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Componentes e Ferramentas para Tornearia

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153 
• Barramento 
 
O barramento suporta todas as partes 
principais do torno. É sobre ele que se 
deslocam o carro longitudinal e o cabeçote 
móvel. 
As guias prismáticas em "V" tem sido as 
mais utilizadas, pois são as mais precisas e 
que resistem melhor. 
O cabeçote móvel é montado sobre as 
guias interiores e o carro principal é 
montado nas guias externas. 
 
 
• Placas: 
 
Placa de arrasto 
É uma placa simples, provida de rasgo no qual é 
introduzida o grampo "cavalinho", que torna a peça 
solidária à arvore de trabalho, transmitindo seu 
movimento de rotação 
 
Placa lisa 
 
A placa lisa fornece uma superfície plana, para apoio de 
peças de formatos irregulares. 
A placa lisa tem várias ranhuras que permitem a 
utilização de parafusos para fixar a peça 
 
Placa de castanhas independentes 
 
Este tipo de placa permite fixar firmemente peças de 
qualquer forma e centrar com precisão qualquer ponto da 
peça. 
As castanhas podem ser retiradas e colocadas em 
posição inversa, permitindo centrar pela parte interna 
peças com furos. 
 
 
Placa universal 
 
Neste tipo, as castanhas movem-se simultaneamente 
pela ação de chave introduzida em um dos furos 
existentes. 
Estas placas servem para fixar peças de seção circular 
ou poligonal regular, podendo centrar a peça com uma 
excentricidade de 0,07 mm. Ela é comumente usada para 
o torneamento de peças curtas que, seguras por ela, 
dispensam o uso da contra ponta do cabeçote móvel. 
Elas são equipadas com dois jogos de castanhas, um 
para prender a peça por fora e o outro por dentro. 
 
Prof. Fernando Penteado 
 154
2.5. Ferramentas para o torneamento 
 
Para um bom torneamento é necessário que se tenha a ferramenta com o formato apropriado, feita 
do material adequado, com o gume de corte afiado e bem apoiada para evitar-se vibrações. 
O material tem de possuir as seguintes propriedades: 
Dureza, tenacidade, dureza às temperaturas elevadas e resistência ao desgaste. 
 
a) ferramenta comum de aço ferramenta 
b) ferramenta de aço de corte rápido 
c) ferramenta com pastilha de metal 
duro, soldada 
d) ferramenta com pastilha de diamante, 
presa mecanicamente. 
 
 
2.5.1. Materiais mais usados para a confecção de ferramentas 
 
- Aço ferramenta ao carbono (0,5 a 1,5% C). 
 
A uma temperatura de 250oC já perde sua dureza, o que o torna proibitivo para grandes velocidades 
de corte. (V < 25m/min) 
 
- Aço ferramenta ligado 
 
Contém além do carbono, tungstênio, vanádio, cromo, molibdênio, etc. É conhecido por aço rápido, 
possuindo alta resistência ao desgaste e perdendo sua dureza somente a 600oC. É de alto custo e, 
normalmente, somente a parte cortante da ferramenta é feita desse aço ("bit") ou "pastilha", que pode 
ser montada ou soldada em um cabo. 
 
- Metais duros ou carbonetos sinterizados 
 
Os componentes principais são o tungstênio e o cobalto, podendo também estar presentes o titânio, o 
tântalo e o nióbio. 
O metal duro também é de custo elevado sendo, portanto, produzido em pastilhas que, montadas a 
um cabo (soldadas ou aparafusadas), podem trabalhar em temperaturas de até 900oC, em altas 
velocidades de corte, dando um ótimo acabamento à superfície torneada. 
 
- Diamantes 
 
São muito duros e resistentes ao desgaste. São utilizados para trabalhos de alta precisão em 
máquinas especiais. 
 
- Materiais cerâmicos 
 
 
 
 
 
 
 
Possuem alta dureza e são também 
produzidos em forma de pastilhas, sendo usados 
para o torneamento de metais bastante duros, tais 
como o ferro fundido, em altas velocidades de 
corte. Mantém a dureza em temperaturas de até 
1600oC. 
 
 
 
Prof. Fernando Penteado 
 155 
2.5.2. Ângulos e arestas da ferramenta 
 
A forma fundamental de todas as ferramentas para retirada de cavaco é a cunha. 
Por gume ou corte, designa-se a linha de interseção das faces da cunha. 
 
 
 
g = gume principal (aresta principal) 
 
h = gume secundário (aresta secundária) 
 
Ângulo de incidência (α) 
A função do ângulo de incidência é evitar o atrito entre a peça e o flanco da ferramenta e permitir que 
o gume penetre no material e corte livremente. Quando este ângulo não é grande o suficiente, a 
ferramenta perde o corte rapidamente é há um sobre-aquecimento da mesma devido ao atrito com a 
peça. 
Ângulo de cunha (β) 
A função do ângulo de cunha é prover a ferramenta de resistência mecânica suficiente para resistir 
ao momento dado pela rotação da peça, sem se deformar ou romper. 
Ângulo de saída do cavaco (γ) 
Sua função é facilitar a saída do cavaco. É muito importante, influindo na força e na potência 
necessárias ao corte, no acabamento obtido e no calor gerado. 
 
