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CONDIÇÕES DE SANEAMENTO BÁSICO E SAÚDE DE WITMARSUM

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CONDIÇÕES DE SANEAMENTO BÁSICO E SAÚDE
As ações de saneamento básico compreendem, principalmente, o abastecimento de água potável, o esgotamento sanitário e o manejo adequado das águas pluviais e dos resíduos sólidos. Essas ações integradas são indispensáveis para que várias enfermidades não ocorram em uma comunidade. 
Muitas doenças são veiculadas a partir de fezes humanas e podem ser transmitidas de uma pessoa doente para uma sadia por meio da água ou pelo contato com o ambiente contaminado por dejetos.
Devido ao lançamento de efluentes de esgoto sem tratamento, com elevada carga de poluição, nos recursos hídricos e suas proximidades, a população está sujeita a captar água de poços ou de mananciais superficiais, imprópria sanitariamente para consumo humano. Mesmo onde os esgotos são tratados, os sistemas utilizados, muitas vezes, removem os sólidos e a matéria orgânica presentes, permanecendo elevadas concentrações de organismos patogênicos nos efluentes lançados nos corpos de água.
A falta de sistemas de coleta, tratamento e destinação final dos esgotos sanitários resultam em formas inadequadas para sua disposição, tais como: lançamento em corpos de água, disposição em terrenos, infiltração no solo e consequente poluição da água subterrânea. Com isso, favorece-se o contato, de forma indireta, das pessoas com os dejetos, ocasionando a proliferação de doenças. Isso ressalta a necessidade da adoção de sistemas adequados para destinação dos resíduos líquidos, especialmente a execução de serviços coletivos de coleta, tratamento e destinação final de esgotos domésticos. 
O destino adequado dos dejetos humanos do ponto de vista sanitário visa, fundamentalmente, a evitar a poluição do solo e dos mananciais e o contato de moscas e baratas (vetores) com as fezes, controlando e prevenindo as doenças a eles relacionadas. Do ponto de vista econômico, condições adequadas de saneamento propiciam uma diminuição das despesas com o tratamento de doenças evitáveis, redução do custo do tratamento da água de abastecimento, pela prevenção da poluição dos mananciais e o controle da poluição das praias e dos locais de recreação, com o objetivo de promover o turismo e a preservação da fauna aquática. 
As principais destinações dos esgotos domésticos, tratados ou não, são os corpos de água. O lançamento de esgotos na água geralmente contribui para a ocorrência de várias doenças, seja pela sua ingestão, por contato com a pele e mucosas, ou quando a mesma é usada na irrigação ou preparação de alimentos. A disposição não controlada de esgotos no solo pode ser causa de doenças, adquiridas pelo contato das mãos, dos pés ou de outras partes do corpo com o terreno contaminado.
 A falta de higiene pessoal pode levar à transmissão de doenças pelo contato de pessoa a pessoa, mão a mão e à contaminação de alimentos por meio da manipulação feita por pessoas que não lavam as mãos após o uso da privada. As moscas e baratas encontram nos dejetos locais para reprodução e para alimentação, podendo causar a contaminação de alimentos e do ambiente, resultando na transmissão de doenças. A carne de animais que se alimentam de fezes pode, também, causar doenças ao ser humano. 
Para que as doenças veiculadas a partir de dejetos não ocorram, é necessário evitar-se essas diversas vias de transmissão. Muitas doenças são evitadas com a execução de sistemas adequados de coleta, tratamento e destinação para os esgotos sanitários, seja por meio de soluções individuais (fossas), mais indicadas para edificações isoladas, ou seja, áreas de baixa densidade, ou pela implantação de serviços públicos de esgotamento sanitário, soluções mais recomendadas para as áreas urbanas.
