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def. intelectual E sindromes 2014 1 aula

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TERAPIA OCUPACIONAL APLICADA AS DISFUNÇÕES DO DESENVOLVIMENTO E CONTEXTOS ESCOLARES
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TERMINOLOGIAS
Deficiência Intelectual
Deficiente mental
Pessoa com deficiência mental
Portador de necessidades especiais mentais
Portador de necessidades educativas/educacionais especiais mentais
Retardo mental
Antiga: Oligofrenia
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SEGUNDO O DSM-IV
 (Retardo Mental)
Características diagnósticas:
A)Funcionamento intelectual significativamente inferior a média: um QI igual ou inferior a 70, em um teste de QI individualmente administrado (para bebês, um julgamento clínico de funcionamento intelectual inferior a média);
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B) Acompanhado de limitações significativas no funcionamento adaptativo em pelo menos 2 das seguintes áreas: comunicação, autocuidado, vida diária, habilidades sociais/interpessoais, habilidades acadêmicas, trabalho, lazer, saúde e segurança.
C) Início deve ocorrer antes dos 18 anos.
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Testes para avaliação tem margem de erro de aprox. 5 pontos;
O retardo mental não deve ser diagnosticado em indivíduos com QI 70 caso não existam déficits no funcionamento adaptativo.
Os testes avaliativos devem levar em conta por a: língua materna, bagagem sócio-cultural, def. comunicativas, motoras e sensoriais associadas.
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FUNCIONAMENTO ADAPTATIVO
Refere-se ao modo como os indivíduos enfrentam efetivamente as exigências comuns do dia a dia e o grau de independência pessoal esperado de alguém de mesma faixa etária, contexto,cultura.
O funcionamento adaptativo pode ser influenciado por fatores como: educação, motivação, personalidade, oportunidades, condições médicas.
Estão mais propensos a apresentar melhora com os tratamentos terapêuticos do que o QI. 
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NÍVEIS DE RETARDO MENTAL
DSM-IV
Retardo mental leve (F70);
Retardo mental moderado (F71);
Retardo mental severo (F72);
Retardo mental profundo (F73);
Retardo mental não especificado (F79).
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RETARDO MENTAL LEVE
Adquirem linguagem com atraso, mas a maioria atinge a capacidade de usar a fala para finalidades cotidianas;
Apresenta capacidade de interagir na entrevista inicial;
Capacidade para independência em autocuidado;
Habilidades para desenvolver independência nas APT’s (cuidados no lar, cuidado com pertences); 
Com apoio apropriado podem viver sem problemas na comunidade de maneira independente;
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As dificuldades são geralmente percebidas nas atividades educacionais, principalmente leitura e escrita;
Desenvolvimento mais lento;
Capacidade de participar em trabalho de habilidades práticas, ao invés de acadêmicos;
Podem apresentar imaturidade social e emocional;
QI entre 50 a 69;
Maior incidência, cerca de 85%. 
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RETARDO MENTAL MODERADO
Constituem cerca de 10% da população com diagnóstico de retardo mental;
Desenvolvem independência nas AVD’s mais tardiamente e alguns necessitam de supervisão por toda a vida;
Programas educacionais podem auxiliar no desenvolvimento de habilidades básicas;
Na adolescência apresentam dificuldades de reconhecer convenções sociais que podem interferir em seus relacionamentos interpessoais;
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Quando adultos podem executar trabalhos supervisionados;
Vida totalmente independente na vida adulta é raramente alcançada;
Podem adquirir capacidade de comunicar-se com os outros;
Capacidade de engajamento em atividades sociais simples;
QI entre 35 e 49. 
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RETARDO MENTAL SEVERO
Constituem cerca de 3-4%;
Durante a infância adquirem pouca ou nenhuma fala comunicativa;
Em idade escolar podem aprender a falar e ser treinados em habilidades de higiene;
Quando adultos podem ser capazes de executar tarefas simples com supervisão direta;
QI entre 20 a 34. 
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RETARDO MENTAL PROFUNDO
Constituem cerca de 1-2%;
Na infância apresenta grandes prejuízos no funcionamento sensório-motor;
Necessitam de ambiente estruturado, com constante auxílio e com responsáveis por seus cuidados;
Com treinamento as habilidades de higiene podem “melhorar”;
Alguns conseguem executar tarefas simples em contextos abrigados e com supervisão direta;
A compreensão é limitada;
Transtornos invasivos do desenvolvimento, como o autismo, podem ser frequentes;
QI abaixo de 20. 
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RETARDO MENTAL NÃO ESPECIFICADO
É aplicado quando existe uma forte suposição de retardo mental mas o indivíduo não pode ser adequadamente testado pelos teste padronizados;
As informações obtidas são insuficientes para designar o paciente em uma das categorias;
Em casos de bebês em que há funcionamento intelectual abaixo da média, mas os testes disponíveis não fornecem valores de QI. 
