formadoras do 
ser vivo responsáveis pelo armazenamento de energia e outras funções. Exemplos 
desses polímeros naturais são: 
 DNA 
 Amido 
 Glicogênio 
 Proteínas 
 Celulose 
 Polissacarídeos 
 Látex 
 Polipeptídeos 
 Algodão 
Tecnologia Química Polímeros 
48 
 
4.2. Polímeros na Medicina 
A utilização de plásticos na área medicinal é impulsionada pelas mesmas 
vantagens que os polímeros oferecem na substituição de materiais concorrentes em 
outros segmentos. A menor massa das peças confeccionadas em resinas, a maior 
liberdade no desenho e a superior resistência mecânica e química abriram campos 
de aplicação para commodities, plásticos de engenharia e plásticos especiais. 
4.2.1. Policarbonato (PC) 
Termoplástico com maior resistência ao impacto, é um dos casos de sucesso. As 
aplicações clássicas do PC na medicina envolvem aplicações com demanda por 
transparência (peças como câmaras de umidificação, componentes de centrífugas, 
inaladores, transdutores de pressão e caixas para instrumentos cirúrgicos), alta 
resistência térmica, mecânica e química. O material substitui o vidro, cuja 
resistência mecânica é menor, e às vezes o PVC, que não atende a exigências 
técnicas mais severas. A Bayer, inventora do PC, fabrica a resina e blendas com 
outros materiais para aplicações em contato com tecidos e sangue. O material 
precisa de maior resistência à hidrólise e ao stress cracking (fissão por esforço 
mecânico, ou, nos últimos tempos, tensofissuramento), e os PCs de cadeias longas 
e alto peso molecular são mais adequados para esse tipo de aplicação. A resina 
possui a vantagem de utilizar poucos aditivos, além de desmoldantes e pigmentos, o 
que torna mais simples obter grades biocompatíveis. A maior parte das aplicações 
para esse plástico de engenharia também requer capacidade de ser esterilizado. O 
material resiste bem a processos de esterilização em temperaturas até 120º C. 
4.2.2. Próteses 
Durante a Primeira Guerra Mundial, as próteses eram feitas de madeiras pois 
era o melhor material disponível na época, já que as próteses de couros se 
deformavam e causavam desconforto aos usuários. Com o tempo as próteses 
foram mudando para alumínio e depois fibras, no final da Segunda Guerra Mundial, 
as próteses já simulam uma forma de caminhar melhor, mas próteses dos membros 
superiores ainda tinham dificuldade da fazer movimentos. 
Tecnologia Química Polímeros 
49 
 
Os polímeros entraram na medicina devido a pouca chance de rejeição do 
corpo, devido as suas propriedades estáveis e sem apresentar efeitos 
cancerígenos. 
Um bom exemplo dessas próteses são os dentes postiços que são feitos de 
acrílico, o decron (poliéster) é usado para substituir vasos sanguíneos e válvulas do 
coração, o polietileno é usado para substituir articulações do joelho, está sendo 
usado um novo material para fazes suturas internas, esse material promete ser 
biodegradável, ou seja, o corpo poderá absorver as substancias e não será mais 
necessário a retirada de pontos, pinos, parafusos. Esse polímero contem dois 
segmento, um fixo e um mutável, que possuem diferentes propriedades térmicas, 
em quanto um derrete o outro sofre outro tipo de transição, assim é possível 
colocar o polímero em uma área e depois de atingir certa temperatura ele pode se 
mantém em outra forma permanente. 
A Biofabris está desenvolvendo um novo monômero que é obtido através da 
laranja e um poliuretano proveniente do poliol do açaí para substituir o uso do titânio 
nas próteses cranianas e de face. As vantagens de usar um material desse, 
além do peso e densidade bem menor que a do titânio, a porosidade desse novo 
poliuretano permite o crescimento celular dos ossos, podendo assim ter uma 
melhor fixação 
Um polímero proveniente da mamona, desenvolvidono Brasil, está sendo 
importado devido essa mesma propriedade porosa, com o intuito de substituir 
ossos nas mandíbulas, no crânio e na face ou, como suportes na coluna cervical, no 
lugar dos testículos, nos globos oculares , nas gengivas, em casos osteoporose 
Os modelos mais tradicionais das próteses são feitos de polipropileno e o 
polietileno, sendo o primeiro mais usado em na estrutura do suporte e o segundo 
nas partes flexíveis. Outros polímeros também são usados como reforços têxteis 
para as próteses como é o caso do nylon, Kevlar. 
Tecnologia Química Polímeros 
50 
 