Desse modo, o setor de saneamento, emerge como um dos mais vulneráveis da crise ambiental, interferindo diretamente no espaço da cidade e na dinâmica dos territórios urbanos, particularmente nas áreas mais carentes, onde a situação se agrava. No processo de equacionamento desta questão surgem contradições e conflitos de ações, como indefinições nas competências de planejamento, normatização e execução dos serviços, notadamente quanto às esferas de governo no processo de gestão (SOUZA, 2002). 
Nesse contexto, percebe-se que em muitas cidades há irregularidades quanto à coleta de esgoto sanitário, como o despejo sem tratamento, que contamina o solo, os rios e os mananciais, causando grandes prejuízos ao ambiente e a saúde (VICTORINO, 2007). 
Mesmo a questão de o saneamento básico ser um direito assegurado pela constituição e definido pela Lei nº 11.445/2007, que prescreve ser o abastecimento de água potável constituído pelas atividades de infraestrutura e instalações adequadas, desde a captação até as ligações prediais e respectivos instrumentos de medição, as coisas não acontecem exatamente assim. Tem-se ainda a Lei nº 8.080/1990, que criou o Sistema Único de Saúde (SUS), trazendo como obrigação desse sistema promover, proteger e recuperar a saúde, englobando a promoção de ações de saneamento básico e de vigilância sanitária.
CONHECENDO WITMARSUM
O fim da Primeira Guerra Mundial contribuiu para a colonização do município de Witmarsum. A companhia colonizadora trouxe soldados alemães que buscavam um novo lar, distante da Alemanha em crise. Nova África foi o primeiro nome de Witmarsum já que seus desbravadores alemães que aqui chegaram em 1924, haviam combatido nas áreas do Continente Africano, durante a Primeira Guerra Mundial. Esses desbravadores alemães eram: Paul Zerna, August Langhorst e Helmuth Teosowki. 
Em 1930, um elevado número de russos, em sua maioria, Menonitas, provindos da Ucrânia aqui se instalou, dando à nova terra o nome de Witmarsum. O nome do fundador dos menonitas é Menno Simons - dai o nome Menno – Menonitas. Menno Simons nasceu na cidade de Witmarsum na Holanda. 
Witmarsum, para os habitantes do município, significa Estrela Azul, porém estudos feitos na Universidade da Holanda constataram que: WITMAR era o nome de um príncipe e SUM significa jardim. Em resumo, Witmarsum significa JARDIM DE WITMAR. Em 1954, quando Presidente Getúlio teve sua emancipação, Witmarsum ficou pertencendo ao município de Presidente Getúlio, sendo mais tarde criado o distrito de Witmarsum. 	
Witmarsum conquistou sua autonomia política, através da Lei n° 826 de 17 de maio de 1962, e foi instalado em 15 de junho do mesmo ano, data em que se comemora o Dia do Município. 
Atualmente o município de Witmarsum tem sua população estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2016) em 3.912 habitantes, distribuídos em uma área de 150,80 km².
Com relação ao esgotamento sanitário, Witmarsum apresenta problemas referentes às redes de esgoto, pois a maioria das residências usam fossas que não atendem aos padrões ambientais e nessa problemática percebe-se a necessidade de mudanças, pois não havendo sistemas de esgoto com tratamento adequado, incidem em impactos ambientais na região. 
A ausência de coleta e tratamento de esgoto obriga as comunidades a conviverem com seus próprios dejetos, principalmente quando estes são lançados ao ar livre, em fossas, geralmente mal construídas, valas negras ou diretamente nos córregos. Sendo assim, o contato com o esgoto agrava o risco de inúmeras doenças de veiculação hídrica, como: poliomelite, hepatite A, giardíase, disenteria amebiana, diarreia por vírus, febre tifóide, febre paratifóide, diarreias e disenterias bacterianas (como a cólera), ancilostomíase (amarelão), ascaridíase (lombriga), teníase, filariose (elefantíase), esquistossomose, etc. 