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DEFICIÊNCIA INTELECTUAL SEGUNDO AAIDD
Segundo a Associação Americana de Retardo Mental- AAMR (2006)/ Associação Americana de Deficiência Intelectual e Desenvolvimento - AAIDD ( 2013) :
 A deficiência intelectual é uma incapacidade caracterizada por importantes limitações, tanto no funcionamento intelectual quanto no comportamento adaptativo, está expresso nas habilidades adaptativas conceituais, sociais e práticas. Essa incapacidade tem início antes do 18 anos. 
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DIAGNÓSTICO
Mensuração da inteligência (DIMENSÃO I);
Dois desvios de padrão abaixo da média. (DIMENSÕES)
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COMPORTAMENTO ADAPTATIVO (DIMENSÃO II)
É a reunião de habilidades conceituais, sociais e práticas que foram aprendidas pelas pessoas para funcionarem em suas vidas diárias. 
Conceituais, sociais e práticas.
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EXEMPLOS DE HABILIDADES ADAPTATIVAS
Conceituais:
Linguagem (receptiva e expressiva);
Leitura e escrita;
Conceitos de dinheiro;
Autodirecionamento.
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Sociais:
Interpessoal;
Responsabilidade;
Auto-estima;
Ingenuidade;
Seguir regras;
Obedecer leis;
Credibilidade (probabilidade de ser enganado ou manipulado).
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Práticas:
Atividades de vida diária;
Atividades instrumentais da vida (APT’s): preparar refeições, cuidar da casa, tomar remédios, lidar com dinheiro, usar telefone);
Habilidades ocupacionais;
Manter os ambientes seguros. 
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DIMENSÃO III: Participação, interação e papéis sociais;
DIMENSÃO IV: Saúde e fatores etiológicos;
DIMENSÃO V: Contexto (ambiente e cultura). 
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CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO INTENSIDADE DOS APOIOS (AAMR) 
Intermitentes:
O indivíduo nem sempre precisa de apoio;
Ou necessita de apoio por um curto prazo durante transmissões da vida (crise médica, perda do emprego);
Os apoios podem ser de baixa ou alta intensidade.
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Limitados:
Apoios limitados quanto a consistência ao longo do tempo (treinamento no emprego de tempo limitado ou período de escola para adultos). 
Extensivos:
Apoio diário em pelo menos alguns ambientes (escola, trabalho, casa);
E de natureza sem tempo limitado (a longo prazo). 
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Pervasivos:
Apoios constantes, alta intensidade, mantenedores da vida.
Apoios tipicamente envolvendo mais de um membro da equipe.
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ETIOLOGIA
Para a AAIDD a etiologia é multifatorial;
Quatro categorias de fatores de risco:
Biomédicos
Sociais
Comportamentais
Educacionais
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Deficiência intelectual de origem biológica (casos em que os fatores de risco biomédico predominam);
Deficiência intelectual de origem cultural-familiar (envolve indivíduos para os quais predominam os fatores de risco sociais, comportamentais ou educacionais).
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A distinção entre os dois grupos é frequentemente dificultada na vida real;
Fatores de risco múltiplos mostram que fatores de risco biomédicos podem estar presentes em pessoas com retardo mental leve de origem cultural-familiar e vice-versa;
Exemplo: indivíduos com a mesma etiologia biomédica como síndrome de Down com muita frequência variam muito no funcionamento, como resultado de outros fatores de risco modificados. 
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QUADRO FATORES DE RISCO 
A etiologia em duas direções:
Tipos de fatores;
Momento de ocorrência dos fatores.
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TIPOS DE FATORES
Biomédicos;
Sociais;
Comportamentais;
Educacionais.
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BIOMÉDICOS
Fatores que se relacionam aos processos biológicos,
como distúrbios genéticos ou de nutrição;
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SOCIAIS
Fatores que se relacionam com a interação social e familiar, como estimulação e resposta do adulto. 
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COMPORTAMENTAIS
Fatores que se relacionam a comportamentos potencialmente causais, como atividades perigosas ou abuso materno de substância.
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EDUCACIONAIS
Fatores que se relacionam à disponibilidade de apoios educacionais que promovem o desenvolvimento mental e o desenvolvimento de habilidades adaptativas.
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SÍNDROMES
Síndrome de Down;
Síndrome de Williams;
Síndrome do X frágil;
Síndrome de Turner;
Síndrome de Cornelia de Lange;
Síndrome da Esclerose Tuberosa
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SÍNDROME DE DOWN
Trissonomia 21;
1 caso a cada 800 nascimentos;
47 cromossomos no lugar de 46;
Confirmação do diagnóstico se da pelo exame denominado de cariótipo;
Não há como determinar, no nascimento, como será o desenvolvimento dessa criança;
As mulheres mais velhas apresentam risco maior de terem filhos trissômicos, porque seus óvulos envelhecem com elas;
Riscos:
Idade materna adolescentes, acima de 35 anos, e paterna acima de 50,
Nascimento anterior de uma criança com SD,
Pais com desordens cromossômicas.
