Grátis
56 pág.

Módulo IV - Abrangências em Ações de Saúde (AAS)
Denunciar
5 de 5 estrelas









32 avaliações
Enviado por
Daniela Junqueira Gomes Teixeira 
5 de 5 estrelas









32 avaliações
Enviado por
Daniela Junqueira Gomes Teixeira 
Pré-visualização | Página 5 de 23
que seja dentro de um prazo determinado. A terceira a que seja pago só ao co- pagamento, conforme o sistema no qual o indivíduo está filiado; e a última delas se refere ao Daniela Junqueira Gomes Teixeira cumprimento dos regulamentos de qualidade. Para aceder a este benefício, precisa-se ser beneficiário de FONASA ou ISAPRE, é preciso que a patologia esteja dentro do AUGE, cumprir com os requisitos estabelecidos por lei e atender na rede de prestadores que determine o FONASA ou a ISAPRE, segundo corresponda. Ante o incumprimento da garantia de oportunidade, a pessoa não atendida dentro do prazo, pode fazer uma reclamação correspondente em FONASA ou ISAPRE em um prazo de 30 dias. Atualmente há 80 patologias garantidas por este programa às pessoas filiadas a FONASA e às ISAPRES. Chile “Direito de proteção à Saúde” Este direito está consagrado no artigo 19 da Constituição Política do ano de 1980, e neste artigo tratam-se diversos direitos que o Estado se compromete a garantir, entre eles o direito de proteção à saúde. A Constituição chilena não contém essa previsão de universalidade do acesso, estabelecendo apenas que o Estado deve proteger o livre e igualitário acesso as ações de promoção, proteção e recuperação da saúde e reabilitação do indivíduo. 9º.- El derecho a la protección de la salud. El Estado protege el libre e igualitario acceso a las acciones de promoción, protección y recuperación de la salud y de rehabilitación del individuo BRASIL X CHILE O sistema de saúde em Brasil é composto por um setor público e um privado, assim como o sistema chileno, sendo que o primeiro setor cobre ao redor de 75% da população, e o setor privado oferece atenção a 25% da população. O setor público está constituído pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que é descentralizado e seu financiamento provém de impostos gerais e contribuições sociais arrecadadas pelos três níveis de governo (federal, estadual e municipal). O setor privado utiliza um sistema similar ao funcionamento de seguros chamado Sistema de Atenção Médica Suplementar (SAMS), este método financia-se através de recursos provenientes de famílias e/ou empresas. Além dos métodos já mencionados para aceder à saúde, existem instituições médicas (hospitais, clínicas, consultórios e laboratórios) às quais recorrem a população de maiores rendimentos, já que pagam o custo de atenção de forma íntegral. O SUS presta serviços através de suas redes de clínicas, hospitais e outros tipos de instalações federais, estaduais e municipais, bem como em estabelecimentos privados. O SUS é responsável por coordenar o setor público e de regular o setor privado, com cujas entidades estabelecem convênios ou contratos mediante pagamento por serviço. Os hospitais universitários mantêm- se com recursos do Ministério de Educação e também com contribuição de SUS, já que são parte desse sistema. O SAMS oferece planos de saúde para empresas e famílias, este subsistema é composto por consultórios, clínicas, hospitais e laboratórios privados que não estão vinculados ao SUS, mas que são regulados pelas autoridades sanitárias. Os serviços de saúde das Forças Armadas oferece atenção à saúde dos militares ativos, pensionados e suas famílias. O SUS define a atenção básica como um conjunto de ações de saúde nos âmbitos individual e coletivo, incluindo a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de doenças, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde. Esta atenção dirige-se a populações localizadas em territórios bem delimitados e à resolução dos problemas de saúde mais frequentes e relevantes. Pelo menos em termos formais, não existe nenhuma restrição no tipo de padecimentos cobertos pelo SUS. Lamentavelmente este sistema é subfinanciado, o que implica em tempos de espera muito extensos, já seja para uma atenção de especialidade, tratamento de urgências e cirurgias, portanto, não se conseguiu uma cobertura universal e Daniela Junqueira Gomes Teixeira integral. Quanto ao financiamento, o SUS financia-se com impostos e contribuições sociais provenientes dos três níveis de governo: federal, estadual e municipal. O orçamento do SUS deve ser depositado nos Fundos de Saúde. Partes dos recursos federais transferem-se aos Estados e aos municípios. O setor privado financia-se com recursos das empresas que contratam planos e seguros privados para seus empregados e com os recursos das famílias que compram esquemas pré-pagados de saúde ou que realizam pagamentos de bolso pelos serviços. Programa de Saúde da Família Este programa começou a ser desenvolvido no ano de 1994. Trata-se de equipes de saúde, dirigidos à atenção primária, que se desenvolvem tanto em unidades de saúde como em lares11 . Trata- se de uma equipe multiprofissional que cobre extenso território nacional, isto com a finalidade de atingir um acesso universal à saúde. Para o ano 2010 este programa cobria cerca do 53% da população. Brasil “Direito à assistência à Saúde” A Constituição de 1988 foi a primeira em consagrar o direito fundamental à saúde18. Esta garantia está contemplada desde o artigo 196 até o artigo 200, no entanto, a proteção a este direito está assinalado no primeiro deles: A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. Ambos os países contam com um sistema público e um sistema privado, no caso de Chile o sistema público funciona através de FONASA e o sistema privado através de ISAPRE, a sua vez, em Brasil, o sistema público funciona através do SUS e o sistema privado através do SAMS. Ademais em ambos os países existe um sistema diferente e particular que proporciona assistência às Forças Armadas. Quanto à cobertura, FONASA cobre o 70% da população e o SUS o 75% da população, disto deriva que no Brasil existe uma maior despesa percentual em saúde, segundo dados da OCDE. As diferenças restantes, são próprias do tipo de organização política que tem a cada país, já que Brasil é um Estado federal e Chile é um Estado unitário. ARGENTINA O sistema de saúde argentino se encontra conformado por três subsetores: o subsetor público, o subsetor privado e as Obras Sociais (vinculadas ao sistema previdenciário). A forma em que estes três subsetores se organizam são definidas pelo Ministério da Saúde da Nação. O mesmo é encarregado de interpretar o estipulado na carta magna. A constituição Nacional estabelece os princípios e diretrizes para interpretar a abrangência das responsabilidades do Estado na área da saúde (como em todas as áreas de direitos). Dessa maneira são elaboradas leis, programas e projetos que são enviados às províncias. Cada província tem autonomia ministerial para aceitar ou recusar programas e projetos, bem como as contrapartidas orçamentárias para os mesmos. O fato de a saúde ser definida como direito universal, tanto na Declaração Universal dos Direitos Humanos, quanto na Declaração Americana de Direitos e Deveres do Homem (só para nomear duas) assenta as bases da elaboração de políticas públicas que deem conta da atenção da saúde como, valha a redundância, um direito universal. De claro corte conservador e reflexo do seu contexto social e histórico, onde se conjugavam a abertura democrática e a consolidação do neoliberalismo como modelo político e econômico, contexto que explica a perda do caráter de cidadão e sujeito de direitos, para estar contemplado na Carta Constitucional como um consumidor, um usuário com o qual o Estado reduz sua responsabilidade à garantia dessa condição, explicitando inclusive seu papel de garantidor da educação para o consumo e da livre competência. Daniela