Como forma de demonstração da situação da problemática trazida, passamos a fazer uma análise do material gráfico criado com base de relatório e dados fornecidos através das agentes de saúde: 
No município em questão as principais doenças são de ordens infecciosas e parasitárias. As doenças relacionadas à ausência de tratamento de esgoto afetam pessoas de todas as idades, mas as crianças são as mais prejudicadas com o problema. Outra vítima preferencial da falta de esgoto sãoas grávidas, pois a falta de coleta e tratamento de esgoto aumenta 30% à chance de terem filhos nascidos mortos. Mesmo fora dos casos extremos, que resultam em morte, as doenças relacionadas à falta de tratamento de esgoto prejudicam o desenvolvimento e a frequência das crianças às aulas. 
Com base na Lei nº 11.445/2007 todos os municípios são obrigados a elaborar o Plano Municipal de Saneamento Básico prescrito no inciso I, do art. 9º onde o titular dos serviços deve formular a política pública de saneamento básico, devendo para tanto elaborar os planos, nos termos estabelecidos na referida lei. Todavia, mesmo o respectivo município tendo aprovado Lei Municipal nº 1396, de 05 de junho de 2012, este ainda necessita do plano de ação aprimorado e efetiva implementação no Saneamento Básico da cidade. 
Sobre o sistema hídrico e esgotos, segundo o relatório e dados fornecidos através das agentes de saúde em Witmarsum há ausência de outorga e licenciamento ambiental em áreas de captação em manancial, além de falta de tratamento de água em domicilio, ocasionando algumas problemáticas ambientais, pois a legislação é frágil quando se trata da proteção às áreas de mananciais e crescimento desordenado trazendo inclusive riscos a saúde, sobretudo, quando é feito o uso de águas que são contaminadas. Diante disso, vejamos mais um gráfico:
Deste modo, ver-se a necessidade de investimentos em obras para o aproveitamento de novos mananciais e poços, que adequem o sistema de modo amplo para a oferta de melhores serviços quanto ao abastecimento de água.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante ao exposto, pode-se sugerir que nossos serviços de saneamento básico devem se ater melhor para minorar impactos ambientais, que se desvelam também em impactos econômicos, políticos e sociais. Qualquer forma de exploração humana que não leve a preservação ambiental sustentável está condenada ao seu malogro. Portanto, a dinâmica e a intensidade com a qual ocorrem os impactos ambientais pela falta de saneamento básico pedem a urgente reversão dessa situação nos seus serviços. 
Dado este quadro socioambiental, cultural, econômico e político, em especifico o município de Witmarsum, fica evidente a importância do planejamento e da gestão ambiental integrada e compartilhada, e no centro desse planejamento o desenvolvimento de Políticas Públicas sustentáveis. Isso se torna possível a partir de políticas participativas, que tenham instrumentos legais atualizados com o ministério das cidades, onde fortaleçam o controle social, que garantam e sejam voltadas a governança e governabilidade, viabilizando boas práticas a partir da educação ambiental e assim trazer a reversão desse quadro, atualizando não somente as políticas públicas do município, mas efetivando em suas agendas resoluções das questões do saneamento básico apontadas na pesquisa. 
Viu-se ainda que seja preciso um investimento e planejamento dos serviços de saneamento básico ofertados no município, que tenha uma melhor infraestrutura, reduzindo assim, doenças, proporcionado um abastecimento de água potável desejável e que atenda de fato a demanda no município, além disso, tenha uma infraestrutura de fossas sanitárias que não contaminem os lençóis freáticos e atendam aos padrões ambientais. 
Assim sendo, as Políticas Públicas desenvolvidas nesse âmbito devem se ater para o panorama socioambiental, a fim de que suas bases sejam eficazes e compatíveis com as demandas sociais vigentes, que não se estabeleçam de modo unilateral, mas sim de forma ampliada concernente ao verdadeiro sentido de público o que se almeja em uma Política Pública de cunho ambiental como são os serviços imprescindíveis de saneamento básico desde seus aspectos locais até os nacionais.
Aluna: BRUNA GABRIELA DE AMORIM BERTOTTI

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