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* TERAPIA OCUPACIONAL APLICADA AS DISFUNÇÕES DO DESENVOLVIMENTO E CONTEXTOS ESCOLARES * TERMINOLOGIAS Deficiência Intelectual Deficiente mental Pessoa com deficiência mental Portador de necessidades especiais mentais Portador de necessidades educativas/educacionais especiais mentais Retardo mental Antiga: Oligofrenia * SEGUNDO O DSM-IV (Retardo Mental) Características diagnósticas: A)Funcionamento intelectual significativamente inferior a média: um QI igual ou inferior a 70, em um teste de QI individualmente administrado (para bebês, um julgamento clínico de funcionamento intelectual inferior a média); * B) Acompanhado de limitações significativas no funcionamento adaptativo em pelo menos 2 das seguintes áreas: comunicação, autocuidado, vida diária, habilidades sociais/interpessoais, habilidades acadêmicas, trabalho, lazer, saúde e segurança. C) Início deve ocorrer antes dos 18 anos. * Testes para avaliação tem margem de erro de aprox. 5 pontos; O retardo mental não deve ser diagnosticado em indivíduos com QI 70 caso não existam déficits no funcionamento adaptativo. Os testes avaliativos devem levar em conta por a: língua materna, bagagem sócio-cultural, def. comunicativas, motoras e sensoriais associadas. * FUNCIONAMENTO ADAPTATIVO Refere-se ao modo como os indivíduos enfrentam efetivamente as exigências comuns do dia a dia e o grau de independência pessoal esperado de alguém de mesma faixa etária, contexto,cultura. O funcionamento adaptativo pode ser influenciado por fatores como: educação, motivação, personalidade, oportunidades, condições médicas. Estão mais propensos a apresentar melhora com os tratamentos terapêuticos do que o QI. * NÍVEIS DE RETARDO MENTAL DSM-IV Retardo mental leve (F70); Retardo mental moderado (F71); Retardo mental severo (F72); Retardo mental profundo (F73); Retardo mental não especificado (F79). * RETARDO MENTAL LEVE Adquirem linguagem com atraso, mas a maioria atinge a capacidade de usar a fala para finalidades cotidianas; Apresenta capacidade de interagir na entrevista inicial; Capacidade para independência em autocuidado; Habilidades para desenvolver independência nas APT’s (cuidados no lar, cuidado com pertences); Com apoio apropriado podem viver sem problemas na comunidade de maneira independente; * As dificuldades são geralmente percebidas nas atividades educacionais, principalmente leitura e escrita; Desenvolvimento mais lento; Capacidade de participar em trabalho de habilidades práticas, ao invés de acadêmicos; Podem apresentar imaturidade social e emocional; QI entre 50 a 69; Maior incidência, cerca de 85%. * RETARDO MENTAL MODERADO Constituem cerca de 10% da população com diagnóstico de retardo mental; Desenvolvem independência nas AVD’s mais tardiamente e alguns necessitam de supervisão por toda a vida; Programas educacionais podem auxiliar no desenvolvimento de habilidades básicas; Na adolescência apresentam dificuldades de reconhecer convenções sociais que podem interferir em seus relacionamentos interpessoais; * Quando adultos podem executar trabalhos supervisionados; Vida totalmente independente na vida adulta é raramente alcançada; Podem adquirir capacidade de comunicar-se com os outros; Capacidade de engajamento em atividades sociais simples; QI entre 35 e 49. * RETARDO MENTAL SEVERO Constituem cerca de 3-4%; Durante a infância adquirem pouca ou nenhuma fala comunicativa; Em idade escolar podem aprender a falar e ser treinados em habilidades de higiene; Quando adultos podem ser capazes de executar tarefas simples com supervisão direta; QI entre 20 a 34. * RETARDO MENTAL PROFUNDO Constituem cerca de 1-2%; Na infância apresenta grandes prejuízos no funcionamento sensório-motor; Necessitam de ambiente estruturado, com constante auxílio e com responsáveis por seus cuidados; Com treinamento as habilidades de higiene podem “melhorar”; Alguns conseguem executar tarefas simples em contextos abrigados e com supervisão direta; A compreensão é limitada; Transtornos invasivos do desenvolvimento, como o autismo, podem ser frequentes; QI abaixo de 20. * RETARDO MENTAL NÃO ESPECIFICADO É aplicado quando existe uma forte suposição de retardo mental mas o indivíduo não pode ser adequadamente testado pelos teste padronizados; As informações