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SÍNDROME DE DOWN
A amniocentese, amostra vilocorial e ultra-som diagnóstico pré-natal;
Principais características: ao nascer a cabeça é um pouco menor que o normal, pálpebras são estreitas e oblíquas, orelhas pequenas, boca pequena e língua protusa,defeitos cardíacos congênitos é de 1:2, 
instabilidade atlanto-axial( aumento do espaço entre as duas vértebras), CUIDADO diagnóstico por volta 2 anos: evitar cambalhotas ou nado borboleta;
Hipotonia muscular;
Desaparecimento tardio dos reflexos;
Comprometimento intelectual (Desenvolvimento mais lento);
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SÍNDROME DE DOWN
1,3 masculino para 1 feminino;
Menino é estéril;
Personalidade agradável e sociável;
Depressão no adulto;
Instabilidade de humor; 
Não existem graus da Síndrome de Down, as diferenças no desenvolvimento decorrem de características individuais decorrentes da herança genética, estimulação, educação, meio ambiente, problemas clínicos dentre outros
 (SILVA; KLEINHANS, 2006)
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SÍNDROME DE WILLIANS
Discreta microcefalia;
Voz rouca;
Deficiência mental;
Abertura anormal do arco interno das sobrancelhas;
Olhos azuis e íris em estrela;
Lábios grossos;
Malformações cardiovasculares;
Durante os primeiros meses essas crianças costumam ser mal-humoradas;
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SÍNDROME DE WILLIANS
Apresentam dificuldade de se alimentar;
Etiologia desconhecida;
Pontos fortes na linguagem, memória auditiva e reconhecimento facial;
Limitações na coord. motora fina;
Comportamento social prejudicado;
Transtorno de ansiedade em todas as idades. 
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SÍNDROME DO X FRÁGIL
Alteração no braço longo do cromossomo X;
1 a cada 400/700.
Os homens são mais afetados pela síndrome, já as mulheres são mais portadoras;
Não existência de sinais típicos;
Através de sinais e sintomas indica-se a necessidade de exames genéticos;
Testes de DNA; 
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Pessoas que apresentem características indicadas para exames
Orelhas grandes;
Orelhas proeminentes;
Face alongada;
Calosidades no dorso das mãos e dedos;
Depressão no terço inferior do esterno;
Testículos grandes;
Contato visual pobre;
Hiperatividade;
Esteriotipias;
Auto-agressividade;
Transtornos de linguagem;
Retardo mental. 
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CARACTERÍSTICAS DA SÍNDROME DO X-FRÁGIL
Habilidades nas atividades de vida diária;
Transtornos de ansiedade;
Problemas de atenção e hiperatividade;
Oscilação de humor e agressividade;
Habilidades verbais;
Dificuldades viso-motoras;
Devem ser estimulados nas áreas sensório-motoras, linguagem e cognição.
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SÍNDROME DE TURNER
Estatura baixa;
Pacientes do sexo faminino;
Tendência a obesidade;
Caixa torácica larga;
Distância anormal dos mamilos;
1:5000 recém nascidos;
Orelhas de abano;
Maxilar estreito;
Malformações cardíacas;
Retardo mental;
Dificuldade de verbalização.
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SÍNDROME DE CORNELIA DE LANGE
Baixa estatura e atraso na maturação óssea;
Dificuldade para ganhar peso;
Etiologia desconhecida;
Retardo mental, geralmente com QI abaixo de 35;
Dificuldade no desenvolvimento motor;
No bebê hipertonia;
Sobrancelhas em fusão na linha média;
20% dos casos apresenta convulsão;
Marcha com base alargada;
Pautas autistas;
Raramente apresentam fala;
Rejeitam contatos físicos e dificuldade em relacionamentos sociais.
 
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SÍNDROME DE ESCLEROSE TUBEROSA
Nódulos cutâneos;
0,5% do indivíduos com retardo mental severo são portadores;
Aprox. 90% dos casos apresentam convulsões, que se iniciam na idade pré-escolar;
Apresentam lesões ósseas nas falanges e outras regiões;
50% apresentam lesões na face aos 5 anos;
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BIBLIOGRAFIA UTILIZADA
AMERICAN ASSOCIATION ON MENTAL RETARDATION. Retardo Mental: definição, classificação e sistemas de apoio. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.
BERGER, K. S. O desenvolvimento da pessoa: da infância à terceira idade. 5 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2003.
CID-10. Classificação de transtornos mentais e de comportamento da CID-10. Porto Alegre: Artes médicas, 1993. 
DSM-IV – Manual diagnóstico e estatístico de transtorno mentais. 4 ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.

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