4.3. Polímeros na Engenharia 
A utilização de polímeros na engenharia é bastante massificada devido a 
constante necessidade de produzir um determinado material a baixo custo. Há 
diversos processos de fabricação que utilizam os polímeros justamente por esse 
motivo, pois uma vez concebidos, usualmente não há a necessidade de retrabalhá-
los. 
4.3.1. Injeção Plástica 
A Injeção Plástica é uma das técnicas mais utilizadas para a fabricação de 
polímeros termoplásticos. No entanto, também pode-se utilizar materiais termofixos 
para executar a mesma tarefa, a única diferença é que estes terão um maior tempo 
de ciclo. 
O processo de 
injeção plástica 
consiste na fusão do 
polímero e injeção 
deste no interior de 
um molde para que 
a peça adquira o 
formato desejado. 
Inicialmente, é 
inserido no funil o 
material polimérico em forma de particulando. Com a gravidade, este polímero é 
carregado para o interior do cilindro é empurrado para a região dianteira da injetora 
por mio de fusos. Na região frontal do cilindro há resistências responsáveis por 
elevar a temperatura da região a faixas superiores do ponto de fusão dos materiais, 
com isso há a fusão do polímero logo na região de despejo. Após atingir um estado 
viscoso, o material é novamente empurrado pelo fuso, fazendo com que seja 
colocado no interior do molde. Uma vez que o material encontra-se na região interna 
do molde, ele sofre uma determinada pressão até que seja solidificado. Quando 
solidificado, o material é expelido do molde e o ciclo reinicia. 
 
Figura 16 - Funcionamento de uma Máquina de Injeção Plástica 
Tecnologia Química Polímeros 
51 
 
4.3.2. Rotomoldagem 
Para peças de maiores dimensões, a injeção plástica torna-se inviável por vários 
fatores: complexidade do molde, custo do molde, tempo de ciclo, etc. Desta forma, a 
utilização da rotomoldagem viabiliza o processo de fabricação de grandes peças 
plásticas. 
 
Figura 17 - Funcionamento da Rotomoldagem 
 Diferentemente da injeção plástica, o particulando polimérico é inserido 
diretamente no molde. A partir disso o molde é levado para um forno, onde é 
aquecido a uma temperatura necessária para a fusão do polímero. O processo 
responsável pelo sucesso da rotomoldagem é que o molde está fixado em uma 
estrutura que o revoluciona uniformemente pelos três eixos coordenados, fazendo 
com que o material fundido se espalhe de forma igualitária em todas as regiões do 
molde. Após o término do ciclo de aquecimento, começa o ciclo de resfriamento, na 
qual o molde continua revolucionando para que não haja diferença de espessura do 
material. Ao término do ciclo de resfriamento, abre-se o molde e se retira o material 
já processado. 
 
Tecnologia Química Polímeros 
52 
 
4.3.3. Moldagem por Sopro 
É um processo bem semelhante ao de injeção plástica. O que os difere é que, 
diferentemente da injeção plástica, a moldagem a sopro utiliza-se de ar comprimido 
para expandir o material fundido para que este adquira o formato do molde. 
O particulando polimérico é inserido no funil e é transportado até o cilindro por 
meio da gravidade. O material é transportado por um fuso até a extremidade do 
cilindro onde será aquecido mediante a presença de algumas resistências. Uma vez 
aquecido, o polímero adquire um aspecto viscoso, característica necessária para 
que este seja injetado dentro de um molde. O material presente no molde é 
extrusado. Enquanto ainda se encontra em estado fundido, o parison é colocado em 
um molde bipartido que possui a configuração desejada para o recipiente. A peça 
oca formada é conformada pelo sopro de ar ou vapor sob pressão no interior do 
pariso, forçando as paredes do tubo a se conformarem aos contornos do molde. 
 