obtidas são insuficientes para designar o paciente em uma das categorias; Em casos de bebês em que há funcionamento intelectual abaixo da média, mas os testes disponíveis não fornecem valores de QI. * DEFICIÊNCIA INTELECTUAL SEGUNDO AAIDD Segundo a Associação Americana de Retardo Mental- AAMR (2006)/ Associação Americana de Deficiência Intelectual e Desenvolvimento - AAIDD ( 2013) : A deficiência intelectual é uma incapacidade caracterizada por importantes limitações, tanto no funcionamento intelectual quanto no comportamento adaptativo, está expresso nas habilidades adaptativas conceituais, sociais e práticas. Essa incapacidade tem início antes do 18 anos. * DIAGNÓSTICO Mensuração da inteligência (DIMENSÃO I); Dois desvios de padrão abaixo da média. (DIMENSÕES) * COMPORTAMENTO ADAPTATIVO (DIMENSÃO II) É a reunião de habilidades conceituais, sociais e práticas que foram aprendidas pelas pessoas para funcionarem em suas vidas diárias. Conceituais, sociais e práticas. * EXEMPLOS DE HABILIDADES ADAPTATIVAS Conceituais: Linguagem (receptiva e expressiva); Leitura e escrita; Conceitos de dinheiro; Autodirecionamento. * Sociais: Interpessoal; Responsabilidade; Auto-estima; Ingenuidade; Seguir regras; Obedecer leis; Credibilidade (probabilidade de ser enganado ou manipulado). * Práticas: Atividades de vida diária; Atividades instrumentais da vida (APT’s): preparar refeições, cuidar da casa, tomar remédios, lidar com dinheiro, usar telefone); Habilidades ocupacionais; Manter os ambientes seguros. * DIMENSÃO III: Participação, interação e papéis sociais; DIMENSÃO IV: Saúde e fatores etiológicos; DIMENSÃO V: Contexto (ambiente e cultura). * CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO INTENSIDADE DOS APOIOS (AAMR) Intermitentes: O indivíduo nem sempre precisa de apoio; Ou necessita de apoio por um curto prazo durante transmissões da vida (crise médica, perda do emprego); Os apoios podem ser de baixa ou alta intensidade. * Limitados: Apoios limitados quanto a consistência ao longo do tempo (treinamento no emprego de tempo limitado ou período de escola para adultos). Extensivos: Apoio diário em pelo menos alguns ambientes (escola, trabalho, casa); E de natureza sem tempo limitado (a longo prazo). * Pervasivos: Apoios constantes, alta intensidade, mantenedores da vida. Apoios tipicamente envolvendo mais de um membro da equipe. * ETIOLOGIA Para a AAIDD a etiologia é multifatorial; Quatro categorias de fatores de risco: Biomédicos Sociais Comportamentais Educacionais * Deficiência intelectual de origem biológica (casos em que os fatores de risco biomédico predominam); Deficiência intelectual de origem cultural-familiar (envolve indivíduos para os quais predominam os fatores de risco sociais, comportamentais ou educacionais). * A distinção entre os dois grupos é frequentemente dificultada na vida real; Fatores de risco múltiplos mostram que fatores de risco biomédicos podem estar presentes em pessoas com retardo mental leve de origem cultural-familiar e vice-versa; Exemplo: indivíduos com a mesma etiologia biomédica como síndrome de Down com muita frequência variam muito no funcionamento, como resultado de outros fatores de risco modificados. * QUADRO FATORES DE RISCO A etiologia em duas direções: Tipos de fatores; Momento de ocorrência dos fatores. * TIPOS DE FATORES Biomédicos; Sociais; Comportamentais; Educacionais. * BIOMÉDICOS Fatores que se relacionam aos processos biológicos, como distúrbios genéticos ou de nutrição; * SOCIAIS Fatores que se relacionam com a interação social e familiar, como estimulação e resposta do adulto. * COMPORTAMENTAIS Fatores que se relacionam a comportamentos potencialmente causais, como atividades perigosas ou abuso materno de substância. * EDUCACIONAIS Fatores que se relacionam à disponibilidade de apoios educacionais que promovem o desenvolvimento mental e o desenvolvimento de habilidades adaptativas. * SÍNDROMES Síndrome de Down; Síndrome de Williams; Síndrome do X frágil; Síndrome de Turner; Síndrome de Cornelia de Lange; Síndrome da Esclerose Tuberosa * SÍNDROME DE DOWN Trissonomia 21; 1 caso a cada 800 nascimentos; 47 cromossomos no lugar de 46; Confirmação do diagnóstico se da pelo exame denominado de cariótipo; Não há como determinar, no nascimento, como será o desenvolvimento dessa