Valores usuais para os ângulos de ferramentas de torno 
aço rápido material a ser usinado metal duro 
α β γ α β γ 
8 68 14 aço sem liga c/ resistência até 70 kgf/mm² 5 75 10 
8 72 10 aço fundido c/ resistência até 50 kgf/mm² 5 79 6 
8 68 14 aço ligado c/ resistência até 85 kgf/mm² 5 75 10 
8 72 10 aço ligado c/ resistência até100 kgf/mm² 5 77 8 
8 72 10 ferro fundido maleável 5 75 10 
8 82 0 ferro fundido cinzento 5 85 0 
8 64 18 cobre 8° 64 18 
8 82 0 latão / bronze 5 79 6 
12 48 30 alumínio 12 48 30 
12 64 14 ligas de alumínio para fundir 12 60 18 
8 76 6 ligas de magnésio 5 79 6 
12 64 14 baquelite 12 64 14 
12 68 10 papel endurecido com resinas 12 68 10 
 porcelana 5 85 0 
 
 
 
 
 
Prof. Fernando Penteado 
 156
2.5.2. Quebra-cavacos 
 
 
Os cavacos contínuos formados na usinagem de materiais de alta ductilidade apresentam os 
seguintes problemas: 
a) São afiados e quentes, podendo ferir o operador. 
b) No caso de serem empregadas máquinas de alta velocidade,em pouco tempo o cavaco estará 
ocupando todo espaço disponível, inclusive podendo interferir na usinagem. 
 
Há, portanto, necessidade das ferramentas serem equipadas com quebra-cavacos. 
A função destes é quebrar os cavacos em pequenos pedaços através de seu dobramento até que o 
limite de ruptura do material seja atingido. 
Uma das formas de se obter isto é empregando um ângulo negativo de saída na ferramenta, a outra 
consiste de um rebaixo no topo da ferramenta, conforme figura acima. No caso de pastilhas fixadas 
mecanicamente, o próprio sujeitador da pastilha pode ser adaptado à função de quebra-cavacos. 
 
2.5.3. Tipos de ferramentas de corte 
 
Cada tipo de trabalho exige um respectivo tipo de ferramenta. Deste modo, temos ferramentas 
específicas para desbastar, acabar, facear, rosquear, etc. 
 
- Ferramentas de desbaste 
 
 
 
 
 
 
O desbastar é a operação em que há uma 
grande retirada de cavaco em curto espaço de 
tempo. Por este motivo, devem ser de 
construção robusta. 
Conforme a posição do gume principal, a 
ferramenta é designada por direita ou esquerda. 
Ferramenta direita é aquela que corta da direita 
para a esquerda (a e c). 
Ferramenta esquerda é aquela que avança da 
esquerda para a direita (b e d) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Fernando Penteado 
 157 
- Ferramentas de acabamento 
 
Ao tornear-se uma peça, deixa-se algum sobremetal após o desbaste, para o acabamento fino. Por 
meio de ferramentas de acabar consegue-se uma superfície de bom acabamento. Normalmente a 
ferramenta de acabar tem o gume arredondado, embora também exista com gume largo (vide figura 
abaixo) 
 
 
Ferramentas de Facear 
 
 
 
 
 
São usadas para tornear faces, reentrâncias ou saliências 
de cantos vivos. 
A ferramenta de facear deve mover-se no sentido do eixo 
da peça para a periferia. 
 
 
Ferramentas de sangrar (bedame) 
 
 
 
 
 
 
Usada para abrir ranhuras ou para o corte. 
 
 
Ferramentas de perfilar e de rosquear 
 
 
 
As ferramentas de perfilar são especiais, 
tendo o gume de corte o formato do perfil 
que se quer obter.A ferramenta de abrir roscas possui a 
ponta com a forma do filete a ser cortado. 
 
 
 
 
Prof. Fernando Penteado 
 
Prof. Fernando Penteado 
158
Ferramentas de broquear 
 
 
Usadas para o corte interno 
(alargamento de furos) 
 
Bits 
 
 
Devido ao custo elevado dos aços 
usados na fabricação de ferramentas, 
é usual a montagem de "bits" (que são 
a parte cortante da ferramenta com 
pequeno prolongamento) em suportes 
adequados para serem colocados nos 
porta-ferramentas dos tornos. 
 
2.6. Velocidade de corte 
 
 
É a velocidade com a qual se 
dá a retirada do cavaco. 
Normalmente, ela é expressa 
em [m/min] 
 
1000
.. ndV π= 
Onde: 
d = diâmetro da peça [mm] 
n = número de rotações da 
peça por minuto [rpm] 
 
 
2.7. Avanço e profundidade de corte 
 
Para um bom rendimento no torno, necessitamos ter, além de uma velocidade de corte adequada, de 
um avanço e uma profundidade (espessura de cavaco) corretos. 
Avanço é o espaço longitudinal percorrido pela ferramenta durante uma volta da peça. É expresso em 
[mm / rotação] 
Profundidade é o espaço transversal que a ferramenta percorre ao ser regulada para dar um 
determinado passe na peça. É dado em [mm]. 
A relação entre avanço e profundidade deve variar entre 1 : 5 a 1 : 10.

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