Figura 18 - Funcionamento da Moldagem por Sopro 
 
 
Tecnologia Química Polímeros 
53 
 
4.4. Conseqüências dos Polímeros 
4.4.1. Poluição 
A partir da década de 1960 iniciou-se o processo de modernização das 
embalagens para produtos industrializados. Foi a partir desta época que começaram 
os problemas: antes do início deste processo, as embalagens utilizadas para sólidos 
eram papéis e papelão, e para os líquidos eram as latas e vidros. 
Com o advento do polímero, surgiram as embalagens plásticas. Estas são 
mais usadas devido algumas vantagens que apresentam. Elas são obtidas a baixo 
custo, são impermeáveis, flexíveis e ao mesmo tempo são resistentes a impactos. 
Sendo assim, foram gradativamente substituindo as antigas embalagens até serem 
usadas em larga escala como nos dias atuais. 
Há anos as embalagens plásticas estão sendo despejadas em aterros 
sanitários, mas o fato de não serem biodegradáveis faz com que se acumulem no 
ambiente conservando por muitos anos suas propriedades físicas, já que possuem 
relativa elevada resistência. 
São necessários de 100 a 150 anos (aproximadamente) para que os 
polímeros sejam degradados no ambiente. Por isso a poluição causada pelos 
polímeros se tornou uma preocupação em escala mundial, além de poluir rios e 
lagos, polui também o solo de um modo geral. 
Os grandes vilões deste século são os materiais poliméricos como as 
garrafas PET de refrigerantes, que acarretam problemas ambientais pelas 
características de serem descartáveis. A poluição pelos polímeros poderia ser 
minimizada com a reciclagem dos plásticos ou o emprego de polímeros 
biodegradáveis. 
4.4.2. Reciclagem 
Primeiramente é necessária a separação dos polímeros, em que estes 
podem ser classificados de acordo com a sua simbologia de forma mais rápida, ou 
por meio da sua densidade. Existem 4 tipos de reciclagem e cada polímero tem uma 
forma adequada para a sua reciclagem. 
Tecnologia Química Polímeros 
54 
 
A primeira separação acontece entre os polímeros termoplásticos e os 
termorrígidos, o primeiro pode ser reaproveitado ao ser aquecido, pois fica moldável 
e fluido, já com o termorrígido não é possível fazer o processo de remodelamento. A 
reciclagem primaria é o reaproveitamento dos materiais para outra finalidade. 
A reciclagem secundaria conhecida também como mecânica, é a 
transformação do plástico em pedaços pequenos, para ser utilizado em matérias de 
menor de qualidade, como é o caso de sacos de lixos, solas de sapato, pisos. 
Nesse processo é possível misturar diversos plásticos em determinadas porções, 
como é o caso da madeira plástica que tem como matéria prima a mistura de 
polímeros. Nesse processo ocorre a moagem dos plásticos, lavagem, aglutinação e 
extrusão. Sendo aglutinação a secagem e a compactação do material, 
transformando em uma massa plástica e a extrusão é a fundição e a 
homogeneização do material, sendo as tirar de plásticos o produto final. No Brasil 
é essa a reciclagem a mais utilizada. 
A reciclagem química, ou terciária, transforma os plásticos em monômeros ou 
em uma mistura de hidrocarbonetos para pode ser reutilizado como matéria-prima 
em outro processo de fabricação. O ponto forte dessa reciclagem é o fato de que é 
possível misturar os plásticos, assim reduzindo custos de pré-tratamento,

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