criança; As mulheres mais velhas apresentam risco maior de terem filhos trissômicos, porque seus óvulos envelhecem com elas; Riscos: Idade materna adolescentes, acima de 35 anos, e paterna acima de 50, Nascimento anterior de uma criança com SD, Pais com desordens cromossômicas. * SÍNDROME DE DOWN A amniocentese, amostra vilocorial e ultra-som diagnóstico pré-natal; Principais características: ao nascer a cabeça é um pouco menor que o normal, pálpebras são estreitas e oblíquas, orelhas pequenas, boca pequena e língua protusa,defeitos cardíacos congênitos é de 1:2, instabilidade atlanto-axial( aumento do espaço entre as duas vértebras), CUIDADO diagnóstico por volta 2 anos: evitar cambalhotas ou nado borboleta; Hipotonia muscular; Desaparecimento tardio dos reflexos; Comprometimento intelectual (Desenvolvimento mais lento); * SÍNDROME DE DOWN 1,3 masculino para 1 feminino; Menino é estéril; Personalidade agradável e sociável; Depressão no adulto; Instabilidade de humor; Não existem graus da Síndrome de Down, as diferenças no desenvolvimento decorrem de características individuais decorrentes da herança genética, estimulação, educação, meio ambiente, problemas clínicos dentre outros (SILVA; KLEINHANS, 2006) * SÍNDROME DE WILLIANS Discreta microcefalia; Voz rouca; Deficiência mental; Abertura anormal do arco interno das sobrancelhas; Olhos azuis e íris em estrela; Lábios grossos; Malformações cardiovasculares; Durante os primeiros meses essas crianças costumam ser mal-humoradas; * SÍNDROME DE WILLIANS Apresentam dificuldade de se alimentar; Etiologia desconhecida; Pontos fortes na linguagem, memória auditiva e reconhecimento facial; Limitações na coord. motora fina; Comportamento social prejudicado; Transtorno de ansiedade em todas as idades. * SÍNDROME DO X FRÁGIL Alteração no braço longo do cromossomo X; 1 a cada 400/700. Os homens são mais afetados pela síndrome, já as mulheres são mais portadoras; Não existência de sinais típicos; Através de sinais e sintomas indica-se a necessidade de exames genéticos; Testes de DNA; * Pessoas que apresentem características indicadas para exames Orelhas grandes; Orelhas proeminentes; Face alongada; Calosidades no dorso das mãos e dedos; Depressão no terço inferior do esterno; Testículos grandes; Contato visual pobre; Hiperatividade; Esteriotipias; Auto-agressividade; Transtornos de linguagem; Retardo mental. * CARACTERÍSTICAS DA SÍNDROME DO X-FRÁGIL Habilidades nas atividades de vida diária; Transtornos de ansiedade; Problemas de atenção e hiperatividade; Oscilação de humor e agressividade; Habilidades verbais; Dificuldades viso-motoras; Devem ser estimulados nas áreas sensório-motoras, linguagem e cognição. * SÍNDROME DE TURNER Estatura baixa; Pacientes do sexo faminino; Tendência a obesidade; Caixa torácica larga; Distância anormal dos mamilos; 1:5000 recém nascidos; Orelhas de abano; Maxilar estreito; Malformações cardíacas; Retardo mental; Dificuldade de verbalização. * SÍNDROME DE CORNELIA DE LANGE Baixa estatura e atraso na maturação óssea; Dificuldade para ganhar peso; Etiologia desconhecida; Retardo mental, geralmente com QI abaixo de 35; Dificuldade no desenvolvimento motor; No bebê hipertonia; Sobrancelhas em fusão na linha média; 20% dos casos apresenta convulsão; Marcha com base alargada; Pautas autistas; Raramente apresentam fala; Rejeitam contatos físicos e dificuldade em relacionamentos sociais. * SÍNDROME DE ESCLEROSE TUBEROSA Nódulos cutâneos; 0,5% do indivíduos com retardo mental severo são portadores; Aprox. 90% dos casos apresentam convulsões, que se iniciam na idade pré-escolar; Apresentam lesões ósseas nas falanges e outras regiões; 50% apresentam lesões na face aos 5 anos; * BIBLIOGRAFIA UTILIZADA AMERICAN ASSOCIATION ON MENTAL RETARDATION. Retardo Mental: definição, classificação e sistemas de apoio. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. BERGER, K. S. O desenvolvimento da pessoa: da infância à terceira idade. 5 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2003. CID-10. Classificação de transtornos mentais e de comportamento da CID-10. Porto Alegre: Artes médicas, 1993. DSM-IV – Manual diagnóstico e estatístico de transtorno mentais. 4 ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
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